Amores Platônicos escrita por Henrique


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta ao nyah o/



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Chuva. Gotas rastejam pelos vidros (fechados). Estática. Indiferente. Olhos que nunca olhariam para um qualquer. Você pode dizer que é culpa minha, mas não. Tudo está entregue à sorte. Tudo, tudo. Talvez a minha não tenha comparecido hoje. Eu sei que ser pessimista não ajuda, mas nada vai fazer esse sentimento mudar.

Olhos. Verdes, olham a competição menos óbvia que um humano pode contemplar. Porque não é normal, não é prático, não tem sentido. Mas é divertido. Sim, de fato. Porém, se aquele momento nunca ocorresse, eu nunca teria notado. Talvez eu não tivesse notado hoje, mas dois olhos verdes me matariam de curiosidade. Eu tinha que olhar.

Preto. Quer cor melhor? Nada como um belo contraste. Infelizmente (ou não, na verdade, felizmente) o fundo era tão escuro quanto a imagem em foco. Mesmo assim, eu sentia meu coração acelerar. Não é fácil acreditar. Ondulados e negros como a noite. Lindos.

Branca. Se lembra da história do contraste? Eu me lembrei o porquê disso vir a minha cabeça. Agora que dois olhos comuns resolveram trabalhar. Contraste. É lindo ver essa junção, preto e branco. Colocando alguns neurônios para trabalhar, um certo conto de fadas me vem à cabeça. Entretanto, a chuva ainda é líquida.

Indiferença. Tão grande, tão má. Eu mesmo não conseguia me sentir lá, tamanha era ela. Mas eu acho que o feitiço seria quebrado caso ela não existisse. Pensando por esse lado, é melhor manter minha mediocridade. Mas eu estou tão perto, eu quase consigo tocá-la.

Solidão. Sim, solidão. De todas as partes. Duas delas pensam em velocidade, só que cada uma com seu jeito. Uma delas pensa em tudo isso que você leu. E ainda mais, se palavras fossem o suficiente para explicar. Só que uma delas chama a atenção. Linda solidão. Eu poderia passar horas (dias, meses, enfim, toda uma vida) observando-a. Nunca cansaria. Nunca piscaria. Nenhum movimento. Só duas almas. Duas almas paralelas. Porém, próximas. Sentindo a aflição de nunca se cruzarem. Essa é a mágica.

Fim. Triste fim. Do acelerado para o retardado. Aflição, o futuro próximo já era certo: do retardado para o repouso. Apenas uma coisa não deixou de acelerar naquele momento: alguém já mencionado anteriormente. Alguém que logo sofrerá com sua sobrecarga. Alguém que não consegue se contentar com o fato ocorrido. Por que o fim? Eterno é uma palavra mais bonita. Por que o mal vence o bem?

Melancolia. Depressão. Por que existe a vida então? Eu não preciso disso. Vou escolher a morte, não existe felicidade sem olhos verdes contempladores de corridas de gotas de chuva. O que havia voltado a acelerar voltou a retardar e repousar. Como?

Olhos. Azuis, procuram pelo melhor banco. Meu coração volta a acelerar. Nunca algo tão belo havia aparecido diante dos meus olhos comuns. Palavras não conseguem descrever a emoção. O quê? Olho verdes? Nunca os vi. Apenas contemplo estes belos azuis, intocáveis.


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Notas finais do capítulo

Como eu me saí na minha primeira oneshot? Comentem =D



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