Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow
Molly mexeu as suas mãos de forma nervosa ao olhar para a cena a sua frente. Daniel estava sentado ao lado da filha de Marcondez, sorrindo. A filha de Marcondez chamava-se Angel e era uma loira com semblante doce. “Não sei pra que isso. Está na cara que ele está gostando da atenção dela” pensou ao revirar os olhos ao vê-lo gargalhar diante de algo que fora dito por ela.
Desde que eles haviam descido para o jantar, Angel sorriu para Daniel, e o mesmo retribuiu e daquele instante não haviam se separado mais e o resultado disto era uma mulher olhando para eles de forma fria e com o olhar tão mortal que seria capaz de cortar a água.
-Não precisa ficar com ciúmes – Marcos falou sentando-se ao lado de Molly na sala de estar – Angel costuma ser expansiva com todos e tenho certeza que Daniel está sendo apenas gentil.
-Imagino – sussurrou após beber mais um gole de sua bebida quente – isso é muito bom – falou sincera.
-É um chá de ervas. Especialidade de Ângela.
-Ela me parece ser uma boa esposa.
-É sim – sorriu. – você e Daniel fazem um belo casal.
-Hã?
-Ele sempre foi muito racional e frio. Posso afirmar que ele viveu para o trabalho depois que foi abandonado – Marcos comentou olhando para ele – mas você me parece ser doce e romântica. Tenho certeza que se complementam. São perfeitos um para o outro.
-Vocês... Já se conhecem? – indagou confusa o encarando.
-Sim, ele não te falou?
-Não. Esqueceu de me dizer isso.
-Estudamos juntos. Na época da faculdade ele era o mais popular e creio que isso não mudou muito. – sorriu ao lembrar-se do passado.
-Entendo – sussurrou – “A cada minuto entendo menos sobre a minha presença aqui” pensou ao olhar para ele, mas os seus olhos captaram uma imagem nada agradável. Angel estava sussurrando algo no ouvido dele, enquanto ele sorria de forma discreta. – Sem vergonha – murmurou ao beber o chá de uma só vez – desculpe-me... mas teria algo alcoólico? – perguntou a Marcos séria.
-Ten… Tenho sim – tornou surpreso.
-É porque estou com frio e uísque costuma me esquentar – disse tentando sorrir – não sou acostumada há um tempo tão frio.
-Oh entendi – falou levantando-se, voltando minutos depois com um copo de uísque. – Aqui está – entregou sentando-se ao seu lado. – Não gosta do frio?
-Na verdade não gosto da sensação que isso deixa o meu coração. Parece que fica tudo cinza. Todas as minhas emoções – falou sorrindo ao beber o primeiro gole.
-Uma verdadeira romântica – Marcos percebeu sorrindo.
Daniel sorriu mais uma vez para Angel, mas ao escutar o sorriso de Molly sua atenção ficou nela durante longos minutos. Percebeu que ela sorria mais com um desconhecido do que com ele e diante desse pensamento ficou sério. Pediu desculpas a Angel e caminhou ate onde Molly estava.
-Aconteceu algo? – Daniel perguntou ao olhar para ela de forma misteriosa.
-Por quê?
-A bebida.
-Ah... Isso costuma me esquentar – respondeu ao beber mais um gole.
-Não precisa de bebida para lhe esquentar – falou com um leve sorriso na face – tem a mim para isso, querida.
Molly jurou ter parado de respirar por alguns segundos ao olhar para a expressão dele. Ela ficou tão absorvida por ele que esqueceu-se do copo em sua mão e em poucos segundos o copo foi ao chão, fazendo um barulho tímido.
-Droga – Molly murmurou ao se dar conta do que havia feito – me desculpe – falou a Marcos que sorria sentado ao seu lado. Ela se abaixou para pegar os cacos de vidro, mas Daniel segurou em seu braço fazendo com que ela se levantasse.
-Não precisa fazer isso – tornou sério a encarando.
-Mas...
-Se você se ferir como acha que irei me sentir? – indagou com um brilho divertido no olhar.
“Esse homem vai me deixar louca. Mais parece um demônio” Molly percebeu ao olhar em seus olhos. Ela já estava fechando os olhos e fazendo um pequeno inclinar dos lábios quando escutou um sorriso vindo do sofá. Abriu os olhos, recriminando a si mesma, ao ver Marcos sorrindo.
-Definitivamente são um casal apaixonado – falou ao fazer sinal para a empregada limpar os cacos de vidro.
-Que vergonha – Molly disse ao entrar no quarto acompanhada por Daniel.
-Eu nunca imaginei que veria uma cena daquelas – ele disse sorrindo ao fechar a porta – é melhor se arrumar. Iremos esquiar.
-Esquiar? – perguntou virando-se para encará-lo.
-Sim, não sabe?
-Sei – falou sem confiança.
-Se não quiser ir, não precisa – disse sério – De qualquer forma Angel vai esquiar e me pediu para ficar ao seu lado. Ela disse não está habituada.
-Não sei o motivo de ter vindo – reclamou ao virar-se de costas – vocês dois estão se dando muito bem. Vou inventar algum desculpa e voltar para casa.
-Estaria com ciúmes Srta Carinha feliz? – perguntou após alguns segundos.
-De você? Nunca Sr Heiden. – tornou ao pegar as luvas, seu gorro e casaco – espero que aproveite o esqui com ela.
-Irei aproveitar, mas não se preocupe que você não passará pela namorada enganada – disse sorrindo ao vê-la mexer em suas coisas de forma nervosa – falando nisso o que conversou com Marcos?
-Ah – lembrou-se o encarando – se são amigos, creio que ele não iria forçá-lo a ter algo com a filha dele – olhou cuidadosamente – e nem precisaria mentir para conseguir o negocio com ele. O que há de verdade?
Daniel aproximou-se dela parando em sua frente e com um sorriso malicioso nos lábios segurou em sua cintura.
-Fiz isso para ficar ao seu lado – murmurou olhando-a nos olhos. Molly ficou atônita, sem acreditar no que ele havia falado e quando estava prestes a dizer algo, Daniel começou a gargalhar – Não acredito que você levou minhas palavras a sério.
-Seu idiota – falou batendo nele para ele a soltar. – Me largue.
-Assim está bom. Você não sentirá frio – disse sorrindo alegremente ao vê-la com as faces avermelhadas.
-Desse jeito posso começar a interpretar as coisas erradas – confessou ao desviar o olhar dele.
-Essa é a lição numero um: sempre desconfiei das intenções dos homens, Molly – disse erguendo o rosto dela com a mão, forçando-a a encará-lo. Olhou em seus olhos, abaixou um pouco a cabeça aproximando os seus lábios. Já estava a poucos centímetros de beijá-la quando a porta foi aberta, atraindo a atenção deles.
-Oh desculpe-me – Angel falou olhando para o casal abraçado. Daniel ainda mantinha Molly em seus braços, enquanto ela lutava para se libertar – vim apenas saber se estavam prontos, mas estarei esperando por vocês lá embaixo. Não tenham pressa – acrescentou com um leve sorriso no rosto ao fechar a porta.
-Agora ela não terá duvidas – Daniel disse libertando Molly. Andou até a porta, mas antes de sair virou-se a encarando – Mais tarde terminaremos isso –falou sério saindo.
-Meu Deus – Molly sussurrou ao se ver sozinha. – Eu é que deveria seduzi-lo e não o inverso – percebeu pasma – o que farei?
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