Bom Despacho escrita por Calcifer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho total conhecimento de que existe uma Bom Despacho e que ela fica em MG. Mas saiba desde já que esta é fictícia e nada tem a ver com a verdadeira.
Peguei o nome emprestado porque sempre gostei dele, até porque era o palco de uma coletânea de contos de "terror" que eu lia quando era criança e particularmente adorava...
Enfim, o texto é curtinho até porque é uma versão 2.0 de uma redação escolar minha. Ou seja, escrita teria 30 linhas no máximo e eu ainda tentei alongar um pouquinho, hehe. xP



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Sabe aquelas cidadezinhas miúdas em que sua extenção resume-se à uma rua só? Isso mesmo.

Eu sei que cidade não seria a nomenclatura correta, mas não me vem à cabeça outra que possa substituí-la. De qualquer forma as unicas que eu me lembro neste exato momento é metrópole, vila e cidadela. Particularmente, cidade me soa melhor.

Desculpe, quase perdi o foco. Mas bem, volte à primeira linha e a imagine.

Vamos lá, eu espero você...

Pronto?

Enfim, Bom Despacho é como a simpática cidade era chamada pelos moradores - não gosto da expressão "se chamar", é totalmente sem sentido. Devido a sua localização geográfica - desprezada pelo resto do mundo - era dada a belos dias de sol quase o ano inteiro, como ocorre neste caso. Sendo que em cada coraçãozinho de seus moradores o céu parecia ruir como numa chuva torrencial.

O motivo do melodrama da ultima frase do parágrafo anterior seria a manchete do ilustre Despacho Diário, que em tempos anteriores limitava-se à previsões do tempo equivocadas.

Em resumo, seria mais ou menos isto:

"Prefeito Difuntino da Silva, 73, morre nesta madrugada por causas desconhecidas."


Se um mortal pedisse a opinião da ilustríssima pessoa que vos fala, responderia-lhe com toda a delicadeza e tato de uma abelha africana...

Eu sei que essa da abelha africana foi totalmente fail. Mas, falando sério: abelhas africanas são seres cruéis oriundos das profundezas do inferno! Ainda tenho pesadelos com essas malditas...

...

Ah, sim.

Difuntino merecia aquilo. Era só mais um político corrupto que não pensava duas vezes em usar o dinheiro público para atender a suas frivolidades, ao invés de abrir uma esquina em Bom Despacho.

Sendo que ele sabia ser carismático e entendia de Pão e Circo, então o povo o adorava. Poucos - para não dizer ninguém - eram os que não aprovavam o futebol nas quartas com pipoquinha de graça.

Não era somente isto, mas bastava.

No dia do funeral, a população  espremia-se no que seria um cemitério, nos fundos da igrejinha. Frequentemente, entre "Ámen" e "Graças a Deus", ouvia-se cochichos a respeito de vice que tomaria o lugar.

Parece que o "engomadinho da cidade grande" terá problemas para conquistar uma cidadezinha desacostumada a mudanças.


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Notas finais do capítulo

Enfim, pus a preguiça de lado e finalmente postei alguma coisa.
Na verdade esse foi apenas um "exercício", pois pretendo publicar uma maior, mas primeiro pretendo melhorar a escrita.
Sugestões e criticas, seja elogiosas ou não, são inteiramente aceitáveis.
Só não me xingue, por favor, ando sensível e seria capaz de chorar. -n