California King Bed escrita por LizzLongbottom, SummerLovegood


Capítulo 20
So I'm Going Home, To The Place Where I Belong


Notas iniciais do capítulo

aqui mais um capítulo da CKB fresquinho pra vocês! tá pequeno, mas serve.



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O ano já estava acabando e o humor de Lizz estava mudando. Summer não entendia como ela podia estar tão feliz.

– Eu tô feliz mesmo, não vou mais ver esses idiotas nem esses professores ridículos, nem essa dragão escrota. - ela dizia.

– É, pelo menos isso. Não teremos de aguentar mais a Umbridge. - Summer deu uma risadinha fraca. - Mas você devia ficar pelo menos triste porque não vai ver o Justino né.

– Por quê eu deveria? Nem somos namorados mais. - ela fez uma careta.

– Mas você gosta dele, ué. Vai sentir falta de ver ele todos os dias. - a garota disse.

Lizz soltou um suspiro. Não respirou. Abaixou a cabeça, olhou para os próprios pés e coçou a nuca.

– Mas então você deveria ficar feliz porque as aulas vão terminar. Agora vai poder ver o George.

– Ah, não consigo mentir. Eu quero muito que as aulas terminem pra ficar com ele, e ver ele todos os dias, AHHHH! - Summer agarrou a amiga e a abraçou bem apertado.

– Ei!!! - Lizz tossiu. - Sufocando. Demais. Pare!

Summer a soltou rindo.

– Você não vai mesmo sentir falta do Justino? - a menina perguntou mais uma vez.

– Vou. Mas também vou ver o Fred e contar a ele sobre Angelina. - a loira respondeu.

– Ahhh, entendi. Você vai ficar com o Fred, não é? Agora vão voltar, finalmente! - Summer disse toda feliz, dando pulinhos e gritinhos.

– O quê? Não. Logo agora que nossa amizade está tão boa? Não, obrigada. Eu não quero namorar tão cedo.

– Então se prepara, porque seu ex está vindo nessa direção.

Lizz levantou a cabeça devagar e viu um Justino sem expressão, com as mãos nos bolsos do casaco que um dia de chuva emprestou para Lizz e andando devagar até ela. Ele a lançou um olhar significativo, como quem queria conversar.

– Summer, depois nos falamos, ok? - Lizz disse e Summer confirmou com a cabeça, e depois foi até Luna, que estava em algum lugar por ali.

Lizz foi andando, as mãos inquietas tocando uma na outra. Se sentia ansiosa e nervosa. Enquanto ela chegava perto de Justino, perguntava-se o que ele diria. Será que queria voltar? Ou apenas dizer que ela era uma idiota e depois agarrar a próxima garota que visse por ali? Ela não se aquietava, e respirava entre 3 a 3 segundos. Até que enfim parou. Estava parada na frente dele.

– Oi. - ele iniciou. Continuou com uma expressão vazia.

– Oi. - ela sorriu fraco.

– Podemos conversar? - ele perguntou e olhou em volta. "Agora ele liga para o que as pessoas pensam ou?", a loira pensou.

– Sobre? - perguntou.

– Nós dois. - ele disse simplesmente, como se falasse do tempo.

Ela assentiu e ele foi andando até um banco por ali. Ela o seguiu. Ele se sentou no local, os bolsos ainda ocupando suas mãos e a olhou, como se a convidasse para sentar.

Ela sentou e cruzou as pernas, olhando para o jeans surrado que usava. Ela olhava para baixo, evitando olhar para o garoto. Ele suspirou.

– Vamos nos tratar como se fossemos estranhos? - ele disse e depois soltou um riso fraco. - Estranhos não transam.

Ela se odiava por ter deixado uma risada sair. Apoiou a mão sobre a cabeça por um momento, e então o fitou. Não tinha nada a perder mesmo.

– Pode falar. - ela disse.

– Eu passei a noite toda pensando o que eu iria dizer pra você. Mas chegando aqui e te olhando, eu esqueci tudo. Eu tinha tanto coisa pra dizer mas... É, pois é. - suspirou.

– Então, eu posso começar? - ela perguntou enquanto olhava para os próprios dedos.

– À vontade. - o garoto disse.

– Me machucou o jeito que você falou comigo. O jeito como não confia em mim e dúvida do meu sentimento por você. - ela disse com a voz baixa e balançou a cabeça. Ela comprimiu os lábios ao sentir sua alma pedir para aquilo sair. Ela tinha de fazer aquilo. - Mas a verdade é que... eu... e o Fred... nós tivemos algo sim, logo no início do nosso relacionamento. - ela disse. Justino permaneceu quieto, apenas observando. Como ele podia permanecer tão calmo? Será que aquilo não o afetava mais? - Mas um dia... Eu pensei em você. Eu sabia o que você sentia por mim e no fundo, eu gostava de você. Você estava me cativando. Então acabou. Eu segui em frente de tudo aquilo e algo mudou em mim. Eu olhei pra você com outros olhos. De repente, eu não gostava de você como uma menina. Eu te amava como mulher. E aí, nós deitamos. E você foi tão bom e compreensivo... E... Ah, deixa pra lá... Não importa mais. - ela fungou quando sentiu seus olhos meio molhados e os enxugou.

– Importa muito pra mim saber a verdade. E isso sim eu sei que foi sincero. - ele disse apenas.

– Então como você pode estar parado aí todo quieto? Como você pode não ligar? - ela disse irritada, olhando para ele com um olhar incrédulo.

– Se eu agir por impulso, vou fazer merda. Porque foi o que eu tenho feito esses tempos todinhos. - ele disse com a mesma expressão e ficou calado por um momento enquanto Lizz o olhava. - A verdade é que eu tenho me metido com pessoas que não são muito... legais. Eu me viciei em drogas. - ele suspirou. - E nas férias, vou passar um tempo na reabilitação.

A garota abriu a boca pra falar várias vezes, mas nada saia.

– Você... tá falando sério? - ela soltou uma risada fraca.

– Sabia que você iria reagir assim. - ele deixou um sorriso aparecer no cantinho de seus lábios. - Mas é, é verdade.

– Mas todas as vezes que falei com você...

– É, mas eu tava. Muito doido. Inclusive, no dia da sua briga, eu estava tão doido, que preferi nem deixar você muito perto de mim.

O silêncio voltou no meio dos dois.

– Então, então vamos... agora que eu disse tudo... e tá tudo explicado e a gente se...

– Se ama. É, eu te amo e você me ama. Mas eu não quero voltar com você.

Ela o encarou por alguns segundos.

– Mas...

– Você vai falar com o Fred nas férias, sobre Angelina, e Holly e as poções. Tudo pode mudar entre você dois. Nesse tempo, quero que você pense no que quer. Você escolhe e me diz o que escolheu dia primeiro de Setembro. É só o que eu peço. - ele disse.

Lizz sabia que no fundo, Justino estava certo. Ela precisava pensar no que quer, pois agora, podia escolher entre um e outro. E por mais que aquela decisão fosse mais do que difícil, era o certo a fazer. Ela não podia arriscar. Não podia terminar sempre com as coisas mal resolvidas. Afinal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

– Está bem, você tem razão. - ela concordou.

– Posso... só... - ele disse, chegando perto dela.

E como podem ter imaginado, ele a beijou. Um beijo calmo, sincero e inocente ali. Começando com apenas o toque dos lábios e agora Justino deixou a sua língua tentar conversar com a língua de Lizz. Enquanto suas bocas se entrelaçavam, e as mãos quentes de Justino tocavam o rosto de Lizz, ela tinha por um momento relaxado. O jeito que ele a tocava e beijava era tão sereno quando uma gota de água caindo em um jardim. Suave e sossegado.

Ela a soltou e a olhou. Ela permanecia de olhos fechados e expressão relaxada. Sua respiração estava fraca e quieta. Ela abriu os olhos devagar e mordeu o lábio.

– Isso foi por...? - perguntou.

– Eu preciso de algo bom para me lembrar na minha reabilitação. - ele sorriu um tanto sapeca, e se levantou.

Justino saiu andando por um corredor enquanto Lizz o observava. Ela levou seus dedos aos lábios e os tocou, lembrando de tal beijo. Pela primeira vez na vida, ela sabia que Justino iria a deixar sem dormir de noite.

***

– Pronta? - Lizz perguntou, enquanto Summer ainda terminava de se arrumar.

– Você quer mesmo ir embora. Geralmente, eu que tenho que ir até seu quarto ficar te chamando. - a amiga disse sem acreditar em tudo aquilo.

– Não subestime Lizzabeth Longbottom. - ela riu. - Pronta ou não?

– Já! Só... - colocou uma tiara laranja. - Tá, agora sim.

– Vamos. Antes que o trem saia e eu fique presa aqui.

– Não esqueçam de mim! - Luna gritou correndo atrás dela.

– Oi Luna. Como tá o nariz? - Lizz perguntou.

– Ah, melhor. Obrigada. - sorriu.

– Isso pra aprender a nunca ir à uma missão secreta sem mim. Mas ok. - resmungou Summer.

– Enfim, cadê o Nev?

– Nos esperando já lá.

Quando chegaram aonde Neville estava, pegaram suas malas e fizeram o caminho até o trem. Despacharam as malas e entraram no grande vagão de passageiros.

Procuraram uma cabine vazia, mas não havia, estavam atrasados demais. Até a cabine de Harry já estava demais ocupada para os quatro ali. Mas uma cabine, onde tinha apenas uma menina de cabelo curto castanho, branquinha e usava um cachecol azul muito bonito com um casaco bege. Ela olhava para a janela e os outros não, mas Summer tinha quase certeza que já a vira andando pelo colégio. Ela estava sozinha.

Neville bateu na porta de vidro e a abriu devagar.

– Com licença, não achamos nenhuma cabine vazia. Podemos sentar aqui? - perguntou e depois engoliu em seco.

– Claro, claro que sim. - ela abriu um sorriso muito fofo e entraram.

Todos se acomodaram ali e então sentaram. Summer e Lizz no lado direito da cabine e Luna, Neville no lado esquerdo com a menina de sorriso encantador.

– Então, qual seu nome? - Summer perguntou.

– Brown. Ellen Brown. - a menina sorriu animada. - E vocês?

– Eu sou Summer. Esta é minha amiga, Lizz, este seu primo, Neville e minha prima, Luna.

– Prazer. - ecoaram.

– Prazer. - ela disse.

– Você é da Corvinal? Sabe, seu cachecol... é muito bonito... - Luna comentou.

– Ah, não. Sou da Sonserina. Minha família era, minha mãe me deu esse cachecol quando recebi minha carta, mas entrei para a Sonserina. - sorriu.

– Ah. Que estranho. Você é da Sonserina mas parece tão simpática... - Lizz disse confusa.

– Lizz!!!!! - Summer a repreendeu.

– Ué, é verdade.

– Todos dizem isso. Muitos na Sonserina também me dizem que eu não deveria estar ali, que eu não pertenço ao grupo deles, mas... Eu entrei né, fazer o quê.

– Eu nunca vi você andando pela escola. Geralmente, os alunos da Sonserina fazem amigos e ficam populares tão rápido. - disse Lizz.

– Eles não gostam muito de mim. - ela disse.

– Por quê? - perguntou Luna. Summer apenas fechou os olhos, já que não podia brigar com a prima que era apenas uma vítima inocente.

– Porque eu sou sangue-ruim. - ela suspirou.

– Quê? - Neville perguntou.

– É.

– Mas você disse que sua família... - Lizz começou.

– Minha família adotiva. Meus pais eram trouxas. Eles morreram em um acidente quando eu era pequena, causada por bruxos. E então esse casal me adotou. - Ellen riu fraco.

– Wow! - Neville exclamou. - Isso é bem... incrível. - ele abriu um grande sorriso para ela. A menina corou e olhou pro outro lado.

Bom, parece que eles fizeram uma nova amizade ali.

***

Chegando à King's Cross, quando o trem parou, os cinco se levantaram e pegaram suas malas. Quando desceram do trem, Ellen avistou seus pais para o lado contrário onde os Longbottom, Weasley e Lovegood estavam. Ela se despediu ali e foi embora.

– Vó! - gritou Lizz e saiu correndo até ela.

– Ei menina, quer quebrar minha coluna? Sem abraço, que eu posso cair. - a velha reclamou.

– É bom ver você também, Vovó. - Neville disse nem um pouquinho entusiasmado como Lizz.

– Mãe, pai! - Summer agarrou os dois ao mesmo tempo. E então olhou pra baixo. - Maninha!

– Oi, mana. - a menina mais nova disse sorrindo.

– Que saudade de vocês! - ela sorriu para os três.

– Pai! - Luna sorriu e abraçou seu respectivo pai.

– Olá, minha Luna! - o moço engraçado com blusa florida e cabelos enormes sorriu.

– Eu só vou me despedir dos meus colegas, OK? - Lizz sorriu para a avó.

– E eu também. - Neville disse.

– Summer! - Lizz gritou.

– Oi, vamos falar com o George. - ela disse.

– Ele veio buscar o irmão e irmã? Awn!

– Sim, e o gêmeo também. Amor! - ela pulou nos braços do garoto alto, branquelo, sardento de cabelo cor de fogo à sua frente, também conhecido pelo nome George.

– Wow, que roupa legal. - Lizz disse para à réplica e seu coração quase pulou pra fora.

– Gostou? Com o dinheiro da loja, deu pra comprar umas coisas bacanas! - ele meio que pousou para ela, a fazendo rir.

– É, tá bem gato. - Lizz disse.

– Este aqui também não está nada mal, hein. - Summer comentou, olhando para o menino no qual estava abraçada.

– O que eu posso fazer? Já sou irresistível de natureza, e agora com este banho de loja... - ele olhou para ela e lhe deu um selinho.

– Ai, como eu amo vocês! - Fred disse pomposo e colocou as mãos nas bochechas, imitando uma menina.

– Eu que deveria dizer isso! - reclamou Lizz.

– Eu sei, eu estava te imitando. - ele riu e ela tentou lhe bater, mas ele segurou seu braço.

Enquanto os dois ficavam assim, rindo um do outro, ele viu Angelina passar em um lugar meio afastado dali. Perguntou se ela não tinha o visto. Ela não tinha, pois acabara de ver. Mesmo assim, olhou para ele, abaixou a cabeça e foi embora. Lizz se virou para ver o que era.

– Ah... - suspirou.

– Você sabe o que aconteceu? - Fred perguntou confuso.

– Eu sei, sei sim. É que... - ela começou.

– Vamos Lizzabeth, o táxi está aqui. - sua avó a chamou.

– Você precisa ir. - ele disse meio entristecido.

– É, preciso. Mas conversámos depois, OK? Eu passo na sua casa. - ela disse.

– Você vai só pra me visitar, é? - um sorriso sapeca apareceu um seus lábios.

– Talvez não. Talvez eu só vá lá porque a Summer me obrigou, ou porque quero ver George ou Ron. Ou, talvez sim. Vou deixar você com essa dúvida, que tal? - ela riu e então subiu na ponta dos pés e lhe deu um beijo na bochecha. - Vejo você por aí, Weasley. - ela fez um sinal onde sua mão ia reta até sua cabeça e depois ia reto de volta ao ar.

Ele riu enquanto ela ia andando até sua família. Pegou suas coisas e foi andando com eles até a saída da estação.

– Até, Longbottom.

***

– Lar doce lar, hein? - Neville falou enquanto entrava no quarto de Lizz e se recostava na porta.

– É. - Lizz, que estava na cama, segurando algo, sorriu meio quieta para ele. Suspirou. - É muito bom finalmente estar aqui.

– O que você tem ai? - ele perguntou curioso enquanto se aproximava da prima e sentava na ponta da cama.

– Um porta-retrato. Eu ganhei ele uma vez, mas nunca o usei. Não sabia qual foto colocar.

– Posso ver? - ele estendeu a mão e ela o entregou.

Era vermelho, como um aviso. Estava escrito "Em caso de saudade, quebre aqui".

– Que foto você pensou em colocar aqui? - ele perguntou.

– Esta. - ela mostrou uma foto dela com seus pais. Eles estavam em alguma viagem e pareciam imensamente felizes. - Achei perfeita para isso.

– Tem razão. Vou lhe ajudar. - ele se arrastou para a cama e ficou do lado dela.

– Ajuda para botar uma fogo em um retrato. Tá certo. - ela riu.

Ela segurou a foto de modo delicado enquanto o primo tentava abrir o fecho. Quando conseguiu, ela colocou a foto dentro e depois ele fechou. Os dois sorriram ao olhar para o porta-retrato ali nas mãos deles. Algo tão simples significava tanta coisa. Ela o pegou e colocou em cima da mesa de cabeceira ao lado da cama.

– Só temos um ao outro, agora. - ele comentou, enquanto segurava a mão da prima.

– E a vovó? - Lizz perguntou.

– Não podemos contar muito com ela, né. - ele disse com uma expressão duvidosa e Lizz gargalhou, lhe dando um tapinha no peito. - Vamos ficar bem, não vamos?

– Claro que vamos. - ela sorriu e lhe deu um beijo na bochecha.

Lizz deitou a cabeça no ombro do primo e ele beijou o topo da mesma. Ele acariciava o braço dela enquanto ela tentava se aninhar aos seus braços.

– É, vamos sim.


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Notas finais do capítulo

e aí? o que acharam? vocês preferem Fredizz ou Justizz? Ou Lizzred e Lizztino? Weaslongbottom parece ser um bom nome, ouuuuuuu? e o que acharam da nova personagem? prestem bastante atenção nela, ela é bem importante. beijão e até o próximo capítulo. amo vocês!
Lizz xx



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