California King Bed escrita por LizzLongbottom, SummerLovegood


Capítulo 16
Highway of Regret




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Tudo estava ocorrendo de mal a pior. Com Umbridge no comando, nada mais acontecia de modo divertido naquele colégio. Lizz e Justino mal se tocavam. Havia semanas que Fred nem conversava com Lizz, e eles tinham muito o que conversar. Na verdade, Fred e George só viam Lizz nos treinos, quando não no Salão Principal - onde também viam Summer - e às vezes, estudando na Sala Comunal da Grifinória. Lizz e Summer sempre estudavam pelos jardins. Nenhuma mais conseguia entrar na casa da outra. E Lizz já queria arrancar os cabelos, com saudade do namorado.

Fred e George tinham acabado todas as tarefas naquele domingo e indo para a cama mais cedo. Estavam arrumando-se para dormir, quando Fred sentiu a necessidade de ter uma conversa com o irmão.

– Hmmm... George? - perguntou o irmão, desdobrando os lençóis, franzindo a testa.

– Sim? - George disse e esticou os dedos, estalando logo após.

– Já faz um tempo que não conversamos né? - Fred disse e se sentou na cama, esperando o irmão fazer o mesmo.

– É verdade. - o outro se sentou em sua cama, ficando de frente para o gêmeo. - Acho que faria bem se o fizéssemos.

– É, eu... eu preciso do meu irmão agora. - e quando Fred disse isso, George murchou, olhando para as próprias mãos.

– Desculpa por ter parado de falar contigo, mas você estava agindo como um idiota.

– E você agora não está? Ou realmente tá gostando da Holly, para ficar com ela uma vez ou outra, deixando Summer fazer o mesmo com Rogério?

– Isso não vem ao caso.

– Claro que vem, George. Você está deixando um garoto idiota que se acha lhe fazer de bobo. Acredite, eu não deixaria o Justino fazer isso comigo, mas Lizz está tão encantando com aquele idiota, que não posso fazer nada.

– Mas continua com a Angelina, só pra atrapalhar sua vida.

– Angelina precisa de mim. Eu estou ajudando ela a se recompor. Eu tenho um plano, confie em mim. - ele disse, olhando para os próprios pés. George olhou para o pulso.

– Ei, Fred!

– O quê?

– Acabou de dar meia-noite. - sorriu.

Fred sorrira também.

– Feliz aniversário, irmãozinho.

***

Lizz acordara cedo aquele dia, não se sentia nem um pouco cansada, já que se sentira assim na noite passada, por isso dormiu cedo. E este ciclo vicioso tem acontecido direto.

Ela levantou e olhou no relógio a data. Desejou um parabéns mentalmente para Fred e George, se lembrando do aniversário dos dois no ano passado. Se olhou no espelho. Fez uma cara de nojo ao olhar para si mesma. "Ugh", e correu para o banheiro.

Quando pronta, foi se dirigindo para o Salão Principal. Ao chegar lá, a mesma cena triste de sempre. As mesas em silêncio, a maioria. Muitos casais e amigos de outras casas separados. "Bruxa pink, malvada cor-de-rosa", xingava Lizz em silêncio a Professora Umbridge.

Sentou na mesa da Grifinória e se serviu. Sorriu ao ver a felicidade chegar na mesa quando Fred e George chegaram, fazendo baderna. Todos batiam em suas mãos, cumprimentado-os.

– Parabéns, gêmeos. - sorriu a loira, beijando cada um na bochecha.

– Obrigado, querida Lizz Longbottom. - disse George, pomposo.

Os três ouviram um pigarreio e olharam por cima do ombro. Uma sombra rosa se mexeu.

– Senhores Weasley e Senhorita Longbottom. - disse a professora, olhando diretamente para Lizz e Fred.

– Sim? - disseram ao mesmo tempo.

– Quero ver os três na minha sala hoje. Às 17:00h. Os três. - disse com um sorriso super irritante nos lábios e foi embora.

– Tudo bem George e eu, mas o que você fez? - perguntou Fred, olhando assustado para a garota.

– Provavelmente, nasci. - ela deu de ombros e terminou seu café da manhã, se despedindo e indo rápido na mesa da Lufa-Lufa, trocar uma palavrinha com Justino. Sorriu e se aliviou ao ver que ele estava bem e sentindo sua falta. Lhe beijou na testa e foi para a Sala de Aula. Defesa Contra as Artes das Trevas, pra variar. Nota mental para Lizz: não matar a professora. Segunda anotação: ficar o tempo todo perto de Neville. Ele a acalmava.

A aula passara se arrastando. Lizz sentia como se cada minuto houvessem sido dias. E eram dois horários. Sua cabeça estourava. E continuou daquele modo o dia inteiro, agradecendo ter um horário com Summer e Luna, podendo assim conversar com elas.

– Como você tá, Summer? - perguntou a loira, ajeitando a gravata vermelha e dourada, que a incomodava.

– Eu tô melhor. Acho que seguindo em frente. - sorriu e Lizz fez uma cara de "ok, mas não sei não". - Ah, também não sei. - disse, jogando as mãos para cima e apoiando a cabeça nelas, como se estivesse se rendendo. - Eu desisto de tentar entender o que se passa comigo.

– Eu ainda tô esperando sua vingança contra a Holly. - Luna se manifestou, rindo baixinho e as duas olharam para ela. - O que foi? O jeito que Summer falou, mexeu em algo bem no fundo. Agora quero ver.

– É, eu também. - riu Lizz, jogando o cabelo para o outro lado.

A aula começara e elas não conversaram mais depois disso. Apenas fizeram suas anotações e prestaram atenção na aula incrivelmente monótona de História da Magia. A aula é de fato chata, para um professor que é fantasma. Prof. Binns, o senhor é pior que leite morno. Ou a Bíblia.

Pois bem, a aula acabara e Lizz se despediu rapidamente das amigas, correndo para a sala de Umbridge, encontrando os gêmeos no meio do caminho.

– Fred... George... Me esperem! - ela falou mais alto e apressou o passo para chegar até eles. - Vamos juntos. - ela sorriu e se meteu no meio dos dois, segurando os braços de ambos. - Como foi o dia de vocês?

– Não foi de todo ruim. Sem contar as aulas, foi até divertido, pro que tem sido geralmente. - George disse e Fred apenas concordou. Lizz assentiu, falando para si mesma que realmente, as coisas estavam bem chatinhas por ali.

Quando chegaram, bateram na porta toda rosa da sala de Umbridge. Um "Entre!" fora murmurado do outro lado e eles entraram devagar. O sorriso amarelo da professora se abrira ao olhar para eles.

– Olá, queridinhos. Eu quero ver um de cada vez, está bem? Venha você logo comigo - ela apontou para George - e atendo vocês logo depois.

George entrou na sala da professora e ela fechou a porta, deixando Lizz e Fred sorrindo timidamente um para o outro.

– Então... eu... soube que as coisas entre você e Angelina estão ficando mais sérias... vai pedi-la em namoro? - perguntou a loira, mexendo nervosamente no cabelo.

– Segredo. - ele riu malicioso. - Por que o interesse? - perguntou e assim o fazendo, cruzou os braços, observando a loira a sua frente corar.

– Eu? Interesse? Ah, não, interesse nenhum... Só... Só... - ela dizia, nervosa, sem saber exatamente o que falar.

– Só com ciúmes? - disse ele como se completasse a sua frase.

– Não seja ridículo, Fred. - ela disse séria.

– Admita, Lizzabeth Longbottom... Você ainda tem sentimentos por mim. - ele sorriu, se aproximando dela.

– Eu não...

– Olha, - ele sorriu como se olhasse para o nada e de repente, segurou os braços da garota e a virou de costa, prendendo seu corpo contra o dela. Agora, com uma mão, ele segurava os punhos dela, e com a outra, afastou o seu cabelo para o outro lado - me deixe lhe provar - ele disse isso como um sussurro, quase inaudível, Lizz apenas ouvira porque Fred estava realmente perto, passando a boca levemente pelo lugar, e depois foi descendo até seu pescoço. Ele brincava com o colo da garota, passando a mão delicadamente pela área, como se a qualquer hora fosse agarrar os peitos dela, mas não fez - o quanto eu ainda - ele beijou o colo da garota, e começou a deixar chupões pela área, fazendo-a gemer baixinho. Ele a soltou, e ela não o impediu? ficou apenas segurando a bainha da saia com uma mão, e com a outra, alisando os cabelos de Fred, revirando os olhos de prazer, enquanto ele lambia e chupava o lugar - te excito.

Quando ele achou que havia ganhado a luta, Lizz o segurou pelo colarinho. Fred deixou, pensando que ela iria apenas beijá-lo. Mas ela o segurou com força, e o jogou contra a parede. Botou uma de suas pernas no meio das dele, e segurou seu rosto com as duas mãos, fazendo ele olhar para ela.

– Ah, querido... - ela riu e então, com uma mão, repousou sobre o peito do garoto, agarrando-se ali e com a outra, desceu até seu zíper - querido bobinho - ela riu mais uma vez, sentindo o membro de Fred chegar em sua mão, cada vez mais duro - não - ela sorriu em seu ouvido, morrendo ali, sentindo Fred estremecer e soltar um leve gemido, jogando a cabeça para trás, quando ela começou a lhe masturbar - me - ela disse, roçando os lábios de sua boca nos dele, sem chegar a beija-lo. Ela atacou o pescoço do garoto, fazendo o mesmo estrago que ele havia feito nela - subestime. Sou muito mais sua dona do que você pensa. - ela disse e então largou o membro dele, deixando ele nu, olhando para o nada chocado. Ele ajeitou sua calça e puxou um cachecol do bolso. - Sério mesmo que você tem um cachecol no bolso? - Lizz riu incrédula.

– Quando se namora alguém como Angelina, tem que ser precavido. - ele riu, enroscando o objeto no pescoço.

– Você não era comigo? - ela disse sério, em tom de zombaria, cruzando os braços.

– Infelizmente, não éramos assim na época em que namorávamos. - ele riu e ajeitou mais uma vez a calça. - Inclusive, - ele puxou outro cachecol do bolso - tenho um de reserva. Use. - ele estendeu para ela e ela hesitou de início, mas sua consciência lhe indicou que devia aceita-lo. Afinal, logo estaria com a sapa gigante, e se ela visse...

– Obrigada. - sorriu e o colocou.

A porta a frente deles se abriu e George saíra. Talvez nunca tenha visto George tão mal assim - sem contar a história com Summer -. Ele não saíra com raiva, nem nervoso, ele saiu triste. Lizz tentou chama-lo, mas ele saiu logo da sala. Fred entrou em seguida, obrigando-a a ficar sozinha, inventando algum passa-tempo.

Como podia estar tão normal depois do que havia acontecido? Ela pensava, desesperada. Ela está acomodada com tudo. De qualquer jeito ou de outro, é traição, é chifre no pobre Justino, e ela gosta do garoto. Como pode fazer isso e agir como se nada tivesse acontecido?

Tentou respirar. Se desesperar não vai mudar o que aconteceu. Ela só queria poder se controlar perto de Fred.

Sentiu o pescoço pinicar por causa dos chupões. "Maldito Weasley" pensou rindo, sentindo seu corpo estremecer só de lembrar o quão ele brinca com os sentimentos dela, seus desejos, seu corpo. O quão ela é sua.

Demorou ainda muito para Fred sair com a mesma expressão do irmão. Lizz notara que tanto ele como George, saíram segurando uma das mãos. Achara estranho, e entrou quando Umbridge a chamou, pensando em como a mulher era feia e se desculpando caso ela pudesse ler mentes.

Entrou na sala e seu olho doeu. Era tudo muito... rosa e dourado. O calor em suas mãos começara a faze-la suar e sabia que não iria demorar para limpar as mãos na saia. Estava morrendo de calor, queria tirar o cachecol, mas não podia. "Maldito Weasley", pensou mais uma vez.

Umbridge pediu para que ela se sentasse. Lizz olhou para a cadeira tomou um susto quando ouviu um miado. "Será que todos esses gatos são dela?" se questionava enquanto sentava.

– Senhorita Longbottom... - ela deu um sorriso amarelo, que ficou ainda mais amarelo perto da sala tão unicolor. - Você sabe por que está aqui?

– Não, Professora. - a garota respondeu, finalmente limpando as mãos na saia, e pousando-as sobre as pernas, tentando não falhar ao respirar.

– Eu vi você conversando com um dos gêmeos Weasley hoje. Estavam bem juntos, hein... Pensei que você tivesse um relacionamento com o Sr. Finch-Fletchley. - ela sorriu mais uma vez, mexendo em um lápis.

– E estou, Professora. Fred é só um amigo. - ela afirmou.

– Mas o Sr. Weasley não fora sempre um amigo, certo? - ela disse mais uma vez, convicta do que dizia. Lizz não respondeu. - Entendo. Mas você está ciente de que meninos e meninas não podem ficar juntos, certo?

– Entendo, professora. Mas Fred e eu somos apenas amigos. E nem chegamos perto um do outro. - Lizz disse. - Era apenas isso?

– Ah, não, não. - ela disse, jogando as mãos para cima, como se Lizz estivesse totalmente errada. - Isso era mais um pretexto. Eu me lembrei que ainda não havia lhe chamado para uma conversinha de mulheres. - ela sorriu, um sorriso tenebroso. Lizz sentiu seu estômago inteiro revirar. - Sabe, nós mulheres somos como irmãs, e irmãs não mentem para as outras, concorda? - Lizz dissera que não com a cabeça. A mulher se levantou e começou a andar pela sala. - Certamente. Então, você ouviu falar por ai... você sabe se... não existe um grupo de alunos, ilegal, praticando feitiços defensivos?

Nossa. Lizz realmente pensava que poderia se tratar disso, mas não sabia que a mulher seria tão direta. Engoliu em seco.

– Eu não sei de nada, Professora Umbridge. - a garota disse, tentando ao máximo parecer convicta daquilo. Umbridge a observou por alguns instantes, parecendo preocupada.

– Entendo... - disse e voltou a andar. - Mas acredito que a verdade... não está sendo realmente contada aqui.

– Eu estou dizendo a verdade, não sei de nada sobre isso. - disse aumentando a voz com nervosismo, mostrando um pouco de desespero.

– Certo. - disse e Lizz se perguntou se ela já seria liberada. Por que algo a dizia que não? - Se importa de me fazer mais um favor? - perguntou, quase como uma súplica. Lizz soltou um ar fortemente, irritada.

– Claro, Professora. - respondeu, tentando ser o mais doce possível.

– Escreva aqui nesse papel. - disse ela, lhe entregando uma pena.

Lizz olhou para o papel e para a pena. Quer merda de favor era esse?

– Hã... onde tem tinta? - perguntou, virando-se para ela.

– Não precisa de tinta. - sorriu a sapa. Digo, professora.

– O que devo escrever?

Umbridge soltou uma risadinha abafada, olhando para baixo. Voltou-se para Lizz e a encarou para alguns segundos, realmente tentando intimida-la.

– Escreva: Infiel com os namorados, por que não com a professora?

Lizz bufou irritada. Sentiu uma lágrima querer sair, mas obrigou a tal lágrima a voltar para o olho. Não ia deixar seu orgulho a expulsar daquele colégio.

– Quantas vezes?

– O suficiente para... penetrar... em você.

Lizz achou que era mais uma indireta. Que professora assanhada. Sabia demais das coisas. Muito mais que Lizz acreditava que sabia.

Começou a escrever a tal frase, se recusando a pensar naquilo como uma dica para si, por mais que de fato, tivesse uma coerência. Ela devia mesmo parar com isso. E pensara nisso por um bom tempo enquanto escrevia, até sentir sua mão coçar. Pinicar. Arder. E iam mudando as sensações, até chegar ao extremo de uma dor. Lizz soltou a caneta, e olhou para a própria mão. Estava algo sendo escrito nela. Sangue ia saindo de leve das letras miúdas, parecidas com as próprias. Lizz sentiu lágrimas querendo voltar, e segurou na mesa, tentando ignorar a dor ao aperta-la. Quando terminou, sentiu um alivio pela dor ter cessado. Porém, ainda ardia. E muito. Lizz segurou a própria mão, como se tentasse segurar a dor.

– Está dispensada, Srta. Longbottom. - sorriu a mulher, e voltou a sentar-se em sua cadeira.

Lizz se levantou rapidamente e saiu pela porta, quase que correndo. Sentia raiva, dor, tristeza, um tipo de traição. Sentia-se mal por Justino, mal por Fred, mal por si mesma. Não sabia o que fazer. Mal chegara no pátio central e puxou um cigarro, acendendo-o. "Espero que nem Summer nem Justino, muito menos Neville resolvam aparecer agora".

Já estava terminando quando ouviu vozes na parte mais clara do pátio. Chegou perto para olhar, reconhecendo as vozes. Fred e George estavam sentados em um banco, conversando com um garotinho, um primeiranista, provavelmente. Ele chorava.

– Não chore. Tá vendo a minha aqui? Foi hoje mais cedo e já nem tá doendo tanto. - dizia George, mostrando para o menino sua mão.

– É, depois de um tempo, você nem percebe a dor. Tudo vai ficar bem. - Fred disse e bagunçou o cabelo do garoto. Lizz sorriu.

"Ah, Fred. O que fazer com você? O que fazer com tudo o que passamos, e o que ainda estamos passando? O que fazer com todo esse sentimento que eu tenho e que até você obviamente ainda tem? Não sei quanto tempo mais eu vou aguentar tudo isso, essa sensação de que algo ruim vai acontecer, as coisas que eu tô fazendo para mim mesma que me fazem mal, o que estou fazendo com as pessoas que amo, e até o que estou fazendo com você. Se você pelo menos soubesse o que eu quero te dizer... Queria eu que tudo fosse tão simples a ponto de... de nós dois... Ah, não posso. Eu não posso confiar em você de novo, mas por quê? por que eu o faço?" ela falava consigo mesma em mente, andando de um lado para o outro segurando o tal cigarro.

Viu George chegando e não sabia se deveria se esconder ou não, ficando apenas parada em seu lugar quando ele apareceu vindo em sua direção.

– Lizz. - ele sorriu. - Como você está?

– Marcada. - ela disse e ele levantou a sobrancelha.

– Como disse? - perguntou confuso e ela mostrou a mão. - Ah sim. É. Nós também. - ele mostrou a dele.

– "Não me engana com suas piadas, nem mesmo com suas mentiras"? Que merda é essa? - ela riu, achando um absurdo. A dor em sua mão latejou.

– Né. Deixa eu ver a sua. - ele pegou a mão dela mas ela puxou.

– Ah... Eu prefiro não mostrar. - ela disse, fazendo uma cara de desarme.

– Hm... OK. - disse. - Ei, tenho que ir, preciso falar com uma pessoa. Tchau. - beijou sua testa e saiu.

Lizz voltou a olhar para Fred, que agora estava sozinho, olhando para as próprias mãos, ainda sentado no banco que estava. Respirou fundo e apoiou a cabeça nelas. Lizz foi até o garoto.

– Oi. - ela disse, e sorriu forçosamente, sem mostrar os dentes.

– Oi. - ele disse, parecendo surpreso ao vê-la. - Como você tá? A Umbridge... Ela...? - ele perguntou, apenas olhando pra ela.

– Sim. Aqui está. - ela estendeu para ele. Ele leu e franziu a testa, balançando a cabeça como quem dizia não. - Como ela sabe destas coisas?

– Eu não sei... Eu só... Eu... - Lizz tentou dizer, mas sentiu a sensação de que algo ruim ia acontecer voltar e começou a chorar. Jogou as mãos no rosto, tentando não deixar o garoto a ver daquele jeito.

Ele a olhou preocupado. Tentou falar algo, até abriu a boca pra ver se algo saia, mas nada veio. Ele se levantou, e a puxou para um abraço. Ao contrário de antes, quando ele hesitava para dar passos a frente, ele apenas o fazia. Não tinha mais medo de como ela reagiria. Eles, de fato, haviam se tornado amigos. De novo.

Ele a abraçava forte. Ela enterrou o seu rosto, ainda coberto pelas mãos, no peito de Fred. Ele a aninhou mais e beijou sua cabeça, sussurrando que ficaria bem, não importava o que a estaria deixando aflita. Ela chorou mais. Fred se perguntou se devia, às vezes, calar a boca.

– Vem aqui. - ele a puxou para o banco, e ficou sentado, abraçado com ela. Lizz soluçava. Ele puxou uma garrafinha de água do bolso, fazendo-a rir. - ÊÊÊÊÊ! - ele comemorou ao ver o sorriso dela, balançando-a, tentando anima-la. Entregou a garrafa a ela. - Toma. Vai ajudar no soluço.

Ela bebeu a água. "Nossa, é água mesmo" pensou, considerando que poderia ser vodka. Ouviu um barulho, mas não conseguiu ver o que era, Fred a abraçava muito forte.

– Obrigada. - ela disse e ele olhou para ela. Seu queixo apoiado no peito do ruivo. Ele olhando para os olhos, agora, vermelhos dela. - Por sempre cuidar de mim. De conversar comigo. Ás vezes, acho que preciso só de você pra cuidar de mim. - ela riu, e baixou o olhar, mas ele segurou seu queixo de novo, fazendo-a voltar a olhar para ele.

– De nada. - ele riu. - Você sempre será minha melhor amiga. - ele a abraçou de novo, e depois a soltou, ficando apenas com o braço em volta de seu pescoço. Ela deitada com a cabeça no peito dele, ouvindo seu coração bater. Viu galhos se mexerem e uma pessoa correr.

– Quem é? - gritou Fred, mas a pessoa já havia fugido. Deu de ombros. - Deve ser um primeiranista enxerido, achando que íamos fazer algo a mais. - sorriu e se levantou, levando a mão a ela. - Vamos? Hora do jantar.

Ela riu e segurou a mão dele, e foram conversando, até mesmo rindo, para o Salão Principal.

***

Já dentro do castelo, em algum dos corredores, George andava, procurando alguém. Sem cara de muitos amigos, um pouco jururu, olhava de um canto para o outro, até que pareceu ter achado.

– Ah, finalmente achei você. - disse e seguiu indo até a direção da pessoa.

Era Rogério. Sorriu ao ver o garoto, levantando ainda mais o nariz e estufando ainda mais o peito.

– Weasley... Me procurando? - falou com desdém. - Não acho que temos muito o que falar.

– Ah, temos, temos sim, Davies. Como pegar a namorada de outro cara. - George disse, empurrando Rogério ao mesmo tempo.

– Não se mete na minha vida, falou. - disse, devolvendo o empurro.

– Você se meteu na minha primeiro, seu fedelho! - empurrou mais forte.

– Sou só mais um ano mais novo, seu idiota. - quando Rogério levantou o punho, ouviram um grito do outro lado do corredor.

– Chega! - uma voz aguda ecoou. Era Summer. - Calem a boca e parem de brigar!

– Ele começou! - apontou Rogério para George.

– Eu? Você que roubou a minha...

– NÃO QUERO SABER QUEM COMEÇOU, PAREM AGORA! - disse. - Rogério, pode ir para o Salão Principal, nos falamos amanhã. Preciso falar com George. - ela falou rápido, botando a mão na testa.

– Mas...

– AGORA!

Ele resmungou algo e foi embora batendo os pés. George soltou um risinho e Summer o olhou, repreendendo-o. Ele parou de rir e cruzou os braços.

– Você não tinha motivos para isso. - ela disse, tentando ficar calma.

– Motivos não me faltam. - ele disse assim mesmo, sem mais nem menos.

– Seja bom perdedor, OK? Você perdeu, segue em frente!

– Não, eu NÃO vou desistir. - sua voz se sobressaltou.

– Não precisa gritar. - ela abaixou mais ainda seu tom.

– Não, mas eu grito. Eu grito e vou gritar. Vou gritar até minha voz sumir. Mas você vai me ouvir gritar, Summer Marrie Lovegood. Vai sim. - ele disse, já perto demais dela. - Até meu último suspiro eu vou gritar, pra você me ouvir.

Ela olhava dos olhos do garoto para seus lábios. A respiração quebrando em escadas, de ambos.

– Estúpido, eu te odeio. - ela disse e o empurrou.

– Não odeia. Você me ama. Cansei de ouvir isso. - ele riu para ela.

– Não. Eu odeio. Tenho ódio, - ela o empurrou - ódio - e o empurrou - de você! - e o empurrou.

– Para com isso! - ele gritou para ela.

– Para você! - e quando ela o empurrou mais uma vez, ele a segurou pelo pulso, e jogou na parede.

Ela estava presa. Não tinha para onde fugir. Seus pés não tocavam o chão, pois no meio de suas pernas estava a perna de George. Ele segurava os dois pulsos dela, olhando-a enfeitiçado. Ela fazia o mesmo. Mal tinha conseguido fôlego o suficiente, George fechou a distância que havia entre os dois. Ela o deixou beija-la, sentindo tanta falta daquele beijo. Aquele beijo, que continha tanta inocência e tanta pureza, ao mesmo tanta luxúria e desejo. Os toques, a respiração que falhava, as borboletas e os lábios em contato, tudo deixava o momento perfeito. Tanta saudade daquilo, agora vindo de forma feroz, algo mais desejável ainda. Várias sensações subiam nos dois, deixando-os loucos.

– Espera! - ela gritou, se desfazendo do beijo e respirando.

– O quê? - ele ofegava.

– Vamos para o seu quarto. - ela disse e ele olhou para ela, um sorriso querendo abrir em seus lábios. - Agora!

– É pra já.

***

– George!

– Oi? - ele perguntou, deitado em sua cama, fazendo carinho nos cabelos de Summer, brincando de desenhar ali.

– A gente fez. A gente fez mesmo. - ela riu feliz.

– Sim. - ele soltou uma risada gostosa, tão feliz quanto ela. - Aconteceu! E exatamente como eu imaginava. Tapa na cara do Davies.

– Pobre Rogério, como vou dizer isso a ele, tadinho? - ela disse e ele a ignorou. Não queria se irritar.

– Não precisamos contar para as pessoas agora que voltamos. Nem precisamos contar para Lizz e Fred, se quiser. - ele riu, como se a ideia fosse absurda.

– Ah ta, como se você conseguisse esconder algo do seu irmão. - ela riu, fazendo movimento circulares no peito dele.

– Está dizendo que você consegue esconder algo de Lizz? - ele riu, levantando para ela uma sobrancelha.

– Acha que eu não consigo? - o tom desafiador saindo na voz doce de Summer.

– Eu tenho certeza. - o sorriso maroto aparecendo mais uma vez.

– Aposta? - ela sorriu, estendendo a mão para ele cumprimentar.

Ele a olhou por alguns segundos. Summer esconderia de Lizz e ele de Fred. Será que conseguiria? Apenas abriu um sorriso.

– Feito. 1 semana. - segurou a mão da garota e a balançou. O acordo estava lançando.

– Ei, George! - ela sorriu mais uma vez, antes de voltar a se aninhar nos braços dele para dormir.

– Oi, princesa? - ele disse, olhando-a nos olhos e brincando com seu cabelo.

– Feliz aniversário! - um sorriso brotou nos lábios do garoto. - 18 anos de Georgismo. Gostou do presente?

– Foi o melhor de toda a minha vida. - ele falou entre risos, não acreditando que ela tinha falado "Georgismo". - Vamos comemorar no final de semana. Tá convidada.

– OK. Boa noite. - ela selou seus lábios e se virou para o outro lado.

– Vai mesmo dormir aqui? - George estava surpreso. - Se Umbridge nos pegar, expulsão na certa.

– O que torna isso muito mais interessante. - os dois riram.

E dormiram de conchinha.


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Notas finais do capítulo

sei que eu sempre deixo o sexo ser livre aqui, mas não vou dizer o motivo de summer e jorge não terem sexo explícito. espero que entendam.
ps. te amo may



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