My Happy Ending escrita por Anna, bibi_di_angelo


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sorria. Você foi escolhida.


Notas iniciais do capítulo

Não me culpem pela demora, sério. Eu tava aqui, na boa, quase postando, e o computador simplesmente travou! Cara, fiquei umas duas horas procurando a foto dos personagens pra colocar como hiperlink, mas, nãaaaaaaaaaaaaaaaao, o notebook do inferno tinha que travar.



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            POV Thalia

            Antes de nos dirigirmos ao auditório, tentei ligar para Silena repetidas vezes, mas a loira não atendeu, caía sempre na secretária eletrônica. Então me observei no espelho que havia dentro do armário que eu dividiria com Clarisse e constatei que minha roupa não estava tão mal assim.

            Segui minha companheira de quarto até o teatro, passando por dormitórios, banheiros, prédios, campus e outros lugares. Entramos por uma porta dupla que dava para um enorme cômodo – se é que podemos chamar de cômodo. Isso me lembrava de casa. E eu não me sentia em casa. – cheio de adolescentes de variadas idades. Havia, pelo menos, umas dez fileiras com poltronas vermelhas – daquelas do tipo de cinema – uma ao lado da outra.

            Sentei em uma poltrona qualquer e analisei o lugar. Era arejado – com ar condicionado –, grande e havia um falatório enorme. Meninas e meninos entravam pela porta dupla que eu passara vinte, talvez dez, minutos antes.

            De repente, Clarisse bufou.

            – Qual é o problema? – indaguei, enquanto pegava meu celular para verificar se tinha alguma ligação perdida de Silena e meu coração foi a mil ao ver que ela não ligara. Só tinham me mandado uma mensagem, e não tive tempo de lê-la.

            – Aquele é o problema. – ela respondeu, apontando para uma garota alta, morena, de olhos escuros e cabelos longos e ondulados negros. – percebi, tarde demais, que ela tinha mechas californianas. – De certa forma, a menina era parecida com Clarisse. A única coisa que era bastante diferente entre as duas era a altura e, com certeza, o estilo. Enquanto Clarisse vestia shorts jeans, All Star roxo e regata branca com alguns detalhes da mesma cor que o tênis; a garota usava botas de couro, calça jeans skinny, luvas rasgadas nos dedos indo até mais ou menos o cotovelo, uma blusa preta e um colete xadrez preto e branco. Vestia preto e branco da cabeça aos pés. E, para completar, usava uma touca neutra. – É minha irmã, Vanessa de La Rue.

            – E o que tem de errado com ela?

            – Ela gosta do meu namorado. – Clarisse revirou os olhos, mas o rosto tinha um tom vermelho vivo. Eu não sabia se era de raiva ou de vergonha. Mas, tarde demais, percebi que a menina conversava com um garoto pálido, com olhos mel, alto e cabelo loiro. E Vanessa quase se atirava nele. – Da licença, Thalia. Preciso evitar um atentado à minha sanidade mental.

            POV Clarisse

            Caminhei com passos duros até minha irmãzinha e meu namorado e cheguei lá, pigarreando. Vanessa me viu e estreitou os olhos.

            – Ora, ora, irmãzinha.

            – Não me chame de irmãzinha. – rosnei. Ela não era mais que um ano mais velha que eu.

            – Sou mais velha que você, Lizzie. – ela provocou enquanto meu namorado observava a cena atentamente.

            – Meu nome é Clarisse, Nessinha.

            Seus olhos arderam em chamas.

            – Meu nome é Vanessa, não Nessinha. Não acredito que continua vindo pra cá. Papai vai gostar de saber disso, Clarisse. Não vou mentir, não acredito que quer ir pra Julliard. Sério? Julliard? Com Yale, Harvard, Stanford... Todas elas te querendo? Desculpe, mas vai acabar parando em uma faculdade comunitária.

            – Comunitária? – meu queixo caiu.

            – Isso. Da comunidade. Sabe como é. – ela piscou e seu olhar cedeu um pouquinho. – Mamãe iria gostar que você fosse para Harvard.

            Fiquei rígida.

            – Vá embora, Vanessa. Estou falando sério.

            Ela me encarou por uns dois segundos, deu meia-volta e saiu do auditório. Era seu último ano, e minha irmã se achava “a veterana” especial. Revirei os olhos com esse pensamento e me virei para Chris.

            – Qualquer garota, Chris, menos ela. – resmunguei e passei por ele, mas o mesmo me puxou e o meu peso fez-me ficar frente-a-frente com ele.

            – Ei. Relaxe. Você é única.

            Pensei nisso por um instante e envolvi seu pescoço com os braços.

            – Você também é. – devolvi. – E é por isso que, com tanta garota nessa escola, ela não. Vanessa não joga limpo e você não pode achar que só porque ela gosta de você, vai abrir uma exceção. Especialmente porque está comigo.

            POV Annabeth

            Entrei no auditório acompanhada de Alexis. Mas, dois minutos depois, ela fora levada pela multidão – ou talvez por Melanie. –, então comecei a procurar por uma cabeleira negra repicada. Eu a encontrei mexendo no celular e sorrindo como uma idiota e sentei ao seu lado. Discretamente, olhei para a tela do iPhone de minha melhor amiga e notei que ela lia uma mensagem. Pelo número, deduzi que era de Luke.

            – Fofoqueira. – ela disse, sem olhar para mim.

            – Você é minha melhor amiga, acho que deve abrir exceções.

            Quase pude ouvir seu revirar de olhos.

            – Não há exceções para Annabeth Chase.

            – O que há de errado com Annabeth Chase? – perguntei, surpresa.

            Ela não respondeu, pois uma voz soou no microfone e imediatamente todos calaram a boca. Olhei ao meu redor, ainda surpresa. Depois, procurei a dona da voz e constatei que havia uma mulher ruiva no palco. Ela tinha belos olhos verdes e o cabelo era longo e ondulado. Aparentava ter uns vinte anos. Usava pouca maquiagem e parecia ter saído de uma revista.

            – Bem, como todo mundo sabe, meu nome é Caroline Williams, e eu sou professora de teatro. E todo mundo também sabe que, todo ano, escolhemos doze novatos para se apresentarem aqui em cima e, entre eles, escolhemos cinco. E esses cinco alunos ganham uma bolsa pelos próximos três anos. Essas doze pessoas variam em idade, sexo e foram escolhidas aleatoriamente. Claro que são do primeiro ano.

            Metade das pessoas que estavam naquela sala explodiram em gemidos, muxoxos e reclamações. Caroline levantou uma prancheta e arrastou os olhos verdes por toda a sua extensão – fiquei surpresa, pois, até aquele momento, eu não a notara. A professora de teatro arregalou os olhos.

            – Bem, parece que temos uma pequena surpresa. – ela disse, a voz perigosamente baixa. – Além dos doze estudantes selecionados, nossos juízes também resolveram chamar mais doze. Então, tecnicamente falando, temos vinte e quatro participantes. E parece que quatorze vão ganhar a bolsa para os próximos três anos. Que estranho. – ela franziu o cenho. – Mas tudo bem. Agora, vou falar nossos “escolhidos” – Caroline abriu aspas no ar – Quero que se apresentem perto dos juízes os nomes que eu chamar, tudo bem? Os juízes são Ashley Nichole, professora de Artes, eu e o professor de piano, Bobby, mas vocês podem chamá-lo de Sr. Tisdale.

            Ela começou a falar alguns nomes e, cinco segundos mais tarde, percebi que começara pelos homens.

            – Michael Yew. Will Solace, Justin Williams, meu querido irmão, Scott Thompson. Matt Prescott. Josh Forks. Miles Millar. Chris Rodriguez. John Clarkson. Daniel Danner. Connor Stoll. Travis Stoll.

            Engasguei com os três últimos nomes. Daniel era o amiguinho de Thalia que ela havia me apresentado algumas semanas – talvez meses – antes. Connor era o cara que eu tinha conhecido pela internet e Travis era namorado de Rachel. Estranhei o nome Josh. Tinha uma vaga impressão de que já o ouvira antes.

            – Agora, as meninas. – Caroline continuou. – Clarisse de La Rue. Vanessa de La Rue. Rachel Elizabeth Dare. Penny McGaw. Marina Sartori. Melanie Strike. Thalia Grace. Raíssa Régis. Lorena Harris. Alexis. Annabeth Chase. Anna Parker.

            Parei de respirar por um segundo antes de me dar conta que eu tinha que ir ao palco. Levantei-me pesadamente e procurei Thalia entre as pessoas que se aproximavam do lugar onde Caroline estava. Como não a encontrei, fiquei perto de Raíssa e Lorena, esperando não ser notada.

            Nós subimos no palco e ficamos espalhados por toda a sua extensão, todos com respirações entrecortadas.

            – Bem. Sei que há alguns nervosos, mas também há alguns que já estão prontos, certo, Vanessa? – ela deu uma piscadela para uma garota de olhos negros e cabelos escuros longos com algumas mechas loiras/laranjas. – Vamos lhes dar três semanas para comporem uma música e apresentá-la aqui no palco, com direito à figurino. Dez de vocês serão eliminados. O resto ganhará a bolsa e, além disso, competirá na estadual contra algumas outras escolas. Dúvidas?

            – E se eu não quiser participar? – um dos garotos perguntou. De repente, observei o grupo de meninos e constatei que Connor estava lá. Parecia que ele não se lembrava de mim, o que me fez suspirar aliviada. Pelo canto do olho, vi Thalia fitando Daniel, a respiração ofegante. Rachel se agarrava à Travis – pelo menos eu achava que era ele – e Lorena sorria para um menino de olhos azuis e cabelos negros rebeldes.

            Caroline não pareceu ficar surpresa com a pergunta, mas aparentou também não ter gostado.

            – Não há nada que possam fazer.

            – É necessário compor uma música? Não pode ser um cover? – Alexis perguntou.

            – Pode ser. – a professora admitiu. – Mas nós preferimos sons originais. Não os conhecemos e gostaríamos de saber os seus estilos. Depois de mais alguns detalhes, se dirijam ao refeitório e estarão liberados pelo resto do dia para conheceram a escola. As aulas começam amanhã. Seus horários estão em pequenos papéis dentro de seus armários, em seus dormitórios. E além da bolsa e da competição estadual, algumas modelos estarão presentes em nossa escola em algumas semanas, então, por favor, cooperem.

            Depois de mais alguns minutos de dúvidas respondidas, fomos liberados. Minha barriga roncava. Puxei Thalia para um canto.

            – Por que somos as únicas ferradas nessa droga? – perguntei, irritada. – Com mais de cem alunos, eles têm que escolher justo a pessoa com o nome Annabeth! E aposto que esse nome é único!

            – Annie, relaxe. Eles devem ter achado seu nome incomum. – fiz uma careta, e Thalia levantou as mãos, como se estivesse implorando por arrego.   – Pelo menos você tem talento, Thalia. Eu não tenho.

            Ela revirou os olhos.

            – Vamos comer alguma coisa. Estou morrendo de fome.

            POV Marina

            – Puxa, isso é muito legal. – murmurei animadamente para Penny. Minha barriga roncava, então tratei de me dirigir logo ao refeitório e montar uma bandeja cheia de comida pra mim. Pegamos uma mesa e sentamos. E, de repente, todos os lugares estavam ocupados.

            – Nossa, até na escola vocês me perseguem. – brincou Lori, rindo.

            Eu sorri.

            – Puxa, muito obrigada pela parte que me toca, Lorena. Eu também te amo pra caramba.

            Ela fez uma careta e voltou sua atenção ao seu prato.

            – Bem, pelo menos não vamos precisar trabalhar com um psicopata. – Mel disse. Ela sempre fora a mais sensata do nosso “grupinho”. Ri com esse pensamento, atraindo olhares. – O que é? Raíssa, por que você está vermelha de tanto rir? Não ria! Estou falando sério.

            – Vocês têm sérios problemas mentais. – disse Alexis.

            – Disse a normal. – revirei os olhos.

            – Ei! Eu sou muito normal. – ela rebateu. – Eu e a Penny somos as mais normais.

            – Mentira... – cantarolou Raíssa. – Melanie que é essa chata.

            – Ei!

            – Meninas, se controlem. – Annabeth chegou com uma bandeja nas mãos, sentando-se ao meu lado, com Thalia ao seu lado.

            – Não sei vocês, mas eu estou perfeitamente controlada. – Penny disse.

            – Disse a pessoa que reclamou o voo inteiro. – resmunguei.

            – Olha só, a turbulência atrapalhou minha leitura e eles não me deixaram ouvir música. A única coisa que me sobrou pra fazer foi dormir. Mas minha mãe me fez dormir praticamente dez horas antes de pegar o avião. Não me enche. E ainda estou de TPM.

            – Nossa, relaxa. – Mel disse.

            – Gente, temos problemas mais sérios do que estar de TPM. – Thalia reclamou. – Nem todo mundo canta bem. Como eles esperam que eu componha uma música em três semanas, faça uma apresentação e ainda me saía bem?

            Fizemos silêncio, apesar do refeitório estar uma loucura.

            – Cara, que barulho de cri-cri. – resmunguei.

            – Não vou ficar aqui. Sou claustrofóbica. – disse Anna pela primeira vez. – Vou comer pelo campus, alguém quer vir comigo?

            – Eu quero. – Lorena disse. – Bem, gente, até amanhã. Vou passear um pouquinho por aí e depois terminar de arrumar as malas. Já está tarde e estou cansada do voo.

            – Tem razão. – Mel murmurou. – Raíssa, eu vou indo. Você vai ficar aí?

            – Não. Trouxe muita roupa para botar dentro daquele armário-mutante. Tenho que, pelo menos, ligar para a minha mãe antes de dormir. Ela me fez prometer.

            As quatro meninas saíram de nossa mesa juntas, conversando. Logo, sobrara apenas eu, Penny, Alexis, Annabeth e Thalia.

            – Eu tô de olho em um carinha lá. – confessei.

            Penny arregalou os olhos.

            – Quanto tempo não a ouço dizendo isso. – ela disse.

            – Pois é, Mari. – Alex concordou. – Você precisa de uma boa e velha sessão de amassos para afastar esse mau humor.

            – Não estou de mau humor. – revirou os olhos. – Falando em humor, isso me lembra amor. Annabeth, como vai o Percy?

            – Muito bem, na verdade.

            – E o Luke, Thalia?

            – Legal.

            Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, uma garota ruiva muito bonita chegou perto de nossa mesa, sorrindo feito uma maluca.

            – E aí, galerinha do mal. – ela disse. – Ei, Annie, Thalia. Posso me sentar?

            – Claro.

            Acho que ela se deu conta que havia mais pessoas na mesa, pois sorriu envergonhadamente e as bochechas sardentas ficaram vermelhas.

            – Sou Alex. – se apresentou minha amiga.

            – Penny. – continuou a outra.

            – Marina. – emendei. – Mas pode me chamar de Mari, tudo bem?

            Ela deu de ombros.

            – Meu nome é Rachel Elizabeth Dare.

            POV Annabeth

            Depois de alguns minutos de conversa, chamei Alexis para que fôssemos para nosso quarto, nós arrumamos nossas coisas no “armário-mutante” – como Lorena o chamara – e, depois, ela caiu no sono. Antes de deitar, mandei uma mensagem para Percy avisando que estava bem e outra para o celular de minha mãe, falando a mesma coisa.

            Desliguei a luz e apaguei completamente.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu juro pra vocês que a culpa não foi minha. Ainda vou fazer um capítulo SÓ de hiperlinks dos personagens, tudo bem? E prometo que farei outro capítulo dentro de um mês. O motivo da minha demora foi que eu não estava com cabeça pra escrever, estava sem criatividade, nenhuma música ajudava e... bem, não importa. De qualquer forma, quero muitos reviews. Sei que a maioria das fics que tem 2ª temporada recebem menos reviews e como My Happy Ending é praticamente a minha primeira fic... vamos fingir que essa é Innocence, OK? Muitas recomendações e muitos reviews u_u



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