Projeto Divindade 2 A Ira Dos Antigos escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo, este narrado por um ser muito conhecido, nosso querido Thales



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THALES

        Lá estava eu, preso em um quarto, sem janelas, e em um andar tão baixo que nem o som chegava, de novo eles me pegaram, não consegui fugir de novo, fico me perguntando, será que alguém conseguiu escapar? E acima de tudo, será que algum dia alguém irá conseguir escapar?

            Fiquei pensando assim até alguém jogar um prato de comida de debaixo da porta, era o jantar? Ou era o almoço? Não sei, perdi a noção do tempo, nem sabia se o tempo em que estava detido naquela maldita base da Security, dias? Semanas? Meses? Anos? Não sei, eu não sei de nada, eu preciso fugir daqui, mas como?

            Me levantei, peguei o prato de comida, tiver que ir rastejando até ele, pois além das feridas que aconteceram durante a fuga ainda estarem abertas, estava tão escuro que eu tinha que cuidar que não iria pisar em cima da comida.

            Tateei o chão até que encontrei uma bandeja, acima dela havia apenas um copo de água, um prato com feijão e arroz e talheres. Comi aquela comida calado, vou falar o que e com quem? Eu não tenho ninguém, não, isso não é verdade, eu tenho amigos, eu tenho minha namorada, mas como eu iria conseguir vê-los? Como eu poderia soltar todos os Mexmons daqui?

            Terminei rapidamente de comer e fui deitar, assim que deitei eu dormi, e tive alguns sonhos estranhos, vi no topo de uma montanha, uma garota de cabelos castanhos cacheados segurando uma espada coberta de fogo, lutando com um garoto coberto de raios e lutando segurando um raio, sim isso mesmo, segurando um raio.

            Eles lutavam e lutavam, e sinceramente parecia que não iria ter fim, resolvi ver bem quem era e reconheci, o garoto com o raio era Diego, um dos Mexmons que estava aqui, será que ele tinha fugido? Tomara que sim, ninguém merece ficar aqui. Quando os dois estavam prestes a colidir novamente suas armas eu acordei com batidas na porta.

-Acorde preguiçoso, a não ser que queira perder seus quinze minutos diários – disse a voz destrancando a porta

            Se eu pudesse, agora eu convocava minhas armas, huelo meus olhos que são capazes de prever a morte, mantes minha roupa que me da todo status que eu preciso e raiatus minha espada que tem um poder de destruição igualado com um raio, mas esses malditos cientistas destruíram o nanobô que convocava minhas armas, eu ainda conseguia chamá-las, mas precisava de muito mais esforço e me esgotava muito, resumindo eu não conseguia lutar com tudo.

            Vocês também devem estar se perguntando, o que são os quinze minutos diários. Certo? Bom, esse é o tempo que os malditos cientistas nos deixam sair de nossas celas, todos os Mexmons ficam em uma cela só, é mais um salão, mas esses quinze minutos são para subirmos em um pátio e pegarmos um pouco de sol, para não morrermos anêmicos.

            Saí lá pra fora e quase fiquei cego ao ver a luz, todos já estavam lá, correndo e se mexendo o máximo possível, vi Yupae se alongando e fui até ele, Yupae, para quem não sabe, é um amigo meu do refúgio Egípcio, ele também foi capturado junto comigo e a maioria dos mexmons daqui.

-Thales – falou ele – Cara, onde você tava? Eu achei que tinha conseguido escapar

-Bom se fosse, eles me prenderam na solitária

-Nossa, que brabo, viu, mas um de nós conseguiu

-O que? Quem?

-Diego escapou, se ele encontrar um refúgio ele pode trazer reforço e-

-Nem fale isso – interrompi ele – Melhor que ele ache o refúgio e fique em segurança, esse lugar é praticamente impenetrável, e duvido que conseguiríamos ajuda de um Deus.

-Verdade... – Yupae disse de cabeça baixa, realmente, eu queria tanto quanto ele fugir desse inferno, mas não era assim que as coisas funcionavam.

            Fiquei um tempo sentado e pensando naquele sonho, será que era alguma premonição? Meus olhos prevêem mortes, mas nunca elas aparecem em sonhos. Então afastei por um tempo esse pensamento da minha cabeça, e comecei a pensar no pessoal do refúgio, em Letin, em Ella, ahh, Ella, como eu tinha saudades dela.

            Logo os seguranças começaram a nos chamar para dentro de novo, a última coisa que eu queria era voltar pra aquele quarto frio, escuro e úmido, mas eu não tinha escolha, fui antes que eles começassem a arrastar os que se negavam a voltar.

            Entrei no quarto e logo a porta se fechou e escutei no mínimo umas cinco trancas serem fechadas. Me deitei na cama e dormi de novo, dessa vez eu sonhei com Diego de novo, ele corria por uma rua em Nova York disparando raios feito louco, viaturas policias seguiam ele, então ele virou em um beco e eu o segui, ele se bateu com uma pessoa muito familiar, Letin, ele se bateu com Letin, olhou bem pra ele e disse

-Eu não tenho dinheiro

-Ei garoto, eu não sou um ladrão, eu vim ajudar você – Letin disse sorrindo

-Você é um semideus? Um daqueles que abre a porta pro refúgio?

-Sim, mas como você sabe sobre tudo isso?

-Thales me contou, ele disse que aqui tinha um lugar seguro

-O que? Thales? – ele perguntou assustado – Ta certo, depois conversamos sobre isso, vou te tirar daqui

            Então ele começou aquele encanto que eu não fazia idéia como fazer e abriu um portal, daí eu acordei, mas eu me sentia bem, esse sonho eu sabia que era real, Diego conseguiu achar o refúgio, e agora está em segurança.


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