Sempre Ao Seu Lado escrita por Marina


Capítulo 16
Última tentativa


Notas iniciais do capítulo

oii!! falei que postava mais um essa semana née!! hehe
OMG minhas leitoras me abandonaram!!!!!!!!!!!! =O esqueceram da minha humilde fic... bom, queria dizer que todos os reviews são importantes, já falei isso, e se for preciso, eu repito e repito.
ah gente, um aviso triste... hum...
a fic está no fim!!! T.T
só mais alguns capítulos e... The End.
enfim, aproveitem o capítulo!! tá daoraaa!!



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Parei, e ali permaneci estático, observando o casal. Mel, a minha Mel… Junto de outro. Eles se beijavam, aparentemente apaixonados. Lembrei-me de Vitor, mas não era ele, obviamente. Porém, a dor era a mesma.

Os dois continuaram ali por algum tempo, mas logo o rapaz se foi, e ela ficou lá, num lugar com alguns arbustos e bancos, quase que uma praça, no meio de todas aquelas lojas, olhando pro nada, visivelmente com o pensamento distante.

Aproximei-me lentamente, tomando coragem, e juntando todo o amor que eu havia guardado por anos, para uma recepção calorosa, um abraço confortante, adiado graças à minha falta de comprometimento.

Respirei fundo quando parei ao seu lado - ela não havia me visto.

– Mel - a chamei com uma voz meio rouca.

Ela virou-se, e quando me viu, tornou sua expressão serena à de susto. A abracei, então.

– Lembra-se de mim? - Perguntei. O abraço era o mesmo. Seu cheiro adocicado, que me hipnotizava, também.

– Eu… Eu… Não te esperava mais. - ela tratou de enxugar algumas lágrimas que caíam, e se recompor, saindo do aconchego de meus braços.

– Feliz por me ver? - abri um largo sorriso, lhe mostrando o urso - Esperei tanto por esse dia que você não pode imaginar.

– Sim, estou feliz, mas… Depois de tanto tempo… - Mel me parecia desapontada.

– O que quer dizer com isso? - me assustei com ela.

– Cansei de te esperar. Pensei que não viria mais. - ela então virou o rosto.

– Eu não me esqueci da promessa que você me fez. Levei-a muito a sério, pra falar a verdade. Depois de você partir, comecei estudar de verdade, passei em medicina, e hoje sou um médico, com uma boa posição social, devo lhe dizer. - sorri mais uma vez - Faço até trabalho voluntário num orfanato, e amo muito isso. E todas essas coisas, eu consegui graças ao meu esforço, e à minha certeza de que tudo isso seria melhor apenas com você.

– Aquela promessa - riu - Mal me lembrava. - aquela mulher não se parecia com a garota que eu havia conhecido há tempos.

– Mas...

– Felipe - era bom ouvi-la falando meu nome, mais uma vez - nossos caminhos se separaram, eu agora sou noiva.

– Você... Mas... E nós? - estava incrédulo. Tudo o que eu havia planejado, por anos, toda confiança que eu havia depositado em nosso reencontro, estava arruinada, e parecia ter sido esquecida.

– Nós... Eu sinceramente não sei. Eu construí uma relação de anos com o Leo, e não vou abandonar tudo isso por um amor adolescente, de dez anos atrás. - ela virou-se, colocando uma de suas mãos num postezinho do lugar.

– Você o ama?

– Amor é uma coisa pra poucos, Felipe. Ninguém vive de amores. Eu tenho minha grife, ele, seu escritório de engenharia, e iremos nos casar muito em breve, devo lhe dizer. - nesse momento então notei o anel, na mão que estava apoiada ao poste.

– Eu sei. E foi graças a isso que eu sobrevivi até hoje. Mas agora eu estou aqui, tentando viver de amores, ou, pelo menos, fazer minha vida ter sentido completo, pois ninguém vive apenas de negócios, também. Precisamos de amor.

– Nem parece o mesmo - Melina riu. Como eu adorava seu sorriso!

– Me diga que não me esqueceu, que reconhece este ursinho! Diga-me que ainda sente algo por mim, por favor! Se disser que não, eu vou embora. Mas se sim...

– Eu... - Mel recuou.

Tentou se virar e partir, mas, sem uma resposta, eu não iria embora dali. Puxei-a pelo braço pra perto de mim, e a segurei pela cintura.

– Vamos, me diga se me esqueceu - olhei no fundo de seus olhos e lhe disse isso. Aproximei-me de seus lábios e a vi fechar os olhos.

Aquilo, pra mim, foi como um 'não'. Ela não havia me esquecido. Cheguei tão próximo dela que podia sentir sua respiração, agora ofegante, perto de mim.

– Responde - disse a ela, tentado a lhe beijar.

– Como poderia te esquecer? - Mel finalmente me deu um beijo.

Depois de tanto tempo, aquilo era quase que compensador. Seu beijo era praticamente o mesmo, mas agora cheio de desejo, por mim.

Melina me envolvia de um jeito diferente, sedutor, mas ainda era possível sentir seu toque inocente, apesar dos anos.

"Não é a toa que me apaixonei por você, garota."

Cessei o beijo e a olhei.

– Eu ainda te amo, apesar dos anos, e dos erros...

Dei-lhe um beijo rápido, fazendo-a se calar, e esquecer-se do que estava me dizendo.

– Enterra isso. Somos maduros agora, não é?

– Acho que sim. - Ela disse, e em seguida pegou o ursinho das minhas mãos - Mas eu ainda namoro, e, como lhe disse, tem muita coisa que eu construí aqui em todos esses anos. Depois de ter chegado aqui, terminei o colegial, fui pra uma faculdade de moda, estudei bastante... - ela parou pra pensar por alguns instantes, e deu um sorriso tímido - O suficiente. E depois da faculdade foi que conheci o Leo. - sua expressão voltou à seriedade - Pensei em você todos esses anos, mas, sinceramente, já estava quase que desacreditada se você um dia iria voltar, e por isso segui com a minha vida.

– Te entendo, linda.

– É bom te ouvir dizendo isso. - Mel abriu um sorriso mais uma vez - Ainda não acredito que você mudou a esse ponto. Jurava que você iria me esquecer, assim que encontrasse uma piriguete. Mas mesmo assim, continuei a te amar, porque, apesar de tudo, você foi o único cara que me amou de verdade, e eu ainda guardo com carinho nossas boas memórias. - ela então acariciou o urso, com lágrimas nos olhos.

– Você foi a única garota que eu realmente amei. - sorri, segurando em sua mão - Mas e o seu namorado?

– Não é amor. Praticamente um contrato de negócios. Eu sou rica, conhecida, e preciso me casar, ou vão começar a falar de mim. Imagina se alguém ficasse sabendo que eu ainda esperava por um namorado da adolescência! Além do mais, ele é rico, quer prestígio, e isso eu poderei dar a ele.

Beijei-lhe mais uma vez. Era ótima a sensação de ainda ser amado por ela.

Logo depois, fomos a um café, não muito longe de onde estávamos. Conversamos por horas. Minha saudade era imensa, e conversar com ela a amenizava suficientemente. Mas não completamente.

Seu celular tocou diversas vezes, e era estranho pensar em como ela havia se tornado alguém tão importante, sem mim. Antes, ela precisava da minha presença, se sentia insegura e sozinha, e eu a abraçava pra tudo se 'resolver'.

– Me desculpe. Mas sabe como é, as lojas praticamente não funcionam sem mim, e eu tenho de comandá-las pelo telefone. - ela se desculpava enquanto mandava um torpedo.

– Eu entendo. Mas então, você nunca mais viu, ou falou com o Vítor?

– Não. Nunca mais tive notícias dele ou de Ana Paula. Meu pai e aquela vadia da Débora se separaram um ano depois de eu ter ido embora, e mesmo antes disso, fazia questão de manter distância daquela casa, de todos que moravam lá, inclusive do meu pai. E você, os via? Já que moravam tão perto de sua casa.

– Pra falar a verdade, não. Assim como você, fiz questão de manter distância daquele lugar. As minhas últimas lembranças de lá eram ruins o suficiente pra eu não querer voltar lá, nem chegar perto. Mas... E aquilo que aconteceu? Como você ficou depois?

Melina riu, enquanto bebia seu cappuccino, olhando a chuva que agora caía do lado de fora.

– Apesar das minhas palavras, Felipe, a minha vida foi sim feita de amores. Na verdade, de um amor. Tudo o que eu fazia era pensando em você, e se um dia consegui superar o que aconteceu naquele domingo tenebroso, era porque eu ainda te amava, e ainda te considerava minha razão pra viver. Se não fosse por você, eu não teria aguentado. E apesar de ter ido embora, e dito aquelas coisas a você, minha promessa nunca perdeu a força.

– Mas quando eu te perguntei, você parecia vagamente se lembrar dela.

– Foi porque não estava acreditando no que estava acontecendo. Você, ali na minha frente, dizendo tudo o que eu guardei dentro de mim durante dez anos, e que se tivesse contado a alguém, me chamariam de maluca... - Rimos.

(...)

Por toda aquela tarde, conversamos sobre tudo. Sobre o que tinha mudado em nossas vidas, desde o dia em que deixamos de nos falar, sobre 'amores' passageiros, e cada vez mais, eu tinha a certeza que ela ainda era apaixonada por mim.

À noite, Melina me levou até seu apartamento, que ficava em um dos prédios mais luxuosos que eu tinha visto até então. Preparamos juntos um jantar - agora eu cozinhava bem, depois de anos inventando coisas na cozinha da república onde eu morava - e comemos juntos.

Depois de tudo o que tinha acontecido naquele dia, ficamos deitados no sofá, abraçados, apenas nos olhando, nos esquecendo completamente da tempestade que tomava conta da rua lá embaixo, apenas observando no outro, os traços pouco modificados pelo o tempo. Quando Mel me beijou, senti aquela mesma energia, da primeira vez que nossos lábios se tocaram, e que eu sempre sentia em seus beijos apaixonados. Acontece que, dessa vez, a energia, a paixão do beijo foi se transformando cada vez mais em desejo.



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Notas finais do capítulo

e aeee??? gostaram?
bom, a fic tá no fim, mas pro próximo capítulo eu prometo suspense...hehehe
aguardem!
e... sabe, faz teeempo que as minhas leitoras não recomendam a minha fic. perdeu a qualidade, o que aconteceu???
enfim, se alguma boa alma do Nyah! se dispuser a recomendar, eu dedico o próximo capítulo - aquele, com suspense - tá, grande coisa, um capítulo dedicado, mas enfim, é o que eu posso oferecer xDDDD
obrigada a todos... espero seus reviews!!!
bjs ;D



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