Calor. escrita por dieKholer


Capítulo 2
Capítulo 2




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A janta foi silenciosa, como sempre. Alguns dias, Tino tentava dialogar com Berwald, mas sempre obtinha respostas monossilábicas em troca, já havia se acostumado. Mas o jeito frio de Berwald contrastava seu quente abraço na cama. O abraço noturno dele valia mais que mil aquecedores. A janta seguiu silenciosa, como começou.

Tino parou em frente à cama de casal. Berwald tirou sua camisa.

-Vai dormir sem camisa, Su-san? Está frio!

-É a última semana de inverno, Fin. Não está tão frio. Não precisava daquele aquecedor.

Tino caiu sentado no seu lado da cama, retirou as pantufas azuis e brancas.

-En-então não preciso dormir com vo... – foi interrompido ao sentir uma mão quente retirar sua camisa.

-Precisa sim.

-Su-san...? – pequeno se assustou

-Está calor, Fin... – apenas ao ver expressão assustadora no rosto do sueco, se convenceu de que realmente estava calor.

Estava sem camisa e se deitou voltado para o lado exterior da cama, só ousaria encarar o rosto de Berwald quando estivesse dormindo. Porém logo se lembrou de algo.

-Su-san! – virou-se para o outro lado- Tire seus óculos, senão pode quebrá...

O outro rapidamente o agarrou pela cintura e forçou a cabeça do finlandês contra o seu tórax.

-Su-san? – perguntou olhando erguendo sua cabeça e viu a expressão do sueco. Não teve medo, não se assustou. Os olhos azuis do “marido” o fitavam com um brilho. Onde estava a sua típica expressão assustadora?

O sueco já tentou se aproximar do finlandês inúmeras vezes, certa vez até ajudou Tino a trocar de roupa, embora este resmungasse dizendo que não precisava. Qualquer oportunidade que Berwad via de tocar o corpo do menor, aproveitava. Agora ele cansara desse jogo, queria algo maior.

-Gostou do passeio, hoje, Fin? – perguntou fitando o menor. Agora afagava seu cabelo, deslizando os dedos pela nuca, fazendo-o se arrepiar.

-S-Su-san... pare com isso! – Tino fechou os olhos, tentou se soltar de Berwald, sem sucesso. O sueco agora o apertava com mais força ainda e a ponta de seus narizes estavam colados.

Tino abriu os olhos e os fechou de novo. Aproximou seus lábios do de Berwald e o beijou. Sentiu como se estivesse levando um choque, tudo parecia estranho.

-E-era isso que queria, Su-san?! Agora me solte! –encarou os olhos azuis. Estava morrendo de vergonha.

-Não, Fin... quero mais. – disse Berwald pressionando violentamente seus lábios contra os dele, invadindo a boca do finlandês.

Tino pensou em morder a língua do companheiro, mas aquilo lhe pareceu cruel demais. E, além disso, estava ocupado tentando dar o melhor de si naquele beijo.

Berwald o beijou no rosto e foi abaixando até o pescoço, arrancando suspiros do finlandês. Por fim, segurou Tino e o colocou sentado em seu quadril, sentou-se também, apoiando suas costas na cabeceira da cama. Deu outro beijo demorado no menor. Agora abaixava a calça de Tino.

-Su-san...

-...

-Pode deixar que eu tiro.

Aquilo fez o sueco esboçar um sorriso, algo raríssimo de se ver. Só de pensar que sua “esposa” estava gostando daquela situação o excitou mais. Tirou sua própria calça com a ajuda de Tino que beijava seu pescoço timidamente. O sueco já não mais agüentava e soltava gemidos enquanto apertava as costas do menor. Tentava se conter, mas com Tino brincando com seus sentidos  parecia impossível.

Berwald tirou a roupa de baixo de Tino e o menor fez o mesmo com ele, porém de um jeito mais tímido. Depois disso, tudo pareceu um sonho, um sonho que jamais deveria ser interrompido.

Os primeiros raios de sol penetravam timidamente pelo vidro da janela. Atingiram os olhos do Tino.

-Ah... – murmurou o finlandês. – Não foi... um sonho. – disse ao constatar que dormira nu.

O sueco entrou no quarto, trajando apenas uma calça de moletom amarela com listras azuis. Trazia uma bandeja com um bule e biscoitos.

-Trouxe o café da manhã. – disse com a expressão de sempre, a expressão que colocava medo no menor.

-Ah, Su-san... eu... eu... – o menor subitamente sentou-se na cama abraçando os joelhos. Sentia vergonha, nunca iria encarar Berwald da mesma forma.

Berwald depositou a badeja em uma pequena mesa de madeira e sentou-se na cama ao lado de Tino. Colou sua testa nos cabelos do menor e afagou os fios loiros.

-Fin, estava calor no início... depois sentimos frio e nos aquecemos. – murmurou nos ouvidos do finlandês arrepiando-o com o seu hálito quente. – Além do mais, você é minha esposa. É normal fazermos isso.

Tino imaginou que seu rosto deveria estar da cor de uma pimenta. Mesmo assim lançou um apertado abraço ao seu “marido”. O maior devolveu o abraço apertado e beijou sua cabeça.

-Ainda acha que precisa de um aquecedor? – perguntou, afagando o cabelo da “esposa”.

-Não mais, Su-san, não mais. – respondeu com um sorriso molhado pelas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Enviem críticas construtivas para mim, por favor n_n



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