A Marca escrita por Janderson_w


Capítulo 2
Revelações


Notas iniciais do capítulo

No capitulo 1 e prologo não ha quase nada sobre a hayley, mas saibam que ela é base desta historia e breve ela tera suas aventuras!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/165485/chapter/2

            Após se ajeitar, percebeu um barulho estranho, algo que nunca tinha ouvido naquela casa, parecia choro. De fininho seguiu o som e foi esbarrar no quarto de sua mãe, que estava afogada em dolorosas lembranças do passado, vendo algumas fotos e lendo alguns documentos. Vendo Aquilo ficou perplexo,pois nunca tinha visto um monstro chorar, e a imagem que ele tinha de sua mãe como um forte que não poderia ser atingido por nada,misturada com grande parcela de ignorância, arrogância, chata e insuportável,enfim,a lista que ele tinha na mente era imensa.Mas, naquele minuto toda essa imagem tinha se desfeito, e confuso ele fugiu dali.

            Na hora sua mãe também saiu, parecendo que estava seguindo-o. Quando olhou pra ela ainda a viu enxugando as lagrimas, e se retirou. No mesmo instante ele foi direto pro quarto dela procurar o motivo do choro. E, chegando lá,não escondeu o horror e as péssimas lembranças  que aqueles moveis e aquele ambiente, o fazia recordar, sem se importar com as conseqüências ele revirou tudo,ou melhor,quase tudo,e  não encontrou nada. E ficou vasculhando cada milímetro do quarto, ate que encontrou umas fotos jogadas embaixo da cama. Rapidamente se jogou no chão pra procurar e achou uma pasta, puxou-a. Sentou na cama e começou a vasculhar aquilo. E, a medida que via as fotos e lia aqueles documentos, ficava psicótico com todas aquelas informações. Porem, num certo ponto, começou a destrinchar tudo. No meio das folhas daquela pasta havia atestado de óbito, duas certidões de nascimento com nomes diferentes porem, com a mesma foto anexada, a dele. E naquele instante, ele realizou uma proeza que nunca tinha conseguido, ele chorou, pois percebeu o verdadeiro significado daquilo tudo, ele não pertencia à família que mesmo louca, mas era a dele. Ele havia entendido tudo, aquela não era a sua mãe, mas era a mulher que lutou para que ele não fosse vendido logo após o nascimento. E ao ver aquilo tudo não sabia o sentia ao certo,mas se parecia com complicada mistura de raiva e ódio,com respeito e compreensão.

No mesmo instante saiu correndo e fez algo que nunca tinha lembrança de ter feito, ele abraçou aquela que durante anos ele tinha chamado de mãe, e tinha salvo ele de um futuro bem pior. A qual sempre o chamava quase que todo dia carinhosamente de FILHO DA PUTA. Mas, por um momento ele se esqueceu disso e foi em direção. Mas quando fez... Obteve como resposta.

            - Ah?! O que é isso?- A indagou. E ele disse tudo o que tinha descobrido, e na mesma hora ela caiu nas gargalhadas. E ele não entendeu nada. Foi quando finalmente, ela olhou bem fundo nos olhos dele e disse.

            - Você ta pensando que... A não!Você não é nada. Você é só um acidente. Finalmente. Eu não conseguia mais segurar isso! E tenho que ti dizer com minhas palavras. –Eu me arrependo todos os dias de ter aceitado te adotar!E. -

E ele nem quis escutar o resto, quando se deu conta as lágrimas já estavam jorrando dos seus olhos e sem perceber tinha se deixado cair naquele carpete marrom claro, cercado com contornos azuis, e ali estava se afundando em amargura. Mas, lentamente aquilo se ele estava sentindo ia se transfigurando se transformando em ódio sem limites. Foi quando ele deixou a raiva o incorporar e gritou:

- Vai se fuder!- E se levantou num pulo e a empurrou abruptamente, quase que sem perceber colocou tanta força, que aquele saco de ignorância se arrebentou no chão como um saco de batatas, batendo a lateral da cabeça num criado mudo que se falasse contaria muitas historias a qual ele não queria recordar.

            No momento ele não teve nenhuma reação, mas quando percebeu a gravidade daquilo subiu instintivamente as escadas derrubando tudo, e chegando no seu quarto arrumou sua mochila com algumas roupas e desceu, ainda perplexo com a cena que ele tinha protagonizado, pensou bem no que fazer, mas já tinha tomado sua decisão.

Nunca mais iria voltar pra aquela casa. Para ele ali era agora um cemitério o qual havia duas sepulturas, a daquela mulher, e a de um garoto que quase sempre se calou pra tudo. Dali saia agora um homem decidido e confiante, o qual lutaria com todas as forças pelo seu sonho.

            As imagens corriam em alta velocidade em sua cabeça, seu corpo sentia a adrenalina correr em suas veias, ele nunca tinha sentido tanto ódio em sua vida, na verdade, ele nunca tinha sentido ódio de estar vivo. Sua quase mãe ainda estava deitada no chão ainda sem reação,  e apesar de já ter tomado sua decisão ele ainda queria respostas as quais agora não teria.

Ele ainda pensou em ficar e contornar a situação,mas breve chegaria sua irmã mais nova e faria dali um inferno e só em pensar em viver mais algum tempo naquela casa...

Não! – Foi sua resposta. Então saiu a passos largos para qualquer lugar bem longe dali.

            - O que você fez? –gritava seu subconsciente sem parar. E ele respondeu pra si mesmo:  - Me libertei! Me libertei! – Aquela frase soou tão forte em sua cabeça. E ele pela primeira vez se sentia livre, para pensar como quisesse e fazer o que quisesse. Literalmente saiu dali um novo homem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Marca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.