De Cara Com Dois Mundos. escrita por maaridutra


Capítulo 3
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Acordei no meu quarto. Já estava totalmente recuperada da noite passada. Me levantei em um pulo, tomei um banho coloquei uma calça preta com rasgados na frente, um tênis qualquer e a blusa de uniforme branca justa com gola “v”, detalhes da blusa em vermelho vinho sem manga.

Peguei uma mochila lá da banda “The Pretty Reckless” soquei cadernos, livros e estojo um pouco atrasada passei na cozinha peguei uma fruta e corri para o prédio escolar.

Entrei em uma sala estranha, as pessoas me olhavam como se eu fosse algo estranho e desconhecido. Onde estava Ally e Kurther para me ajudar?

- Classe, esta é Amália Greenley Kartner. Quero que sejam educados com a jovem. – A professora me empurrou para uma cadeira qualquer.

Sentei-me em uma cadeira de trás me escondendo entre os cabelos, era realmente uma vergonha o demasiado número de olhares. Deixei a mochila de baixo da mesa e retirei um caderno de capa jeans e uma caneta preta comum feita de prata.

- Bom classe, vamos à aula de Artes. – Ela se se sentou à mesa da escola olhando para todos com um sorriso e começou. – Sempre que desenhamos ou pintamos ou qualquer outra coisa antes disso faz uma imagem em nossa mente, certo?

- Certo. – Murmuraram alguns alunos do outro lado da sala, conhecidos como C.D.F. penso eu, aqui os bagunceiros eram espalhados nas cadeiras da frente e no fundo, não tinha isto de só quem senta atrás faz bagunça.

Na outra escola eu não era estudiosa, costumava ser bem bagunceira, falar a verdade já ouvi meus pais discutindo, eles me achavam uma pessoa bastante rebelde e mais um monte de coisas... Foi ai que eu sai de casa, e depois explodiu.

- Então eu vou lhes dar uma folha e vocês vão desenhar o que bem vier a sua mente. – A professora passou de mesa em mesa distribuindo uma folha.

Sim, era trabalho para criança. Mas isso devia ser algum trabalho psicológico devido à morte dos pais. Peguei a folha e troquei a caneta por uma lapiseira fechando os olhos e imaginando algum tema para o desenho.

Algo se aproximava... Eu estava em um lugar desconhecido, nem tão claro, nem tão escuro. Correntes ao lado desciam e um toque frio como sopro viera contra minha pele quente, se aproximando e se aproximando. Virei-me, mas não havia nada, sussurros atrás de mim, e me virei, mas também não havia nada. Começo a entrar em pânico mas não me mexia, nem conseguia. Jazmine... A garota que pedia ajuda agora flutuava em minha direção em sua mesma aparência, mas algo era pior sangue escorria de sua face e de sua mão. Um ruído irritante de metal arrastando em metal tomou meus ouvidos.

Comecei a desenhar rapidamente essa garota e a paisagem ao local, eu nem via o desenho, era estranho.

Ela se aproximava mais erguendo uma de suas mãos como se pedisse para eu pega-la. Eu não sabia, fiquei com medo. Ela abriu sua boca de dentes estranhos e afiados e começou a gritar. Ajoelhei-me no chão tampando os ouvidos. Queria sair daquela imagem. Eu não conseguia.

Comecei a gritar em pânico de olhos fechados e a professora veio a meu lado me sacodindo. Graças à imagem sumiu de minha cabeça.

Outro garoto lindo surgiu a meu lado de cabelos negros puro, pele rosa dourada e olhos fundos e quentes esverdeados junto a cinza. Seus lábios vermelhos carnudos, uma vontade de toca-lo. A Amália atrevida não podia aparecer, não agora. Loucura minha.

Ele estendeu a mão para me ajudar a levantar.

- Oi Amália, a professora me disse que melhor leva-la para fora. Acompanho-te. – Ele sussurrou ao me ajudar a levantar.

Sorri agradecida a ele, mas antes peguei meu desenho e deixei a mesa da professora, pelo visto a assustou, fora desenhado perfeitamente bem. Assustou-me, eu nem sabia desenhar. Mas não queria mais ver o desenho e juntos fomos a um jardim de inverno, outono, primavera, sei lá. E me deitei em um banco ao lado de uma mini cascata. Foi relaxante. Mas nada relaxante quanto à massagem de Kurther.

- Bom. Está melhor? – O garoto me fitou analisando minha face.

- Sim estou, obrigada.

- Hm... Perdão minha má educação, me chamo Connor. – Ele sorriu angelicalmente me fazendo sorrir também.

- Prazer Connor, Amália Greenley, mas você já deve saber.

- Claro. Então, que achas desta escola?

- É... Confortável. Na verdade bastante agradável tirando o modelo antigo da construção de dar memo.

- Com certeza.

Fitamos-nos por um tempo nos olhos vagando em pensamentos. Porém logo Connor reagiu. – Preciso ir, foi legal te conhecer. Vou à segunda aula, você foi liberada para não ir a nenhuma aula mais agora.

- Tá. – Murmurei baixo me sentado e abraçando os joelhos.

Connor acenou e saiu do quarto.

Estranho ele, um tanto misterioso até. Mas muito bonito, seus olhos são como... Ah, esquece, eu e meus pensamentos idiotas, estou parecendo uma criança preciso ver Kurther e Ally.

Sai do prédio rapidamente e fui ao bloco da cozinha, no refeitório encontrando Alire. Sorri para ela simpática e a mesma retrucou um sorriso animado e travesso como sempre.

- Olá pequena fada. – Brinquei.

- Oh. Olá garota misteriosa, quem era o dos olhos verdes?

- Um colega de classe, ele me ajudou. Eu vi novamente Jazmine.

- Aquela... Garota? Hm, certo. – Ally agora pareceu nervosa. Não entendi muito bem.

- Que foi?

- Nada, nada. – Ela desviou o olhar para a janela sussurrando algo estranho.

Por que ele não contou a ela. Por quê? Mal posso ouvir disso sem poder comentar. Precisamos dar um jeito.

Olhei a ela torto, analisando sua expressão e a mesma forçou um sorriso, piscando um olho e se levantou;

- Até mais chers. – Ela desapareceu pelo vão da porta.

Meio que deitei na cadeira e suspirei contando até dez, brincando com a borda do forro da mesa. Não podia ficar ali por muito tempo.

Levantei-me em um pulo e voltei na sala de artes, que totalmente vazia, para pegar minha mochila a qual havia deixado e a luz começou a piscar me deixando em pânico. Joguei a mochila sobre as costas e apressei os passos. Chega de ataques de Jazmine, chega de desmaios, medo, terror. Chega de todo esse inferno. C-H-E-G-A.

No corredor as luzes também piscavam, parece que ela me seguia. O coração parecia estar na garganta, e a respiração ficou pesada. Não entendi muito bem, mas minha cabeça começou a latejar e o corpo todo ficou pesado também. As imagens de meus olhos sumiam em um monte de luzes misturado ao negro. Até que parei de respirar, o coração parou de bater, e não enxergava mais. A ultima coisa que senti foi o impacto do corpo ao chão.

Não conseguia nem pensar, nem fazer nada. Gritei por dentro ao sentir meu corpo sendo dividido em dois, era o mesmo que arrancar a pele com as próprias unhas. O mesmo que raspar seu corpo todo em um ralador. Uma ardência intensa e insuportável.

Desejei a morte, que por azar não chegou.

E mais tarde a dor cessou me senti flutuando, não entendia nada. Não senti o vento, nem senti minha própria respiração.

Então algo me assustou, ao olhar para baixo estava meu corpo caído. Era estranho olhar para mim mesma. E o que tinha acontecido? Por que eu... Não entendi. Movi-me e foi estranho, me senti igual à Jazmine flutuando deve ser.

Fui para fora e como a visão do meu desenho. Fiquei no lugar nem escuro, nem claro. Aconteceu sim igualzinho a visão. Deus! Eu havia previsto, eu previ a cena e agora ela acontecia.

Jazmine agora estava a minha frente esticando suas mãos, eu fiz ao contrário de minha visão. Ergui e estiquei a mão em direção a da garota e ela apertou-a. Trinquei os dentes resistindo à dor. Era estranho o toque, semelhante à de Kurther e Ally, porém mais morto. Como se fosse vazio.

A garota deixou o sangue de sua mão escorrer para meus braços e juntas em uma velocidade incrível ela me puxou para sabe-se lá onde.

Paramos e senti uma leve vertigem. Ela sussurrou para eu prestar atenção às imagens e foi isso que eu fiz.

Primeiramente a cena de minha briga com meus pais.

- Ela está muito rebelde, devíamos fazer algo, alguma ação para melhorar sua situação. Por Deus estou cansada. – Minha mãe dizia a meu pai com Kira no colo.

- Querida, não podemos fazer nada, não é culpa nossa. Devíamos ao menos manda-la para um colégio especial.

- Mas não temos dinheiro, eu ainda a amo. Também não a quero longe de mim.

- Ela é um caso perdido! Não importa se a ama. Ela se tornou um ser imprestável, onde só nos traz problemas e problemas! – Papai gritou fazendo Kira chorar.

Vi-me atrás da porta, lágrimas escorriam de meus olhos o tempo todo.

- Meu amor não pode... – Mamãe se interrompeu ao ouvir algo estranho, como vários sussurros de uma vez, a casa tremia e eu já tinha ido para fora.

Um ser estranho emergiu em meio às sombras. Não deu para vê-lo por completo. Mas lá estava ele, de olhos vermelhos, a boca aberta mostrava a sombra de dentes pontudos. E de dentro dela saia vultos negros.

Dentre ele, Jazmine saiu. E a cada vulto a casa ficava mais quente e mais quente até que ela começou a pegar fogo. Mamãe e papai gritavam feito loucos abraçaram Kira e vendo que sem saída sentaram-se no chão abraçados. Vi mamãe murmurar;

- Eu te amo Amália.

Até que a casa explodiu e vi os três em chamas.

- Jazmine pare, chega, não! – Comecei a chorar, berrar em desespero e dor. Estava perdida do que poder fazer.

Jazmine agarrou minha mão e mudamos de cena na mesma velocidade de antes.

E eu estava lá, andando na floresta. Até Jazmine em um vulto sair de longe da sombra da casa e vir a minha frente. Ela me via com dó e queria me proteger. Travou-me por um tempo até a casa explodir. Era o único jeito de eu não acabar morrendo, sabe-se lá como. Mas foi.

Depois me vi desmaiada no chão. Jazmine desapareceu e a cena se desfez em névoa.

Logo a garota me fitou esperando resposta. Aparentava nervosa a mesma. Mas não deixava de dar medo a mim.

- Você... É... Um espírito? – Comecei e mordi os lábios.

- Quase isto. – Ela disse, e sua voz não saia em sussurros como quando estava em meu corpo, eu conseguia entende-la e conseguia vê-la melhor.

- É o que? – Arrisquei.

- Longa história.

- Conte-me.

Jazmine acenou a cabeça positivamente e me puxou pelo pulso. Levando-me ao jardim inexistente na escola. Como um lugar para espíritos. Eu já havia lido sobre isto.

- Fora o seguinte... A um bom tempo eu vivia como humana na terra. Eu era uma garota como você, rebelde e desafiadora.

“Tempo depois aquela sombra que vira na imagem apareceu e me puxou para as sombras me levando a um lugar estranho de dar medo.” – Jazmine parou para suspirar.

“Diziam o homem ser o rei do inferno, ou melhor, o capeta, mas nunca foi.” “Ele era um homem bonito e bondoso que morreu torturado por um serial killer, onde ficou mal e se tornou um espírito muito forte, o mais forte de todos”.

“Ele virou um perigo para nós, e começou a dominar os espíritos, como eu.” “Ele nunca mais teve um bom coração e foi nomeado de satã.” “Enquanto aqueles que foram para o lado dele, ou foram para o lado dele mesmo a força, chamados de demônios”.

- Os espíritos que não estão do lado de satã, estão no lado dos céus. Ai sim são espíritos. Também tem os anjos, que foram espíritos bons que conseguiram se livrar de Satã. Hoje temos os demônios do lado bom e do lado mal, assim como anjos do lado bom e do lado mal, do lado mal foi por que se tornaram no decorrer do tempo. E os humanos e espíritos comuns são o que estão entre esses lados. – A menina contorceu os lábios pálidos e forçou um sorriso.

- Você é um demônio.

- Sim, e você uma humana com o dom de ver o segundo mundo. Existe o mundo material e o espiritual. Como agora você está no espiritual. Saiu de seu corpo humano e veio a nosso mundo. Isso se chama projeção astral. Quando estamos neste mundo, é possível ver os mortos com mais clareza que quando no mundo humano. Mas humanos não veem espíritos. – Por um tempo a garota “demônio” ficou confusa.

- Então?

- Não sei. Mais tarde estudo sobre isto. É fácil invadir bibliotecas quando ninguém te vê.

Eu ri de leve e acenei a cabeça positivamente.

- Já está na hora de você ir, antes que outra pessoa ocupe seu corpo. Mantenha isto tudo em segredo. Eu ainda preciso de sua ajuda. – Jazmine disse e sumiu em fumaça.

- Espera! Como eu... – Percebi que ela havia saído. – Volto?

Franzi o cenho e voltei ao local de meu corpo, sei lá como o encontrei.

 Vultos o rodeavam, acho que queriam entrar no próprio, o desespero me tomou e entrei nele rapidamente.

- Tão fácil assim? – Sussurrei me colocando de pé um pouco tonta.

- Deve ser. Só pode. – Ally disse atrás de mim me assustando.

- Ah! Oi. – Forcei um sorriso.

- Eu vi você, isso é perigoso sabia. Você poderia não voltar.

- Como você me viu?

- História minha. Agora vamos, me conte o que você foi fazer?

- Jazmine me chamou, eu conversei com ela. Encontramo-nos e ela me explicou certa história.

Ally rangeu os dentes como se algo a incomodasse. – Somente não demore, e sugiro que pare de vê-la, ela não é confiável.

Suspirei ignorando o aviso e fui para o dormitório, enquanto Ally sumira.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se ficou ruim ou sei lá. A falta de inspiração e criatividade me dominou. Terrível,
Se gostaram ou não, reviews?
Divirtam-se.
Aparência de Kurther: Chace Crawford.
Aparência de Alire/Ally: Ryan Newman.
Aparência de Connor: Adam Gregory.
Aparência de Jazmine: Samara Morgan.



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