Nerds também amam

Capitulo 9

Encontro quase perfeito.

[Aoi’s POV]

Merda de ônibus... Merda de ônibus... Que saco! Já estou à meia hora nessa merda desse ponto e nada! Passa todos os ônibus possíveis, menos o que eu quero! Mas que droga! Aaaaah, já são 18:45, vou ficar atrasado... E se acontecer algum acidente? E se o ônibus capotar? E se ele explodir? Não, calma Yuu... Respirar fundo... Aff, até que enfim! Finalmente um ônibus pra chegar até a casa dele.

Depois de alguns milhões de minutos e alguns passos, já estou na frente da casa de Takashima... Bonita casa... Bem grande... Bom, vamos lá... Etooo, cadê a campainha? Ah, aqui! Okay, vamos lá Yuu, aperte... Vai Yuu, pare de ser mole... Vaaaai!

-Família Takashima, quem deseja? – uma voz feminina saiu do interfone.

-Err, aqui é o Yuu...Eu... Gostaria de falar com o Kouyou...

-Aah, Yuu-san. Por favor entre! Takashima-san já vem recebê-lo.

-Obrigado.

Afastei-me do interfone e logo o portão da casa se abriu, ela era mais bonita do que eu pensei! Estava quase chegando à porta de entrada quando ela se abriu.

-Aoooooooi! *-------------*

-Takash-- – nem pude terminar de falar e ele já tinha pulado em cima de mim, me abraçando. – Você é pesado sabia...

-Hehe, gomen! – saiu de cima e ficou de frente a mim. – Então, vamos?

-Vamos sim!

Ele estava completamente lindo, seus cabelos loiros pareciam estar mais brilhantes com a luz da lua, os lábios perfeitos... Lindo demais... Devo estar sonhando...

-Você está bem Yuu? Está mow cara de bobo. – deu um risinho.

-E-eu... Estou bem... – sorri.

-E então, é muito longe daqui a tal lanchonete? – perguntou-me animado.

-Não, não é muito longe não... Acho que uns vinte minutos de ônibus... – sorri-lhe.

-Então ta!

Ele me sorriu e então fomos em direção ao ponto de ônibus. Graças aos deuses não demorou muito para chegar um e finalmente chegamos lá.

Procurei por uma mesa vazia onde pudéssemos nos sentar e foi meio difícil, por que o lugar estava realmente cheio. Assim que achamos nós seguimos até ela e lá nos sentamos.

-No que posso lhes ajudar?

-Ah, olá! Nós só esta--... – estava meio distraído e quando olhei para o garçom, quem eu vi?  – Ta-taka...

-Er, vocês vão querer algo pra beber? – ele perguntou me olhando com uma cara do tipo ‘finge que você não me conhece cacete!’.

-Eu... Vou querer um suco de laranja... E você Takashima-san?

-Eu vou querer uma dose de vodka.

-Vodka? (O_O)

-Sim, por quê?

-Etooo... Nós não podemos vender bebida alcoólica para menores. – Takanori falou.

-Nhaaa, não mesmo? Nem se for uma exceção? Onegai? *---*

-Não. Não podemos.

-Eu não sabia que você bebia. – falei espantado.

-Hehe... Sabe como é nee... Mas enfim, me trás um suco de morango então, já que num posso tomar vodka...

-Tudo bem! UM SUCO DE LARANJA E UM DE MORANGO NA MESA 10! – gritou Takanori para alguém no balcão e logo se seguiu para lá.

-Por que ele gritou se teve que ir até lá? – Takashima falou com um ponto de interrogação gigantesco na cara.

-Não sei...

Fiquei ali pensando, será que vai ser assim, disfarçado de garçom que Ruki vai me ajudar? Isso não vai dar certo... Estou até vendo...

-Yuu-chan? Yuu-chan? – o loiro me chamava.

-Aah! Gomen! Takashima-san...

-Nee, não precisa me chamar de Takashima-san, pode me chamar de Uruha. – sorriu-me.

-Okay, Uru-chan. – sorri-lhe também.

-Você me chamou de Uru-chan? *----------* Ninguém nunca me chamou de Uru-chan!

Continuamos nossa conversa e por incrível que pareça me senti muito a vontade conversando com ele. Ruki vinha trazer as coisas que pedíamos e sempre confirmava com a cabeça num sinal de que eu estava indo bem... Até certo momento...

-Nee, Aoi-chan! Eu queria muito outro copo do suco de morango, pedi pra mim, por favor, enquanto eu vou ao banheiro?

-Peço sim Uru, vai lá! – ele se levantou e foi.

Eu estava procurando por Ruki, para pedir o suco de Uruha e não o vi. Uruha já estava voltando quando finalmente achei o pequeno e ele estava conversando com... O que era aquilo? Um cara com uma, faixa no nariz? Existe louco pra tudo...

-Voltei! \o/   (n/g: Nãããão, ta lá ainda. xD)

-Oi Uru, ainda não consegui pedir seu suco...

-Okay, o lugar ta cheio, por isso num vem nenhum garçom.

-Você é mais simpático do que eu pensei sabia.

-Ah, obrigado... – olhei-o e pude ver suas bochechas corarem um pouco com meu elogio e estava completamente apertavel naquele momento.

-Achei um garçom. HEY! Por favor!

Quase entrei em desespero quando vi quem tinha chamado.

-Oiiieee!

-Yu-yu-yuta...

-Nee, Aoi-chan, o que vai querer?

-Você o conhece Aoi? – Uruha perguntou.

-Nã-não, não conheço não!

-Para de ser bobo Aoi-chan! Sou eu, o Kai!

FUCK! Eu não sei se me xingo mentalmente por deixar Ruki trazê-lo ou se xingo os dois por não estarem me ajudando.

-Ah, K-kai... Trabalha aqui? – tentei disfarçar.

-Não Aoi, eu só to aqui pra ajudar v--...

-ME TRAZ UM SUCO DE MORANGO! – interrompi-lhe antes que falasse alguma besteira.

-Ah ta, já vou trazer, não precisa gritar! – e saiu.

-Esse seu amigo é meio estranho... – Uruha falou meio assustado.

-Hehe... Hehe... Bom, e então, quer comer mais alguma coisa?

-Não, obrigado! Já estou satisfeito, só quero o suco.

-Sabe Uruha, faz algum tempo que queria lhe dizer isso, mas nunca sabia como lhe falar e...

-Falar o que Aoi? *-----*

-Tipo, assim, desde aquele dia que você me ajudou, eu--...

-Aqui está seu sucooooo... Opaaa...

-SEU MALDITO! OLHA QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA ROUPA!

Eu não acredito. Eu não acredito. Eu não acredito. O QUE O KAI TEM NA CABEÇA! Ele derrubou o suco do Uruha todinho na blusa dele... E ele ta com uma blusa branca... Droga! Tinha que ser o Kai pra estragar meu encontro...

-Gomen! Gomen! Eu não quis...

-SEU IDIOTA! VOCÊ È CEGO POR ACASO! – Uruha estava totalmente nervoso.

-O que ta... FUCK! Kai, foi você! (ò_ó)

-Desculpa Ruki, eu só queria ajudar! (T_T)

-Eu não to vendo isso... Eu não to vendo isso... – eu falava balançando pra frente e pra trás, parecendo um louco.

-Ah, Takashima-san, desculpe meu amigo. – Ruki falava. – Os gastos da noite vão ser de graça tudo bem?

-Por mim tudo bem, eu já estou indo embora mesmo! Vamos Aoi!

-Ah, ah, sim! – me levantei da cadeira e o segui.

Fomos até o ponto de ônibus em silencio, nenhum dos dois sequer olhavam um para o outro, e aquilo estava me incomodando.

-Uruha, você ta bem? – perguntei lhe segurando o braço.

-E-estou sim... – não sei se vi direito, mas me parecia que ele estava chorando, e se ele estava chorando, isso me traria alguns problemas.

~Continua...