The True Forks (com nova autora) escrita por Tainá Mosch


Capítulo 6
Lembranças de sangue.


Notas iniciais do capítulo

FINALMEEEEEEEEEEEEEEEENTE! Estou tão feliz de ver esse quadradinho de notas de novo *o* KKKKKK. Arrumei um tempo extra pra entre os meus problemas e minha escola, e estou aqui para apresentar um capítulo MUITO IMPORTANTE para a história. Eu espero que todos gostem, ou melhor AMEM!!! Nesse capítulo vocês vão conhecer os personagens que tive orgulho em criar durante anos de trabalho com a Pietra Iecker, linda e maravilhosa designer da fanfic ((: BOA LEITURA!!! ps. O próximo capítulo está pronto, só preciso que comentem esse para que eu o poste!



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 NARRAÇÃO DE WILLIAM

Desviei de seu olhar e meus olhos se perderam em meio ao nada.

- Está tudo bem? - ouvi-a perguntar.

- Nada, só... Não sei muito sobre os casos. - respondi, tentando disçarcar o máximo que eu pude.

- Só o de sempre, certo?

- Por que está tão interessada nos casos? - perguntei, sem hesitar.

- Não sei. Só... curiosa. - ela forçou um sorriso.

- É mesmo uma doença muito misteriosa. - eu menti.

Catherine começou a rir ao meu lado.

- O que foi? - perguntei.

- Nada. - ela respondeu friamente.

- Você pode me dizer. - eu disse, olhando em sua direção a espera de suas palavras.

- Não é uma doença. - ela disse, de forma direta.

Franzi as sobrancelhas. Não estava confuso, ou qualquer coisa do gênero. Estava assustado com o que se passava por sua mente. Estava assustado com o fato dela enxergar a verdade como há séculos eu pensei que ninguém jamais faria.

- Eu tenho certeza. - ela afirmou, confiante.

- Tem certeza do que? - perguntei, me fingindo de tolo.

- Alguém está por trás disso. - ela começou. - Talvez mais de uma pessoa, não sei, mas eu desconfio de que toda essa história sobre uma doença misteriosa seja intensional. Em um filme de suspense e mistério, a câmera leva seus olhos para o que ela quer que você veja, ela faz isso para te confundir.

- Um serial killer? - continuei fingindo.

- Acredito que sim. - ela concordou. - Só não entendo porque só agora ele resolveu disfarçar. Pelo o que ouvi, da última vez foram mais pessoas.

Apesar de ter ouvido o que ela acabara de dizer, apenas uma coisa me importou. "... ele resolveu disfarçar". Como diabos ela sabia que havia sido um homem, pelo menos há três anos atrás?

- Ele? - interpretei o que ela havia dito.

- Pode ser uma mulher também, ou uma espécie de animal desconhecido que faça tudo parecer sem proposito.

Mantive-me em silencio ao seu lado, observando tudo ao redor.

- Não acredito que te disse todas essas coisas, é loucura. - ela disse.

- Não, não é loucura. Você pode estar certa. - eu disse, me virando em sua direção.

- Quero dizer... Você é a única pessoa para quem eu disse tudo isso. Venho tentando evitar esses pensamentos.

- Estou aqui para quando precisar. - eu disse.

Parecia ter conquistado sua confiança, pois ela me respondeu com um sorriso, enquanto eu olhava diretamente em seus grandes e belos olhos. Por um momento eu pensei no disperdicio que seria matá-la, mas nem por um segundo me senti arrependido pelo desejo que corria por meu corpo. Mesmo morto, era como se aquele desejo reacendesse as chamas dentro de mim que por muito tempo estiveram apagadas.

~*~*~

Catherine confiava em mim, e aquilo não era uma novidade. Qualquer pessoa que olhasse para mim, ou sentisse minha presença, seria tomada por uma confiança subita. Esse era o meu poder. Esses poderes serviam como arma estratégica para matar as pessoas, enganá-las. Por certo momento duvidei que conseguiria dominar Catherine, mas rapidamente percebi que ela havia agarrado a isca como todos faziam. Meu dom sem dúvida alguma facilitaria minha vida, como sempre.

Todos os vampiros possuiam um dom especifico e único. Emily, por sua vez, tinha o poder da sabedoria, que auxiliava-nos nos planos muito complexos, ou na hora de mentir em meio aos seres humanos comuns. Mas não éramos apenas nós dois; haviam também os nossos superiores.

Emma era uma mulher repleta de curvas e de uma beleza sedutora. Seus longos cabelos negros, seus traços marcantes, seu perfume e sua voz sensual só deixavam mais claro o seu dom: sedução. Ela poderia seduzir qualquer homem, e também qualquer mulher. Não importava como, ela era capaz de tirar qualquer coisa das pessoas. Nem mesmo eu, com o meu dom, conseguiria hipnotizar alguém como Emma fazia.

Marcus era um homem de aparencia jovem, cabelos claros acima dos ombros e olhos que pareciam uma janela fechada que escondia sua alma. Seu físico era forte, e sua expressão era sempre séria e observadora. Seu poder era misterioso como o seu olhar. Ele não lia pensamentos, nem descobria segredos ocultos no passado dos outros. Marcus não tinha o poder de ver através das pessoas, mas conseguia sentir qualquer coisa sobre qualquer um. Ele saberia se uma pessoa fosse importante, ou insigificante; saberia se ela escondesse algum segredo, ou se fosse confiável. Seu dom era incrivel. Perto de todos os outros, era o que mais me intimidava. Nenhum dom era capaz de gerar algum sentimento, seduzir ou manipular Marcus. Reservado, para mim, ele possuia mais poder do que qualquer um de nós, e aquilo ocasionou em mim uma grande idolatria em relação a ele.

Morgan Drummonf fora o líder de todos os vampiros existentes por volta de mais de séculos, depois de viver uma história emocionante que todos reconheciam como seu único ponto fraco. Mas jamais alguém ouviu de sua boca qualquer coisa referente ao que havia acontecido a ele antes de se tornar um vampiro. Depois de muitos anos se explorando sozinho, escolheu nos transformar e nos criar como se fossemos uma espécie de família. Com ele aprendemos tudo o que precisávamos para matar.

Seu dom era impressionante. Morgan era capaz de roubar o DNA de qualquer ser humano, e se transformar em todas as suas vítimas de séculos e séculos atrás. Seu poder era obvio: manipular. Com a aparência de qualquer pessoa que escolhesse ter, ele conseguia se infiltrar na vida de suas vítimas. De forma prática e discreta, ele matava qualquer um que escolhesse a dedo, e então, roubava o DNA de sua última vítima para usar como arma no futuro. Mas o mais interessante era que, não importava no que ou em quem Morgan se transformasse, Marcus era capaz de descobri-lo sem dificuldade.

Marcus fora o segundo transformado por Morgan, depois de Emma. Pelo o que eu sei, Emma foi como uma amante de Morgan - enquanto ele esteve no Mexico - por quem ele sentiu um desejo pecaminante. Em poucas semanas, Morgan a tranformou, sabendo que seria muito útil. Já Marcus, era um homem muito solitário e observador. Morgan o seguiu e o analisou por um bom tempo durante uma de suas viajens pela Inglaterra, e então o transformou. Ele era seu amuleto, seu diamante negro. Mas Marcus nunca aceitou muito bem o fato de Morgan ter transformado suas dores em eternas. Quais eram aquelas dores, ninguém sabia.

- Como foi com Catherine? - Emily perguntou enquanto eu observava uma de minhas pedras caindo no lago a nossa frente.

Nós iamos lá para conversar desde pequenos quando viajamos para Forks com nossos pais.

Em um dia de chuva, um assassino pago para matar nosso pai, apareceu em nossa casa alugada, pronto para destruir nossas vidas. Nossa mãe se entregou junto a ele, implorando que fosse morta em seu lugar. Mal ela sabia que seu marido havia se metido com negócios sujos em Nova York. Como irmão mais velho, levei Emily para o porão para permanecer protegida. Depois voltei, e escutei o assassino falando com nosso pai, observando-os pela escada. Nossa mãe, presa em uma cadeira, me avistou da sala e começou a se sacudir, tentando gritar. O assassino então, me viu. Ele atirou em meu pai, depois em minha mãe e veio em minha direção. Em meio a gritos de dor, fui cercado por seus braços enormes até que Morgan apareceu de forma misteriosa ao meu lado, sugando o sangue daquele homem até a última gota.

Assustado, tentei me afastar. Lembro dele me dizendo "Eu já pretendia matá-lo", e da minha cabeça começando a girar. "Não irei matar você, rapaz", ele disse, se aproximando de mim nos degraus. Eu pude sentir meu corpo todo queimar enquanto seus dentes fincavam em meu pescoço sem piedade. A última coisa que vi ali foi Emily se apoiando ao meu corpo em meio a lágrimas, e depois ele atacando-a como fez a mim. Minutos depois, lembro da minha última visão ainda inconsciente: a casa toda em chamas. Naquele momento, mergulhei na escuridão da eternidade.

- Deu tudo certo. - eu disse, sem nem saber o que estava dizendo.

Estava completamente perdido em meus pensamentos.

- Will! - ela gritou.

- Desculpa. - eu disse. - Só estava pensando...

- E então...?

Ela me fitou, esperando que eu falasse.

- Ah, claro. - eu disse, me acomodando no chão. - Catherine não é nada boba.

- O que quer dizer com isso? - ela franziu levemente as sobrancelhas.

- Ela me disse ter convicção de que há alguém por trás desses casos.

Emily arregalou os olhos.

- O que ela te disse, exatamente?

- Disse que tudo para ela era uma farça, uma forma de enganar as pessoas, manipulá-las, para que elas não desconfiem de um serial killer, ou qualquer coisa do tipo.

- E o que mais?

- Aquela garota daria uma ótima vampira... - eu refleti, sorrindo com minha imaginação.

Emily me encarou, irritada.

- Ficar perto dela não só satisfará os meus desejos, mas também irá ajudar-nos a descobrir quem diabos está matando essas pessoas e desenterrando os casos.

- Vai usá-la como arma e depois como caça? Isso é...

- Ela pesca as coisas mais fácil do que nós pescamos humanos, Emily. - interrompi.

- Muito engraçado, Will. - ela disse.

Eu ri comigo mesmo.

- Talvez esteja na hora de relaxar. - eu disse.

- Talvez esteja na hora de procurar pelo Morgan.

- Por que fariamos isso?

- Só pode ser um vampiro por trás disso tudo, e para saber tanto, foi treinado por Morgan.

- Não acha que ele nos contaria? - perguntei, confuso.

- Desconfio de que não.

Eu me virei pensativo, observando o lago.

- Esqueça o Morgan. - eu disse.

Emily se virou para mim, assustada com o que eu havia dito.

- Vamos atrás de Marcus.

Pude sentir seus olhos carregados de dúvidas me fitando, enquanto eu saia andando dali, sabendo exatamente para onde ir.


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