Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Como prometido...
Mas um capítulo.
Boa Leitura!



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" Mesmo quando fingimos odiar uma pessoa que muito gostamos, é impossível não se pensar nela em tudo o que fazemos"

 Janine sabia disso.

Anna estava certa... A frase de sua amiga ainda estava fresca aos seus ouvidos, enquanto ela se banhava com a ajuda de duas criadas.

Quando terminou se vestiu para o jantar, que seria em instantes e ficou sentada junto a um banco de madeira próximo a janela. Já haviam se passado dois longos e calmos meses desde o casamento e tudo continuava a mesma coisa.  

Janine dizia para si mesma que seria uma questão de tempo até que Ibrahim desse fim aquela briga e corresse atrás dela lhe pedindo por perdão. Isso era o que ela gostaria que acontecesse, mas não acontecia.

Ibrahim havia mostrado ter tanto afinco em uma disputa de quem aguentaria mais tempo, sem se render aos encantos do outro quanto Janine. Cada um tinha um motivo para isso.

Janine, por julgá-lo culpado por tudo o que havia acontecido. O amaldiçoava até a última geração.

Ibrahim não se curvava pelo orgulho. Por saber que um Mazur jamais deveria se render as vontades de uma mulher, no entanto, seu coração parecia desconhecer tal regra imposta. Ficava cada vez mais difícil para ambos fingirem não se importar, quando apenas o cheiro e o fato de saberem estar pisando no mesmo solo fazia com que milhares de pensamentos passassem por suas cabeças, todos direcionados a um deles.

Com o casamento de Anna e Pavel, Janine pode se manter mais ocupada enquanto ajudava a amiga a planejar cada detalhe do que seria um casamento feliz, diferente do dela. No entanto, assim que as festividades acabaram Janine não teve mais desculpas para fugir e se esconder de Ibrahim.

A porta se abriu e Janine nem ao menos pareceu perceber. Somente notou a outra presença quando sentiu uma mão quente lhe apertar o ombro.

_Está uma bela noite, não acha? -  Assim que seus olhos ouviram aquela familiar voz melodiosa ela olhou, encarou Pavel que tinha um meio sorriso no rosto. Ele ainda tinha receio de ser rechaçado pela escocesa, quando sabia que ambos ainda estavam se entendendo.

Janine voltou seu olhar para fora, só então observando o tom arroxeado que o céu adquirira.

_Eu... –ela parou para limpar a garganta.

_Eu gosto assim. Gosto de como tudo parece ser iluminado apenas pelas estrelas.Pavel sorriu, mas rapidamente se sentou no banco ao lado de Janine.

_Como você está com tudo isso? Deve ser muito para se pensar. Ibrahim nunca foi alguém com costumes e características fáceis de lidar. - Janine suspirou pesadamente e Pavel pode perceber por esse pequeno gesto o que se passava com ela.

_Você o ama, não é? – Mesmo sabendo a resposta, resolveu perguntar  fitando o rosto de Janine. Seus olhos verdes brilharam e ela fez o seu melhor para não encarar Pavel. 

_Isso não importa mais agora.

_É claro que importa Janine! – Pavel disse de maneira quase ríspida.

_Você é uma Mazur agora, não fique se preocupando com essas coisas. Se quiser um conselho meu eu vou lhe dar um. Esqueça essa briga estúpida  e já sem fundamentos, com meu irmão e voltem como era antes. O tempo passa rápido demais, para que vocês dois sofram sem ao menos saberem o exato motivo! - Pavel se levantou e depositou um beijo no topo da cabeça da amiga, no exato momento em que um rosnado soou.

_ Interrompo algo? –Ibrahim vociferou e no mesmo instante Janine e Pavel se separaram.

_ Não meu irmão, - Pavel disse o olhando seriamente.

_ Estava apenas falando com Janine, mas já disse o que queria. - Ele começou a caminhar para longe dela, e quando estava perto das portas falou por sobre o ombro:

_ Pense Janine, não vale a pena toda uma vida por uma guerra que não é sua. - E então saiu,.Ibrahim caminhou em passos rápidos até a porta e a trancou. A madeira rangeu devido ao excesso de força que ele colocou em suas mãos.

_ Novidades da Corte? – Janine perguntou enquanto ele a encarava.

_ Nenhuma que deva lhe interessar. – falou indo até uma bacia que estava em cima da penteadeira e lavando o rosto para tirar a poeira. _ Não sabia que haviam voltado às boas. –ele disse secando o rosto com uma toalha de linho.

_ Pavel é uma excelente pessoa. – disse simplesmente.

_ Eu realmente imagino que seja assim. Realmente são muito amigos, as pessoas podem desconfiar de algo.  – falou cerrando as mãos em punhos. Janine se levantou no mesmo instante e foi até ele, parando a sua frente. A diferença de tamanho, junto à fúria com que a pequena o encarava seria até cômica, se Janine e Ibrahim não estivessem borbulhando de raiva um do outro nesse momento.

_ O que quis dizer com isso? - Ibrahim deu de ombros, daquela maneira que a irritava.

_ Nada em especial. Só quero que tome cuidado, milady, adultério é crime... - .Ibrahim nem ao menos se mexeu quando sentiu o tapa de Janine.

_ Seu miserável, ordinário como ousa me fazer... - A boca de Ibrahim a calou em um beijo urgente. Janine tentou resistir e cerrou os punhos, lhe desferindo golpes que nem ao menos faziam, Ibrahim sentir qualquer dor. Ele segurou a pequena pela cintura e a puxou mais de encontro ao seu corpo. Janine cansou de lutar em vão e apenas se entregou o beijo, levando suas mãos ao cabelo castanho e os puxando levemente, tentando intensificar o contato. Nem mesmo quando sentiu suas costas baterem na parede fria ela tomou conhecimento do que realmente acontecia.

Somente quando Ibrahim deixou seus lábios e fez uma trilha de beijos até os pescoço foi que Janine percebeu a situação em que estava no mesmo instante, em que Ibrahim acariciou sua coxa por baixo do vestido que usava. Janine o empurrou para longe e saiu de seu alcance enquanto respirava fundo e colocava a mão no peito.

_ Nunca mais ouse tocar em mim!

_ Somos casados Janine. – Ibrahim falou, ainda confuso com a mudança. Em um momento tinha Janine completamente entregue em seus braços e no outro ela gritava com ele como se não fossem nada.

_ Isso não lhe dá o direito de tocar em mim! –falou indo até a cama e pegando um dos cobertores que estava sobre ela.

_ Eu fui bem clara, quando disse que o queria o mais longe de mim quanto fosse possível.

_ Onde vai com isso? –Ibrahim perguntou indo atrás dela quando saiu. Janine não respondeu.

Somente quando chegaram ao hall com Ibrahim ainda em seu encalço e quando ele refez a pergunta foi que ela disse de má vontade:

_ Dormir em um lugar, aonde milorde não venha a ter liberdades comigo. - No hall estavam presentes alguns guardas e criados, que em nada se surpreenderam quando Ibrahim puxou seu braço, fazendo o cobertor cair e Janine parar abruptamente.

_ Já chega Janine! Isso já foi longe demais!

_ Ao contrário meu senhor. O jogo que milorde iniciou há meses está apenas em sua fase de testes

_ Não pode dormir por ai, Janine. Volte lá pra cima, temos que conversar. – Falou colocando o máximo de autoridade que conseguiu reunir em seu tom de voz.

_ Qualquer lugar em que eu possa deitar minha cabeça e repousar, é melhor do que ficar na presença de sua pessoa, que é tão hipócrita ao ponto de negar o que todos, que  sabem ao seu respeito. - Ela fez menção de voltar a caminhar e dormir na torre dos empregados novamente, quando Ibrahim puxou sem braço novamente.

E então, surpreendendo a todos, ele se ajoelhou ali, aos seus pés.

_ O que quer de mim, Janine? Quer que eu peça perdão de joelhos?  Eu peço. Perdoe-me se não a tratei bem desde quando lhe vi. Perdoe-me se não fui sincero em meus sentimentos, se lhe causei tanto mal. – Ele se levantou lentamente, em nenhum segundo deixando de encarar aqueles olhos.

– Eu nunca imaginei que fosse lhe amar Janine. Por Alé se eu soubesse... –ele parou, escolhendo as palavras certas.

– Se eu soubesse, teria lhe tomado como minha esposa naquele momento, perante a lei dos homens e as leis de Deus.  Eu assumo que nunca fiz nada que não fosse me render algo em troca Janine, mas aqui estou eu agora, em frente a você, rogando por mais uma chance de lhe mostrar que eu sou melhor do que você pensa, admitindo tudo o que sinto por você e me arriscando em nome de algo, em que talvez não vá ser correspondido. Não dê as costas para mim Janine, não me castigue mais do que já me machucou apenas de olhar em seus olhos e ver magoas que eu sabia ser o causador. - Mas assim que concluiu, vira que sua dama estava m lágrimas e mais uma vez surpreendendo a todos, Imbraim também estava chorando, mas não por muito tempo, pois no instante seguinte Janine estava em seus braços o beijando fervorosamente.

 Não muito longe do Hall, Anna se controlava, para contar algo que estava escondendo de su senhor à algumas semanas.

_ Ande Anna, pare de enrolar, quanto mistério. - Ela estava nervosa, nunca pensara que isso aconteceria, amava demais seu Duque mais temia a reação do mesmo, achava que era cedo demais, pois só tinham algumas semanas de casados...

_ Você será Pai. - Fora simples, sem enrolação e direto, mas nada fora comparado ao que acontecera em seguida. 

_ Oh meu Deus. - E no instante seguinte, Pavel beijava Anna, que só ria da euforia de seu Duque.

_ Não acredito, sou o homem mais feliz deste condado. Anna serei pai... 

_ Sim meu amor, será... - E novamente ambos estavam se entregando ao amor que era forte e até mesmo se igualava ao amor que Imbraim e Janine sentiam...


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Ainda querem nos matar?
Ou as ameaças, são coisa do passado?
srsrsr...
Espero realmente que tenham gostado.
Tenham uma Boa semana.
Beijos