Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá Kizlars.
Bom leiam primeiro
Conversaremos lá embaixo.



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Enquanto Janine e Abe se acertavam em um dos comodos do imenso castelo, Miguel ainda receoso aguardava na cozinha fria onde os homens dos Masur o olhavam um tanto curiosos e com um misto de raiva e ódio, mas todos se mantiam calados por medo de fizerem algo que irritasse sua senhora.

_ Olha só o que fizeram com o jardim, Janine irá ficar uma fera quando tudo isso acabar e ela avaliar o estrago feito. - Isso atraiu a atenção de Anna que estava muito frustrada ainda cuidando de Pavel mas dando uma bronca em todos os homens ali presentes, pelo que percebera Janine tinha muito amis poder do que imaginara ali dentro.

_ Mas o que queria que fizessemos Anna que pedissemos para aqueles bastardos nos seguissem para um local apropriado para lutarmos? - Perguntou um dos guardiões que parecia ser o mais velho.

_ Em primeiro lugar não era nem para ter tido esta batalha Robert. - O mesmo se calou quando Janine entrou com o braço enganchado em Imbraim e que o mesmo se segurava para não rir da cara de fúria que a mesma dava para a ironia de Robert, fora ai que as lembranças o atingiram com força e no momento seguinte ele se encontrava o dia em que o nome Masur passou a ser um palavrão em seu cotidiano...


Flashback on


O rapaz franzino olhava encantado enquanto Janine se abaixava para recolher mais uma pedrinha brilhante e a examinava. Ela se virou para ele, o cabelo ruivo grande sendo jogado para trás com o movimento. Deu um pequeno sorriso.

_ Pare de sorrir feito um bobo Miguel, e trate de pegar mais pedrinhas.

Ele cruzou os braços sobre o peito, e fez uma cara séria.

_ Não temos mais idade pra isso Jane.

A menina revirou os olhos e guardou algumas pedras no saquinho de pano que carregava

_ Clarisse me contou que seu pai vai lhe levar para treinar junto com o exército do rei. – ela disse e se virou, tentando mostrar indiferença.

_ Aquela velha fofoqueira. – Miguel murmurou, fazendo Janine rir.

_ Não fale assim dela, eu disse que não dormiria enquanto não me contasse porque seu pai estava falando tanto com meu baba. E então, você irá mesmo embora?

Ele pensou por um momento, se decidindo se falava ao não.

_Eu volto Jane, não será para sempre. Eu vou me tornar o melhor do exercito do rei. Você verá! – ele prometeu com um tom presunçoso.

_ Eu não iria tão longe Miguel. Só tens quatorze, e o rei tem muitos outros escudeiros melhores do que você.

Ele caminhou rápido até a menina e a segurou pelo braço.

_ Você verá! Serei o melhor! – ele tocou gentilmente seu rosto e completou com um sorriso. _E quando eu voltar, eu me caso com você.

A menina riu.

_Não diga bobagens Miguel, meu pai nunca deixaria. Esqueceu-se que é filho da ama de minha mãe?

A diferença de classes sociais era enorme. Janine nasceu em berço nobre. Miguel, filho de uma das criadas de sua mãe. Era de se admirar que ainda fossem amigos devido as tentativas do pai da menina para separá-los.

_Nós fugiremos então. – ele propôs e então franziu a testa. _Fugiria comigo Janine?

_ Para qualquer lugar Miguel. – respondeu com um sorriso meigo.

Sorriram um para o outro. Miguel desceu sua mão por seu braço, até encontrar seus dedos e segura-los discretamente.

_Posso te beijar? – ele perguntou apreensivo.

A menina olhou para os dois lados antes de responder.

_Mamãe disse que não posso mais fazer isso. – ela murmurou como se contasse um segredo.

_Ela não vai saber Jane. – ele falou e então se inclinou um pouco, devido à enorme diferença de tamanhos. Fechando os olhos, ele depositou um rápido beijo sobre seus lábios, e logo se afastou. Ambos corados.

_Agora, me ajuda a recolher mais pedrinhas? Mamãe disse que elas dão sorte.

Miguel suspirou, mas mesmo assim a ajudou, percebendo que ficariam sem se ver por muito tempo.

Ao final do dia, voltaram ao solar. O jantar já estava servido, mas mesmo assim, Janine continuou conversando com Miguel sentada em um canto distante de seus pais. Ela assistia com alegria enquanto via todos rindo e se divertindo. Clarisse lhe dirigiu um olhar de censura quando ela começou a dançar com Miguel, mas ignorou de pronto. Seus pais passaram por ela rodopiando felizes. Janine pensou em como queria ser bela como a mãe, mas via que isso seria impossível visto que a mesma tinha longos cabelos castanhos e tinha um porte longo. Como toda mulher bela que conhecia. A única característica que herdara da mãe, eram os belos olhos verdes. De resto, era a imagem perfeita de seu pai.

A festa foi interrompida por uma flecha que passou pela janela e acertou um dos guardas. O caos se instalou.

Pessoas começaram a correr por todos os lados. Logo, as portas foram abertas e homens começaram a entrar. Vikings. Janine procurou por seus pais, bem no momento em que viu a mãe ser atingida por uma espada e cair no chão.

Ela correu até a mãe, assistindo o sangue manchar seu vestido azul e a vida sair de seus olhos. Lady Hathaway, sua mãe, havia falecido. Sentiu uma mão agarrá-la pela cintura. Não lutou quando sentiu o cheiro de madressilvas de Clarisse.

_Vamos pequena. Temos que ser rápidas.

As lágrimas molhavam o vestido da pequena, enquanto ela revivia a rapidez com que sua mãe fora tirada dela.

Só despertou para o que acontecia a sua volta, quando sentiu Clarisse ser puxada para longe dela. Viu com horror quando a cabeça da ama foi lançada para longe do seu corpo.

Janine encarou dois olhos de buraco negro, o homem parecia ter a idade de seu pai. O homem tinha um olhar frio. Ele levantou sua espada. Janine se preparou para o golpe final.

Ele não veio. Em um segundo, outros escudeiros apareceram a defendendo. Pode ver perfeitamente Sir. Arthur, pai de Miguel, lutando bravamente com o homem misterioso.

_Venha Janine! – ela se deixou ser puxada por Miguel, que a levou para dentro do bosque.

Ela tentou acompanhar seus passos, o ar entrava queimando em seus pulmões, mas ela não desistiu. Até que Miguel a parou. Uma carruagem se aproximou e Janine viu o pai em cima dela. Miguel a ajudou a subir.

A carruagem estava com alguns baús que o próprio Gordon colocara ali. Tinha alguns pertences e comida para alguns dias. Além de jóias e ouro, caso precisasse.

_Venha Miguel, cabe você aqui. – Janine disse estendendo a mão.

_Não Janine, tenho que ficar e defender o resto de nosso povo. Veremos-nos em breve, quando tudo isso acabar. – ele se inclinou e beijou a mãe que ela estendia. _Até minha bela.

Enquanto a carruagem se afastava a toda a velocidade e Miguel ficava para trás, não teve tanta certeza de que o veria em breve. Olhando para as coisas que seu pai colocara lá atrás, soube que nunca mais voltaria para o solar que tanto amava, e por isso as lágrimas começaram a cair sem que ela pudesse impedir, pois a partir daquele momento ela sabia que nada voltaria a ser como antes.

_ iremos ficar bem minha filha - Fora com essa promessa que deixou que seus olhos se fechassem enquanto a carruagem ia cada vez mais rapido para um lugar que ela desconhecia...





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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
O Flashback é todo da Annia.
Bom meninas me perdoem pelo atraso do capitulo anterior, mas é que a falta de criatividade está grande.
Mas a falta de comentários também desanima muito, porém eu quero que saibam que se tem algo que podemos melhorar podem falar.
Bom é isso meninas.
Espero que tenham uma boa semana.
Beijos da Lêh



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