Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá Kizlars
Olha como sou boazinha com vocês...
Estou postando mais cedo...
Boa Leitura...



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A pobre Jane não conseguia nem ao menos discutir. Mesmo que tivesse se alimentado, a tentativa de fuga a havia cansado mais do que ela imaginara. Depois do que Ibrahim dissera Janine só sentiu mais raiva de sim mesma por ter ficado para ajudá-lo, e como recompensa ele a tratou com um animal. Mas bastou Anna dizer que ela estava prenha, para Ibrahim mudar completamente seu tratamento para com ela.

Mas de uma coisa Jane tinha certeza, se Ibrahim pensava que havia ganhado a guerra com Janine, estava piamente enganado. Ele havia apenas começado.

Apesar das tentativas de Ibrahim, Janine ainda tinha o sangue quente e um gênio que se recusava a ser domado. Não seria Ibrahim que conseguiria amansá-la.

Mas não foram só eles que tiveram sua breve discussão. Perto dos aposentos dos escudeiros, no final do corredor, Anna e Pavel também estavam brigando, mas o motivo era outro...

– Como pôde beber? Havia prometido a mim e Janine que não sorveria nem mais um gole de cerveja, e olha só como chegaste aqui! -Anna falava furiosa. Os olhos verdes fitando intensamente o belo rosto de Pavel. Anna sabia que não podia nem ao menos falar naquele tom com ele, quem dirá dar-lhe uma bronca. Mas ela estava irritada em demasia para pensar em tratá-lo com o respeito que deveria.

Mas ao que parecia Pavel não se irritou com a petulância da pequena serva, pelo contrário. Estava farto de ser tratado com respeito pelos outros, quando ele sabia o que havia por detrás dele. Ganância. Anna só falava aquilo para seu próprio bem.

–Peço-lhe que me perdoe Anna - ele começou a fitando. - Sei que o que fiz foi errado, mas eu não me controlei ao ouvir que Janine planejava uma fuga e tive medo que algo desse errado. E saber que eu não poderia nem ao menos ajudá-la se meu irmão se voltasse contra ela, que um sentimento de fraqueza tomou conta de mim. Somente por isso fui à cidade e bebi.

O jovem se sentia estranho. Não estava acostumado a dar explicações de sua vida para os outros, principalmente aos servos.

Com aquela explicação Anna sentiu a irritação se esvair dando lugar a um belo sentimento de admiração. Mas tão logo veio se foi quando a pequena se lembrou do que havia acontecido no hall. Mesmo Anna tendo apreciado o gesto de defesa de Pavel, ele não poderia fazer aquilo de novo.

Pavel não podia se achar no direito de defendê-la. Todos daquele feudo já sabiam que, mesmo sendo impossível, era por Janine que ele caia de amores.

– Mesmo assim, o que fez fora errado! Não deveria ia ter me defendido. –ela falou e olhou para os próprios pés.

Uma mecha loira de seus cabelos que escapou da toca caiu em seu rosto tampando parcialmente sua visão.

Pavel a olhou espantado e confuso. Como podia uma mulher não apreciar um gesto de defesa?

Ele, tomando por uma vontade incontrolável e assustadora, e não dando tempo a Anna de desviar ou até mesmo saber o que ele estava prestes a fazer, Pavel a tomou em seus braços.

Anna congelou no momento em que Pavel encostou seus lábios ao dela. A criada não sabia que atitudes tomar. Não era uma menina inocente, afinal, já havia ido para a cama com vários escudeiros de Ibrahim e até mesmo com o próprio quando ainda eram adolescentes. No entanto, ela nunca havia sido tratada com tanta delicadeza.

Aquilo fora o que Anna sempre esperou. Lembrava-se de quando era uma menina e via Pavel correndo pelos cantos do castelo enquanto ajudava Marie a limpar. Ele nunca havia olhado para ela, mas Anna, sempre guardou o forte desejo de que ele olhasse para ela com outros olhos que não fossem os de "senhor" para "criada".

Foi um beijo leve, carinhoso, mas mesmo assim, foi como se borboletas voassem no estomago de Anna.

Pavel não soube o que o levara a fazer aquilo. Tinha um sentimento grande por Anna, mas nunca teve coragem de nem ao menos caminhar perto dela.

Quando Pavel se afastou de seus lábios, Anna esperou que mais carícias viessem e que ele começasse a tocá-la sem pudores, como todos os homens que já chegaram perto dela fizeram. Mas não veio.

Quando Anna ergueu o rosto para olhá-lo, Pavel tinha um sorriso em seus lábios e seus lindos olhos azuis brilhavam.

Anna sentiu as bochechas corarem e teve vontade de abaixar a cabeça quando pensou que o único motivo dele ter feito aquilo era pela bebida. Ela não acreditava que se estive sóbrio ao menos tocaria nela. A voz de Pavel soou em seus ouvidos.

–Não foi errado minha Anna. Eu pensei muito durantes esses últimos dias, e me surpreendi ao descobrir que eu a amo Anna e sempre irei amar. –ele fez uma pausa e Anna ainda o olhava, o rosto estava duro. Pavel só podia ainda estar sob o efeito da bebida. Ele amava Janine. Já tinha visto como ele a olhava antes. Pavel pareceu ler os pensamentos de Anna.

_Janine é como a irmã que nunca tive Anna. Mas você é a única mulher que eu amo Anna, a única que eu desejo, e a única, -ele chegou mais perto, acariciando-lhe a face a abaixou o tom de voz. _ A única que eu quero fazer minha.

Anna não se conteve de felicidade. Finalmente estava sedo correspondida da maneira que sempre sonhou. Mas algo lhe dizia que não seria tão fácil suas felicidades.

Mesmo com as belas e doces palavras de Pavel, Anna sabia que ele ainda era um duque, e tinha obrigações com seu povo. Era irmão de Ibrahim e este tinha a obrigação de servi-lo. Anna sabia que não podia permitir amar e ser amada, mas por um breve momento esqueceu as diferenças de classes sociais e se permitiu ser feliz.

–Eu também o amo Pavel! Com todas as minhas forças, tanto que nem sei com tanto amor pode caber em meu coração. –ela voltou a beijá-lo, mas desta vez o beijo foi aprofundado. Pavel a afastou gentilmente. Amava Anna, mas não queria que tudo ocorresse tão rápido. Planejava cortejá-la antes de tudo. Dar a ela o que qualquer outra dama teria direito.

–Por mais que eu queria fazê-la minha, meu amor, não podemos ficar juntos essa noite. Ainda estou me sentindo um pouco tonto, e não quero acordar amanhã sabendo que nossa primeira noite de amor, na noite em que te fiz minha mulher, fora sob o efeito de uma bebida. – ele segurou o rosto de Anna que havia corado com o último comentário. - Quero que seja especial, pois tu és especial.

–Oh Pavel, eu sou apenas uma serva.

–Não para mim Anna. Você nunca será uma serva, e em breve tudo se ajeitará para nós Anna. Eu só preciso acertar algumas coisas pendentes.

Anna nunca fora uma mulher sentimental, havia sido criada por Lady Augustine para não demonstrar emoções perto de seus senhores. A convivência com Janine realmente a estava afetando.

–O que anda aprontando? Espero que não seja nada contra o duque. Teu irmão não mudou tanto ao ponto de aceitar uma traição sua Pavel. Eu não quero que nada de mal lhe aconteça!

–Não te preocupe Anna. Não estou tramando contra meu irmão, mas em breve todos saberão de algo que mudará nossas vidas e a de todos deste lugar. No momento não posso dizer mais, pois fiz um juramento a uma pessoa. Mas eu tenho certeza de que isso ajudará a todos.

Principalmente a nós. Pensou Pavel, mão não o disse em voz alta. Logo, logo Ibrahim se arrependeria de todas as vilanias que cometera contra Janine. E Pavel estava ansioso por aquilo.

Anna, mesmo lutando contra sua curiosidade, confiou em Pavel e não insistiu mais no assunto. Tinha medo do que iria ouvir se o fizesse. Em vez disso, começou a pensar em Marie que deveria estar soltando fogo pelas ventas em uma hora daquelas. Ela não queria deixar Marie sozinha, mesmo a velha só sabendo reclamar, ainda devia respeito à governanta da casa.

–Queria ficar aqui contigo, mas temo que não seja possível. Marie deve estar atrás de mim e não quero dar mais motivos a ela de sentir ódio de mim. Aquela velha reclamona já deve estar soltando fogo pelas ventas.

Ambos riram e se despediram com outro beijo terno, e Pavel deixou Anna ir, não sem antes alertá-la para tomar cuidado com Marie. Ela não era a pessoa mais digna de confiança dali.

Era de se esperar que Marie estivesse furiosa, pois sempre que acontecia uma briga ou Ibrahim se irritava, ou até mesmo quando a ruiva aprontava era Marie quem ficava encarregada de cuidar de tudo.

Sendo assim, também havia sobrado para ela cuidar de uma víbora furiosa como Kathleen estava. Mas isso não impediu Marie de pensar coisas mirabolantes contra a saúde da lady, ou no caso, de seu chá.

Marie sabia que as coisas agora começariam a mudar. Janine seria a mão do herdeiro do duque, e mesmo depois que a criança nascesse ainda era capaz de ela continuar gozando dos direitos de senhora até que Ibrahim se cansasse dela como havia se cansado de todas as outras.

Quando a velha já havia começado a reclamar da falta de Anna, a mesma entrou na conzinha esbaforida.

–Desculpe-me Marie. Estava ajudando ...

Marie a cortou com um gesto ríspido.

–Sei muito bem o que estavas fazendo sua cobra, e não necessito de mais informações! - Marie disse já pendurando o pesado caldeirão com o carneiro já preparado para a refeição do outro dia

–Ora Marie, que bicho lhe mordeu? Não me diga que Kathleen continua atormentando. –a outra perguntou tentando provocar a governanta.

–Deixe de falar baboseiras Anna, e trate de levar esse chá para Lady Kathleen. Ela ainda está trancada em seu quarto. As chaves estão com o guarda que está em sua porta. –Marie falou estendendo para ela a bandeja.

–Nem pensar Marie! – a criada negou veementemente.

–Ora menina, está me desobedecendo?

–Sinto Marie, mas ela está furiosa comigo. E eu não quero que ela crave suas unhas em mim. Se eu levar o chá para acalmá-la, de nada adiantará. Melhor você mesma fazer isso.

Marie pensou por um momento e sabia que Anna, a quem chamaria agora de cobra, tinha razão.

–Então limpe tudo isso e vá se deitar. Amanhã será um dia longo. Temos que ajudar aquela bruxa ruiva e ver os estragos que a tempestade causou.

Anna concordou e Marie saiu com o chá em direção ao quarto de Kathleen.

Assim que se viu longe da velha, Anna se pôs a cantar uma cantiga que havia ouvido em um dos bailes dado pela família de Ibrahim. Nunca se sentira tão feliz como naquele dia. Arrumou tudo o mais rápido possível e se dirigiu para seus aposentos após alimentar o fogo da lareira enquanto se lembrava do que ouvira mais cedo e dos beijos que recebera de Pavel.



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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Espero que tenham gostado...
Semana que vez talvez... Eu disse "Talvez" tenha uma surpresa para vocês...
srsr...
A nossa querida Annia está mandando beijos para todas...
Boa semana!!!
Beijos Lêh
P.S: Seja Bem Vinda SussuVS
P.S: Não falo só por mim, mas pela Annia tbm estamos amando demais os reviews deixados por vocês...
Obrigadas meninas...
Gostamos de todas vocês...
#Tá parei..
Isso que dá passar muito tempo com a Ray olha só essas Notas finais...
srsr...



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