Find A Way escrita por Ailish


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Tava cheia de saudades de Zonami, fiz essa pequena oneshot no serviço, espero que gostem!
Nota: Desculpem-me pela terrível sinopse. ;_;



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            ­– Nami-swan! Robin-chan! – Sanji berrou animado ao vê-las saudáveis e incrivelmente belas. Zoro que vinha acompanhado do cozinheiro, murmurou baixinho alguma baboseira qualquer diante dos atrapalhados ataques amorosos do loiro.

            Entretanto, até poderia compartilhar algum tipo de sentimento com Sanji em relação às duas garotas, especialmente em relação à Nami. Ela estava bem diferente, os cabelos agora compridos e ondulados pendiam emoldurando o corpo curvilíneo; e o mesmo sorriso iluminado decorava a face de garota sapeca.

            Quando focou o olhar no rosto de Nami, pode vê-la surpreender-se ao analisá-lo sobre a face. Ele também estava diferente, havia perdido a visão do olho esquerdo, decorado por uma tênue cicatriz vertical. Estava mais corpulento, havia aumentando levemente a massa muscular e os cabelos um pouco mais compridos, ajeitados desalinhadamente para trás.

            Ela falava animadamente, até pronunciar o seu nome.

            – Zoro, nem acredito que conseguiu chegar até Sabody novamente.

            ­­– Foi fácil.

            ­– Não minta, marimo idiota. – Sanji pulou na frente de ambos, e apoiou uma das mãos sobre o ombro de Nami, apontando o outro indicador contra Zoro, como se o acusasse. ­­­– O encontrei pela ilha perdido em busca do Sunny.

            – O quê? – Zoro esbravejou, erguendo a mão em punho em frente às sobrancelhas esquisitas do cozinheiro. – Eu nunca me perdi.

            Claro, Zoro nunca se perdeu. Mentira, óbvio. Nami sabia que Zoro nunca teria chegado sozinho até a ilha, mas já estava contente em vê-lo, não somente ele, claro. E mesmo após dois anos tudo se mantinha igual, as brigas, discussões bobas, brincadeirinhas, enchendo-a com uma gostosa nostalgia.

            Embora fosse estranho de alguma maneira estar ali, afinal foram dois longos anos.

            ­– Vocês dois não cansam mesmo de brigar. – a ruiva suspirou apoiando as mãos em torno da cintura. – Parem já! Sanji-kun, vá avisar o Franky que todos já chegaram.

            – Eu o aviso, navegadora-san. ­– Robin que estava quieta, mas sorridente até o momento, se pronunciou e educadamente se afastou dos companheiros. Sanji consumido pelas repetidas crises hemorrágicas, limpou o nariz e caminhou elegantemente até a arqueóloga que já se afastava.

            – Não se preocupe com isso, Robin-chan, afinal Nami-swan me pediu para fazer isso.

            ­– Cozinheiro-san, está tudo bem, já estava indo para lá mesmo.

            ­­– Então vou lhe acompanhar!

            Assim que Sanji e Robin saíram, Nami e Zoro começaram a andar na direção do deck, onde Luffy estava. O caminho era um pouco longo, o que resultou em um estranho silêncio entre ambos. O espadachim observava calmamente o Sunny como se nunca tivesse o visto, e Nami, pelo contrário, andava um pouco mais atrás analisando discretamente o “novo” Zoro.

            Estranhamente agradável, ela pensou.

            ­– Porque você deixou o cabelo crescer?

            A ruiva surpreendeu-se com a pergunta repentina, Zoro raramente comentava algo em relação a sua aparência. Foi algo tão fora do normal que Nami sentiu o rosto esquentar.

            – Eu realmente não sei o que responder, simplesmente quis deixar o cabelo crescer. – Nami se concentrou nos brincos dourados tintilando na orelha do espadachim, como se concentrasse para iniciar uma conversa séria. ­– E o que houve com seu olho? Tá tudo bem com você?

            A risada rouca de Roronoa preencheu o espaço por um curto momento, enquanto ponderava alguma resposta que saciasse a curiosidade da ruiva.

            – Ora, lutando, acho que isso é um pouco óbvio.

            – Não era esse tipo de resposta que eu gostaria de escutar, mas... sabia que responderia algo desse nível. Afinal, não posso esperar muito de você.

            Zoro limpou a garganta com um leve pigarro, antes de se virar na direção da navegadora. Nami também parou o encarando por alguns segundos, antes de falar novamente.

            – Qual o problema?

            – Só estou curioso. ­– admitiu, cruzando os braços sobre o peito parcialmente desnudo. – Nami, não sei o quê você realmente passou nesses dois anos...

            ­– Hum, não enrole, afinal, o que você quer me dizer? Estava preocupado comigo, é? – Nami deu uma risadinha cínica, deixando Zoro levemente constrangido.

            – Nunca! Eu nunca me importaria com uma ladra como você. ­– debochou, virando a face para o lado.

            Em um ato natural, Nami começou a rir de uma maneira tão intensa, que no primeiro momento Zoro achou que ela tinha surtado. Mas aos pouco percebeu que aquele riso vinha carregado de alívio, mesclado com aflição. Ele balbuciou algo qualquer, mas optou por ficar em silêncio, enquanto Nami se recompunha.

            – Desculpa, mas foi inevitável. – ela esticou o braço e apoiou a mão contra o peito do espadachim.  – Mas como é bom saber que você está bem. Da última vez que te vi, você estava quase morto nas mãos daquele almirante.

            ­– Eu sei. ­­– ele falou cabisbaixo, antes de recuar levemente para trás, se afastando do toque da navegadora. – Nunca mais se preocupe, pois isso não acontecerá de novo.

            Deu de ombros e saiu a passos largos, deixando Nami sozinha para trás. Ela suspirou desanimadamente, perguntando-se se o abismo entre ela e Zoro havia aumentando drasticamente. Ou se estava apenas imaginando coisas, enfim.

            Por hora teria que esquecer aquilo, pois queria ver como estava às laranjeiras após tanto tempo.

            Sem maiores problemas, o navio já estava mergulhado nas violentas águas da Grand Line, em rumo da misteriosa ilha dos tritões. Sanji havia preparado um glorioso jantar em comemoração ao retorno dos mugiwaras após dois anos. Luffy parecia o mais animado de todos, cantando sob o som do violino de Brook, acompanhado por uma dança frenética de Chopper e Usopp.

            – Oe, Oe! – Luffy berrou chamando a atenção dos companheiros que se divertiam apreciando o jantar requintado do cozinheiro. – Brook, toque uma de suas novas canções para a gente.

            – Claro, Luffy-san. – Brook ajeitou novamente o violino sobre o ombro, e começou a movimentar o braço de maneira descompassada, gerando uma melodia estranhamente animada.

Zoro que sentava em uma das extremidades da mesa, sorria animado, segurando seu canecão de rum. Nami também se divertia, mas os olhos teimavam em se focar nos do espadachim que parecia não ligar com o contato visual direto.

            – Porque não fala diretamente com ele, navegadora-san?

            –Prefiro deixar as coisas do jeito que estão. – Nami apoiou o cotovelo sobre a mesa, e amparou a bochecha com a mão, olhando um pouco desnorteada Robin bebericar um pouco da bebida alcoólica. – E também só estou um pouco curiosa, quero saber o que aconteceu com ele nesse tempo, nada demais. Você também não fica curiosa?

            Robin sorriu delicadamente. – Na verdade não. Apesar de adorar enigmas e coisas misteriosas, possuo outros focos no momento.

            – Acho que precisamos conversas mais tarde. Preciso saber desses focos. – a ruiva sorriu, e mudou a visão para o espadachim novamente. – Eu não entendo o porquê dessa curiosidade absurda.

            ­– Porque de todos os integrantes do bando, o único que esconderia algo de você, seria ele.

            – Sério?

            – Não sei, é só uma hipótese.

            Nami virou para a amiga fazendo um pequeno biquinho. ­– Isso não é justo, Robin. Você está me convencendo a ir falar com ele. Você é muito má.

            A morena sorriu com a afirmação da amiga. – Vá matar suas dúvidas, navegadora-san.

            ­Com ansiedade, Nami inflou os pulmões o mais fundo possível, ergueu-se da cadeira em que estava sentada e caminhou na direção do espadachim. Zoro observou-a cruzando a extensa cozinha até seu encontro. Os cabelos vivos gingavam sobre ombros, busto e a cintura da ruiva, atormentando-o internamente. Zoro sempre soube que havia uma queda por Nami, mas também não fazia questão de alimentá-la, o que se tornou impossível com toda aquela carne escultural a mostra, afinal, ele também não era de ferro.

            Ela parou no seu lado, preenchendo o ar com o cheiro cítrico que emanava de sua pele; instantaneamente Zoro imaginou que ela estivera nas laranjeiras, enfim. Ele colocou o caneco sobre a mesa e se voltou para a ruiva que o fitava curiosa.

            ­– O quê é?

            ­– Poderia me ajudar nas laranjeiras? Preciso ajeitá-las o mais rápido possível, afinal ficaram dois anos sem serem cuidadas e podadas. Rayleigh pelo visto só soube regá-las. Coitado.

            ­– Porque não pede para o cabeça de queijo te ajudar? Ele deve estar morrendo de saudades de ser teu escravo particular.

            Como ele era idiota, ela pensou. – Ele está ocupado cozinhando para a gente. Idiota.

            – Tsc... ­– com expressão aborrecida, Zoro se levantou de onde estava sentando e se dirigiu na direção da porta que dava acesso ao deck. – Espero que isso não demore.

            Agilmente, Nami esticou o braço e segurou a mão do espadachim, fazendo-o esperar até que ela ficasse ao seu lado. – Talvez demore um pouco, então não precisa ter presa.

            O casal se afastou da cozinha e seguiram para o deck, onde a grama antes verde e bem cuidada estava amarelada e seca. Zoro parou no meio do gramado, e se pós a observar as árvores de laranja que se destacavam na parte mais elevada do navio. A navegadora segurava com carinho a mão áspera e quente do espadachim.

            ­– Elas me parecem iguais, só um pouco maiores, talvez. – ele olhou para elas com as sobrancelhas cerradas.

            – Não! Olhe bem. – Nami apontou com a mão livre para as folhas da copa. – Estão com fungos e as folhas precisam ser podadas e tratadas. 

            Observando as laranjeiras, ambos ficaram em silêncio podendo escutar claramente os ruídos abafados provenientes de seus companheiros que estavam na cozinha, e também do mar que os envolvia. – Dependendo do corte, posso podá-las rapidamente, mas até quando ficaremos de mãos dadas?      

            – Até que você me conte onde estava nesses dois anos. – insistiu.

            – Eu não caio mais em suas chantagens. – Zoro começou a caminhar na direção do pequeno balanço que havia em umas das árvores do deck, puxando Nami pela mão. A navegadora foi praticamente forçada a sentar no balanço, e a encarar o espadachim que a olhava com dureza. – Porque toda essa curiosidade? Eu estou aqui, é o que importa.

            – Eu nunca sei a verdade, Zoro. Você sempre mascara as coisas, mas já to cansada disso. Em Arlong Park você chegou quase aberto ao meio, depois em Thriller Bark, e agora está assim novamente. – Nami apertou com força as cordas do balanço. – Eu realmente me importo com você, gosto muito.

            Zoro agachou na frente das pernas da navegadora, e segurou as extremidades da madeira, onde a ruiva estava sentada. – Gosta?

            – Muito. – a ruiva sentiu o rosto ferver. Os braços fortes de Roronoa raspavam levemente sobre a calça jeans que a garota vestia, deixando-a muito mais vulnerável. Zoro puxou o balanço um pouco para frente, aproximando-a de seu rosto. Nami soltou as cordas do balanço e segurou com carinho os ombros do espadachim, beijando-o levemente sobre os lábios. 

            Ele soltou o balanço envolvendo o corpo de Nami com as mãos. Ela o empurrou para trás fazendo-o sentar sobre o gramado, caindo de joelhos entre as pernas dele. A mão de Zoro aprofundou-se na cabeleira, até segurar a nuca da navegadora, puxando-a na direção de seus lábios.

            – Senti saudades. – Nami murmurou sobre os lábios úmidos de Zoro após o beijo. Ele sorriu, apertando-a mais contra o corpo, fazendo-a encolher os ombros.

            – Também.


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Notas finais do capítulo

Então? Vem cá e diz na minha cara que eles não são fofos, e lindos juntos? Bohahaha
Foda-se, melhor casal, sempre ♥
Deixe reviews e faça uma escritora feliz, hehehe.