Selene e Apollo talvez não devessem ser opostos.

Nos tempos antigos, ainda na Grécia, viviam dois jovens, dois apaixonados.

Mas havia lago que impedia de serem felizes juntos.

Selene era uma princesa, a mais velha de 4 filhas e mais nova que a única filha do rei. Era prometida ao jovem rei de Creta. Ela não o amava. Amava alguém que mal conhecida, que vira apenas algumas vezes mas ela não se importava com isto.

Em uma manhã Selene acorda e vê que ao seu lado na cama havia um rosa alaranjada com um bilhete onde estava escrito o local e a hora que deveriam se encontrar.

Selene foi e quando chegou ao local dito, viu seu amado Apollo conversando com uma outra garota. Ela dizia a Apollo para esquecer Selene e vir com ela. Para a surpresa da jovem Selene, Apollo concorda com a garota.

A princesa não mais suportava ver a traição de seu amado sai correndo pela floresta. Ao perceber o que fez, Apollo tenta seguir a garota, mas algo o impede, raízes prendem seus pés e lobos o cercam.

Selene já estava perdida em meio a tantas árvores quando encontra uma garota bonita. Com cabelos pretos e olhos com um lindo brilho prateado. A garota conta a Selene que é Apollo e esta se surpreende ao saber que seu amado é o Deus do Sol. A garota se apresenta como Artemis, a Deusa da Caça, e se diz irmã de Apollo.

Selene ainda muito confusa continua conversando com Artemis e esta lhe conta que há muito tempo ela e seu irmão Apollo receberam a irrecusável oferta de se tornarem Deuses e disse que agora era a vez de Selene. A princesa teria que escolher entre ser uma Deusa ou continuar como uma princesa mortal.

Selene não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta. Artemis deu a Selene uma maça dourada, a fruta da imortalidade, e a mandou comer. Assim que Selene deu a primeira mordida na fruta, Artemis a perguntou do que ela desejava ser Deusa, e a garota com um sorriso no rosto disse que sempre adorou a Lua e com lágrimas nos olhos disse também que gostaria de ajudar e proteger aquelas que assim como ela tinham um amor que era dito como impossível. Artemis a disse para comer o restante da fruta que estava em suas mãos. Assim que comeu o ultimo pedaço, Selene, agora imortal, foi envolta por um brilho prateado, seus olhos agora eram da cor da Lua. Assim Artemis a levou ao Olimpo onde foi recebida com muito carinho.

Chegou a uma sala onde haviam doze tronos. Artemis se dirigiu ao seu, que ficava ao lado do de seu pai, Zeus. Foi apenas neste momento que a Deusa notou o rapaz, o Deus que estava sentado a direita de Zeus.

Zeus a apresentou aos demais como Selene, a personificação da Lua, Deusa do Luar e dos amores impossíveis. O Deus supremo, ao acabar de falar, a olhou curioso e fez algo que Selene não esperava.

Perguntou-a porque escolheu ser Deusa de tais coisas.

Assim que passou o susto, Selene a olhou fria e disse-lhe que amou muito um homem, que por ele faria qualquer coisa, entregaria a ele sua própria vida se fosse necessário. Mas que ele, o seu amado, preferia a abandonar a deixar de ser um imortal.

Aquelas palavras pegaram todos os Deuses de surpresa, mas antes que pudessem se acusar ou falar algo, Selene disse-lhes olhando tristemente em direção a Apollo que o Sol queimou seu coração deixando em cinzas. Neste momento uma lágrima dourada escorreu pelo rosto da Deusa e com um sorriso nos lábios continuou dizendo a todos que estavam ali presentes que foi a Lua quem a tirou de todo aquele sofrimento e a deu uma chance de recomeçar.

Neste momento Zeus, com um aceno de mão, criou um lindo trono prateado ao lado do de Artemis, deixando-a assim longe de Apollo.

Até os dias atuais, Selene evita Apollo. Quando o Sol aparece,  Lua se esconde, e só volta aparecer quando este se vai.

Mas em Eclipses, Selene e Apollo se encontram ainda e se amam. E em raros momentos ficam juntos e esquecem o passado. Mas logo o Sol se vai, deixando a Lua novamente solitária, chorando por seu amado e desejando, mesmo que em vão, nunca mais o encontrar, para não mais chorar por aquele que a abandonou e tanto a magoou.