Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 5
Capítulo 4




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Ah lembrei, tem um lado ruim, o terceiro ano também tem aula com a psicopata na sexta, então eles também vão, ou seja, nem lá vou ficar tranqüilo, já que Byakuya com certeza vai estar perto da Rukia o tempo todo. Eita vida complicada.

[...]

Hoje é sexta-feira, o dia de ir pro clube, eu arrumei minha mochila, dessa vez com roupas e mantimentos para o sol e coloquei meu boné vermelho, quando cheguei na escola, boa parte dos alunos já estavam presentes, aguardando a chegada dos outros para poderem embarcar nos onibus. O lado bom de ter dois ônibus? As séries eram separadas, ou seja, pelo menos os quarenta e cinco minutos de trajeto até o clube eu estaria livre do olhar mortal de Byakuya.
Depois de alguns minutos eu a vi chegar e pela primeira vez eu a vi sem o uniforme, tive que me conter para não dar muito na cara, mas ela estava linda. Vestia um leve vestido azul de mangas curtas e trazia sua mochila nas costas, Byakuya estava logo atrás dela, era estranho vê-lo usar aqueles trajes esportistas, mas mesmo naquela ocasião ele vestia-se formalmente, camisa de mangas compridas, embora o tecido fosse fino, e a calça, eram suas vestes, e de repente me senti bem por não ser o único vestindo calça.
Eu voltei meu olhar para Rukia, Byakuya me olhava, em seguida olhou pra Rukia e disse algo, ela riu do que ele falou. Pode ser paranóia minha, mas sempre que estou visível, Byakuya me olha e após falar algo pra Rukia, ela sempre sorri. Estou ficando doido ou algo parecido?
Eu continuei a olhando e quando ela olhou pra mim, corei e desviei o olhar, permaneci sem olhá-la, com a cabeça baixa, até sentir a aproximação de alguém, levantei o rosto e a vi parar a minha frente, embora Byakuya estivesse logo atrás dela. Ela sorriu, me fazendo corar novamente ao devolver o sorriso de maneira insegura.
- Bom dia Ichigo. – ela falou –
- Kurosaki... – Byakuya falou simplesmente –

- Bom dia Rukia. – eu disse entusiasmado, em seguida mudei meu tom de voz – Olá...Byakuya.
- O ônibus já vai sair, podemos ir juntos? – ela falou com naturalidade –
Eu fiquei surpreso.
- S-sim...claro... – respondi –
Ela sorriu, Byakuya permanecia me olhando, mas não parecia surpreso com a atitude da irmã. Ele deu um passo á frente, falou algo no ouvido de Rukia, ela me olhou e riu, Byakuya me olhou gelidamente e após murmurar uma despedida a Rukia, se virou e caminhou em direção ao segundo ônibus.
Involuntariamente eu soltei a respiração aliviado, Rukia riu.
- Desculpe. – falei desconcertado –
- Sem problemas, mas não fique apreensivo com ele. Se o conhecer perceberá que ele é bom.
- Ah...ok. – concordei sorrindo –
- Vamos?
- Sim.
Entramos no ônibus e sentamos lado a lado, eu mal pude acreditar, ela estava ao meu lado e fora ela quem me chamou, não foi nada forçado ou planejado. Eu tentava parar de sorrir, ela estava começando a estranhar a minha excessiva felicidade. O ônibus saiu minutos depois, e por sorte os outros não deram tanta atenção á gente, preferiram ouvir música nos fones ou olhar a paisagem conforme ela ia passando, ou os dois.
Rukia ficou do lado da janela e olhava para lá entretida, eu mexia as mãos nervosamente, sem saber ao certo o que fazer ou falar. Que idiota, eu nem sabia conversar.
- Então você saía correndo por que é doido. – ela comentou distraída quando voltou seu olhar pra mim –
- Acho que sim.
- E por que somente comigo?
- Er...já disse que foi loucura...prometo...tentar não voltar a fazer isso. – falei tentando acabar com aquele assunto, eu estava começando a corar –
- Obrigada. – ela sorriu –
- Desculpe se te dei uma má impressão, não era minha intenção.
- E qual era a sua intenção?
Eu corei fortemente e procurei algo no corredor para olhar, estava sentindo novamente aquela vontade de correr, mas pra onde?
- Ichigo...?

Ela sussurrou meu nome e senti algo me entorpecer interiormente, fiquei imóvel e fechei os olhos, somente gravando na memória aquele doce sussurro.
- Rukia... – eu sussurrei ainda imóvel –
- Ichigo. – ela murmurou me chamando –
Eu me virei bruscamente e tarde demais percebi que ela havia se inclinado em minha direção, estávamos face a face, alguns centímetros nos separando, eu podia sentir sua respiração e as batidas rápidas do seu coração, eu tentei recuar, mas simplesmente não conseguia, estava preso a ela. Eu ergui lentamente a minha mão, parecia automático, meu corpo já não me obedecia, minha mão ficou na altura do rosto dela e antes que eu me arrependesse, realizei um dos meus desejos desde que a conheci, deslizei a costa da minha mão esquerda pela face dela, sentindo a maciez aveludada de sua pele na minha, ela fechou os olhos e eu fechei os meus, para conseguir senti-la melhor. Voltamos a nos olhar depois de instantes e quando eu fiz mensão de me aproximar,a voz psicótica e irritante da professora nos interrompeu.
- Apertem os cintos, pois chegaremos em cinco minutos.
Nós nos afastamos bruscamente e viramos para direções opostas, senti meu coraçã bater em uma velocidade alucinante enquanto eu respirava com dificuldade, olhei pra minha própria mão e a aproximei do meu rosto, sentindo o cheiro dela impregnado ali.
Foram os quarenta e cinco minutos mais rápidos da minha vida...e eu amaldiçoei o tempo por isso.


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