Para Sempre Com Sesshoumaru-sama escrita por Lais


Capítulo 38
Algo que chamo de.. Vida


Notas iniciais do capítulo

Olá :) Como estão?
Pelo visto vocês adoraram o presentinho de Páscoa né? uashusah Vou procurar mais presentinhos daqueles heim rs
Bem, o capítulo de hoje nós vamos conhecer mais o Seya, as coisas do ponto de vista dele e no próximo continuamos seguindo com a história normalmente :)
Boa leitura!!



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[Seya POV]

Mais uma vez eu estava sonhando com aquela menina. Já era tão comum sonhar com ela que automaticamente eu - mesmo incosciente -  tinha absoluta certeza de que era um sonho. Dessa vez ela sorria para mim. Não era algo incomum já que sempre sorria ao me ver. Mas  agora era um sorriso diferente, como se não me visse a algum tempo. Aos poucos se aproximava de mim e eu me afastava. Não queria me afastar mas era mais forte que eu.

Ela vinha com o sorriso mais incrível do universo e os braços abertos pronta para acolher-me em seu abraço..

O despertador, como sempre,  tirou-me de meu sonho. Olhei o relógio eram exatamente cinco e meia da manhã. Estava com tempo de sobra para  a minha habitual visita ao hospital onde minha mãe estava internada e onde passei dois meses apagado.

Nesses últimos dois meses que se passaram desde que despertei, não houve um só dia que não sonhasse com aquela menina. Era algo tão estranho! Tentei desvendar o porque disso. Cheguei a pensar que poderia ser alguma conhecida de meu passado antes de perder minha memória. Mas não encontrei nada que pudesse confirmar essa minha dúvida. Aliás, não encontrei absolutamente nada preoveniente de meu passado antes do acidente. E também, não tinha o mínimo interesse em procurar saber sobre meu passado..

Me sentia como se não pertencesse a este mundo. Como se não devesse existir. Eu era diferente, havia algo em mim - e eu não sabia o que era - que não devia estar alí.. Era algo complicado. Uma vida complicada..

Olhei novamente para o relógio: cinco e quarenta e cinco. O tempo voava sempre que parava para pensar em minha vida. Vasculhei meu uniforme pelo meu quarto. Se dependesse de mim não perderia meu tempo indo aquela escola.  Mas minha mãe insistira com argumentos do tipo: Será bom para sua educação ter uma boa aprendizagem.

Bufei.

O ensino daquela escola era tão primitivo! Eles com certeza aprenderiam mais se eu os ensinasse.  Mas eu também não era uma pessoa que gostava de humilhar os demais. Modéstia a parte eu era inteligente demais para aquele colégio.

Sai de casa com tempo suficiente para tomar um café na lanchonete da esquina. Eu odiava a comida do hospital e minha mãe sempre insistia para que tomasse o café da manhã junto com ela. Mas hoje não, mamãe, sinto muito.

Cheguei ao hospital e logo vi os rostos conhecidos me cumprimetando. Era meio estranho, pois aquelas pessoas - fora minha mãe, é claro -  eram as únicas que eu conhecia. Não tinha amigos, parentes... nada. Também nunca me interessei em perguntar a minha mãe. Outra coisa estranha: Eu sentia que as coisas deveriam ser assim.

Abri a porta de seu quarto e lá estava ela reclamando e fazendo a vida das enfermeiras um inferno, como sempre. Recostei-me na porta de braços cruzados esperando elas acabarem. Se estivesse no lugar daquelas enfermeiras não teria um pingo de paciência, acho que trataria minha mãe a base de calmantes. Eu ri comigo mesmo.

- Conheço esse sorrisinho em seu rosto, muleque. Em que maldade está pensando?

Bufei. Ela me conhecia como ninguém.

- Bom dia para você também, mamãe. E não estou pensando em maldade alguma, acho que esses medicamentos está fazendo mal a sua cabeça.

Notei que uma das enfermeiras ao sair olhou-me com certa surpresa nos olhos. Dei uma piscadela e ela corou.

- Pare com isso muleque. Elas estão assustadas com o jeito que me você trata.

- Ah por favor, não comece com o drama logo cedo.

Sentei-me a seu lado e segurei a sua mão. Ela era uma mulher tão forte! Estava num estado bastante debilitado.. Muito magra, pálida e com roxeados em volta dos olhos. E no entanto ainda tinha forças para sorrir e implicar com todos. Enfrentava sua doença da melhor maneira possível e isso era bastante reconfortante para mim.

Passamos um tempo conversando. Contei-lhe sobre meu sonho da noite passada e ela contou-me sobre o tratamento.

- Não está na hora ir para a escola?

- Já está me expulsando?

- Vá logo moleque, meu dinheiro não dá em árvores. Sofra naquela sala de aula.

- Pelo menos eu posso aproveitar o mundo lá fora enquanto você está aqui presa.

Mais uma vez a enfermeira - que acabara de entrar - me olhou perplexa.

- O que foi? - eu disse a ela. - Só estou dizendo a verdade.

Minha mãe não se segurou e caiu na gargalhada.

- Vá logo embora Seya!

Dei um beijo em sua testa de despedida e fui a caminho do colégio.

Eu realmente não estava com a mínima paciência de assistir as aulas. Nem cheguei a entrar na sala, fui direto para o terraço. Recostei-me e fiquei olhando o céu por um longo tempo. Fechei meus olhos e quando tornei a abrir-los o sol já estava se pondo.

É, acho que dormi demais.

Dei uma rápida passada no hospital e voltei pelo caminho do parque, onde eu costumava a passar o tempo. Aquele parque era estranhamente familiar a mim. Me sentia bem ali. Mas naquele dia foi diferente.

Ao chegar notei uma menina de cabelos negros, de costas para mim. Me aproximei lentamente. Algo nela me chamou a atenção e quando ela se virou eu definitivamente perdi meu chão.

Era ela.

A menina de meus sonhos bem ali na minha frente. Minhas pernas ficaram bambas tamanha era minha emoção. Era meio idiota me sentir assim mas pelo jeito como ela me olhava parecia igualmente surpresa. Sussurrou alguma coisa que não entendi  e então eu me aproximei. No mesmo instante ela deu um passo para trás. Ergui minhas mãos para que não se sentisse ameaçada. Eu realmente me senti um completo idiota fazendo aquilo.

E então ela se desequilibriu e caiu no rio. Não pensei em nada, somente tirei meu casaco e pulei atrás dela. Eu não sabia que era tão bom nadador.. Cheguei rápido até ela e a retirei da água. Peguei meu casaco e o enrolei nela. Mas que idiotisse a minha, estava chovendo! Eu ri de minha atitude idiota.

Ela passou alguns minutos desacordada. Minutos suficientes para que eu observasse cada traço de seu rosto. Era exatamente como em meus sonhos. Pra falar a verdade eu duvidava que aquele momento fosse real..

E então ela acordou. Aqueles grandes olhos cor de chocolate me encarando com surpresa.. E desde esse dia eu tive a certeza de que minha vida nunca mais seria a mesma.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *-*
Deixem seus review heim!
Até a próxima!!



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