Vampires Will Never Hurt You escrita por Who Drives A Lotus


Capítulo 5
Fenômeno - Part. 1


Notas iniciais do capítulo

Resolvi dividir os caps!
Espero q gostem!
Fenomeno, Parte 1
Açao!



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Sinceramente, eu não estava sedento, mas eu decidi caçar novamente naquela noite. Uma pequena quantidade para prevenir, eu sei que seria inadequado.

Donnald veio comigo; nós não ficávamos juntos sozinhos desde que eu retornei de Denali. Enquanto nós corríamos pela floresta negra, eu o escutei pensando sobre aquele rápido adeus da semana passada.

Em sua memória, eu vi a maneira que as minhas feições tinham se contraído em um feroz desespero. Eu senti a surpresa dele e a repentina preocupação.

“Gerard?”

“Eu tenho que ir Donnald. Tenho que ir agora.”

“O que aconteceu?”

“Nada. Ainda. Mas irá, se eu ficar.”

Ele alcançou o meu braço. Eu senti como doeu para ele quando eu recuei da sua mão.

“Eu não entendo.”

“Você já… já houve algum momento…”

Eu me vi dando uma profunda respiração, vi a selvagem luz nos meus olhos através do filtro de preocupação dele.

“Alguém já cheirou pra você melhor do que o resto das pessoas? Muito melhor?”

“Oh.”

Quando eu soube que ele tinha entendido, meu rosto caiu com vergonha. Ele me alcançou para me tocar, ignorando quando eu recuei de novo, e deixou sua mão em meu ombro.


“Faça o que você deve para resistir, filho. Sentirei tua falta. Aqui, pegue o meu carro. É mais rápido.”

Ele estava se perguntando agora se ele tinha feito a coisa certa antes, me mandando para longe. Se perguntando se ele teria me machucado com a sua falta de confiança.

“Não,” eu sussurrei enquanto eu corria. “Aquilo era o que eu precisava. Eu poderia tão facilmente ter traído aquela confiança, se você tivesse me falado pra ficar.”

“Desculpe se você está sofrendo, Gerard. Mas você deve fazer o que pode para manter a criança Lavigne viva. Mesmo se isso signifique que você tem que nos deixar novamente.”

“Eu sei, eu sei.”

“Por que você voltou? Você sabe o quão feliz eu fico por te ter aqui, mas se isso é muito difícil…”

“Eu não gostei de me sentir um covarde,” eu admiti.

Nós desaceleramos - nós estávamos praticamente caminhando através da escuridão agora.

“Melhor do que botar ela em perigo. Ela partirá em um ano ou dois.”

“Você tem razão, eu sei disso.” Ao contrário, apesar, as palavras dele apenas me deixaram mais ansioso pra ficar. A garota partiria em um ano ou dois…

Donnald parou de correr e eu parei com ele; ele se virou para examinar a minha expressão.

Mas você não vai fugir, vai?

Eu deixei a minha cabeça cair.

É por orgulho, Gerard? Não há porque ter vergonha -

“Não, não é o orgulho que me mantêm aqui. Não agora.”

Você precisa ir neste momento?

Eu suspirei brevemente. “Não. Isso não é por mim, se fosse por mim, eu já teria ido.”

“Eu vou ficar com você, é claro, se você precisar. É só você dizer. É só você não se queixar ao resto. Eles não terão má vontade com isso.”

Ergui uma das sobrancelhas.

Ele suspirou. “Sim, Ketlyn poderia, mas ela não deveria. Seja como for, é muito melhor para nós, irmos agora, sem ter feito nenhum dano, do que irmos mais tarde, depois de que uma vida tenha sido encerrada,” Todo humor havia chegado ao fim.

Eu fiquei com medo de suas palavras.

“Sim,” Eu concordei. Minha voz soou rouca.

Mas você está partindo?

Eu suspirei. “Eu deveria.”

“O que você está fazendo aqui, Gerard? Não consigo ver…”

“Não sei como explicar,” Mesmo para mim, ainda não fazia sentido.

Ele mediu minha expressão por um longo tempo.

Não, eu não consigo ver. Mas eu vou respeitar sua privacidade, se você prefere.

“Muito obrigado. É generoso de sua parte, eu não dou privacidade a ninguém.” Com uma exceção. E eu estava fazendo o que eu podia para impedir isso, não estava?

Todos nós temos nossas peculiaridades. Ele riu novamente. Vamos?

Ele havia acabado de sentir o rastro de um pequeno rebanho de cervos. Era difícil reunir muito entusiasmo pelo que era, mesmo nas melhores circunstâncias, um aroma que fazia menos que dar água na boca. Agora, certamente, com a memória do sangue fresco da garota na minha mente, o aroma na verdade revirava o meu estômago.

Eu suspirei. “Vamos,” eu concordei, apesar de saber que forçar mais sangue por minha garganta não ajudaria muito.

Nós dois assumimos uma posição de caçada e deixamos o rastro que nos guiasse e nos puxamos em silêncio para frente.

Estava mais frio quando voltamos para casa. A neve derretida havia congelado novamente; era como se um fino lençol de vidro cobrisse tudo - cada ponta de pinheiro, cada folha das plantas, cada lâmina de grama estava congelada.

Enquanto Donnald foi se vestir para seu primeiro turno no hospital, eu fiquei perto do rio, esperando o sol nascer. Eu me sentia quase inchado de tanto sangue que havia consumido, mas eu sabia que a falta de sede significaria pouco quando eu sentasse ao lado da garota de novo.

Frio e estático como a pedra em que me sentava, eu encarei a água fria que corria ao lado da margem congelada, encarando aquela cena.

Donnald estava certo. Eu devia deixar Forks. Eles poderiam espalhar alguma história para explicar a minha ausência. Intercâmbio na Europa. Visitando parentes distantes. Fuga adolescente. A história não importava. Ninguém ia questionar muito.

Levaria apenas um ano ou dois para a garota desaparecer. Ela seguiria enfrente com a vida dela - ela teria que seguir enfrente com sua vida. Ela iria à faculdade de algum lugar, ficar mais velha, começar uma carreira, possivelmente até se casar com alguém. Eu podia imaginar isso - Eu podia ver a garota toda vestida de branco andando em uma profunda paz, de braços dados com seu pai.

Era sem igual a dor que aquela imagem me causou. Eu não podia entender aquilo. Eu estava com ciúmes, por que ela tinha um futuro que eu nunca teria? Aquilo não fazia sentido. Todos os humanos a minha volta tinham o mesmo potencial - uma vida - eu raramente tinha parado para envejá-los.

Eu devia deixá-la para seu futuro. Parar de arriscar a vida dela. Essa era a coisa mais certa a se fazer. Donnald sempre escolhia o jeito certo. Eu devia escutá-lo agora.

O sol aumentou atrás das nuvens, e a luz fraca brilhou de todo o vidro congelado

Mais um dia, eu decidi. Eu podia vê-la uma vez mais. Podia lidar com aquilo. Possivelmente eu mencionaria o meu desaparecimento pendente, trazendo a história a tona.

Aquilo seria difícil; Eu podia sentir isso em cada pesada relutância que já estava me fazendo pensar em desculpas para dizer - para estender o prazo por dois dias, três, quatro… Mas eu não estaria fazendo a coisa certa. Eu sabia que podia confiar no aviso de Donnald. E eu também sabia que podia ser muito difícil tomar a decisão certa sozinho.

Muito difícil. O quanto dessa relutância vinha da minha obsessiva curiosidade, e quanto vinha do meu insatisfeito apetite?


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Notas finais do capítulo

Rewies?



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