Uma semana depois, Sasuke, se mantinha longe de Sakura o mais afastado possível, e quando se aproximou dela foi com muita formalidade.

_Sakura, preciso fazer uma viagem de negócios, e preciso que você venha comigo.

_Preciso? Por quê?_Perguntou Sakura estranhando.

_Irei ao encontro de um cliente muito importante. O banco costuma atender aos pedidos dele, que quer conhecer você. Ele deve ter ficado sabendo o quanto minha noiva é sedutora...

_Não me bajule, Sasuke.

_Olhe, seria muito importante para minha carreira. Espero que entenda. E pode ficar sossegada, pois prometo me comportar como um perfeito cavalheiro.

_Isso quer dizer que não pretende entrar em meu quarto enquanto eu estiver dormindo e se aproveitar de mim?_Brincou Sakura provocando.

Sasuke ergueu uma sobrancelha diante da brincadeira.

_Eu jamais faria algo contra sua vontade. Além disso, meu cliente não nos permitiria ficarem aposentos próximos. Conheci poucas pessoa no mundo mais moralista do que ele.

_Nesse caso, acho que está tudo bem._Concordou Sakura.

_Era isso que eu imaginava. Isso é muito importante para mim, trata-se de um cliente de peso...

_...e você precisa agradá-lo. Os negócios sempre em primeiro lugar. Se acredita que será positivo minha presença...

Sem deixar Sakura termina de falar, Sasuke colocou as mãos sobre os ombros dela e sorriu de um modo que a fez prende a respiração. Se ao menos...

_E sempre tão bom tê-la comigo!_ Sasuke disse com ternura._Tenho orgulho de você e quero exibi-la. Arrume suas roupas, rápido, enquanto vou ver se minha mãe já acordou.

Enquanto arrumava a bagagem, Sakura ouviu o som de vozes no quarto de Mikoto e foi para lá de despedir.

_Me desculpe por sair assim às pressas, sem avisar...

_Imagina, meu bem. Vá e aproveite muito._Disse Mikoto.

O dia estava lindo, e a viagem agradável pela região agrícola da Itália fazia maravilhosas pelo animo de Sakura, que aproveitou para desfrutar ao máximo a alegria de estar junto com Sasuke. Ele dirigia em alta velocidade, mas com segurança, como tudo o que fazia.

_Me fale mais sobre esse cliente, Sasuke.

_Jiraiya é um dos homens mais ricos deste país. Ele não tinha nada e acabou fazendo fortuna graças a sua inteligência e ao trabalho duro. É meu mentor há vários anos.

_Não consigo imaginar você com um mentor.

_Todos precisam de um, Sakura. Não apenas no inicio da carreira, mas sempre, para lhe dar um sentido de perspectiva. Aprendi muito com Jiraiya, quando estava começando, e até hoje ele tem muito a me ensinar.

_É um gênio em assuntos financeiros, então.

_A maior autoridade do assunto. A máxima dele é que nunca se deve desviar o olho da bola.

_Quer dizer que o Sr.Jiraiya não faz outra coisa na vida a não ser falar de finanças?_Perguntou Sakura.

_Ele era casado e tinha família, mas ficou viúvo há cerca de dez anos._Lhe informou Sasuke.

_A posto que se casou com uma herdeira._Disse Sakura tentava adivinhar.

_Não, com a secretária dele.

_Oh, bem, nada como garantir mão-de-obra barata...

Sasuke achou graça da brincadeira de Sakura.

_Você pode acha que ele é meio durão e íntegro, mas gostará de Jiraiya depois de conhecê-lo melhor.

_Mas por que o Sr.Jiraiya quer me conhecer, afinal?_Perguntou Sakura, como quem não quer nada._Se ele não me aprovar, serei descartada? É isso?

_Que absurdo! Acho que Jiraiya é um solitário. Só isso.

_Não brinque! Com tanto dinheiro?

_Sakura, por favor, não diga uma coisa dessas na presença dele. Sei que é uma piada, mas Jiraiya não entenderia.

_Ei, você entendeu, não é? É melhor que seu cliente não suspeite disso, ou correrá o risco de não ser mais seu pupilo de ouro._ Sakura o provocava.

Educado, Sasuke não respondeu a provocação.

Quando pararam para almoçar, e Sasuke telefonou para Jiraiya, para se desculpar pelo atraso. Sakura conseguiu ouvir o que o cliente dizia:

_Você atrasado? Deve ser a primeira vez que isso acontece. Só alguma coisa muito especial faria Sasuke uchiha se atrasar.

_E foi, Jiraiya.

_Bem, estou ansioso para conhecer essa moça preciosa. E tenho uma surpresa para você.

Depois de muito tempo de viagem, chegaram a Corzena no final da tarde. A cidade ficava em uma montanha, na beira de um lago, enquanto a Villa localizava-se na parte mais baixa. Enormes portões de ferro ornamentado se abriram quando eles chegaram perto, e logo foi possível avistar a mansão.

Nos degraus de entrada, um senhor alto, de cabelos grisalhos, os aguardava para cumprimentá-los. Ao lado dele estava uma mulher muito jovem que mais parecia uma boneca. Loira, de olhos grandes e ingênuos, usava um vestido rodado que lembrava algodão doce.

_Santo Deus!_Murmurrou Sasuke surpreso._O que...

Jiraiya caminhou para cumprimentá-los de braços abertos. Depois de beijar Sakura no rosto, mostrou a surpresa que preparou.

_Quero que conheça Tsunade, minha esposa, Sasuke. Nós nos casamos por impulso, e você é o primeiro, a saber.

 Sasuke manteve a compostura, cumprimentando a nova signora com perfeita cortesia, mas Sakura podia imaginar o que lhe passava pela cabeça. Jiraiya era pelo menos vinte anos mais velho que sua mulher, era óbvio que sentia o maior prazer em cobri-la de jóias. Ela mais parecia uma árvore de natal!

Outra surpresa ainda estava por vir, Sasuke descrevia Jiraiya como um homem antiquado, mas agora quem estava no comando era Tsunade, que tinha uma idéia bem mais moderna sobre hospedar um casal de noivos. Não a ponto de colocá-los no mesmo quarto, mas em aposentos conjugados.

_Fiquem a vontade, se quiserem tomar um banho. Estamos na sala._Falou Tsunade e saiu toda saltitante.

Depois que ela fechou a porta, Sakura bateu no quarto de Sakura, antes de entrar.

_Espero que entenda Sakura. Que eu não tinha imaginava que seria assim. Não podia adivinhar que iria quebrar minha palavra de honra.

_Sei disso. A culpa não é sua se eles resolveram nos deixar tão próximos um do outro.

_O que será que deu em Jiraiya?_Disse Sasuke não como uma pergunta, mais para sim mesmo.

_Está apaixonado, isso é óbvio.

_Só de imaginar que ele vai querer me contar tudo! Essa visita será uma verdadeira tortura.

No começo Sakura acreditou mesmo nisso, mas não demorou muito para começar a gostar de Tsunade, que parecia amar o marido, apesar da enorme diferença de idade entre eles. A jovem senhora tinha costume de fazer comentários simples, mas que, no fundo se mostrava observações bastante apuradas. Foi assim que, durante o jantar, Sakura flagrou-se rindo em diversas ocasiões.

Depois da refeição, Tsunade insistiu em mostrar a Villa, com uma vaidade pura diante de tanto luxo e da sorte que tinha em encontrar um marido que adorava presenteá-la. Apesar de tudo, a felicidade dela parecia conter uma certa vergonha.

_Fique tão contente por você ter vindo, Sakura! Fiz Jiraiya jurar que você também viria. Muitas esposas dos amigos dele não querem me conhecer.

_Não posso imaginar a razão. Pois você e adorável. Mas sabe que eu e Sasuke ainda não somos casados, não?

_Mas logo serão. Ele é louco por você, qualquer pessoa vê isso.

Sakura deu um pequeno sorriso que lhe pareceu estranho e falou:

_Sasuke não costuma ficar louco por nada, meu bem. Não faz o gênero dele. E, se ficasse, preveria morrer a admitir isso.

_Mas pelo modo que a olha quando você não está vendo, isso é óbvio. Sasuke faz isso o tempo todo, não consegue se conter.

_Bobagem..._Disse Sakura e ficou vermelha.

_E sério, e você também faz a mesma coisa.

_Eu?!_Perguntou Sakura surpresa.

_Sim, você. Os dois se desejam com paixão. Foi uma boa idéia eu ter oferecido os quartos conjugados, não acha? Venha vamos ver onde estão nossos homens

Por sorte Tsunade mudou de assunto, e Sakura não precisou responder a pergunta, pois não saberia como. Encontraram os dois sentados na enorme varanda com vista para o lago, tomando champanhe e envolvidos numa profunda discussão. Sakura notou que Sasuke estava aborrecido, embora tentasse demonstrar-se interessado no tema. Os dois se levantaram para cumprimentá-las. Jiraiya pediu mais champanhe, e todos caminharam pelo terraço, observando o reflexo da lua sobre as águas que começava a anoitece.

Aquele senhor alegre não se parecia em nada com a descrição que Sasuke fez para Sakura de alguém rígido e cerebral, além de severo, a quem ele tanto admirava. Jiraiya estava reluzente de felicidade e queria que todos compartilhassem de sua alegria. Beijava Tsunade a todo instante, e ria sem parar.

_Esta é uma casa cheia de amor._Declarou, animado, já que aqui estão dois casais que se amam. Vou fazer um brinde ao casamento de vocês e a noite de lua-de-mel. Quero brindar a todo o prazer que possam ter um com o outro.

_Sim!_falou Tsunade  e deu uma risadinha.

_Ah, eles não ligam, amor! Estão apaixonados como nós.

A cada copo, Jiraiya ia ficando mais eufórico, e ninguém conseguiria detê-lo.

_Ande, Sasuke, brinde comigo a mulher que você ama! _Falou Jiraiya meio bêbado.

Sakura não tinha coragem sequer de olhar para Sasuke, imaginando como ele se sentiria diante daquela cena exagerada. Mas ele apenas, respondeu sussurrando:

_Sim, meu amigo, você tem toda razão. Brindemos!_levantou a taça na direção de Sakura, que o imitou. Em seguida, os copos se tocaram.

_Não brindemos apenas, beije a garota! Beije-a muitas vezes. Faça com que seus beijos sejam um voto da paixão que virá a seguir..._E para deixar bem claros eu ponto de vista, Jiraiya pegou Tsunade e a beijou.

Sasuke deu um beijo em Sakura, que, por um momento quis resistir. Não queria beijá-lo daquele jeito, sabendo que ele foi forçado a fazer isso, apenas por educação, depois de prometer manter-se ‘’um cavalheiro’’.

Os lábios de Sasuke pousaram de leve sobre os de Sakura, mas isso a irritou. Sasuke segurou o pulso dela, impedindo-a de se afastar e sussurrou:

_Corresponda, Sakura. E finja que está gostando.

‘’Finja para o cliente pensar que está bom’’, Sakura imaginou furiosa. Mas a mão dela se levantou para toca-lhe no rosto, enquanto a outra o abraçava. Os braços de Sasuke também a envolveram em um abraço apertado, e o beijo se aprofundou. Sakura se deixou levar por aquele mistério, pois era o momento certo para acariciar o rosto de Sasuke, entregando-se de corpo e alma ao que estava fazendo. Ele jamais saberia. Sakura apenas o ajudava a agradar um cliente especial. Sasuke também desempenhou seu papel com perfeição, deslizando a mão pela nuca de Sakura e a beijando com tanta vontade que poderia enganar qualquer um. Movia a boca com tanta doçura que a tentação de acreditar era irresistível.

Ao abrir os olhos, Sakura viu que Sasuke a encarava, atônico e ofegante.

Jiraiya ficou eufórico:

_Esse e o espírito da coisa! _gritou_ E agora, só nos resta carregar nossas damas para cima.

Ao dizer isso, Jiraiya pegou Tsunade no colo e começou a caminhar pela varanda, falando por cima do ombro:

_Hora dos amantes irem para cama!

_Sasuke não hesitou e, no instante seguinte, também pegou Sakura nos braços. Ela segurava-se, meio atordoada, sem saber bem como se comportar.

Jiraiya chegou ao primeiro ao topo da escadaria e parou para esperar o casal de amigos.

_Assim que se vive, meus queridos! Sei que eu não era deste modo antes, mas agora aprendi. E você também, meu garoto.

_Sempre foi um homem inteligente, Jiraiya._ Murmurou Sasuke, diplomático.

_Boa noite, boa noite..._A voz dele sumiu pelo corredor.

Mas, no último instante, Jiraiya se virou e olhou rápido para Sasuke, que estava na porta do quarto de Sakura, e riu, satisfeito, ao constatar que ele entrou no quarto com Sakura nos braços.

Sakura percebeu que Sasuke, tanto quanto ela, tremiam.

Ao entrar, ele a colocou no chão e fechou a porta.

_É melhor você trancar, Sasuke. Eu não duvidaria nada se Jiraiya resolver voltar aqui para conferir se estamos correspondendo às expectativas dele.

_Sakura, por favor, preciso me desculpar por tudo. Não queria lhe causar nenhum constrangimento.

_Não estou constrangida. Eu gostei dele. Você não?

_Já não sei mais. Eu o respeitava. Nunca conheci uma pessoa tão brilhante, não sei o que deu nele.

_Não, acho que você não sabe mesmo.

_Ele sempre foi tão sensato e equilibrado.

_Bem, quem sabe se ele se cansou de ser assim. Sasuke, seu amigo está feliz, será que não percebe?_Sakura sorriu, querendo animá-lo.

_Feliz!_Exclamou Sasuke, sarcasticamente.

_Em geral, isso é considerado como uma coisa boa!  

Sasuke começou a andar de um lado para outro.

_E o que acontecerá quando ela o trair?

_Talvez ela nunca o traia. Sim, tenho certeza de que ela se casou por segurança, mas acredito que tem um ótimo coração. Ela é boa para ele.

_Tsunade o faz de escravo.

_Não, Jiraiya deixa se escraviza, porque a ama.

_Isso é uma maneira de ver o que está acontecendo.

_Você não pensa muito sobre o amor, não é mesmo, Sasuke?

_Não seja injusta comigo, Sakura. Acho que o amor tem seu lugar, mas não aprecio o tipo de afetação que faz um homem agir feito como um tolo.

_E a mulher?

_Ah, não! As mulheres estão sempre um passo adiante, como bem prova à nova signora dessa mansão.

_Esse é o comentário mais asqueroso da face da terra, Sasuke uchiha! As mulheres também se comportam como tolas por causa dos homens...

_Você nunca teve necessidade disso, e é uma das suas facetas que mais admiro. Está acima disso. Sakura. Nem o teatro que fomos obrigados a fazer lá em baixo a irritou.

_Cale-se! Sasuke Cale-se! _Sakura ficaria louca se fosse obrigada a ouvir mais uma palavra.

_Me perdoe, Sakura por te sido rude.

_E pare de se desculpar!_Sakura respirou fundo, antes de continua:_Estamos nos desviando do assunto. Não existe nada de errado em agir como um tolo se é com a pessoa certa. Se duas pessoas se amam de verdade, não darão importância a isso.

Sasuke parou de andar de um lado para o outro e olhou Sakura de um modo estranho.

_Tudo isso não passa de sentimentalismo barato, Sakura. Não leva a nada. Nenhum bobo pode estar realmente feliz, porque cedo ou tarde irá sentir vergonha de sua estupidez. E então Jiraiya irá se arrepender de tê-la conhecido.

Esta enganada quando a Jiraiya! Ele nunca se arrependerá de ter conhecido Tsunade, porque, mesmo que a felicidade dele termine, terá valido a pena. Se ele fosse inteligente do modo como você imagina, não teria nem uma coisa nem outra.

O rosto de Sasuke não mostrava nem uma expressão.

_Melhor não ter nada do que se envergonhar e viver sem arrependimentos._disse Sasuke.

_Bem o que prefere: o homem que acredita na pessoa que ama ou o que não se permite acreditar em ninguém? Quem é o verdadeiro tolo? , eu pergunto.

Sasuke deu um sorrisinho ao falar:

_Está se referindo a mim, não é? Pare de querer me analisar, Sakura, você não tem dados suficientes.

_Então me forneça às informações de que preciso.

_Isso não é tão importante. E sou o que sou, não posso mudar.

_Essa é a parte triste. Você tem tanto a dar...

Sasuke empalideceu.

_Eu dou o que posso.

_Sei disso, mas não é muito, não acha?

Sasuke permaneceu calado durante um longo momento, virando para a janela. Quando tornou a Sakura, disse:

_Você me reprova porque não sou como Jiraiya, que fica embasbacado por causa de uma garota bonita. Sabe por que ele me chamou aqui? Porque quer que eu o ajude a dividir metade da sua fortuna que possui com aquela caça-tesouros!

_Tsunade é mulher dele, e Jiraiya está feliz com ela, não consegue ver isso?!

Sakura, desesperada, tinha a impressão de estar dando murro em ponta de faca.

_Jiraiya tem quatro filhos que vão perder metade da herança, só que não sabem disso. O advogado virá amanhã, e nós dois teremos de administra isso. E acabo de quebrar um sigilo profissional, ao contar tudo isso para você.

_Pode confia em mim, Sasuke.

_Disso eu nunca tive dúvidas.

Por sorte, Sasuke tornou a se virar para a janela. Caso contrário teria visto a dor no olhar de Sakura. O noivo dela confessava-lhe segredos profissionais, mas não era a esse tipo de confidê ncia que Sakura desejava ter acesso.

_Já e tarde, Sasuke. E eu estou cansada.

_Não vou mais tomar seu tempo._E Sasuke abriu a porta de comunicação do outro quarto ao lado._Não se esqueça de trancar-se aqui depois de que eu sair_ Brincou, tentando deixa o clima mais leve.

Sakura falou no mesmo tom:

_Será que preciso?

_Não posso pôr minha mão no fogo por Jiraiya. Ele seria bem capaz de mandar um exército até aqui para verificar se estou cumprindo com meu dever. Boa noite, Sakura.

_Boa noite, Sasuke.

Sakura se preparava para dormi, se despiu e deitou, no escuro, consciente do desejo que pulsava em seu corpo.

A insistência romântica de Jiraiya sobre o amor a qualquer custo a fazia sonhar, e Sakura queria que acontecesse alguma coisa.

Ela e sasuke haviam conversado sobre isso, mas pareciam falar em idiomas diferentes, e no final Sakura não conseguia se aproximar dele em nenhum sentido, a não ser...

‘’ Vocês dois se desejam. ’’

Era estranho que Tsunade tivesse se dado conta da atração que existia entre os dois. Sasuke não era capaz de amá-la, mas a desejava. Se ele tivesse o poder da escolha, naquele instante, iria para a cama com Sakura.

Só que ele não tinha liberdade de escolher, porque fez muitas promessas. Era um homem de palavra e resistiria a qualquer custo ao que considerava uma fraqueza.

Até que ponto ele a queria? Seria capaz de desonrar uma promessa feita?

Sakura ouviu os passos de Sasuke, no outro quarto. Num segundo, cessaram, e em seguida recomeçaram. Silêncio de novo. Caminhou até a porta de comunicação.

Contendo a respiração, Sakura permaneceu com o olhar fixo na maçaneta, que conseguiu ver, graças à luz do luar.

Bem devagar, a maçaneta se moveu. Houve um leve ruído, quando a porta se abriu um centímetro apenas. Logo em seguida, parou.

Sakura esperou que se abrisse por completo, sem conseguir respirar. Era capaz de sentir a vibração do ar diante da indecisão, atormentada de Sasuke. Ele viria, porque Sakura o desejava com intensidade.

Mas então o inacreditável aconteceu. Em vez de continuar a se abrir, a porta se fechou, e a maçaneta retornou ao lugar.

Depois disso, uma pesadíssima quietude reinou.