Bitter At The Start Sweeter In The End escrita por Rox


Capítulo 8
A Missão


Notas iniciais do capítulo

Gente
esse capítulo ficou muito foda na minha opinião! O melhor até agora!
Bom, aí está!
(AMEI os reviews, vocês são lindas!!!)
ENJOY!!



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Ele envolveu seus braços na cintura de Maddy. Ela ficou meio rígida, mas logo relaxou. Sentia uma sensação muito estranha, que ao mesmo tempo era muito boa. Ela sabia que não podia se deixar cair na laia dele. Ele era um espião perigoso. Um assassino. Sinceramente, o que isso importava naquele momento?

Eles não estavam se beijando. Ainda. Ele só chegara perto o bastante para beijá-la. Mas um beijo não tinha ocorrido naturalmente entre eles.

“Não deixe ele te seduzir. Não caia nos encantos dele. Ele é treinado para isso. Como você”

Madison se lembrou de uma das aulas da AOGP em que eles explicavam ‘sedução’. Ela tinha de resistir, por mais ridículo e retardado que podia ser ela tinha.

- Espere! – disse se afastando dele.

- O que foi? – Kevin perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Isso está indo rápido demais – disse depressa.

- Você está com medo ou está seguindo ordens?

Ela ficou tensa.

- Seguindo ordens? Kevin isso é uma coisa que não entraria na minha vida particular – disse Maddy.

- Ah não? Então quer dizer que aquela sua tentativa genial de me obrigar a casar com você foi idéia sua e não deles? – perguntou sarcástico.

Ela endureceu a expressão.

- Se fosse idéia deles, você acha que eu aceitaria ter uma lua-de-mel com um cara que eu mal conheço sendo virgem?

- Você não vai transar comigo Madison. Sei disso. E se o plano de vocês é tentar arrancar informações da TORG através de mim, esse plano termina agora – ele fitava Maddy com raiva.

- Quem te garante que não? – perguntou desafiando-o.

Ele arqueou a sobrancelha novamente.

- Está escrito na sua cara – respondeu friamente.

- Então você leu errado. Eu estou aqui seminua, quase sai no agarramento com você e ainda não confia na minha palavra?

- Acho que não. Embora aparente ser bobinha, você é mais esperta do que parece – disse ele.

- Eu fiz uma aposta com você lembra?

- Aposta? – perguntou ele sério.

- Eu disse que dançaria totalmente nua se você conseguisse “me pegar de jeito”. Se isso acontecer na nossa lua-de-mel quem sabe... – ela olhou pra baixo e riu.

Kevin olhou pra ela sorridente e gargalhou.

- Preciso ir.

- Que pena – disse ela.

- Sem um único beijo? Isso é sinistro. Estamos noivos e você nunca sequer deixou eu te beijar – disse ele.

- Quando chegar a hora certa eu deixo – disse ela.

- Se eu esperar demais vou fazer você pagar na nossa lua-de-mel – Kevin sorriu.

- Faça como quiser. Só vou te beijar quando tiver vontade – disse ela.

A verdade é que eu quero te beijar desde que nós nos conhecemos – pensou ela.

- Quando tiver vontade? – ele riu sarcasticamente – adeus orgulhosa.

- Não vai ter último abraço? – perguntou Maddy.

- Vai ter último beijo? – perguntou.

- Não!

- Então não vai ter último abraço! – exclamou ele.

- Vingativo – murmurou ela.

- O nome disso é: O feitiço voltou contra o feiticeiro – ele sorriu e pulou pela janela.

- Filho da mãe – disse Madison se sentando na cama.

Era incrível o vínculo que eles tinham. Era difícil saber quem estava enganando quem. Mas Madison estava certa que aquilo era perigoso demais. Se apaixonar por ele poderia ser até fatal. Não saberia como a AOGP e a TORG reagiriam diante disso.

Ela saiu do quarto e desceu as escadas se dirigindo até a cozinha. Foi até o armário e tirou de lá uma vasilha com Donuts de baunilha e glacê. Continha cinco Donuts. Maddy comeu dois deles e guardou a vasilha. Nunca se importou com o peso, mas a AOGP tinha dado ordens sobre alimentação. Ela não podia engordar excessivamente senão ficaria difícil executar missões em que envolviam luta e escalada.

De repente a porta de entrada abriu e fechou num baque. Ela voltou sua atenção para lá e avistou Tia Mary largando as coisas no chão e correndo para a sala de estar.

- Tia Mary? O que houve? – perguntou se dirigindo a sala – porque a senhora chegou mais cedo do trabalho sem avisar?

Era evidente que Mary chorava. Ela estava com a cabeça encostada no sofá e sentada no chão.

- Tia Mary! – correu até ela e a abraçou mesmo sem saber o que tinha acontecido.

- Eles me demitiram Madison. Não sei como vou nos sustentar – disse a tia em prantos.

- Calma Tia. Vai dar tudo certo! – exclamou tentando acalmá-la.

Ela tinha perdido o emprego. Madison tinha condições de manter as duas com seu emprego na AOGP. Ganhava mais do que a tia. Mas tinha de manter a descrição e fingir que trabalhava numa agência de modelos – era esse o disfarce da AOGP.

- Madison. Não vou conseguir outro emprego. Terei de mandar você para o se pai – disse Tia Mary.

- O que? Não vou morar com meu pai na Irlanda. Prefiro ficar aqui – disse Maddy.

- Você não pode! Se eu não tiver condições de cuidar de você vai ter que se mudar. Seu pai já tinha entrado na justiça quando você tinha quatro anos. Sua mãe tinha feito o acordo. Ela ficaria com você e seu pai ficaria com sua irmã gêmea – disse Tia Mary.

- Mesmo assim. Prefiro não ir! – insistiu.

- Vou ver se consigo outro emprego. Até lá, teremos de nos contentar com pouca coisa. – Tia Mary secava o rosto.

- Podemos nos manter com o meu salário – propus.

- Nem pensar. O dinheiro é seu, não vai usar um tostão sequer nessa casa está me ouvindo? – disse Mary.

- Ok – ela não iria ceder fácil.

- Acho que vou comer waffles. Você quer? – perguntou.

- Não tia obrigada. Já comi. Acho que já vou dormir, está tarde – disse ela.

- Ah, claro. Vá mesmo, boa noite querida – disse Tia Mary.

- Boa noite – ela subiu as escadas e correu até o quarto.

Trancou a porta e pegou o celular. Discou o número de Mark e esperou.

- Mark falando – disse ele do outro lado da linha.

- Mark? Aqui é a Madison – disse ela.

- Madison? Ah! Olá. Algum problema?

- Eu queria ir para a Irlanda. Essa noite e voltar antes das oito da manhã. É possível?

- Mas é claro. Nossos jatos especiais são capazes de voar quilômetros em segundos, mas o que você quer fazer lá?

- Eu sei que vocês precisam que alguém vá pra lá mandar uma série de documentos para o presidente da AOGP irlandesa. Eu quero essa missão – disse ela.

- Sim, sim claro. Mas já mandamos dois espiões para cuidar do caso.

- Não importa. Eu preciso ir até lá.

- Muito bem. Vou providenciar tudo imediatamente. Se prepare senhorita. Você vai para a Irlanda. – disse Mark.

NA CAPITAL IRLANDESA, DUBLIN


A viajem tinha sido totalmente enjoativa. Aquele jato voava rápido demais, o que fazia o estômago revirar com facilidade. Mas Madison segurou o enjôo. Aguentou firme até o fim.

Estava em Dublin. Estacionou em um lugar próprio para jatos da AOGP e rapidamente entregou os documentos para o presidente da AOGP irlandesa. Mas tinha ido até lá resolver problemas pendentes. E precisaria retornar rapidamente, antes que desse a louca na tia e ela resolvesse ir até o quarto.

Antes que pudesse ter movido um passo sequer para ir até seu pai, ela recebeu uma ligação.

- Madison, aqui é Amanda. Mark me disse que você está na Irlanda. Precisamos que você faça um trabalho já que está aí. Vá até o endereço que aparecer no seu bip e salve um homem chamado Chuck Wood. – Amanda desligou sem esperar Maddy responder.

De repente, seu bip tocou e ela visualizou um endereço na tela. Ficava perto dali então resolveu ir a pé. Deveria ter agentes da TORG.

Ela pegou um táxi até o endereço e desceu na porta da casa. Maddy achou engraçado o sotaque irlandês do taxista enquanto conversava com ele durante o trajeto.

Observou a casa e os lados. Aparentava estar vazio. Apenas aparentava. Sua arma estava em sua coxa presa com a ajuda de um suporte. Ela pegou um óculos bizarro que estava dentro do jato e o colocou. Ele era uma espécie de scanner de presença humana.

Bem útil – pensou ela.

Avistou um homem amarrado numa cadeira no andar de cima da casa. E tinham duas pessoas escondidas atrás das árvores ao redor da casa. Estavam a observando. Ela não estava com medo. Tinha treinado duro por um mês. Estava preparada para uma situação daquela.

Mas um baque lhe atingiu quando viu outras duas pessoas atrás de um pequeno canteiro bem a sua frente. As duas pessoas a atingiram de uma vez e Maddy caiu no chão. Eles com certeza deviam ser melhores do que aqueles quatro brutamontes que ela enfrentou e frente a rua sem saída.

Eles usavam roupas pretas e estavam com o rosto a mostra. Usavam pequenos comunicados presos aos ouvidos direitos.  

Ah! Não eram eles. Eram elas. Duas mulheres. E Madison não seu deu ao esforço de encará-las. Ao invés disso, correu para outro canteiro próximo e se abaixou enquanto as duas sacavam uma arma e atiravam freneticamente.

- Socorro! Alguém me ajude! Socorro! Socorro! Ajuda! – ouviu de dentro da casa.

- Crash, Bob vão lá calar a boca do Chuck. Eu e a Jenna cuidamos dessa intrusa – disse uma das garotas.

Madison olhou por uma brecha do canteiro e viu que as duas pessoas escondidas atrás das árvores se dirigiram pra dentro da casa.

Concluiu que eles realmente esperavam por algum agente da AOGP por trás dos canteiros e das árvores.

Ele deve ter escutado os tiros e concluído que alguém tinha vindo salvá-lo – pensou Madison.

- Vamos lá garota. Apareça logo. Não faça com que eu e Jenna tenhamos o trabalho de ter que te procurar. Se colaborar, sua morte não vai ser dolorosa – disse novamente a garota.

Madison percebeu a estranha semelhança que continha na voz da garota em relação a sua própria voz.

Ela ouviu os passos de alguém se aproximando e pulou de uma vez do chão. Sacou a arma e atirou nas duas. Elas pularam para longe do ponto e começaram a atirar também. Madison também pulou e se escondeu.

Pegou a granada de fumaça que continha no bolso e jogou nas garotas. Ela ouviu as duas tossindo e aproveitou a distração para entrar na casa pela janela usando a bolsa a jato.

Chuck ainda estava amarrado e ela avistou Crash e Bob lá fora socorrendo as duas garotas.

- Calma! Eu to do seu lado – disse ela.

Usou um pequeno laser e cortou rapidamente as cordas que prendiam os pés, as mãos, a boca, e toda a barriga do homem.

- Você é Chuck Wood?

- Sou. Quem é você?

- Olivia Bates. Vamos, eles não vão demorar pra voltar – disse ela.

-... Seu idiota! Ela está lá com o Chuck! Entrem lá agora! – ouviu a garota berrar do lado de fora.

- Vou chamar reforços – disse um dos homens pegando um pequeno rádio e chamando a central da TORG.

- Vamos sair daqui! Se os reforços vierem, não vou ter granada de fumaça pra todos – disse Maddy.

Chuck se prendeu junto a ela e a bolsa a jato ligou os tirando dali. Passando pela janela ela avistou a garota que berrava a fitando com um ódio tremendo e decorando a direção por onde ia.

Maddy sorriu por um instante. Tinha conseguido tapear quatro agentes da TORG e resgatado o cara. Teria de levá-lo em segurança o mais rápido possível.

Chegando à base da TORG, o presidente veio correndo vê-los.

- Meus parabéns mocinha! Conseguiu trazer Chuck de volta em segurança – disse o presidente.

- Só fiz meu trabalho – disse ela sorridente.

- Obrigada Olivia – disse Chuck.

- Só Liv – disse ela.

- Liv – ele sorriu e entrou junto com o presidente.

Os dois aparentavam ter uns cinquenta anos.

Ela resolveu voltar sua atenção para o verdadeiro motivo de estar ali na Irlanda. Mas surpreendentemente quando olhou prá trás viu aqueles quatro agentes da TORG e mais cinco agentes. Maddy já estava fora da AOGP e visualizou-os. Só conseguiu um deles. Kevin. Ele a olhava sério. Sério até demais. Parecia até que ia matá-la com os olhos.

Madison se virou de frente e deu um sorrisinho malicioso no canto da boca. Curvou o corpo pra trás e se virou correndo o mais rápido que pode. Ativou a bolsa a jato e pegou impulso indo pro ar.

Eles tinham feito o mesmo e a estavam seguindo em pleno vôo. Ela tinha salvado a vida de Chuck, agora tinha de salvar a sua própria. O problema era que Kevin estava ali. Ele conseguia vencê-la num piscar de olhos. Por isso não podia bobear.

Algum dos nove agentes da TORG jogou aquele mesmo objeto que Kevin tinha usado para puxá-la para dentro de seu quarto daquela vez. Só que tinha prendido em seu pé direito e em vez de ir pra trás, ela perdeu o equilíbrio no ar e começou a cair. Não iria ceder facilmente. Usou a velocidade máxima do jato e subiu o mais rápido que pôde.

Maddy olhou pra trás e viu nove pessoas enraivecidas indo em sua direção loucamente.

Ela percebeu que começava a chover. E para seu azar, tinha usado uma velocidade tão grande para subir que a bolsa estava perdendo o gás. Ela não teve tempo nem de escolher onde ia descer. Pousou na primeira rua. E para a sua má sorte. Era uma rua sem saída.

Eu devo atrair ruas sem saída, só pode. Justo quando não devia aconteceu – pensou ela.

Todos desceram e a encurralaram.

- O que foi bonitinha? Pensou que ia escapar? – perguntou o tal do Crash.

A chuva agora aumentava sua intensidade impedindo sua visão. Ela não tinha escolha, a não ser enfrentá-los no mano a mano.

Merda, merda, merda, merda – pensou ela.

De repente alguém a atacou pela esquerda e ela deu uma cambalhota pra frente.

Outra pessoa lhe deu um chute na barriga, um soco na cara e uma rasteira.

Maddy caiu no chão.

“Quando tiver muitos oponentes fique atenta por trás e pelos lados. Use golpes menos elaborados”

Ela se levantou e cuspiu o sangue de sua boca. Era agora que a diversão ia começar.

Um tentou atacá-la por trás. Ela se abaixou do golpe e lhe socou a barriga. Outro veio e ela lhe lançou um chute certeiro no rosto. Maddy percebeu que aqueles eram Crash e Bob. Os dois estavam inconscientes. Faltavam sete ainda.

Três vieram tentando atacá-la pela frente e pelos lados. Ela deu um salto pra trás e se equilibrou. Era difícil não cair em meio aquela chuva cabulosa.

Fitou os três. Eram dois homens e uma mulher.

Vieram em sua direção e ela correu até a parede.

Ela pegou impulso, apoiou o pé direito na parede e com o esquerdo lançou um super chute nos dois homens. Eles caíram no chão e a fitaram com ódio.

A garota ainda vinha. Ela estava pegando impulso para fazer uma voadora.

Maddy girou duas vezes e lhe meteu o pé na cara. Aquilo tinha sido engraçado demais. Madison caiu na gargalhada. A menina permanecia inconsciente no chão. Já aqueles dois que ela tinha acertado voltaram.

Ela chegou ao primeiro. Ele lhe deu um chute na cara. Maddy agüentou a dor insuportável e lhe meteu um tapa na cara. Em seguida deu uma cabeçada e o cara caiu no chão inconsciente. Uma dor de cabeça insuportável começou. Ela tinha levado um chute e dado uma cabeçada. Seu cérebro estava a mil por hora.

Faltavam quatro ainda. Kevin, as duas garotas e outra que não estava presente na hora em que ela tinha resgatado Chuck. Kevin devia ser um dos melhores. Ele devia ter ido pra Irlanda, na hora em que saiu da casa de Madison. Com certeza. Pois ele estava com a mesma roupa.

A outra garota veio até mim junto as duas quase seqüestradoras. A chuva impedia de vê-las claramente. Mas deu pra ver que elas tinham sacado espadas.

Devem ser Katanas – pensou Maddy.

Katana é uma espada!

***

Juro que fiquei meio apavorada nessa hora. Que divertido ein! Eu já estava acabada, e ainda vinham aquelas vacas com uma espada na mão.

***

Maddy se abaixou e vasculhou na bolsa. Seu par de sais estavam lá! Graças a Deus!

Ela pegou as duas armas e ficou numa posição super provocativa. Kevin a olhava surpresa e com uma expressão bem séria. Nunca imaginou que ela lutaria assim.

Mas ela nem ligava. Já estava meio acabada. E ainda teria de enfrentá-lo. Ela sabia que ele não teria pena de bater nela. Já tinha lhe dado um tapa na cara em seu quarto naquela vez.

As três garotas enraivecidas se aproximavam. Maddy prendeu um sai na espada da tal da Jenna e a jogou pra longe. Deu um chute na garota para afastá-la e encarou as outras. A espiã desconhecida da TORG tentou lhe dar um golpe no braço. Madison desviou e cravou o sai no pé da garota que caiu no chão gritando de dor. Ela retirou a arma e usou um aparelho especial para fazer a garota desmaiar.

Faltavam duas. Jenna veio de uma vez e lhe chutes duplos no rosto e na barriga. A chuva escorreu o sangue. Ela prendeu a cabeça de Maddy de uma vez no chão e sua boca encheu de água do chão. Madison se virou e viu que a Katana da outra ia em direção de sua cabeça.

Ela se desviou e deu uma rasteira em Jenna. Essa caiu no chão e desmaiou. Madison pegou seus sais e mesmo sentindo dor no corpo todo e sangrando ficou em posição de defesa.

Era uma coisa que ela tinha aprendido com a AOGP.

A garota atacou Maddy com a espada e as duas começaram uma luta com as armas. O som dos metais se tocando era abafado pela chuva que diminuíra um pouco sobre elas, mas ainda continuava com a sua fúria natural.

As duas cravaram as armas no alto e ambas as armas voaram para pouco longe. A garota se aproveitou e lançou um chute voador em Maddy que voou no chão. Ela não tinha mais a força precisa pra lutar.

A garota chutava sua barriga enquanto Maddy estava caída.

- Sua desgraçada da AOGP. Vou te matar com os seus sais – disse a garota pegando um dos sais no chão.

Maddy gemeu de dor e levantou a cabeça.

Ela ia morrer.

“Você não pode! Se eu não tiver condições de cuidar de você vai ter que se mudar. Seu pai já tinha entrado na justiça quando você tinha quatro anos. Sua mãe tinha feito o acordo. Ela ficaria com você e seu pai ficaria com sua irmã gêmea”

Ela se lembrou das palavras de Tia Mary e ergueu a cabeça enquanto a garota voltava com um sai na mão. Ela não abandonaria sua tia. Ela e sua mãe tinham feito de tudo para ficarem com a guarda dela. E morrer não era a solução que Maddy esperava.

- Pronta pra morrer? – perguntou a garota sarcasticamente.

Ela puxou os cabelos encharcados de Maddy para cima e lançou o sai de uma vez em sua cabeça. Madison segurou a pequena arma com a mão. Sua mão sangrava já que ela segurava pegando na parte afiada.

Ignorou a dor e pegou a mão da garota que segurava a arma e mordeu com toda a força.

Ela gritou de dor e xingou Madison.

Avançou de uma vez e Maddy lançou o sai em seu braço e lhe dando uma cabeçada em seguida. A garota caiu no chão inconsciente e Madison pegou seu sai caindo de joelhos no chão.

Ela estava parcialmente aterrorizada. Tinha sido sufocador tudo aquilo. Mas ela se lembrou de um detalhe.

Faltava Kevin.

Ele que estava de braços cruzados o tempo todo se aproximou dela. Maddy levantou a cabeça e o fitou exausta.

Ela se levantou e se preparou.

Ele avançou e ela tentou atacar com o sai. Sem dificuldade nenhuma, Kevin desviou e tirou a arma dela. Ela o atacou com golpes de caratê e ele simplesmente bloqueou todos. Tentou lhe dar uma cabeçada, mas ela se desviou. Tentou lhe dar um soco e ele segurou sua mão olhando abertamente para os olhos dela.

Madison chorava. Mesmo com a chuva forte dava pra ver claramente lágrimas descendo pelo seu rosto.

A chuva diminuiu um pouco e ficou mais claro ainda que ela chorava.

Ela lhe lançou uma joelhada na barriga e ele gemeu rapidamente de dor. Deu-lhe um soco rapidamente na cara e ela caiu no chão.

- Está muito fraca Madison. Não tem forças nem pra se levantar – disse ele.

- Vá se ferrar! – exclamou ela entre os dentes.

- Então se levante – disse ele.

Ela tentou, mas seus braços estavam bambos. Sem coordenação. Sem força. Ela não tinha como vencê-lo de modo algum.

Maddy rastejou até a mochila de um dos espiões e a ligou agarrando sua bolsa a jato. Kevin percebeu o que ela tentava fazer e tentou impedi-la.

Ela ia sair dali voando com a mochila deles. Ela colocou sua bolsa em volta do pescoço e a mochila a arrastou dali. Era incrível como aquela mochilas tinham uma força tremenda para conseguir carregá-la.

O pior de tudo era que ela percebeu que ele a seguia. Mesmo com ela estando toda acabada, ele não ia desistir. Ela aniquilou oito agentes da TORG.

Maddy usou a última força que restava em seus braços e pegou os óculos. Verificou alguns prédios e viu um prédio que estava com a porta do apartamento de cobertura aberta. E não tinha ninguém lá.

Pousou lá e jogou a mochila do lado fora mesmo estando chovendo. Entrou no local, jogou sua bolsa numa mesa e desabou no chão chorando e sentindo todo o seu corpo dolorido e machucado. Seu choro ecoava baixo pelo local vazio. Ela estava sozinha, machucada, com frio e com fome.

Kevin pousou ali e entrou no local. Ficou triste ao vê-la chorando.

- Avisei a TORG que você fugiu e eles resgataram os outros. Você deu uma bela surra neles – disse Kevin.

- Sai daqui. Me deixa em paz – disse ela.

Ele caminhou até e agarrou se cabelo.

- Você ainda acha que pode pedir algo depois do que fez?

- Eu só cumpri meu trabalho como você cumpre o seu – disse em prantos.

Ele soltou seu cabelo e fechou os olhos.

- Me desculpe Madison. Mas é que é terrível ver que nós somos inimigos no trabalho... – a voz dele falhou.

Ela chorava sem dizer nada.

- Você vai ficar doente desse jeito – disse ele.

- Vai embora – disse ela.

- Deixe de ser teimosa – disse ele.

- Sai daqui seu babaca – ela gritou e avançou pra cima dele.

Ele a segurou enquanto ela se debatia. Depois de um tempo ela finalmente parou e pousou a cabeça no peito dele ainda chorando. Os dois se abraçavam totalmente encharcados.

- Me perdoe Madison – disse ele.

Ele levantou seu queixo e a beijou.


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Notas finais do capítulo

Pirei!
*___________*
Reviews??
Beijos Thaís!!



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