Rainy Day escrita por Choko


Capítulo 1
Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Com passos largos e apressados ela alcançou a primeira cobertura que viu pela frente, a de uma loja que estava mais próxima. Passava das seis da tarde e o céu escurecia gradativamente, fazendo a iluminação das ruas, dos postes de luz e dos faróis se destacar mais naquele momento do dia, refletindo as gotas grossas de chuva que estavam a cair do céu.


Lovina bufou, visivelmente irritada. Estava molhada e detestava quando isso acontecia. O sobretudo branco agora pesava em seus ombros e o cabelo estava até gotejando. Sentia frio.


Ela sempre detestava dias assim, de chuva.


E não conseguia deixar de praguejar o momento em que decidiu sair de casa para ir ao mercado buscar algumas coisas para ter uma janta mais incrementada. Se apenas tivesse prestado atenção uma vez na vida na previsão do tempo, talvez não estivesse ali agora presa, tremendo.


Pessoas passavam ao seu lado, apressadas, protegidas com suas capas e guarda-chuvas. Ela observava aquele movimento com desgosto, pensando em como tudo se resolveria se apenas tivesse trazido alguns destes itens. Como...como se arrependia...


Talvez até pudesse pedir ajuda para a irmã. Mas, logo, ao lembrar-se que a outra estava fora de casa naquele momento, jantando com um alemão que ela sempre achou estúpido, imediatamente rejeitou a ideia.


E sem mais nada em mente, sem considerar ir para casa a pé enquanto a chuva estivesse forte, restou a Lovina, por final, ficar ali parada e esperar...


Esperar e esperar mais um pouco...


...até o ponto de não saber ao certo quanto tempo havia se passado e quase não sentindo mais o vento frio batendo contra o corpo. Sua cabeça, antes ocupada com reclamações e arrependimentos, ia ficando cada vez mais vazia, não sobrando nada além de uma conformação crescente.


Foi quando ouviu, em meio ao barulho da chuva, uma voz familiar.


– Ora, Lovina, o que faz aqui?


Levantou o olhar, apenas para confirmar quem era, mesmo que tivesse imediatamente reconhecido a voz do espanhol. E para sua surpresa lá estava Antonio, a última pessoa que gostaria que a visse daquele jeito, com o conhecido sorriso bobo na face, com uma alegria incompreensível que parecia a deixar cada vez mais irritada.


Lovina imediatamente mudou a expressão. Antes surpresa, agora estava emburrada. Queria que Antonio saísse dali, a deixasse em paz e por isso não hesitou em falar:


– N-Não...não é da sua conta, idiota!


– Você tomou muita chuva, não é? Lovi? - e ela nada disse, virando mais o rosto. Ele insistiu,curioso, continuando com as perguntas - Há quanto tempo está aqui? Quer emprestado o guarda-chuva?


E vendo que ele não notara seu incomodo, e ainda a deixando mais irritada com tantos questionamentos, Lovina tornou a insistir para que ele fosse embora.


– Vamos, saia daqui, seu bastardo!


– Certo, certo...já vou... -falou ele, praticamente sendo empurrado por ela a aquela altura- ...você ficara bem assim, não é?


Então, dando alguns passos para frente, Antonio ameaçou mesmo sair dali. Mas antes que continuasse, foi impedido por uma mãozinha que segurou firme a ponta de seu casaco. Quando virou, deparou-se com aquela imagem incomum de uma Lovina com olhar baixo, parecendo até frágil, e bastante corada.


– E-Eu...t-talvez precise do guarda-chuva...só um pouco... -murmurou ela, querendo verdadeiramente sumir naquele momento.


Porque ela nunca admitiria abertamente que estava precisando da ajuda dele...nunca mesmo...


E Antonio sorriu, fazendo a face dela esquentar ainda mais, tanto de raiva quanto de constrangimento.


– Não faça essa cara, imbecil!!


–Vamos, eu te levo para casa, então!


Sem mais escolhas e sem mais relutar, Lovina deixou que ele a levasse até em casa. Dividiram, assim, os dois o mesmo guarda-chuva e ela nem mesmo reclamou quando o espanhol segurou em uma de suas mãos. Passaram o percurso de forma silenciosa, porque a garota não se abriu nem um pouco para conversar, concentrada demais em seu próprio constrangimento e no quanto a situação a incomodava.


Quando finalmente chegaram ao destino, parando em frente ao portão do lar, Lovina por uns segundos permaneceu estática, pensando se deveria ou não agradecê-lo pela ajuda.


Não que quisesse ser mal-educada, mas não era de sei feitio agradecer docemente como faria sua irmã em seu lugar.

Ela abriu a boca, tentando encontrar as palavras certas. Mas nem mesmo um simples grazie saia com esforço, nem mesmo murmurado. Sem muito o que fazer e desistindo, ela encerrou com um:


– Então é isso, até logo...


E pouco antes de dar alguns passos, adentrar apressada a residencia e tentar esquecer do péssimo dia que havia tido, percebeu o rosto dele se aproximar do seu e seus lábios serem tomados brevemente, sem ela conseguir reagir e repeli-lo de alguma forma.


Lovina nada fez além de continuar parada, com a mente vazia e o coração acelerado. Sentiu o rubor subir mais a face, enquanto observava Antonio se afastar rapidamente.


Buenas noches, Lovina. -disse, sorridente.


Por mais que tivesse vontade de socar, chutar e xingar com todas as palavras que conhecia aquele espanhol, a italiana contrariando todas as expectativas saiu correndo sem dizer nada, prometendo a si mesma que logo o mataria quando se encontrassem de novo, que veria ainda o sangue dele ser derramado naquele asfalto da próxima vez.


Entrou em sua casa e bateu a porta com força. Jogando-se no sofá mais próximo logo em seguida. Não estava acreditando no que havia acabado de acontecer e também não sabia mais o que sentir ou fazer...


–Droga...aquele maldito... -dizia ela, com a cabeça afundada nas almofadas escuras.


E fora dessa forma frustrada que acabou por adormecer, cansada, tentando de todas as formas esquecer Antonio e aquele beijo. Repetindo várias vezes que tudoaquilo não passou de mais um pesadelo de um dia chuvoso.


Porque só em dias de chuva, para ela, coisas improváveis como essa poderiam acontecer. Mas o que Lovina não sabia era que se recordaria perfeitamente desta data, deste breve momento, até mesmo quando semanas ou meses se passassem , até mesmo quando as nuvens se afastassem e viessem os dias de sol.




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Notas finais do capítulo

Hm...É a primeira fanfic de Hetalia que posto...
Apenas não queria que esse vicio no anime acabasse e eu não postasse nada por aqui...
E não se esqueçam de comentar, por favor! =)



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