Samantha Roberts - O Livro de Sócrates escrita por Duda Chase


Capítulo 27
Fogos


Notas iniciais do capítulo

Pronto suas alopradas! ( @CupcakeAzul_ ; @LuluuhTeen ; @camp_meiosangue ) Fiz esse capitulo com muito carinho e amor. Então ... AMEM ESSE CAPITULO. Agora são 5h30 da manhã e eu não dormi só pra fazer com esse capitulo fique perfeito para vcs. Aproveitem e depois comentem, viu?



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      Primeiramente: Eu vou pros fogos com o Nick! Eu vou pros fogos com o Nick! Na sua cara, Queen!

      Eu estou me sentindo meio estranha. Eu não durmo há duas noites. Eu não me concentro direito no treinamento. Eu ... eu estou sem ideias. Quando é que eu fico sem ideias?  Eu nem sei explicar o que estou sentindo! Ainda bem que eu não vi Nick nesse meio tempo, senão eu acho que eu iria começar a corar ou gaguejar, coisas assim. Certo, eu já dancei com Nick. Eu já fui com ele a um baile. Mas esse era diferente. O bem da missão não dependia disso. E ele me convidou de livre e espontânea vontade - e com uma forte indireta minha.

     Eram 6h30 da tarde. Os fogos começavam às 9h e depois tinha o baile. Estava chegando a hora! Corri para meu baú do beliche. Papai já havia mandando minhas roupas para o acampamento.

     Joguei uns cinco vestidos diferentes na cama. Não serve. Esse é feio demais. Curto demais. Será que esse me deixa gorda mesmo ou Hillary só estava sendo maldosa? Esquece. Ah, eu não tinha o vestido perfeito! Como isso? Estalei os dedos ao me lembrar de minha salvação: Victor.

     Bati três vezes na porta do chalé 10. Rosemary abriu, droga.

     - O que você quer? – Ela perguntou.

     - Falar com Victor. Ele está no chalé? – Perguntei.

      - Não, ele está com Jenny.

     - Sam! Entre aqui! – Victor me chamou de dentro do chalé.

     Rosemary revirou os olhos de me deixou entrar. O chalé cheirava a perfume francês, mas era uma fragrância bem gostosa. O chalé era perfeitamente arrumado e tudo era limpíssimo. Cada cama tinha um pôster de seu famoso favorito em sua cabeceira.

     - Diz aí, Sam. O que você precisa? – Victor perguntou e pulou em sua cama, cuja era a única a qual não havia pôster na cabeceira. Era cheia de fotos de Jenny e de sua família. Achei bem fofinho.

      - É que... você sabe. Os fogos são daqui a pouco e eu ainda não consegui...

      - Achar o vestido perfeito? Compreensível. Veio ao lugar certo, Sam. Faço questão de te ajudar pessoalmente. Derek! Luísa! Venham cá. Vamos ter um trabalhinho para fazer agora.

      Trabalhinho para fazer? Fiquei com medo. Derek foi pegar um vestido para mim e Luísa iria cuidar de minha maquiagem. Victor supervisionava e disse que iria cuidar de meu cabelo.

      Derek havia escolhido um vestido vermelho para mim. Ele vinha até meus joelhos, era de alcinha e super confortável. Existe vestido lindo é confortável? Ah, santo chalé de Afrodite. A maquiagem de Luísa era a minha cara: simples, mas chamava muito bem atenção. Agora o cabelo...

     - Vamos ver o que podemos fazer aqui. – Victor passava as mãos em meus cabelos. – Quero cachear, mas nada muito exagera. Algo que fique bem natural. Vamos deixar seus cabelos soltos. Nada de prender, mostre rebeldia! – Ele olhou para minha expressão. – Ei, Sam. Confie em mim. Você vai ficar uma gata! E acho melhor você não contar que eu disse isso para a Jenny, se não seu estilista pessoal vai ser um cara morto.

     Nós rimos. Victor continuou seu trabalho. Tenho de admitir que o resultado ficou melhor do que eu esperava.

     - Own, muito linda! – Admirou Luísa.

     - Gata. Diria até quente com esse vestido vermelho – Derek completou.

     A essa altura eu já devia estar mais vermelha que o próprio vestido.

     - Obrigada gente! Obrigada mesmo! – Abracei os três.

     Olhei para um relógio na cômoda ao lado de uma cama. Já eram quinze para as nove! Corri para meu chalé depois de dar tchau para eles.

     Cheguei lá e todos meus irmãos já haviam se trocado. Bom, a genética nunca falha. Estavam todos maravilhosos. Briana e eu nos encaramos com um olhar de aprovação.

 Conversamos um pouquinho e eu fui para a varanda esperar Nick. Julia estava andando pelos chalés e, quando me viu, veio falar comigo. Ela estava com um vestido roxo mega fofo.

      - Oi, Sam! Nervosa? – Julia perguntou.

      - Um pouquinho. Mas nunca irei contar isso a Nick, senão o ego daquele menino vai subir. – Nos duas rimos. – Ei, tem acompanhante para os fogos?

     - Ah, se tenho. Depois de um éon, Ned me convidou. Eu sempre quis pedir para sair com ele, mas nunca tive coragem. Será que ele enfim percebeu? O que o motivou para me convidar para os fogos? Enfim, estou muito feliz.

     Eu sou um ser muito péssimo, disse para mim mesma. Um nó se formou em minha garganta. Eu me sentia extremamente mal com aquilo.

     - Hm, muito sem graça. – Julia disse.

     - O que? – Perguntei.

     - Seu vestido. Fique parada.

     Quando Victor mexia em mim eu já fiquei com medo. Agora eu estava apavorada. O que essa louca iria fazer comigo?  Julia ergueu sua mão e desenhou um semicírculo no ar, balançando seus dedos.

     - Um toque de mágica nunca é demais. – Ela disse.

     Olhei para ver o que fez em meu vestido. Havia uma leve luz vermelha sobre ele, o que o deixava mil vezes mais bonito.

     - Nossa, Ju. Muito obrigada mesmo. – Agradeci.

     - Não há de quê, serio.

     Ela apontou com a cabeça para algo atrás de mim. Virei-me e avistei Nick. Uau! Ele vestia uma calça social creme, com sapatos e cinto marrom. Sua camisa era azul escura e seu terno era preto.

     - Só sei que eu não vou ficar de vela. – Julia disse. – Bons fogos. – Ela desejou e saiu.

     Nick andou lentamente em minha direção. Ele mantinha as duas mãos no bolso e se demostrava tanto nervoso quanto eu. Fofo. Ele me analisou, mas não disse nada.

     - Nossa, eu me produzi toda e nem para fazer uma crítica? Nem um ‘’ Whoah. Sam você está tão... Uau! ‘’ – Imitei a voz dele.

     Ele riu.

     - Achei que minha cara de retardado babando já era o suficiente boa para você concluir que está linda.

     - Obrigada. – Disse meio sem jeito. – Você também está muito bonito.

     Andei para frente e ajeitei o colarinho de sua camisa.

     - Mas agora você está melhor. Bom, vamos senão iremos perder os fogos de artificio.

     Nick me ofereceu o braço e eu o peguei.

     - Claro.

     Os campistas estavam se reunindo para ver os fogos na praia. Todos estavam alegres e muito entusiasmados. Nick fez questão de ficarmos no lugar onde tínhamos nos acertado. Bom, quando seu acompanhante é filho de Poseidon você não precisa se preocupar com as ondas molharam seus sapatos, elas simplesmente dão a volta.

     Contagem regressiva para as nove horas. Quando bateu, os filhos de Hefesto soltaram os fogos de artifício.  Simplesmente lindos! Não sei como eles conseguiam fazer, mas os fogos formavam formas quando explodiam. Pessoas, o símbolo de cada chalé, corações - que eu acho que o chalé 10 deve ter os obrigado a fazer esse.

    Automaticamente minha mão procurou a de Nick. Com um sorriso, ele pegou minha mão e continuou a olhar para os fogos. A cada fogo que explodia, o rosto de Nick brilhava com uma cor diferente. Os fogos dispararam em uma série de um milhão de cores. Eu nem me importava com o estrondoso barulho, poderia ficar a noite inteira vendo-os. Bom, os fogos foram dignos de réveillon, o espetáculo durou uma meia hora. Agora era a vez do baile.

     Dionísio e Quíron organizaram o Anfiteatro para esse dia. A decoração estava linda, mas creio que eles tiveram ajuda. Os filhos de Apolo iriam nos dar um show particular hoje. Todo o equipamento estava em cima do palco.

     Mitchel subiu ao palco, plugou sua guitarra no amplificador e começou o show.

     - E aí? Vamos dançar ao vai ficar fazendo nada? – Nick perguntou.

     Fui com ele para a pista de dança improvisada. Devo admitir que Nick dança muito bem. Acho muito legal a diretoria permitirem os fogos. Isso mostra que não estamos aqui para ser somente treinados. Não somos apenas maquinas de destruição dos deuses. Os fogos nos mostram que podemos relaxar, afinal, estamos em casa. E é isso que legal. O fato de deixar-nos divertir mostra que realmente se importam conosco. Sócrates estava errado. O que realmente não entendo. Sempre tive Sócrates como um referencial em minha vida. Eu sempre tinha prazer em estudar sobre ele. E, com todos os relatos e historias que ouvi e li, posso afirmar que aquele não era Sócrates. Não podia ser ele. Seja lá quem seja esse novo Sócrates, não vou deixar que estrague meu acampamento. E ... olha só no que eu estou pensando ao invés de curtir uma dança com meu amigo! Ah, me estresso comigo mesma.

     - Sam, tudo bem? Você está com uma cara estranha. – Nick percebeu.

     - Ah, não é nada não. Só eu que sou uma pessoa muito preocupada.

     - Nada? Aposto que você tá pensando em Sócrates ou em uma estratégia muito expert para pega-lo ou em coisas que vão acontecer daqui sei lá quantos anos.

     - Eu não...

     - Pare, Sam. Pare de se importar tanto. – Ele expirou, como um ato saudoso. - Olhe, vou te contar uma coisa que minha irmã sempre falava. ‘’ Esqueça o passado, viva o presente e deixo o futuro para depois. ‘’. Também vou fazer uma coisa que ela me fez fazer. Promete? Promete que vai fazer isso?

     - Só com uma condição. Promessa de mindinho!

     Ele olhou para mim surpreso. Aí eu me dei conta que não havia contado meu sonho de Susana para Nick. Isso devia ser uma coisa que só eles dois faziam. Bom, ele estranhou, mas entrelaçamos os mindinhos e selamos nossa própria promessa.

     Nesse momento, Jenny subiu no palco com seu violão. Ela arrumou o microfone e começou a se apresentar.

     - Irei fazer um numero acústico. Primeiramente devo totalmente dedicar essa musica a Victor, porque eu o amo muito. Mas... acho que eu também posso dedicar minha performance a um casal de pombinhos muito lindo. Sim, eles sabem que é exatamente deles que quem estou falando. E, sim, a pombinha vai me matar por isso depois. Com vocês: Kissin’ U da Miranda Cosgrove.

     Ah, mas ela tinha razão. Eu iria mata-la por isso! Não dava pra deixar só pro Victor? Garantia uns beijos depois e não uma morte certa.

     Nick me puxou para mais perto dele. Pôs as mãos em minha cintura e sussurrou ao meu ouvido:

     - Relaxe, Srta. Wikipédia.

     Sorri e o abracei. Dançamos aos acordes de Jenny. Por seu numero ser acústico, a musica ficara bem mais lenta do que a original. Bem melhor para dançar.

      Nick deu uma risada.

     - O que foi? – Perguntei curiosa. Eu estava dançando mal?

     - Nada. Eu só estava me lembrando... você sabe o que aconteceu da ultima vez em que dançamos juntos assim.

     - Sei sim. Muito difícil esquecer.

     Olhei diretamente para os olhos de Nick. Era isso o que ele queria. Aliás, era isso o que os dois queriam. Para que mentir? Queen pode ter razão. Eu conheço Nick há muito pouco tempo. Mas, todo esse tempo em que eu estive cuidando dele, todas essas conversas solitárias, sonhos que eu tive com ele, tudo isso me fazia com que eu me sentisse amiga dele há anos. Sim, eu com certeza podia dizer que gostava de Nick. Gostava não. O sentimento que eu sentia por ele era muito maior. É, Samantha. Você está apaixonada.

     Nick acariciou meu rosto. Ele puxou minha cabeça por trás da orelha para mais perto da dele. Me senti no baile de Provo. Novamente tudo aconteceu. Coração disparado, estômago revirado, acho que minhas mãos deviam estar suando. Testas coladas. Sinto a respiração de Nick. Narizes colados e os dois rindo da situação. Lábios a um centímetro de distancia. E, finalmente, o beijo.

     Como eu posso definir esse beijo? Literalmente uma explosão de sentimentos. Por um momento, esqueci que estava no Anfiteatro. Esqueci que estava no acampamento, na terra. Qual é meu nome mesmo? Nunca me senti feliz assim em meus quinze anos de vida. Nunca me senti tão completa. Eu não queria parar, eu queria mais. Queria me sentir assim para sempre.

     Quando o beijo acabou, percebi que já era. Era impossível de se quer conseguir esconder algum sentimento por Nick. Se bem que, pela cara de Nick, não precisávamos esconder mais nada.

     Encostei minha testa na de Nick de novo.

     - Está a fim de ver as estrelas na floresta? – Nick perguntou. – Só nós dois. Posso até conseguir alguma comida da cozinha para nos entretermos enquanto isso.

     - Oferta tentadora. Aceito.

     Fui para meu chalé. Troquei de roupas para o uniforme do acampamento e tirei toda a maquiagem. Baguncei meu cabelo com a mão para ver se eu tirava os cachos. Ah, passa a escova de novo para desembaraçar isso.

     Sai do chalé. Passei pelo anfiteatro praticamente saltitando de alegria. O baile ainda estava rolando. Perfeito. Fui para a entrada da floresta. Nick depois apareceu, com jeans e sua camisa do acampamento. Ele trazia em suas mãos uma cesta de piquenique.

    O encarei.

     - O que foi? Anos de acampamento. Com a experiência você sabe quando, como e onde furtar a melhor comida daqui.

     - Se sentindo o filho de Hermes, não?

     - Sim. Não corta meu barato, vamos.

     Fizemos o mesmo longo caminha pela floresta. Ao chegarmos ao nosso posto de observação secreto, Nick esticou a toalha no chão. Nos sentamos e peguei uns morangos para comer.

     - Sam? Olhe sobre hoje... eu tenho que te contar algo.

     Fiz um sinal com a cabeça para que ele prosseguisse.

     - Você é especial para mim, você sabe disso. E... eu me sinto bem quando estou com você. Você é linda, inteligência, sabe lutar, você é tudo. E o jeito como você cuidou de mim esse tempo todo, o modo como você foi paciente e doce – o que você não era muito enquanto eu estava bem.

     - Ei! – Dei um soco em seu ombro.

     - Desculpa! Bom, mesmo antes de Brontes eu já sentia isso por você. Bem antes. Quer dizer, existem pessoas que nascem para ser amigas; como Jenny e eu. E também existem pessoas que nasceram para ser... algo mais que isso. Olhe, o que estou tentando dizer é que eu... eu te a...

     Não aguentei. É muito fofura para um ser só! Dei um beijo nele antes ele terminasse a frase.

     - Chata! Você estragou minha declaração amorosa! – Nick reclamou.

     - Tem melhor declaração do que um beijo? – Perguntei.

     - Tem sim. Um eu te amo.

     - Ok, então pode continuar.

     - Obrigado. – Nick pigarreou. – Eu te amo, Srta. Wikipédia.  

     Eu dei uma risada e deitei para ver as estrelas. Nick deitou-se ao meu lado, e ofereceu seu braço para que eu o usasse como travesseiro. Ficamos olhando as estrelas – que essa noite pareciam estar brilhando muito mais só para nós.

     - Então é oficial? Namorados? – Perguntei.

     - Não sei. Sam, você quer namorar comigo?

     - Quero sim.

     - Então é oficial.

     Ele olhou para mim de um jeito afetivo. Ele levantou um pouco mais seu corpo e meu deu um beijo. Depois ficou acariciando meus cabelos, meu ponto. Deu alguns minutos e eu adormeci nos braços de Nick – meu novo namorado.

     Acordei com Nick me chacoalhando. Havíamos dormido lá mesmo. Guardamos as coisas às pressas e corremos floresta abaixo. Nick jogou as coisas na cozinha e tivemos que correr para o café da manhã.

     Chegamos lá e todos já haviam tomado o dejejum. Mas o nosso grupinho ainda conversava na mesa de meu chalé – Jenny, Victor, Briana e Julia.

     - E aí está o casal do ano. – Anunciou Jenny. – Como passaram a noite?

     - Hã, bem. – Respondi.

      Jenny estalou os dedos.

     - Ei, Ju. Eles se beijaram durante a minha música. Você perdeu! Passe meus dracmas.

     - Ah, cara. Que droga. – Ela pegou um bocado de dracmas e deu para Jenny.

     - Estão namorando mesmo ou é só viajem das duas? – Briana perguntou de braços cruzados.

     Nick deu um passo à frente e me abraçou pela cintura.

      - Sim, nós estamos. Problema?

      - Ah, parem! Eu não sou mamãe. Estou feliz por vocês, sério. Mas ouse fazer algo com para Sam, tenho uma adaga 24h a minha disposição.

      Nick engoliu seco.

     - Deixe ele, Briana. – Pedi. - Iremos ser muito felizes juntos.


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Notas finais do capítulo

E aí? Serio, como está? Quero criticaaaaaas



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