Samantha Roberts - O Livro de Sócrates escrita por Duda Chase


Capítulo 24
Favorzinho de Apolo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. Semana de provas. Lado bom: passei de ano ( kkk Ja havia passado desde o segundo trimestre. Filha de Atena aqui né : P ). Como eu havia prometido: Capitulo dedicad a @LuluuhTeen ; ) Aproveitem



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Acordei bem disposta. Por que eu sonhei com aquilo? Não sei. Mas que eu gostaria de ter sempre sonhos bons assim é verdade.
         Guardei a poltrona, lençol e travesseiro no lugar.  Dei um beijinho rápido na bochecha de Nick e me aprontei para sair. Quase cai no chão ao tropeçar em algo. Olhei para baixo e vi que a mochila de Nick estava jogada lá. Revirei os olhos. As coisas de Nick são desorganizadas mesmo ele estando inconsciente. Peguei a mochila e fui para meu chalé.
         Todos meus irmãos já haviam acordado e já estavam trocando de roupa.
         - Dormiu bem? – Briana me perguntou.
         - Sim, muito bem. Por que a pergunta?
     - Nada. Vou está... radiante. – Ela estalou os dedos ao se lembrar de algo. – Tenho uma surpresinha para você. Venha comigo.
     Ela pôs as mãos sobre os meus olhos. Pude sentir o vento ao Briana abrir a porta do covil. Descemos as escadas. O que essa doida fez desta vez? Ele posicionou-me no lugar certo e tirou suas mãos.
     - E aí? Gostou? – Ela perguntou.
     Já disse que eu amo minha irmã? Já devo ter dito. Ela arranjou uma mesa de projetos para mim! Até então eu usava a de Briana mesmo. Bom, ela poderia ter feito isso porque ela não gostava de eu usar a sua. Ah, deixe para lá. Eu amei. Logo acima agora havia uma prateleira de livros. Identifiquei livros de arquitetura, mitologia grega, estratégias e literatura clássica mesmo.
     Joguei a mochila de Nick no chão.
     - Amei! Amei! Amei! Te amo muito, maninha! – A abracei, ou melhor, quase fiz com que ela morresse asfixiada.
     Chutei a mochila de Nick e suas coisas caíram para fora. Quando fui guardar suas coisas vi que havia fotos jogadas em sua mochila. Nossas fotos. Own, que lindo! Ele revelou todas as fotos em uma noite só. Fiquei olhando aquelas fotos. Belas lembranças que eu guardarei para sempre.
     - Já está na hora do café da manhã. E depois você tem que ir ao Olimpo, lembra?
     - Ah, sim. – Disse sorrindo, olhando as fotos. – Mas eu irei depois. Hã ...tenho coisas a fazer antes.
     Ela deu uma olhadinha em uma das fotos – uma em que eu estava dando um beijo da bochecha de Nick. Que ótimo, ela já iria começar a falar. Ela levantou uma sobrancelha e deu um leve sorriso.
     - Sei. Coisas a fazer. – Ela repetiu.
     - Ah, nem começa. Já sei o que você vai falar. Todos falam. Acho que achei um meio como enfeitar minha nova mesa. Bom café da manhã. – Desejei e ela subiu.
   

  Separei algumas fotos de que eu gostei e peguei uma fita dupla-face. As sei fotos que separei eram essas: uma que o trio estava sentado na cama, fingindo ser comportado; agora uma que os três estavam pulando na cama; Jenny e eu fazendo um sanduiche de Nick de tanto abraça-lo; uma com eu e Nick fazendo careta; outra com os três mostrando a língua; uma de Jenny e Nick se abraçando; e aquela em que eu estava beijando a bochecha de Nick. Também separei mais uma foto. A primeira que eu tirei com Nick, quando estávamos deitados na cama. Como eu prometi, aquela iria para minha cômoda.
     Colei as fotos na vertical de minha mesa. Ficaram ótimas.
     Depois de um reforçado café da manhã, encontrei com Jenny e Argos no topo da Colina Meio-Sangue. O Sr. D. me entregou o Livro de Sócrates e disse para entrega-lo aos deuses, para analisá-lo e depois entregar ao Acampamento Meio-Sangue para que possamos treinar em cima dele.
       Eu e Jenny entramos no banco traseiro do carro. Estava triste. Desta vez Nick não estava ao meu lado.
      Longa viagem até o Olimpo. Mas uma vez, passamos em frente a minha casa. Vi um homem usando uma camisa cinza com seus velhos jeans. Uma pasta de couro preta ... e esses óculos ... papai !
      - Argos! Argos! Pare o carro! Agora! – Implorei.
      Argos meteu o pé no freio e eu abri a porta correndo.
     - Sam, não temos tempo! – Jenny tentou me impedir, mas não dei ouvidos.
     Abracei meu pai. Primeiramente, ele achou que uma garota doida, que quase bateu o carro e estava o agarrando. Acho que eu não estava muito longe dessa realidade. Depois ele levantou meu rosto e me viu direito. Papai não hesitou e me abraçou mais forte ainda.
     - Sam, minha filha! Onde você se meteu? – Nem precisei responder, papai viu minha camisa do acampamento. – Certo. Bom, sua mãe queria que você fosse para lá mesmo. Como você passou esses dias? Você não ideia do quão eu fiquei preocupado. Filha, você não pode sumir assim!
     Jenny chegou correndo logo depois e abraçou-o.
     - Oi, Sr. Roberts. – Jenny se virou para mim. – Sam, os deuses já não gostam de fazer reuniões sem ser no solstício, se nos atrasarmos não vai ser muito legal.
     - Mas... mas... papai. Eu queria contar tanta coisa a ele.
     - Hã, tudo bem, Sam. – Papai me acalmou. - Eu tento te mandar uma carta ou eu posso te ligar.
     - Não! Nada disso! – Gritei, dando uma de criancinha mimada.
     - Nada disso é o caramba! Vem, Sam. Tchau, Sr. Roberts. Trago ela ... hmm, depois. – Jenny puxou-me até o carro.
     - Tchau, filha! Eu te amo!
     A porta do carro se fecha. Neste momento eu ainda estava decidindo qual parte de Jenny eu iria arrancar de seu corpo. Que raiva! Raiva, raiva, raiva. Mas também sei que eu não poderia culpa-la. Que droga! Droga, droga, droga.
     Foi um longo caminho até o Olimpo. Fiquei tentando arranjar alguém pra xingar, mas não  consegui. Só me restou uma opção: o porteiro do Empire State. Amei.
     Assim que nos despedimos de Argos entramos no Empire State e já fomos falar com o porteiro. Olhei para Jenny e ela entendeu o recado: Dessa vez, deixe comigo. Andei até o seu balcão. O porteiro fingiu nem perceber minha entrada e continuou lendo a sua revista.
     Pigarreei.
     - Com licença, senhor. Meu nome é Samantha e eu vim aqui há algumas semanas atrás, está lembrado? Eu preciso ir para o 600º andar. Sabe, o Olimpo...
     Ele abaixou um pouco sua revista, olhou para mim e deu um sorriso sarcástico. Depois voltou a ler.
     - Não existe o 600º andar aqui, mocinha. Por que não vai passear no Central Park ou coisa do tipo? Volte quando estiver em sã consciência.
     - Ah, por favor. – Eu estava tentando não explodir de raiva. – Você sabe que somos semideuses. Provavelmente vamos ficar nesta até eu te ameaçar de morte ai você vai desistir. Por que não me deixa pegar logo este cartãozinho logo?
     - Garota, ela é louca ou coisa do tipo? – O porteiro perguntou para Jenny.
     - Às vezes eu acho que sim. – Ela respondeu.
     - Você não ajuda em nada assim. – Falei para Jenny. De minha mochila peguei o Livro de Sócrates. – Está vendo isso? Então, Zeus quer ver isso agora. Você sabe disso. A não ser que você goste de ser eletrocutado pelo Raio-Mestre...
     - Me convenceu. – O porteiro pegou o cartão e entregou para mim.
     - Muito obrigada.

     Pus o livro na mochila e nós duas entramos no elevador. Dei o cartão para Jenny e aguentamos 600 andares com músicas muito, muito chatas.
     O elevador se abriu num ‘’plim’’ e, novamente, fiquei atônita. Como eles conseguem fazer com que o Olimpo fique cada vez melhor? Impossível! Mas havia algo diferente lá. Enquanto caminhávamos percebi que não havia sequer uma mudança no Olimpo, eu que havia mudado. Talvez eu só estivesse cansada, com medo desta vez. Talvez eu não quisesse discutir em como salvar o Acampamento Meio-Sangue, eu nem queria que tudo estivesse em minhas mãos. Amadureci? Percebi que o mundo não era mil maravilhas? Não, eu já sabia disso. Talvez por que dessa vez Nick não estava conosco, é bem provável. Não sei. Acho que eu não estava no clima.
    

 Jenny respirou fundo antes de abrir a porta do salão. Os Doze Olimpianos estavam reunidos. Isso só pra analisar um livro? Totalmente desnecessário, mas tudo bem. Demos passos cautelosos até o centro do salão e nos curvamos diante aos deuses.
     - Levantem-se. – A voz de Zeus ecoou no salão.
     Nos levantamos. Todos os deuses estavam olhando para mim, nada legal.
     - Vocês, Jennifer McGuire e Samantha Roberts, vêm em nome do Acampamento Meio-Sangue para entregar-nos O Livro de Sócrates. Analisaremos ele para verificar se as técnicas são de utilidade para os semideuses. - Zeus anunciou. – A partir de agora, vocês duas são porta-voz do acampamento em relação ao caso Sócrates. Qualquer coisa, notificaremos Dionísio e ele falará com vocês. – Zeus olhou para ele.
     - Ah, que seja. Jessica e Silena não são as piores. – Ele disse. Mordi minha língua para não falar nada.
     Mamãe pigarreou ao ver que eu já iria dar um corte bonito em Dionísio.
     - Samantha, me entregue o livro, por favor.
            Fui em direção ao seu trono. Meu curvei diante ela. Vá por mim, quando sua mãe tem dois metros e exala uma aura divina você se sente obrigado a se curvar. Entreguei o livro a ela. Mamãe leu algumas linhas e, ao fecha-lo, fez o livro desaparecer.
     - Amanhã o livro estará disponível para o acampamento.  Alguma manifestação contraria? – Minha mãe perguntou. Silencio agoniante no ar. – O conselho concorda. E, filha, você teve êxito em sua missão. Cruzou o país e recuperou o livro e ainda nos deu certeza do que Sócrates está tramando, além disso, retardou sua volta. Tem meus sinceros parabéns. E, filha, estou orgulhosa de seu trabalho. Continue assim. Saiba que vou estar sempre ao seu lado. – Ela o dedo duas vezes eu seu peito.
      Juro que senti meu colar ficar mais quente. Adianta falar que isso foi tudo o que eu sempre quis ouvir da boca dela? Claro que eu queria que viesse de uma mãe ‘normal’, no sofá de minha casa e ela abraçada com papai. Mas eu também não sou normal, estão tudo bem.
    - Então, já que todo mundo está falando de seus filhos – Apolo se levantou de seu trono e ficou no tamanho normal. -, tenho um presente para minha garota.
     De suas costas Apolo tirou uma capa de violão e entregou a Jenny. Ela abriu a capa de violão como se fosse o melhor presente de Natal. De lá ela tirou um violão tão preto que dava para ver seu próprio reflexo, alguns detalhes em branco, cordas de fio de náilon. O violão de Jenny foi recuperado.
      - Hã... pai! Obrigada! Muito obrigada mesmo! O senhor não sabe o quanto ele é importante para mim.
     - Sei sim. E é por isso que eu mesmo o concertei. Veja está afinadíssimo.
      Jenny começou a dedilhar o violão. Não tive como não sorrir. Primeiro: Jenny estava feliz pelo violão. Segundo: Aquela débil mental toca bem pra caramba! A alegria entra literalmente pelos meus ouvidos.
     - E você também Samantha. – Apolo disse.
     - Eu o quê?
     - Você também pode ter um favorzinho meu. Qualquer um.
     Eu sei que ele não quis dizer qualquer um. Na verdade ele só quis fazer uma ceninha básica para os deuses. Eu só tinha um desejo maior e ele muito bem sabia qual era.
     - Senhor Apolo, bem eu queria saber se...
     - Senhor? – Ele perguntou como se a ideia de for velho não o agradasse.
     - Desculpe-me, Apolo. O estado de Nick é...
     - Muito grave. – Ele completou minha frase.
     - Certo. Eu... eu quero muito que o senhor, quer dizer você, ajudasse Nick. Sabe, deus da medicina. Qualquer coisa. Faça-o ficar bom. Quero que ele se levante, abra os olhos, fale alguma coisa. Lembrando que ele só está assim por causa da missão. Da minha missão. Esta é a única coisa que eu quero. Pode cura-lo?
      - Que linda! – Afrodite falou e deu um suspiro.
      Pensei que ela estaria com raiva de mim a essa altura, mas Ártemis deve ter aliviado para nosso lado. Olhei para minha mãe. Ela acenou para mim com a cabeça, demonstrando que está tudo bem.
     - Está ajudando um amigo. Essa é uma atitude de uma verdadeira heroína. - As palavras de mim mãe apareceram em minha cabeça. - Obviamente não aprovo muito essa amizade, mas...
     - Já entendi mãe. – Respondi.
     Apolo olhou para Zeus. Ele mandou seguir em frente com um gesto e se acomodou em seu trono.
     - Ajudarei você. Nos encontramos no acampamento.
     Antes que eu pudesse o agradecer, tive de me virar porque Apolo havia desaparecido numa coluna de luz.
     Zeus no dispensou. Fui com Jenny até o elevador. Eu estava muito melhor. Um peso enorme foi tirado de meus ombros. Nick foi salvo!


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Notas finais do capítulo

Raviews ?



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