Capítulo 9

Pov Bella

Hoje tínhamos que voltar, afinal minhas aulas começam semana que vem.

Edward e eu combinamos que casaríamos apenas quando eu terminasse a faculdade.

Assim não ficaria corrido nem pra mim nem pra ele.

–Filha! – veio minha mãe me abraçar! – Que saudades!

–Também estava mãe! – eu disse retribuindo seu abraço.

–Pai! – eu disse abraçando ele também!

–Saudades princesa! – ele disse. E depois foi para a cozinha.

–Como foi de viagem filha? – perguntou minha mãe.

–Foi perfeito! – eu disse.

–Então me conta... – ela parou de falar quando olhou para minha mão. - O que é isso?

–O Ed me pediu em casamento! – eu disse quase pulando de alegria.

–Nossa Bella! É lindo! – ela disse olhando para o meu anel.

–É mesmo, não consigo acreditar ainda!

–Ele tem bom gosto! – ela disse.

–Claro que tem, olha que ele pediu em casamento! – eu disse fazendo graça.

–Que filha modesta! – ela disse rindo. – Não acredito que meu bebê vai casar!

–O quê? – perguntou meu pai entrando na sala. – Como assim casar?

–Calma pai! – eu disse rindo do seu ataque. – Edward e eu combinamos que vamos casar depois que eu terminar a faculdade só!

–Nossa que susto! – ele disse mais aliviado.

Terminei de contar como foi à viagem e fui tomar um banho.

Edward não dormiria aqui hoje, estava tão acostumada a dormir com ele.

Deitei na cama e mandei boa noite para ele, por mensagem, que logo foi respondido.

Acordei e estava um sol maravilhoso, então resolvi passar o dia na piscina.

De tarde meus pais chegaram.

–Oi! – eu disse quando entraram.

–Oi filha! – responderam.

Meu pai subiu e disse que ia tomar banho.

–Como foi seu dia? – perguntei.

–Melhor impossível filha, nossa empresa está indo muito bem! – ela disse animada.

–Que bom!

–E o Edward, veio te ver?

–Não, hoje ele voltou a trabalhar na empresa do pai dele!

–Hum! Então me conta como está se sentindo? – ela disse se sentando no sofá.

Deitei minha cabeça no colo dela.

–Estou feliz mãe! – eu disse.

–Mas...

–As vezes parece que eu cresci rápido demais sabe!

–Está arrependida de aceitar o pedido do Edward? – ela perguntou mexendo no meu cabelo.

–Não, claro que não! – eu disse. – Estou muito feliz com isso! Não é nesse sentido!

–Filha você passou por uma coisa muito ruim, teve que amadurecer muito rápido! Mas você continua a minha menininha! – ela disse me abraçando.

Minha mãe disse que ia subir e tomar um banho e eu continuei na sala assistindo TV.

–Oi linda! – disse Edward entrando na sala.

–Amor! – eu disse pulando em seu colo. – Estava com saudades!

–Eu também! – ele disse me beijando.

–Como foi na empresa! – eu disse puxando ele para o sofá.

–Foi bem! Tinha muita coisa pra fazer hoje!

–Está tudo bem? Você está meio pálido! - eu disse passando a mãe em seu rosto.

–Estou, só foi um dia puxado!

–Comeu?

–Tomar café serve? – ele perguntou.

–Não acredito Edward! – eu disse séria.

–Não tive tempo amor, e também não estava com fome!

–Não quero saber! Vamos jantar! – eu disse puxando ele.

Meus pais desceram e começamos a comer.

Ed parecia muito cansado, estava ficando preocupada já.

–Amor, acho melhor você dormir aqui, não está em condições de dirigir!

–Ta bom! Licença! – ele disse se levantando e indo para o meu quarto.

–Ele não parece bem!- Minha mãe comentou preocupada.

–É, vou lá!

Subi as escadas e entrei em meu quarto.

Ele já estava dormindo.

Liguei para Esme e avisei que ele não ia dormir lá!

Deitei ao lado dele e dormi.

Acordei com um despertador tocando.

–Bom dia! – ele disse levantando.

–Bom dia!

Olhei no relógio e eram 6:30hs.

–Continua dormindo, eu vou passar em casa e depois vou para a empresa! – ele disse vindo me dar um beijo.

–Vê se come! – eu disse antes dele sair.

–Sim senhora! – ele disse e saiu.

Sorri e voltei a dormir.

O dia passou rápido, já que acordei tarde.

Logo anoiteceu e Edward chegou.

–Boa noite! - ele disse entrando na sala de jantar onde eu estava jantando com meus pais.

–Boa noite Edward, venha jantar conosco! – disse meu pai.

Depois da janta eu e Ed subimos para o meu quarto.

Quando entramos no quarto ele se segurou na porta.

–Que foi?

–Foi uma tontura, mas já passou! – ele disse. – Acho melhor eu ir embora!

–Não vou deixar você dirigir assim! – eu disse. – Eu te levo!

–E como vai voltar?

–De táxi oras! – eu disse pegando suas chaves. – Vamos.

–Amor vou te levar para o hospital! – eu disse quando entramos no carro.

–Não, me leva pra casa, eu vou ficar bem!

–Mas...

–Por favor, Bella!

Decidi levar ele para casa, lá Esme o forçaria a ir.

Chegamos lá e o levei até seu quarto.

–Tudo bem? – perguntei.

–Não , está tudo rodando.!

–Vou chamar sua mãe! – eu disse me afastando.

–Bella... – me virei em sua direção e vi que ele estava caindo.

Corri até elem para segura-lo, ma como ele é mais pesado que eu fomos os dois para o chão.

–Edward amor, acorda! – eu comecei a chamá-lo. – Esme, Carlisle socorro.

Eu gritei desesperada.

–Bella... oh meu Deus! – disse Esme vindo do meu lado. – O que aconteceu?

–Eu não sei, ele disse que não estava bem, eu ia chamá-la quando ele desmaiou. – eu disse chorando.

–Calma querida, eu já chamei a ambulância! – disse Carlisle.

Logo o socorro chegou e ele foi levado pelos paramédicos.

–Por que ele não acorda? – eu perguntei para Carlisle.

–Não sei, vão examiná-lo quando chegar no hospital! – ele disse calmo, mas eu sabia que ele estava tão preocupado quanto eu.

Entrei com ele na ambulância e segurei sua mão.

Esme disse que ligaria para meus pais enquanto iam para o hospital no carro deles.

Chegando lá levaram ele para um lugar que eu não podia entrar, então fui para a sala de espera.

Logo meus pais e os dele chegaram.

–Vai dar tudo certo filha! – disse minha mãe.

Ficamos ali esperando e nada de notícias.

–Eu não agüento mais! – eu disse.

Já fazia mais de uma hora que ele estava lá dentro.

–Vocês são os familiares de Sr. Cullen? – perguntou um médico se aproximando.

–Sim! – disse Carlisle.

–Eu sou o Dr. Robert e estou com o caso do Sr. Cullen!

–E como ele está? – perguntei.

–Ele está estável agora,mas o caso dele é grave! – ele disse. - O Sr. Cullen tem um tipo raro de Leucemia.

Esme começou a chorar desesperadamente enquanto Carlisle a abraçava.

Eu estava em choque.

Eu não queria acreditar nisso.

Eu não podia perder ele. Não.

Isso não estava acontecendo.

–Bella! – ouvi alguém me chamar, mas não conseguia sair do estado que estava.

–Bella! – ouvi de novo.

–Ela está em choque! – alguém disse, acho que foi o médico.

Senti alguém me segurar pelos ombros e me acudir, me trazendo de volta a realidade.

–Graças a Deus! – minha mãe disse.

O peso do meu corpo foi demais para mim e eu caí de joelhos chorando desesperadamente.

Senti alguém me abraçando, mas não vi quem era.

Nada para mim importava agora, tudo que eu queria era chorar, para ver se essa dor passava.

–Filha o Edward precisa de você agora, tem que ficar calma! – disse meu pai.

–Eu não consigo! – eu disse deixando mais lágrimas caindo pelo meu rosto.

–Você tem que ser forte agora, para ajudá-lo!

–Ele que sempre fez isso! – eu disse com a voz baixa.

–Agora é a sua vez de fazer isso por ele! – ele disse.

Fiquei pensando no que ele disse.

Eu devia isso a ele.

–Ok! – eu disse levantando e secando o rosto. – Quero vê-lo!

Ele me disse o quarto em que ele estava.

–Ele já sabe? – perguntei.

–Sim!

Entrei em seu quarto e ele estava dormindo.

Sentei-me ao seu lado e comecei a acariciar seus cabelos.

Ele abriu os olhos.

–Oi! – eu disse sorrindo.

–Oi!

–Como está se sentindo?

–Agora estou bem! – ele disse me olhando. – Estava chorando!

–Já passou! – eu disse segurando sua mão. – Vai ficar tudo bem!

–Não sei!

–É claro que vai! Você prometeu que sempre estaria comigo lembra!

–Lembro!

–Então, promessa é divida, vai ter que cumprir! – eu disse fazendo graça.

–Eu sempre cumpro! – ele disse sorrindo. – Mas estou com medo!

–Não precisa ficar com medo, eu estou aqui!

–Isso que vai me dar forças! – ele disse acariciando meu rosto.

–O que o médico disse? – perguntei, porque não tinha ouvido nada do que ele disse lá fora.

–Vou começar a fazer quimioterapia! E que tem grandes chances de cura, porque foi descoberto bem no início! – ele disse. – Vou ficar sem o que você tanto gosta!

Ele disse de forma despreocupada, mas eu vi que aquilo era horrível para ele.

–Seu cabelo vai crescer de novo amor, e eu não ligo de ficar sem minha “tentação” por um tempinho. – brinquei.

–Só você para me fazer rir, num assunto tão sério! – ele disse rindo.

–Sou demais, por isso que você me ama! – eu disse rindo.

–Mais que tudo!

–Eu também! – eu disse beijando ele. – Agora eu vou deixar seus pais entrarem um pouquinho, depois eu volto.

–Ta bom! – ele disse.

Dei mas eu beijo nele e saí.

Me encostei na porta, aliviada por conseguir ser forte.

Fui até a sala de espera e assim que Esme me viu foi ver o filho.

–Tudo bem filha? – perguntou minha mãe.

–Tudo!

–Então vamos descer e comer alguma coisa!

Não estava com fome, mas tinha que comer.

Quando voltamos encontramos Esme e Carlisle na recepção.

–Bella já estava indo chamá-la, Edward recebeu alta! – disse Esme.

–Mas e a quimioterapia?

–Ele já fez! Agora pode ir para casa, mas terá que continuar vindo para continuar com as sessões!

–Que ótimo que ele vai para casa! – eu disse um pouco mais animada.

Não demorou muito e ele chegou.

–Vamos embora, não aguento mais ficar aqui! – ele disse.

–Continua reclamando de tudo! – eu disse revirando os olhos e rindo.

Ele fez uma careta.

–Vamos então! – disse Esme.

Como o dia já tinha amanhecido meus pais disseram que iam passar em casa e depois iam para o trabalho.

Eu peguei a mão dele e fomos.

–Agora vai deitar e eu vou trazer alguma coisa pra você comer!

–Não quero comer, estou enjoado! – ele disse se deitando.

–Mas, tem que comer pelo menos um pouquinho! – eu disse saindo do quarto.