A menina que não estava mais alegre se sentou no quarto degrau de uma grande escada que fica ao centro e ficara olhando para os cantos, não tinha nada a não ser o portão principal e um estranho dispositivo verde que não parava de piscar. Ainda desanimada ela ficou se perguntando o que seria aquilo, então a menina se levanta da escada e após lentos passos a menina checa o aquele dispositivo, sua paciência já estava praticamente esgotando a menina furiosa não via nada demais naquele dispositivo.

- ARRRG, SEU IDIOTA – sem a noção alguma do porque ela estar falando sozinha ou com uma maquina, pisa bem forte no painel. Uma forte luz verde apagou a visão da menina até que por questão de segundos a luz cessou e ela percebeu que estava em mais uma daquelas salas similar ao qual ela viu Reaper.
- EPIC WIN! - Ela sabendo que a sala era similar a um padrão de andares, correu diretamente para as escadas e assim fora continuando subindo novamente com o destino o final da torre.

Por vez ela ainda correndo em mais uma daquelas estranhas plataformas, por um reflexo avista um garoto de cabelo azul que desapareceu rapidamente ao piscar seus olhos. A menina parou imediatamente, seu coração morto voltara a bater por alguns segundos e em poucos outros voltou a parar de bater. Minutos após, a menina estaria chegando ao seu destino. Intrigantemente, Alice viu corpos ao chão de pessoas não mortas, só desmaiadas, além uma nuvem iluminada por um clarão verde com o seu interior um grande objeto espacial com algo similar a uma entrada de cor vermelha como o sangue. De repente atrás de uma sombra, o pequeno homem narigudo re-aparece.

- Então aqui você está. – disse Igor vangloriando a coincidência.
- Você novamente? Como ousa pensar que eu gostaria daquele treco feio?
- Huhuhu, mas afinal seria aquilo o que eu estava querendo lhe mostrar? – respondeu-a, vangloriando o fato ocorrido.
- Mas... mas... 
- Não fique assim minha jovem - disse Igor impedindo com que a menina terminasse a sua fala – sua mente ainda não percebeu, mas seu coração não diria o mesmo. Seu destino está mais perto do que pensa. Até mais, pequenina.

Após terminar sua fala para Alice, Igor recua poucos passos para traz desaparecendo na sombra diante os atentos olhos dela. A menina em poucos segundos pensara no que o Igor dissera e entender finalmente o que disse. Corajosa e determinada, a menina se curvou em direção ao objeto espacial. Em poucos segundos então o chão começou a tremer e mesmo assim os lindos olhos vermelhos da menina não piscaram em algum momento, pensando na estrela que a encantou e naquele menino que vira. Não conseguia encarar, mas ela entendeu como se fossem o mesmo. Em direção para fora do terraço, Alice começou a caminhar no ar livre em direção a fenda destacada no céu.

No momento que entrou naquilo ela não acreditara no que viste um espaço repleto de estrelas e astros cuja luz própria ilumina cada pequeno canto do universo, e um pouco mais para longe a menina avistou uma estrela brilhando bem forte não muito longe de sua visão, seu coração voltou a bater de uma forma impressionante aos seus olhos, suas pernas mesmo estivessem flutuando começaram a tremem, e de pouco a pouco, a menina se aproximara da forte estrela que ia perdendo o brilho rapidamente. Os olhos da bela menina não piscavam de modo algum, lacrimejava sem ela saber o porquê e ficava cada vez mais perto do seu destino. Finalmente, diante do enorme objeto brilhante rodeado de sombras em seu torno; um enorme portão cinza e na imagem dele um menino acorrentado com os braços estendidos a cada canto do portão.

Tremendo e amedrontada, a menina se aproximava desta vez mais do rosto do menino. Era o mesmo que ela teria visto naquela torre, a mesma estrela que teria visto do lado naquela rua, a mesma pessoa que a invocou certa vez para pedir sua assistência. Largou o seu corpo no ar, ficou relaxada, e se lembrou já tinha sido chamado por este garoto de cabelo azul para derrotar algo que estava contra ele. Ela o amava e tinha se esquecido disso. Levou sua mão até os lábios do menino e tocou neles. Por início, imagens iriam passando pelos olhos da menina diretamente à sua mente, como vultos que pareciam lembranças, lembranças da estranha e intrigante vida do garoto, de sua infância até a sua caída. Ao fim, a imagem do menino criara seu próprio persona, unido pela sua personalidade natural, Orpheos, e o deus da morte que marcou seu destino, Thanatos. O poder que Igor deu para ele justo porque ele foi escolhido para salvar o universo usando sua própria vida e morte. Não foi menos justo por ter sido nomeado como Messiah.

Ela soltou a imagem do menino, se encolheu e começou a chorar como já é acostumada, mas desta vez ela não chorou por ela e sim por alguém. Encarou o que tinha acontecido com ele e o tanto que ele já foi feliz para terminar sofrendo durante um infinito tempo. Lembrou do que sempre dizia para suas vítimas, “por favor, morra por mim?” e ao mesmo tempo pensando nessa mesma sentença ela pensou em outra. Encarou novamente a imagem do portão e declarou do fundo de seu coração fraco:

- Por favor... posso morrer por você?

A menina sentiu uma pressão imensa em seu coração. Começou a perder sua visão enquanto essas pressões aparecem mais e mais, e cada vez mais forte. Ela não agüentando jogou seu corpo para o portão e ficou de rosto a rosto com o menino. Fechou seus olhos e o beijou, uma lagrima escorreu pelo seu rosto em resposta ao contato. Rendeu-se e seu corpo parou de responder.

A menina teria voltado para seu mundo imaginário sem que quisesse, mas não foi assim dessa vez. Por dentro do portão, ela sentiu um local bem escondido e procurou entrar nele. Quando recuperou sua consciência viu um lugar iluminado pelas trevas, mas com uma forte e brilhante luz ao meio. Estava lá o menino, de frente a frente com Alice. Ela foi até ele e seus lábios entraram em contato. Ela chorando, sorriu, e então ele o mesmo.