Katie esperava ansiosamente por Travis. Todos os dias, todos os momentos. Teve oportunidade para regressar ao mundo dos mortais. Mas preferira esperar Travis ali. Seria menos doloroso do que vê-lo com qualquer outra pessoa.

Ela encontrara Silena Beauregard. Uma grande amiga sua. Ela havia morrido há quase quinze anos atrás, na guerra. Mas, enfim, houvera paz novamente.

Katie havia encontrado uma meio-sangue e estava tentando levá-la ao acampamento. Mas não conseguiu. Salvou a vida da menina, mas a sua foi sacrificada. Morreu heroicamente e, por isso, estava no Elísio.

A menina nunca desejara a morte de ninguém. Mas naquele momento, era o que mais torcia. Que Travis morresse para poder ir com ela estar.

Katie estava sentada às margens do rio Lete, o rio do esquecimento. Ela passava a maior parte do tempo sentada ali. Ironicamente, quando olhava para aquelas águas, vinha ainda mais a lembrança de certo filho de Hermes.

“Senhor Hermes, me traga Travis, eu imploro.”

Alguns minutos depois, Silena vinha calmamente até sua direção, seguida por Beckendorf, morto na destruição do Navio Princesa Andrômeda e logo atrás dos dois, outro garoto, que Katie não conseguia ver quem era.

- Levante a cabeça, Kay.

- O que foi Lena? – Katie continuou com a cabeça abaixada.

- Desculpe te incomodar, Gardner. Mas achei que você gostaria de me ver.

Katie levou um choque ao ouvir aquela voz. Aquela voz. Travis. Travis estava ali. Travis havia morrido.

A menina levantou-se e olhou. Realmente Travis estava ali. Caminhou até ele. Fez que ia beijá-lo, mas ao invés disso, o bateu.

- Seu idiota! Porque demorou tanto para vir? Estava ocupado se atracando com alguma meio-sangue? Ah não! Com uma mortal, não é? Eu sabia! – Katie dizia e batia ao mesmo tempo.

- Não! De onde você tirou isso? Nunca!

- Mentiroso!

- Katie! Calma. Eu não fiz nada disso que você está pensando.

- Como eu posso confiar em você, Stoll?

- Olha, Kay. Eu nunca fiz nada pra você confiar. Mas agora, seremos eu e você. Para sempre. E ah... – Travis caminhou lentamente até Katie e disse para ela – Eu te amo, Kay. Amo, amo e amo.

- Eu também Trav. E ah... Você demorou. Mas eu esperaria muito mais tempo, se fosse para esperar você.

Travis e Katie se beijaram e Silena fez “own”. Agora todos seriam felizes. Para... Sempre.

Porque para um amor verdadeiro, nem a morte pode separar. Pode levar o tempo que for. Mas os dois sempre voltaram a se encontrar.