Ela estava abrindo os olhos. Estava em algum lugar que não sabia aonde era. O cheiro de bebida chegava a suas narinas.

Deitada em um chão gélido, suas mãos e pés estavam amarradas assim como tinha uma mordaça em sua boca.

- Vejo que acordou – disse uma voz conhecida.

Ela ouviu passos se aproximando. Tentou se soltar da amarra, mas qualquer tentativa era inútil.

- Não precisa ter medo, logo tudo isso vai acabar – disse a voz novamente.

Um rosto lhe apareceu. Era David.

- Tão bela, tão jovem, tanto para viver – disse David, enquanto passava as mãos em seu rosto – Você foi essencial para que todo o plano desse certo, sabia?

Lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

- Sabe – continuou David, se afastando e pegando algo que estava cima de um balcão. – De certo modo, vou sentir sua falta.

Conseguiu ver o que David pegou: Uma faca de cozinheiro.

Foi então que percebeu: iria ser morta... por David.

O choro de desespero começou, assim como os seus gritos abafados pela mordaça. David mais uma vez se aproximou de seu rosto.

Ele lhe deu um beijo na testa e então disse:

- Adeus, querida.

David levantou a faca e então atacou a garganta da garota. Ela sentiu sua carne se rasgando e seu sangue quente jorrando. Sentia o frio da morte tomando conta de seu corpo. Sua visão ia se escurecendo. O sorriso de David era a ultima coisa que viu antes de fechar os olhos para nunca mais abri-los.