Apenas Amizade? escrita por LuisGustavo, Marcus


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, aqui vai mais um capítulo (;
Tá um pouco atrasado, foi mal, tivemos alguns probleminhas na hora de editar o texto.
Espero que gostem.



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Kagome POV’s

Senti a grama pinicando a pele dos meus braços, o cheiro dela misturado com o do sereno invadindo meu nariz. Abri os olhos e observei a escuridão da noite antes de ouvir Sango chamando por meu nome.
- Kagome-chan! – disse ela, a voz tomada por alegria. – Que bom que está a salvo! – continuou. Eu não entendia sobre o que ela estava falando, eu não tinha ouvido nenhum barulho durante a noite.
- O que aconteceu, Sango-chan? – perguntei sonolenta enquanto esfregava os olhos.
- Fomos atacados por um youkai dragão, pequeno... Mas o problema foi outro, Kagome-chan. – ela me disse. – um outro youkai, chamado Oaku lançou um feitiço em você enquanto tentava roubar sua alma, você não podia acordar enquanto nós não conseguíssemos quebrar esse feitiço.
                Me levantei um pouco atordoada por causa do sono. Minha cabeça doía um pouco e minha visão girou por um curto tempo, provavelmente por causa do longo sono forçado em que eu estava. Olhei à minha volta, procurando por Inuyasha, Miroku e Kirara, mas só encontrei a última.
- Onde estão Inuyasha e Miroku-sama, Sango-chan? – perguntei a ela quando o mundo parou de girar à minha volta.
- Eles estavam lutando contra Oaku... Não sei porquê estão demorando tanto... – ela disse baixinho, olhando para a floresta à nossa volta. Ela olhou para mim por um instante. – Será que aconteceu algo, Kagome-chan?
                Olhei para baixo ao ouvir as palavras de Sango. Não, Inuyasha está bem, não tem como algo ter acontecido com ele..., pensei, ao menos espero... Droga Inuyasha, cadê você?. Eu pensava, preocupada com ele. E Miroku também, que não aparecia logo... Sango já devia estar morta de preocupação assim como eu. Um farfalhar em meio às árvores me fez levantar a cabeça e observar a direção de onde viera o som. Logo Inuyasha saía do meio da relva e corria em minha direção.
- Kagome! – ele gritou, me envolvendo em um abraço inesperado.  – Idiota, você me deixou preocupado. – ele sussurrou de forma que só eu pude ouvir. – Tive medo de te perder. – as palavras dele me paralisaram por completo, fiquei apenas desfrutando do abraço forte, mas carinhoso e reconfortante dele.
- Inuyasha... – ouvi Sango dizer. – Onde está... – ela não completou, mais um som se fez ouvir da direção em que Inuyasha viera e a exterminadora de youkais olhou na direção, encontrando quem provavelmente procurava. – Houshi-sama. – ela disse. Não pude ver sua face, mas tinha certeza, pela felicidade em sua voz, que ela esboçava um sorriso.
- Desculpe, Inuyasha. – eu disse ainda atordoada com suas palavras.
                Miroku saiu da relva verde e parou por um instante, olhando fixamente para eu e Inuyasha, provavelmente tão espantado quanto eu e Sango. O houshi se aproximou de nós e Sango o abraçou de repente, deixando-o mais surpreso ainda. Ele retribuiu seu abraço com um sorriso.
- Calma Sango. – ele disse, passando a mão por suas costas. – está tudo bem... – continuou. Observei enquanto a mão dele descia pelas costas de Sango e a apalpava. Ele não tem jeito, pensei, enquanto Sango dava-lhe um tapa.
                Senti um líquido quente escorrer pela pele do meu braço e olhei, vendo então sangue.
- Inuyasha! Você está ferido! – eu falei, preocupada.
- Isso não é nada, Kagome. – ele disse, convencendo a si mesmo, mas era mentira. Seu olhar perdeu o foco pouco depois, seu corpo tremeu e suas pálpebras se fecharam, impedi que ele caísse segurando-o em meus braços quando ele desmaiou.
- Inuyasha! – Sango e Miroku gritaram em uníssono. Eles se apressaram em me ajudar a colocar o hanyou desmaiado sobre as costas de Kirara.
- Temos que voltar para a vila de Kaede-oba-chan. – eu disse para Sango e Miroku. Sango assentiu e subiu nas costas de Kirara, estendendo a mão para mim. Eu subi nas costas da youkai gato e nós nos apressamos em direção da vila de Kaede, Miroku correndo ao lado de Kirara. Não levou muito tempo até chegarmos à vila.
                Dois dias se passaram depois da luta contra Oaku, o youkai que tentara roubar minha alma. Naraku ainda não havia dado nenhum sinal de seu paradeiro, mas isso era bom para nós. Inuyasha ainda não havia se recuperado completamente da última batalha e insistia que estava bem.
- Inuyasha! – gritei ao vê-lo sair porta afora da casa de Kaede. – Volte aqui e pare quieto!
- Eu não aguento mais ficar parado enquanto Naraku está por aí! – ele disse em resposta. Criança mimada, pensei em um primeiro momento.
- Você ainda não está completamente recuperado do seu ferimento, Inuyasha. O ferimento vai voltar a sangrar se você se esforçar muito. – o repreendi.
- Claro que me recuperei e você verá! – Inuyasha respondeu se dirigindo em direção ao bosque que circundava o vilarejo. Eu o segui de perto, encarando suas costas. – Veja, vou levantar essa árvore só com o braço que você diz estar machucado. – ele disse, cravando suas unhas na árvore e se esforçando para levantá-la, sem sucesso.
- Eu disse que você ainda não se recuperou, Inuyasha! – eu disse, segurando-o pelo braço bom. – Vamos, antes que essa ferida volte a sangrar.
                Inuyasha resmungou algo, irritado. Ele odiava quando eu agia assim, de forma protetora, mas ele estava realmente ferido. Quando entramos na casa de Kaede, Inuyasha se sentou no chão e cruzou os braços, claramente emburrado.
- Vamos, Inuyasha, deixa eu fazer um curativo no seu braço... – eu disse, me aproximando e dando um leve sorriso. Ele desistiu e deixou que eu mexesse em seu braço.
                Tratei do braço de Inuyasha por alguns minutos antes de enfaixa-lo, para que ele não acabasse com algum problema por falta de cuidados. Quando acabei de enfaixar seu braço, Inuyasha tentou sair novamente da casa de Kaede, mas eu o impedi.
- Não, não, você vai ficar aí descansando, se não você vai esforçar demais seu braço de novo e eu vou ter que fazer outro curativo. – eu disse a ele.
- Não vou não. – ele respondeu, desviando de mim e andando até a porta da cabana.
- Inuyasha... – eu falei e esperei até que ele se virasse para mim – Osu... – comecei, apesar de não ter sido necessário terminar.
- Tudo bem, eu fico aqui dentro. – ele disse, se sentando no lugar onde estava minutos antes, emburrado.
                Saí da cabana de Kaede e observei o vilarejo onde há muito viveu Kikyou, a aneue de Kaede. Tudo estava tão calmo naquela manhã de primavera. Sango estava à frente da casa de Kaede, afiando seu Hiraikotsu, enquanto Miroku meditava alguns metros atrás dela. Pelo menos parecia meditar, porque seu olhar parecia sempre se dirigir à Sango. Shippou brincava com Kirara de algo que parecia um pega-pega, perto da horta de Kaede. A miko estava na horta, colhendo algumas ervas medicinais. O dia passou lento e calmo, sem nenhuma surpresa para nós.
                No dia seguinte o braço do Inuyasha estava melhor por causa dos cuidados e ervas medicinais de Kaede. Eu e ele descansávamos perto do lago, sobre uma rocha que estava alojada ali há muito tempo, provavelmente desde antes de o lago existir. Sango e Shippou estavam com Kaede, ajudando-a a cuidar da horta de ervas, Miroku estava sentado na grama, pensativo, Kirara dormia ao seu lado. Conversávamos há algum tempo sobre coisas como quando nos conhecemos e algumas situações perigosas que havíamos enfrentado.
- Você se lembra de quando enfrentamos os irmãos Raijin? – perguntei à Inuyasha. – Quando você achou que eu e Shippou-chan tínhamos morrido? – desviei meu olhar do dele por alguns segundos.
- Claro que lembro... – ele respondeu. – Como poderia esquecer? – acrescentou num tom mais baixo.
- Quando Hiten atacou eu e Shippou-chan... – perguntei, sentindo minhas bochechas corarem. – Você realmente achou que nós tínhamos morrido?
- Eu... – ele começou a dizer, mas antes de terminar observamos Miroku se aproximar. Não tinha hora melhor para aparecer, Miroku?, pensei.
- Inuyasha, Kagome-sama, eu estava pensando... Não acham que deveríamos voltar com nossa busca por pistas do Naraku? – ele perguntou, olhando-nos.
- Eu acho que sim... mas Kagome é teimosa e não quer continuar, acha que ainda não estou recuperado! – Inuyasha reclamou.
- Eu não sou teimosa! – quase gritei para Inuyasha. – E eu concordo que devíamos ir atrás do Naraku. – continuei, apenas para contrariar Inuyasha. Essa não era realmente a minha vontade.
- Então partiremos em algumas horas, arrumem suas coisas. – ele disse, dando um curto sorriso.
- Ok. – eu e Inuyasha concordamos em uníssono.
                 Eu e Inuyasha fomos à cabana de Kaede e começamos a arrumar nossas coisas para a viagem por pistas de Naraku. Algumas horas se passaram antes que nós almoçássemos e partíssemos em busca de Naraku.
- Kagome! – Shippou chamou. – Eu quero ir junto, me leva, por favor, por favor! – ele insistia faziam alguns minutos para que saísse conosco na busca, mas era muito perigoso para ele.
- Larga de ser um bebê chorão! – Inuyasha gritou para ele, com raiva pela insistência.
- Eu não sou um bebê chorão! – Shippou esbravejou. – Sem mim você não teria aprendido nenhum golpe com a Tessaiga! – ele disse, agitando o punho.
- O que você disse? – o hanyou gritou de volta, agitando o punho assim como Shippou.
- Você vai ver! – Shippou disse pulando. – Kitsune-bi! – ele disse, lançando o fogo de raposa em Inuyasha, que não surtiu nenhum efeito.
- Ah, seu pirralho! – Inuyasha esbravejou, levantando o punho para socar o filhote de raposa na cabeça.
- Inuyasha! Osuwari! – gritei, antes que ele atingisse Shippou. Agachei-me à frente do kitsune, sorrindo. – Shippou-chan, a vila não pode ficar desprotegida, alguém tem que ficar para o caso de Naraku atacar aqui. – eu disse, olhando-o. Ele fez uma continência.
- Tudo bem, Kagome! – Shippou disse, sorrindo orgulhoso. – Eu vou proteger Kaede-oba-chan e toda a vila! - eu sorri e todos nós nos despedimos, começando assim mais uma vez a busca por Naraku e da Shikon no Tama.
                Caminhávamos por uma estrada irregular, um rio seguia o caminho da estrada ao lado esquerdo e um pequeno bosque se encontrava do lado direito. O bosque era quase repleto de cerejeiras e ipês, floridos por estarmos na primavera, alguns pássaros cantavam alegremente sobre a copa dos ipês. O barulho da água, dos pássaros, a sombra que as árvores proporcionavam, a temperatura, tudo fazia o dia ser perfeito para um bom descanso. Quem dera pudéssemos parar e aproveitar um dia belo como esse. Nós devíamos procurar pelo maldito que destruiu a vida de tantos, Naraku, desta vez caminhando para o leste. Meus devaneios me fizeram tropeçar e torcer o tornozelo, mas nem por isso o sorriso abandonou meu rosto. Eu era carregada por Inuyasha, que também sorria apesar disso, Sango seguia atrás, não tanto sorridente, pois tinha que estar sempre observando Miroku, que caminhava logo atrás dela, para o caso de ele tentar algo. De minutos em minutos eu ouvia Sango gritar para Miroku parar de gracinhas, ou ela se irritaria de verdade. O houshi se desculpava, mas insistia no mesmo erro de tentar apalpar Sango.
                Meu pé não doía muito, apesar da torção, porém Inuyasha insistia que parássemos na primeira vila que víssemos, para ter certeza. Mesmo com toda a insistência dele, consegui convencê-lo de que algumas horas a mais não fariam diferença, afinal nós teríamos que parar para descansar durante a noite e ele estava me carregando, então meu tornozelo não pioraria. Ele concordou comigo, relutante, e continuamos nossa trilha rumo ao leste até que a noite caísse.
                Durante toda aquela tarde eu pensei em como Inuyasha estava diferente comigo, mais carinhoso, mais amável. Talvez tivesse algo a ver com o que ele tanto pensava desde a última vez em que havíamos nos encontrado com Kikyou, mas eu não tinha como saber, por mais que quisesse. Apenas Inuyasha podia me responder essa pergunta. Um leve suspiro brotou de meus lábios enquanto pensava nos motivos de Inuyasha estar tão triste anteriormente.
- O que foi, Kagome? – Inuyasha me perguntou, inclinando levemente a cabeça para que pudesse me enxergar.
- Não é nada, Inuyasha... – eu respondi, dando um fraco suspiro – Só estava pensando em algumas coisas.
- O que, por exemplo? – ele insistiu.
- Nas minhas notas na escola. – disse eu, desviando o assunto. – Por quê? Desde quando você se interessa no que estou pensando? – perguntei rude.
- Nada. – ele disse. – Só queria saber por que está preocupada com alguma coisa, só isso. – ele continuou, com um sorriso que eu adorava. Era um milagre ele não ter respondido grosso depois da minha pergunta rude. O Inuyasha de antigamente, provavelmente, me largaria no meio da trilha e iria embora.
                Levamos algum tempo para achar um vilarejo depois que a noite caiu, mas não tanto quanto esperávamos. Estávamos viajando mais rapidamente do que o habitual, certamente porque Inuyasha me carregava em suas costas e não tinha que me acompanhar em minha velocidade caminhando. Assim que adentramos o vilarejo, procuramos algum médico que pudesse examinar meu pé e logo nos indicara uma pequena cabana que ficava no centro da vila. Não levamos muito tempo para chegar até lá, considerando que a vila não era tão grande.                A médica, uma simpática senhora de cabelos brancos, nos atendeu sorridente e analisou meu tornozelo com cuidado. Tanto cuidado que mal senti enquanto ela tocava meu pé ferido e o enfaixava, dizendo que eu teria que descansar algum tempo ou, pelo menos, ser carregada durante um dia, talvez um pouco mais. A senhora inclusive nos ofereceu estadia para aquela noite fresca da estação, convite que aceitamos sem pensar duas vezes.
                Graças à estadia da velha senhora, nossa noite foi tranquila. Se não fosse por isso, teríamos dormido mal, pois todos estaríamos completamente atentos aos sons das matas e não descansaríamos bem. O sol mal havia raiado quando nos levantamos, descansados e preparados para mais um longo dia de caminhada. Agradecemos a médica pelos cuidados e pela estada que ela havia nos proporcionado, recomeçando a caminhada em busca por Naraku mais uma vez. Pouco tempo depois, resolvemos acelerar, então Sango e Miroku subiram nas costas de Kirara enquanto Inuyasha continuava a me carregar em suas costas e corremos para o leste.
                Nossa viagem seguia tranquila por completo. Exceto por um youkai, que Sango derrotara com apenas um golpe de seu Hiraikotsu, não havíamos encontrado um perigo real por todo o caminho. Quando o sol já ia baixo e a escuridão da noite caía encontramos um castelo bem distante ao leste. À primeira pareceu-nos comum, apesar da jyaki acima. Inuyasha acelerou o passo ao vê-lo, correndo em sua direção.
- Naraku! – Inuyasha disse, simplesmente. O hanyou corria tão rápido que estávamos deixando Sango, Miroku e Kirara para trás.
- Tem certeza, Inuyasha? – perguntei, esforçando para ver seu rosto.
- Não tem como confundir! É o cheiro dele, Kagome! – ele gritou para mim. Ele soltou um pequeno rosnado e isso me deu a certeza de que seus dentes rangiam.
                O castelo se aproximava rapidamente, a jyaki aparentando cada vez mais sua real força. Ao passo que nós aproximávamos do castelo, dezenas de youkais saíram de seu interior, vindo em nossa direção. Estávamos a poucos metros do castelo quando Inuyasha me pôs no chão e desembainhou a Tessaiga, lançando-se um pouco mais à frente e liberando o poder dela no Kaze no Kizu. O grande número de youkais foi reduzido a zero ao serem atingidos pelo golpe da Tessaiga. Miroku, Sango e Kirara logo nos alcançaram, parando próximos a mim.
- A jyaki nesse castelo é enorme, Kagome-sama. – Miroku disse, me olhando. – Inuyasha sentiu o cheiro do Naraku, certo? – assenti em resposta. Kirara encarou o castelo e rosnou, mostrando suas presas.
                Um barulho de cascos se fez ouvir vindo do castelo. Todos observamos enquanto um cavalo de fogo se aproximava de nós, carregando em suas costas um menino da estatura do otouto de Sango. O garoto era pálido, seus cabelos eram brancos e seus olhos tinham um tom lilás. Ele carregava uma espécie de bastão, o qual tinha uma grande lâmina em uma das pontas.
- Até que enfim vocês chegaram! – ele disse num tom de deboche.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou manda review? Afinal nada melhor que reconhecimento pra inspirar, não é mesmo? (;
Valeu galerê .q



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