Broken Sword escrita por hyuuga_hinata_s2


Capítulo 7
Capítulo 7 - No Caminho De Nagoya




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Já se passava uma semana, o aparecimento repentino de Yuri acabou fazendo com que o caminho até a cidade de Nagoya fosse mais seguro.

 

Yuri: Estou cansada de andar. – reclamava, se encostando a uma parede de uma casa.

 

Koyama: Não temos tempo para descansar, afinal, estamos em uma guerra! Andem logo! – Com a cara fechada começava andar, mas era puxado por Yuri.

 

Yuri: Ora, seu moleque! Se ficarmos cansados e aparecerem samurais, nem conseguiremos nem ao menos correr!

 

Tezen: Vamos parar um pouco, devemos descansar.

 

Yuri: É mesmo, e também...,- Olhava para Narumi, que tinha ficado parada, com respiração ofegante -,... Narumi, você mal está se agüentando de pé!

 

Narumi: Ah, só estou um pouco cansada...

 

Tezen: Podemos parar para comer algo e descansar. Depois recomeçamos a nossa longa “caminhada”.

 

Koyama: Ham...

 

Tezen: Bem, Yuri, você vem comigo. Temos que resolver um assunto.

 

Yuri: Ah, sim... – Yuri o seguia, os me deixavam com Koyama.

 

Eu olhava ao redor e via que era uma vila familiar. Vi, um pouco longe, alguns samurais.

 

Narumi: Senhor Koyama, se importa se formos para um bar? Eu estou com um pouco de sede...

 

Koyama: ah, ta. – Andava, eu o seguia. Na verdade, eu não estava com muita sede, eu estava com medo. Samurais como o Koyama e o Tezen, eu confiava. Mas, quando eu via outros samurais... O desespero me dominava. Meu impulso era de segurar no braço de Koyama e falar para que me tirasse dali o mais depressa possível. Mas, acho que assim eu o incomodaria.

Chegamos á um bar, Koyama me entregou a água, eu bebia lentamente.

 

Koyama: só um minuto, narumi. Vou comprar mais água para a viagem, não saia daqui, está bem? Se precisar de algo é só me chamar. – Dava um leve sorriso.

 

Narumi: Está bem, Senhor Koyama. – Ei bebia, ele entrava no bar. Esqueci que tinha visto os samurais, respirei fundo e bebia a água. Aquela vila me fazia lembrar meus pais.

 

Enquanto isso, Tezen e Yuri estavam em um hospital, conversando com um médico.

 

Dr. Toyka: sim, é tuberculose. Mas, é até engraçado... O senhor nem parece estar mesmo com tuberculose. – sentava-se em uma cadeira.

 

Tezen: A minha tuberculose não se agravou, Doutor?

 

Yuri: Há chances dele se curar?

 

Dr. Toyka: Sinto muito..., - ajeitava os óculos, com expressão séria -,... O Senhor está com uma tuberculose de alto grau. Sinceramente eu nem sei como o Senhor consegue ficar de pé. Você não terá muito tempo de vida. Sinto muito.

 

Tezen: tudo bem, eu já estava ciente disso. Vamos, Yuri.

 

Yuri: sim. – os dois saíam do hospital. Eles estavam sérios, um silêncio pesado ficava entre eles. Yuri olhava para Tezen, queria falar algo para animá-lo. Mas não achava nenhuma palavra.

 

Tezen: Não me olhe assim... Vamos logo para Nagoya, arrumarei um jeito de acabar com esta guerra.

 

Yuri: E o koyama? E a Senhorita Narumi?

 

Tezen: Quero que os dois fiquem juntos, não quero nem pensar em ver meu irmão metido nesta guerra.

 

Yuri: Eu acho um belo ato o que você está fazendo, mas... Como você que teve a idéia de trazê-la... Acho que foi você o primeiro a ter um interesse nela.

 

Tezen: Tenha pena de mim, Yuri. Quem mais precisa de alguém neste exato momento... É o meu irmão.

 

Yuri: Que ato nobre. Deixa de lado as próprias vontades para pelo menos ver seu irmão feliz...

 

Tezen: Já é tarde para que eu faça o papel de “irmão protetor”. Eu só o treinei para ser um samurai, acabei fazendo-o ser o que ele é hoje. Mas, diante á uma pessoa forte como a Narumi é... Acho que o Koyama pode acabar esquecendo da frieza. E finalmente encontrar a felicidade que eu nunca ensinei a ele.

 

Yuri: A felicidade não é ensinada, ela apenas aparece... Não há uma explicação lógica.

 

Tezen: Tem razão.

 

Enquanto os dois conversavam, Koyama ainda estava no bar. Eu não me mexia dali, tinha medo de que os samurais aparecessem. Olhei ao redor, percebi que eu já estive naquela vila. Olhei para as crianças brincando, quando olhei de volta alguns samurais já me olhavam, se aproximavam. Ouvi, bem baixo, um deles comentar “Narumi”. Eles sabiam meu nome e quando eu olhei para os samurais, eu finalmente os reconheci. Eram os samurais que me fizeram ter medo da morte.

Eram os assassinos de meus pais. E finalmente eu soube o que era se dobrar de medo. Eles se aproximavam, eu sabia que koyama estava por perto! E que era só eu o chamar para que ele viesse... Mas, por impulso, corri dominada pelo medo. Corria com medo de olhar para trás, quando olhei senti alguém colocar o braço na frente de meu pescoço. Olhei mais uma vez, eram os mesmos samurais.

 

Nayo: Sim, realmente é aquela menina que deixamos viver. Durante aquela briga que tivemos.

 

Tatsuma: Seu nome é Narumi, não é? Realmente, quando a vimos percebemos que era aquela menina. Só podia ser ela, tão parecida com aquela mulher. – falava.

 

Tentei procurar algum modo de fugir, mas eu estava cercada.

 

Narumi: Tenham piedade, deixem-me ir...

 

Tatsuma: Ah, que pena! Você nem soube que aquele dia foi tão prazeroso para nós. Afinal, era realmente uma briga, mas quando matamos aquele quarentão... Ficamos estimulados pelo prazer de ver sangue, não é, Nayo?

 

Nayo: Mas, tenho que confessar que a parte mais divertida foi quando matamos aquela mulher... Ah, é! Ela era sua mãe, não era?

 

Tatsuma: Você nem faz idéia, ela abraçou o corpo de seu pai, chorando. Chamando-nos de covardes..., - ria-,... Aí foi nessa hora que até gostamos de vê-la, é tão bom ver mulheres desesperadas. E acho que você vai ficar até mais desesperada do que a sua mãe, não é?

 

Narumi: Não... KOYAMA!! – gritei com todas as minhas forças, mas Tatsuma me segurava pelo pescoço, me encostando-me à parede, me sufocando. Eu começava a ficar sem ar, durante aquilo, senti exatamente o que a minha mãe sentiu.

Eu estava sozinha e desesperada. Eu queria ter forças para fazê-lo me soltar. Mas eu era apenas uma garota fraca... Tudo o que eu pensava era para que alguém aparecesse.

Por um instante, tive medo que Tezen, o samurai que tinha ganhado minha confiança... Tivesse me dado às costas e eu comecei a chorar como eu não havia chorado á muito tempo.

Eu suplicava á Deus para que Koyama aparecesse.


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