Visitas Inesperadas escrita por Janus


Capítulo 14
Capítulo 14




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- Cetro espiral do coração Lunar!

Quase sem se incomodar, ele rechaçou o ataque de sailor Moon novamente com o escudo de seu bastão. Ele estava ferido com o ataque de Titã, que, por sinal, ainda atacava. Ela realmente não conseguia controlar completamente tal nível de poder, mas o pouco que conseguia, era devastador. Teria sido destruído há mais tempo se ela tivesse mais controle.

Mas havia brechas no ataque dela. Era só esperar uma nova brecha e se livraria dela. Fato este que ocorreu logo em seguida.

Assim que Titã desviou forçosamente o ataque para a direita, ele emitiu outro jato de energia, diretamente para ela. Ocupada em controlar o poder de seu ataque, ela não teve chance alguma de usar o anel de defesa, e foi atingida diretamente pelo seu ataque. Suas roupas se rasgaram e ela foi jogada contra o carro de Eudial, que estava dentro deste, assistindo ao espetáculo.

- Raio Crescente!

O raio de sailor Vênus acertou o cetro da princesa da Lua, fazendo-o brilhar. Apontando-o para o seu oponente, Ethernal Sailor Moon se concentrou para lançar aquele ataque combinado.

- Ataque Lunar de Vênus – gritou ela, enviando uma poderosa bola de luz contra ele.

Novamente, ele ficou assustado com tal nível de ataque. Ele subestimara as sailors. Erro este que não iria cometer novamente. Ele pulou por cima daquela bola de luz e disparou seu poder contra ela, assim que estava imediatamente abaixo de si. Esta explodiu, deixando todos ali temporariamente cegos. Quando As duas sailor Moon e sailor Vênus puderam enxergar novamente, ele estava a frente delas, com o seu bastão brilhando.

Novamente, raios foram emitidos. Mas ele não estava disposto a brincar com elas desta vez. Em poucos segundos, as três foram lançadas longe, e ficaram desacordadas.

Ele se aproximou um pouco ofegante e se preparou para acabar com elas de vez – não iria mais dar chance de subestima-las. Apontou seu bastão para elas, e, pouco antes de disparar, este foi arrancado de sua mão por uma rosa.

Olhou na direção de onde esta veio e viu Tuxedo Mask, já pegando sua espada. Ele apenas sorriu e, fechando o seu punho, disparou uma rachada contra ele, fazendo-o colidir contra a parede do outro lado da rua.

Agora, onde estava o seu alvo?

- Procurando por mim?

Olhou para cima e viu a sailor Terra flutuando a cinco metros de chão.

- Sim – respondeu ele, erguendo a sua mão, e fazendo o seu bastão flutuar de volta para ela.

- Antes disto – disse uma voz do seu lado esquerdo – tem que passar por nós.

Ele olhou em sua direção e viu Júpiter e Urano, lado a lado. Júpiter ergueu sua mão esquerda ao mesmo tempo em que Urano fazia o mesmo com sua mão direita. Elas se tocaram e, suas mãos brilharam. Ele arregalou os olhos. Não acreditando naquilo.

As duas se aproximaram mais uma da outra e apontaram os braços erguidos em sua direção, mantendo-os em contado, uma com a outra.

- Suprema devastação! – gritaram as duas juntas.

O brilho começou nos ombros encostados de ambas, e seguiu para as suas mãos. Uma bola luminosa foi emitida, atingindo o solo logo em seguida. Poucos instantes depois, uma bola de energia saia do solo, indo em sua direção.

Pegando o seu bastão com ambas as mãos, ele lançou o poder máximo que tinha contra aquilo. Uma outra bola de energia foi emitida. Esta atingiu a bola delas, explodindo logo em seguida. Logo depois, lançou outra, antes ainda do brilho da primeira explosão se dissipar. Ele não viu a segunda bola atingir o alvo, apenas ouviu o som da explosão e gritos. Alguns segundos depois, ele viu o resultado. Ambas estavam inertes no chão. Ele estava quase que com a vitória nas mãos.

- Agora, é a sua...

Ele gritou de dor. A sailor Terra estava no chão agora, com as duas mãos unidas em forma de concha, emitindo uma luz energética muito, mas muito poderosa. Era tão poderosa quanto o ataque daquela sailor com asas, alguns minutos antes. Se ele tivesse tido tempo de erguer o seu escudo, não estaria tão afetado.

Na verdade, ele estava para ser vencido. Estava muito fraco e ferido com o ataque das outras. Quem diria que ele teria este fim? Ser derrotado por meras adolescentes? O destino sabia como ser irônico.

- Argh!!!!! – gritou sailor Terra.

Ele olhou para ela e uma luz muito brilhante o ofuscou. A sailor Terra olhava com agonia para ele, e, na sua frente, havia um cristal de coração puro. Atrás dela, estava Eudial, com a sua arma em punho. Ela tinha disparado contra àquela sailor, salvando sua vida.

- Impressionante – disse Eudial ao ver o poderoso brilho do cristal da sailor Terra.

Sailor Vênus havia despertado, mas mal tinha forças para se mover. Ela olhava para aquele cristal brilhante e notou que ele tinha um brilho tão poderoso quanto o de Serena. Mas era branco, não avermelhado. Na verdade, enquanto todos os outros cristais que tinha visto eram avermelhados, este era o único branco que tinha visto.

Sailor Urano, também sem forças, observava o cristal, e pôde ouvir Júpiter murmurar: “minha... filha...”.

- Bem... acho que acabou – disse Eudial – vamos nos livrar destas sailors e deste pretenso Enviado do Bem de uma só vez.

- Até que elas deram trabalho – disse o ainda desconhecido oponente – para amadoras.

- Bem, agora que gastou tanta energia enfrentando amadores, que tal enfrentar um profissional?

Ele tremeu ou ouvir aquela voz. Ele a conhecia. Olhou para a sua origem e ficou com a boca semi aberta.

- Solaris! – murmurou.

- Para você, Rhodler – disse ele de forma dura, os punhos cerrados, e com os olhos começando a brilhar – é Cavaleiro Estelar do Sol.

Sohar ergueu o seu punho direito para cima e abriu três dedos, o polegar, o mindinho e o indicador. Destes três, raios de energia foram emitidos e formaram uma bola amarelada. Ela brilhava e emitia pequenas labaredas como se fosse uma estrela em miniatura.

- Por favor... – disse ele apavorado ao sentir o tremendo poder que ele tinha agora – por favor... não!

- É hora de encerrarmos isso – disse Sohar.

Ele apontou a bola de luz, ou melhor, a pequena estrela para ele e a lançou. Eudial mal teve tempo de ver esta se movendo. Rhodler foi atingido por ela e, imediatamente, um cilindro de luz surgiu do chão até o céu, o envolvendo-o. Ele gritou o mais alto que pode, mas de nada adiantaram os seus protestos. A cilindro de luz foi ficando mais e mais brilhante, ao mesmo tempo em que a imagem de seu corpo ficava desfocada, até que, em uma outra explosão cegante, ele e o cilindro de luz desapareceram.

Eudial, apavorada, voltou correndo para o seu carro e fugiu dali.

Sohar ficou alguns momentos olhando para o vazio, ignorando o cristal de sua filha pulsando com força a uma certa distância. No passado, Rhodler tinha sido um dos seus mais terríveis inimigos, e, agora, tinha se livrado dele facilmente. O estranho é que ele não tinha ficado propriamente mais forte. Foram as sailors que o enfraqueceram tanto, que permitiu que ele o vencesse com facilidade. Mas sabia que, o mérito maior tinha sido de sua filha e das outras duas, Anne e a princesa Serena. Juntas, elas tinham quase que um quarto do poder da rainha Serena.

Olhou para o cristal de sua filha e, enquanto o pegava para devolve-lo a sua dona, ponderava sobre o poderoso brilho deste. Assim que o cristal voltou para o seu lugar, Joynah começou a tremer os lábios, tentando dizer algo. Mas ainda estava muito fraca para isso. Em parte, por ter gastado boa parte de sua energia vital no seu ataque máximo.

Olhou ao redor e viu todas as sailors desacordadas. Sentiu que a pequena Chibi Moon estava se aproximando. Era melhor se apressar. Ele fechou os seus punhos e ergueu os braços para cima. Alguns momentos depois, gotas de luz começaram a cair, como se fossem neve. O corpo das sailors brilharam por alguns momentos, indicando que estavam sendo curadas de seus ferimentos.

Quando Chibi Moon chegou, elas já estavam começando a acordar, e não havia nenhum sinal das gotas de luz que caíram, momentos antes. Sailor Urano foi a única a ficar consciente o suficiente para ver o que ele tinha feito.

- Vai demorar muito ai? – perguntou gritando a sailor Moon do futuro para a sailor Terra, que ainda estava na padaria arruinada, devorando tudo o que podia ver pela frente. Como o dono dela tinha fugido, não haveria necessidade de paga-lo.

- Nahs enshu! – respondeu ela de boca cheia.

- Acho que isso foi um sim....

As sailors formavam dois grupos. De um lado estavam as inner senshi – com Tuxedo Mask abraçado em Sailor Moon, sendo que Urano e Netuno estavam um pouco mais afastadas, com Chibi Moon um pouco a frente. Do outro, estavam as visitantes do futuro, com Sohar ao seu lado. Apenas a sailor Terra estava repondo as energias na padaria.

- Por que ela esta com tanta fome? – perguntou Júpiter.

- Ela usou seu ataque máximo contra... aquela criatura – explicou Sohar – se tivesse feito isso por muito tempo, teria entrado em coma. Acho que gastou cerca de 80% de sua força vital, e agora, precisa repor um pouco disto, o mais rápido possível.

- Não seria melhor ela voltar ao normal?

- Prefiro não arriscar. Não sei o que acontece com sua força vital quando ela se transforma. É melhor ela comer tudo o que pode e se recuperar um pouco antes disto.

- Foi uma luta difícil – comentou Titâ.

- Sim – comentou Júpiter – mas foi bom nós lutarmos todos juntos  - e deu uma olhada de soslaio para Urano, para ver se ela tinha entendido a indireta.

- Todas as sailors podem combinar os seus poderes? – perguntou Urano a sailor Titã.

- Todas, todas, não. Alguns poderes são incompatíveis entre si. Mas aqueles baseados em elementares, sim.

Finalmente, a sailor Terra saiu da padaria. Ainda tinha a boca manchada com confeites de bolo. Coisas com açucar eram boas para recuperar sua força.

- Ei!!! Eu não consegui comer nada disso! – reclamou a jovem Chibi Moon – e o Afonso até pagou um doce para mim!

- Há menina, não reclama – disse ela, dando-lhe um pedaço de bolo que carregava.

- Nham! – disse a Chibi Moon pouco antes de enfiar o doce goela abaixo.

Sailor Terra limpou sua boca e ficou ao lado de suas amigas. Todas olharam para as suas mães e ficaram um pouco encabuladas e até ressentidas por terem de partir. Tinha sido bom conhece-las quando tinham praticamente a mesma idade que elas, agora.

- Bem, acho que chegou a hora da despedida – disse Titã – Adeus mamãe.

Titã deu um abraço em Netuno e esta também o retribuiu. Joynah fez o mesmo com Júpiter e as três Moons também se despediam com um abraço - Chibi Moon ainda mastigava o doce.

- Até que você fez um bom trabalho – comentou a sailor Moon atual – mas pare de me imitar!

- Sábio conselho – disse Marte.

- Ray.... – começou sailor Moon.

- Vou pensar no caso – respondeu a outra Moon, para evitar que aquelas duas começassem a discutir. .

As três voltaram a ficar do lado de Sohar, que, após alguns momentos ponderando, se aproximou de Júpiter, ficando a sua frente e a observando com uma ternura que a deixou encabulada.

- Te vejo daqui há uns anos – disse ele acariciando sua face direita – minha esposa.

Júpiter arregalou os olhos e olhou para sailor Terra, sem ação.

- Mamãe – disse ela sorrindo – eu te apresento o papai.

- M-mas...

- Shhh! – disse ele – sem perguntas.

Deu-lhe um beijo rápido em seus lábios e se afastou. Júpiter estava tão impressionada que nem conseguia ficar vermelha.

- Lita – cochichou sailor Vênus em seu ouvido – pergunta se ele tem um irmão, rápido!!!!

- E deixar você virar minha cunhada? Nunquinha!!!!

- O que tem eu ser sua cunhada? – perguntou ela com os olhos arregalados.

- Não se preocupe – disse Titã – você vai mesmo ser cunhada de outra sailor.

Mercúrio em Marte se entreolharam. Só podiam estar falando delas.

- Qual Sailor? – Perguntou Mercúrio.

- Bem. A pessoa que ajudou Rini hoje, e que teve o seu coração roubado, será o futuro marido da sailor Vênus. E, daqui a alguns anos, testes genéticos vão revelar que ele é irmão de...

- Sim??????? – perguntou sailor Vênus excitada.

- Nicholas – completou a sailor Terra.

Sailor Marte ficou de boca aberta e começou a gaguejar.

- O... o... o q-que?

- Cunhadinha! – disse a abraçando – ai que bom!

- Alguém... por favor... diga que é um sonho!!!!

- Está parecendo mais um pesadelo... – disse a sailor Moon do futuro sorrindo.

- Que bom... que bom... espere! – ela olhou para eles – aquele homem vai ser meu marido???

- Bem... sim.

- RINI!!!!!! – ela correu para Chibi Moon e a agarrou pelo seu laço, balançando ela para frente e para trás – onde você deixou ele?? Onde??? ONDE, ONDE, ONDE?????????

- A – a – ai!! – p-pa-pare c-com i-i-is-isso-so!!!

- Calma criança – disse Sohar – você vai conhece-lo quando chegar aos dezenove anos.

- Só????

- Vocês estão brincando, não é? – perguntou a sailor Moon do presente.

- Talvez – respondeu ela – bem, é hora de acertarmos a bagunça que fizemos. BOLA PUU!!!

- Há! Então minha bola Puu estava com você! – reclamou a pequena Chibi Moon.

- Isso mesmo. TRANSFORME-SE EM GUARDA CHUVA!

Um guarda chuva surgiu da Bola Puu. Pegando-o antes que qualquer um pudesse imaginar o que ela iria fazer, ela rapidamente os hipnotizou e os fez esquecer de sua passagem por ali.

- Eles vão despertar logo, vamos embora – disse ela colocando a Bola Puu ao lado de sua versão mais nova, que estava estática, naquele instante.

- Muito bem. Estão prontas?

- Sim!

Sohar ergueu o cetro Solar e ele brilhou por alguns instantes. Uma fenda se abriu entre eles e os outros.

- Adeus – disse sailor Terra entrando pela fenda, seguida rapidamente pelas outras duas.

Sohar também seguiu para a fenda, mas, antes de entrar, ergueu o cetro Solar e este, com um brilho, desapareceu. Logo depois, a fenda se fechou.

- Err... pessoal – disse sailor Moon depois de cinco minutos – o que nós estamos olhando?

- Não tenho a menor idéia – respondeu Mercúrio.

No século XXX, Sohar atravessou a fenda e esta se fechou atrás de si. As outras três já tinham revertido a transformação quando ele chegou.

- Deu tudo certo? – perguntou a princesa Serena.

- Tudo está como sempre – respondeu ele simplesmente.

- Até que foi divertido – disse Serena.

- É... pelo menos acabei criando coragem de mudar o penteado – completou Joynah.

- E vai manter ele assim?

- Por que não? Eu gostei.

- Viva!!! Vocês voltaram.

- Serena olhou na direção da voz e uma gata cinza pulou no seu colo, esfregando a cabeça na sua face.

- Diana! – disse ela contente – ficou esperando a gente este tempo todo?

- Sim – disse a gatinha adolescente – eu vim aqui todos os dias para ver se apareciam.

Só então ela reparou que estavam no mesmo local em que tinham desaparecido, na viagem ao passado.

- Nossos pais ficaram muito preocupados? – perguntou Anne.

- Um pouquinho – disse ela pulando para ficar no seu ombro direito – mas sabiam que tudo iria dar certo. Vocês perderam aulas importantes!

- Ai! – disse Joynah – não acredito que você precisava nos lembrar disto!

- Mas ela tem razão – disse Sohar – é melhor irmos para casa e vocês falarem com seus amigos para recuperarem estas matérias. E lembrem-se de que ainda vão precisar continuar treinando para o torneio depois.

- Sim senhor – disseram elas.

- Se bem que andamos treinando bastante no passado – disse Joynah – Anne até conseguiu controlar um pouquinho o anel de destruição...

- E eu fiz o mais poderoso ataque combinado com sailor Vênus – disse Serena.

- É. E, felizmente, nossas mães não sabem de nossos segredos - confidenciou Joynah para Serena.

- Ou seja, vocês conseguiram manter seus namorados ainda ocultos – disse Anne.

- Hum... – resmungou Sohar sorrindo – se, em duas semanas vocês não resolverem esta questão de namoro as escondidas, eu conto para os pais de todos os envolvidos.

- Duas semanas? – perguntaram ambas.

- Tá bom. Seis meses.

- Brigada paizão! – disse Joynah o abraçando.

Sohar sorriu ao ser abraçado pela sua filha, mas, no seu íntimo, estava perturbado. Se o cristal de seu coração era tão puro quanto o de Serena, por que ela não tinha uma semente estelar?

Infelizmente, as dúvidas de Sohar terão de ficar para outra oportunidade. Por enquanto, as aventuras da nova Sailor Moon – e amigas - terminam aqui.


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Notas finais do capítulo

Se se interessou por essas filhas de sailors, sugiro que leia a fic que fiz que conta a origem delas: "As Sailors Lunares"