Capítulo 20 – Tomada I

      Após conversarem com os ex-namorados, Magali e Cascão foram praticamente aplaudidos por sua coragem e seriedade. Decidiram então, voltar às barracas, já que elas foram deixadas ao léu, sem ninguém para cuidar.

     Ao chegar, Magali encontrou um envelope com um bilhete muito suspeito e Cascão entrou na barraca, surpreendendo a garota, que instantaneamente escondeu o envelope no saco de dormir:

     - Magá, eu vou dar uma volta.

     - Agora? Mas são duas e meia, ainda e a gente acabou de almoçar.

     - Ta, mas eu preciso... – ele hesitou – me distrair um pouco.

     Ele hesitou, claramente procurando uma desculpa para o passeio repentino, e Magali percebeu, apegando-se rapidamente nessa hesitação, para tomar sua decisão.

     - Ta legal, Cas. Vai lá...

     - Valeu! Volto depois. – ele se abaixou e deu um selinho nela, saindo logo depois.

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     - Você acha que ele vem? – perguntava Quinzo, incerto.

     - Mas é claro que sim! Ele acha que eu sou bobinha e que quero resolver tudo direitinho com ele, coitado! – Cascuda olhava para Quinzo maliciosamente – Tudo pronto?

     - Câmera, ok! A Magali vai ver isto de um jeito ou de  outro! Haha!

     O casal macabro¹ estava no topo da cachoeira, esperando por Cascão, para o qual também enviaram uma carta, mas nela havia um convite para uma conversa reservada com a Cascuda, a fim de resolver tudo.

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     “Pra onde é que ele vai?” perguntava-se Magali. Não foi necessário pensar duas vezes para seguí-lo. Alguma coisa cheirava mal, e não era o Cascão². “Ele parece estar indo em direção à cachoeira!” ainda pensava a garota, enquanto avançava, procurando seguir o amado.

     Mil hipóteses se passaram em sua cabeça, todas envolvendo Cascuda. Desde “Ela vai bater nele! Ou vai mandar o Quinzo bater!”, até “Vão matá-lo!”; mas todas sempre relacionadas à violência.

     Pensando dessa forma, ela continuou a seguir Cascão até o ponto de encontro: o topo da cachoeira.

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     - Shh! Lá vem ele! Esconda-se! – Cascuda sussurrava para Quinzo.

     - Ta! – ele se escondeu e filmou a cena.

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     - Maria? Maria Cascuda? – Cascão procurava a garota por entre as árvores.

     - Aqui, Cascão.

     - Oi... – ele a alcançou em uma área aberta, um gramado amplo, à beira do topo da cachoeira, numa área do rio cheia de pedras cobertas de musgo e um barulho de queda d’água um pouco alto. Seria uma paisagem maravilhosa, se não fosse pelo que estava por vir.

     - Oi Cas.

     - Então, o que você queria comigo?

     - Só queria um lugar mais particular para te pedir desculpas pelo que fiz, e também por aquele chilique depois.

     - Mano. Eu já te desculpei. Ta tudo de boa já! Não precisa ficar tão preocupada.

     - Eu sei, mas ainda assim eu queria deixar tudo esclarecido. Você sabe que eu ainda gosto de você. – ela avançou um passo para mais perto dele, que foi pra trás, instintivamente.

     - É, eu acho que isso ficou bem claro. Mas você também sabe que eu não estou mais apaixonado por você. – ele parou de falar e ela avançou ainda mais. Ele, com um passo para trás, acabou impedido por uma árvore.

     “O que ela está tentando fazer?” pensava Cascão. Mas, como essa resposta ele já sabia, substituiu esse pensamento por outra pergunta: “Por que ela está fazendo isso?”

     Enquanto ela falava e avançava, ele já não tinha mais para onde fugir. Não prestou atenção em mais uma palavra que ela disse, sua cabeça esatav transbordando de perguntas.

     Quando ele menos esperava, ela o beijou!

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     - Ai, caramba!³ Maldita raiz! Maldita floresta!

     Magali prendera o pé em uma raiz que estava entre a vegetação e, além de se machucar, quase perdeu Cascão de vista. Ao ver que caminho ele tomou, desprendeu o pé com cuidado e sentou-se um pouco para ter certeza que não havia torcido ou quebrado nada. Após um tempo, foi por onde Cascão havia ido.

     Ao vê-lo, teve a maior surpresa e a maior decepção de sua vida.

     “Ele... o... Como? – os pensamentos dela não tinham coerência, tamanho o espanto. - “BEIJANDO?” – Ela conseguiu pensar. Ao mesmo tempo, a água invadia seus olhos e ela saía correndo de volta para o acampamento, entre soluções e tropeços.

- FIM DO 20º CAPÍTULO –

Notas da autora:

¹ isso ficou péssimo, mas fmz...

² TEI – Trocadilho extremamente infame!

³ depois que digitei isso, cheguei à conclusão de que parece mais o Ligeirinho falando, mas decidi deixar assim mesmo!!

Uhh... esse capítulo foi legal de escrever!!! E ele está mais longo ^^'

Alguém se perdeu na ordem das cenas??

É meio complicadinho escrever várias cenas paralelas, mas acho que deu pra entender... Espero que sim xD

E aí... o que acharam do capítulo??

 Deixem reviews!! Eles fazem bem à autora, e fazem a fic continuar a ser escrita :P

Queria dedicar esse capítulo à Choky Teen, que tem me acompanhado desde o começo da fic e sempre aparece por aqui pra me dar uma força!!!

E pra quem também me acompanha... aguenta aí, que mais capítulos serão dedicados ^^’

BjoO