Mariana.
A gente caminhava lentamente pelo tapete vermelho, eu trêmula e Pedro segurando minha mão com força, ele sorria, mas tenho certeza que estava tão apreensivo quanto eu, posamos para mais algumas fotos e ouvíamos perguntas no ar. Decidimos chegar um pouco mais perto, pra respondê-las. A primeira era uma repórter da RedeTv
-Mariana, é verdade que vocês só se casaram porque você está grávida?- Ela perguntou e eu arregalei os olhos olhando pra Pedro.
-Não, é lógico que não.-Eu respondi firme.
-Então porque se casar tão nova?- Um outro rapaz perguntou, ai vieram os questionamentos, belisquei Pedro, ele entendeu.
-Por que sim. Pra que perder tempo não é?-Ele disse e sorriu pra mim, fui forçada a sorrir também.
-Pe Lanza, você sente falta da Giovanna Lancellotti?-Um repórter perguntou e eu senti Pedro apertar minhas mão forte.
-Ah...saudade a gente sente não é? Ela era uma menina de ouro-Ele passou a mão pela nuca, desconcertado.
Por fim ele apontou pra câmera da TV caras e mandou um recado pras fãs, depois ele segurou firme na minha mão de novo, entrelaçando de uma forma carinhosa nossos dedos. Lá dentro eu me acomodei e Pedro me explicou que ele e Pedro Lucas estavam concorrendo a categoria de melhor cantor, o Thomas e o Lucas concorriam juntos a melhor instrumentista (n/a obviamente eu inventei né) e que depois eles iriam tocar. Vi ele sair e perto dali, Pedro Lucas conversava com os meninos de uma banda e ....espera, é os caras do nx. Ri sozinha e nessa mesma hora Pedro olhou pra mim e sorriu, sorri de volta, ele fez sinal com a mão de que queria falar comigo acenei de volta e ele mexeu no celular, meu celular vibrou dentro da bolsa e eu abri.
"Quando eu sair, me segue. Agora disfarça, isso aqui tá cheio de repórter.xoxo Pedro Lucas."
Olhei pra ele e fiz sinal que sim com a cabeça, ele se despediu dos caras e saiu andando, fui atrás, com cuidado e disfarçando. Ele entrou em uma sala V.I.P e eu olhei pros dois lados e entrei em seguida.
-Queria falar comigo?-Eu entrei na sala onde tinha uma mesa, cheia de frutas e algumas bebidas.
-Aham. Senta ai.-Ele apontou pra um sofá, ele ficou em pé.
-Algum problema?-Eu perguntei me sentando e arqueando a sobrancelha.
-Eu não te amo.-Ele disse naturalmente e eu senti meu peito se contrair, me faltando ar.
-C-C-Como é?-Eu disse com a respiração ofegante e ele se agachou na minha frente, acariciando minha bochecha.
-Você lembra da Larissa?
-A que você estava no dia que terminou comigo?
-Essa.-Ele fechou os olhos suspirando.- A Sunnie, você lembra dela?
-Lembro a sua prim....-Ele me olhou com dó e eu levantei rápido, sentindo meu coração na boca e minhas veias pulsarem de ódio
-Olha Mari..desculpa...é, meu Deus.- Ele passava as mãos incontrolavelmente pelo cabelo. Eu comecei a rir descontroladamente, me contorcia de rir.
-O que foi sua louca?-Ele dizia rindo de leve.
-Larga de besteira seu otário, vem cá.-Eu disse e o puxei pros meus braços abraçando-o. Ele me abraçou de volta e suspirou aliviado.
-Eu achei que você ia ter um ataque da doença e tacar a mesa em mim.-Ele disse se soltando de mim e colocando a mão no coração, fazendo uma cara exagerada de susto.
-Eu te amo seu boboca, e sabia que Sunnie não era sua prima desde o início. Mas a gente pode ser amigo não é? -Eu disse fazendo uma careta fofa, ele me abraçou de novo.- Você ainda tá com a Larissa não tá?
-Aham.-Ele disse e nós rimos.
-Acho melhor não chegar perto dela.
-Boba.-Ele mordeu de leve minha bochecha. Ele saiu da sala e só agora eu podia sentir o quanto aquilo doeu, meu coração estava descompassado e eu precisava do meu Pedro Lanza.
Sai da sala a procura dele, meu olhos já ardiam e eu nem respirava mais de tanto controlar o choro. Eu o encontrei, pra minha sorte, sozinho bebendo água, eu corri até ele e o abracei, forte mesmo, ele passou a mão pela minha cintura beijando minha face de leve.
-O que foi?- Ele perguntou e eu comecei a chorar forte, ele sentiu minhas lágrimas molhar a roupa dele e segurou meu rosto me olhando com preocupação.- Mari, para de chorar, me conta o que houve.
-A-aqui não
-Vem-Ele me puxou pra um canto onde não tinha ninguém e eu o abracei de novo, dessa vez mais forte.
-O Pedro Lucas... ele...não me ama. Ele me traiu Pedro, aquele idiota tava mentindo pra mim.- Eu disse quase gritando e ele ficou com o rosto vermelho de raiva.
-Eu...eu mato aquele idiota- Ele correu e eu segurei seu braço.
-Pedro, não, repórteres, lembra.- Eu disse e ele me abraçou de novo. Ele limpou minhas lágrimas e me deu um beijo na testa.
[...]
A premiação que seguiu foi linda, Pedro ganhou o prêmio, Lucas também, o show deles foi lindo e a galera tinha uma vibe impressionante. Nem eu nem Pedro quisemos ficar pra festa, então fomos pro hotel, a movimentação na rua era pouca, levando em considerarão que era 3 da manhã.
Eu fui a primeira a tomar banho, não demorei muito, estava cansada e Pedro precisava tomar banho também. Sai do banheiro enrolada em um roupão e logo em segui, para que eu pudesse me trocar, ele foi tomar banho. Vesti meu pijama e deitei na cama. Fiquei pensando na noite de hoje, e por mais que doesse saber que Pedro Lucas mentira pra mim, eu admitia que eu já havia perdido um pouco do encanto por ele. Senti a cama balançar e virei pro lado, vendo Pedro com os cabelos molhados e desalinhados arrumando-o com uma toalha e com uma samba-canção xadrez. Ele jogou a toalha longe e desligou os abajus (n/a cor de carrrrrrrrrrrrrmim. brigadúuu Ari n) nos enrolando com o Edredom e me abraçando pela cintura.
-Boa noite gatinha.
-Boa noite broto.-Eu respondi divertida e me aconcheguei gostosamente em seus braços, dormindo logo em seguida.