Borboletas Errantes escrita por Moyaji


Capítulo 3
LARVAE (parte III)


Notas iniciais do capítulo

capítulo que marca o início da narração.



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LARVAE (parte III)

 

 

Davi, tendo pouco mais de um ano de idade.

Em um passeio pelo centro da cidade,

um objeto cai no chão.

Uma única palavra dita mudaria sua vida.

 

 

 

 

 

Davi continuava no colo da mãe, agarrado-a ao pescoço. Era muito novo para andar, embora sua fala já estivesse aprimorada para a idade em que se encontrava.

Aguardando no ponto de ônibus, após algumas compras, o garoto deixou cair no chão sua chupeta. Na verdade, fui eu quem a derrubei. Ela precisava cair. Regras são regras.

- Droga... - disse a mãe de Davi ao perceber que o objeto havia caído - Se continuar assim, vou ter que prender isso em um lenço.

Não era a primeira vez que a chupeta caíra. Ela abaixou-se para recolher a chupeta, mas não conseguiu, pois alguém já a tinha apanhado. Quem a apanhou foi um homem magro, de porte normal, sem apresentar destaque dentre os transeuntes.

- Toma cuidado, garoto. - logo após levantar-se, o homem, empunhando a chupeta suja, olhou para a mãe de Davi e continuou - Nós temos que limpar isso. Vamos até aquele bar.

A mãe, não reconhecendo obscuridade na atitude dele, o acompanhou.

Talvez você possa mais tarde querer me julgar por ter derrubado o objeto. Mas vou defender-me desde já: era preciso que caísse, ou eu estaria descumprindo as regras. A vida de Davi necessitava desse acontecimento. Sinto muito. Faz parte da evolução.

 

 

♣ ♣ ♣

 

 

- Por favor, preciso limpar isso. - disse o homem, dirigindo-se ao atendente do bar, e logo após o atendente ter-lhe indicado a pia mais próxima, ele foi até ela. Enquanto limpava o objeto, prosseguiu:

- Qual o nome dele?

A mãe respondeu prontamente:

- Davi. Muito obrigada pela gentileza.

- Disponha. E você, como se chama? Moram aqui ou estão apenas passeando?

- Sou Ana. Moramos aqui, sim, há pouco mais de um ano. Estávamos voltando para casa. E você? - questionou a mãe de Davi.

- Lúcio, muito prazer - apertou a mão de Ana, demonstrando respeito - Vivo aqui há aproximadamente cinco anos.

Pegando um lenço de papel, secou a chupeta e a devolveu ao menino, ainda agarrado ao pescoço da mãe.

- Pegue... - ofereceu a chupeta a Davi. - Não vai deixar cair de novo.

O garoto aceitou a oferta e pôs o objeto, agora limpo, na boca.

- Que cara séria, moleque! Anime-se! - disse o homem, agora com um sorriso no rosto.

O garoto, vendo o sorriso, convenientemente sorriu também, deixando à mostra os recém-formados dentes que possuía.

- Quer brincar? - ofereceu ainda com o sorriso.

- Não precisa... - disse Ana, encabulada.

- Acalme-se, não vou fugir com ele. - novamente expressou um sorriso, descontraindo a seriedade da mulher, que também deixou escapar um sorriso pelo canto da boca.

Quando ofereceu os braços a Davi, prontamente o garoto atirou-se à eles, saltando do colo da mãe. O homem logo o levantou e o colocou nas costas.

Depois de alguns minutos, após muitas brincadeiras e risos de Davi, parecia aos demais que eles se conheciam já há um bom tempo. Demonstravam intimidade, e pareciam amigos. Veio então o momento da mudança repentina.

 

 

 

“- Pai...

 

 

 

Estava feito. Embora esta não tenha sido a primeira palavra de Davi, da mesma forma causou impacto.

A partir de agora a história toma outro rumo.

Após Davi ter pronunciado este monossílabo que, em sentido literal, faz alusão a alguém que não viria a participar de sua vida, passaram-se cerca de dois meses. Encontros sucessivos vinham acontecendo ao longo desse período entre Davi, sua mãe e Lúcio. A intimidade era mútua. Pareciam uma família. E foi isso que vieram a se tornar em pouco tempo.

No início, tudo é maravilhoso.

Apenas no início.

 

 

 

 

 

 

sim, eu sei.... o capítulo ficou meio que... 'confuso'.

mas nada que os próximos capítulos não possam explicar :P

estou me empenhando diariamente pra tentar postar capítulos com rapidez, mas não é fácil... manter a qualidade é prioridade, né não?


beeijonas.

*rodopia e some*

 


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