Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 17
Intromissões...


Notas iniciais do capítulo

Sei que depois desse capitulo muitas de vocês vão querer comer meu fígado, mas...rsrsrs.
Ah, outra coisa. Ou melhor, noticia: Sério, eu preciso contar isso para o mundo.
Fui aceita numa banda como guitarrista base. Awee!
Meu segundo nome é 'Izzya' agora, kkkkk...
Depois do depoimento da LoLita, vamos ao que interessa. A história.
Enjoy it!
Notinhas finais!



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Certo. Quando eu sai da casa da Glister a ultima pessoa que eu esperava encontrar sentada na sala da HellHouse, bebericando uma xícara de chá, era o meu avô.

E nós nem tínhamos chá! Quem dirá xícaras...

- O que você está fazendo aqui? – perguntei ácida, fechando a porta atrás de mim.

- Visitando meus pupilos e minha neta, oras... E tenha mais respeito comigo. – exigiu.

- Não. Você não veio aqui só para isso... – pus as mãos na cintura e encarei Axl, Barbie, Slash, Izzy, Duff e Steven, sentados, quietinhos diante da minha reação.

- Steven... Vamos lá, desembucha.

- Eu? Desembuchar o que? – ele se fez de inocente.

- Por que meu gentil avô nos da a honra de sua ilustre presença nesta sala.

- Eu juro que não sei... – ele choramingou. Obviamente com medo de eu cumprir minha promessa e bater nele.

- Izzy... – pressionei. Ele fingiu não ouvir – Duff? A propósito, onde você estava?

- Na casa da Glister, obvio.

- Não, não estava. Eu fui lá agora pouco e ela disse que não te vê desde ontem.

Ele engoliu seco. Sorri com escárnio.

- Eu... – ele começou.

- Fica tranqüilo. Eu não ligo para você faz ou deixa de fazer. Mas você deve explicações a vizinha gostosa. – o tranqüilizei.

- Ok.

- E então... Vovô. A dona Augusta te chutou de casa?

- Não. Ainda. – ele riu de leve – Eu vim aqui a pedido do Axl e da senhorita Von Grief.

- Tinha que ser... – revirei os olhos.

- Eu chamei o Gary para ajeitar os últimos detalhes da gravação de Patience. – Axl se pronunciou – E para decidirmos umas coisinhas que ficaram para trás.

- Que coisas? – me rendi a curiosidade.

- Bom, o adiantamento das gravações, por exemplo... – Barbie começou – O Axl me convidou para fazer uma ponta também e o dia de gravações não era o melhor para mim, então, decidi mudar...

Fiquei pasma. Se tivessem sido os meninos que tivessem decidido isso, eu nem ligaria tanto, mas foi a cretina – mor que havia decidido.

- O que? Desde quando você decide as coisas por aqui? Pelo que eu saiba você não é parte da banda!

- Nem você! – ela devolveu.

- Por que você acha que eu não fico dando pitaco?

- Axl, faça alguma coisa! – A vaca pediu irritada.

- Não me mete, Barbie...

- É assim que começa, Axl. Primeiro ela decide essas coisinhas por você, depois ela vai decidir tudo sobre sua carreira, pegar todo o seu dinheiro, lhe dar um pé na bunda quando você estiver gordo e velho e ainda ficar com metade dos seus bens. Incluindo seus carros! – blefei.

- Mentirosa! Eu jamais faria isso pelo meu bebê!

- É isso que todas dizem, baby... – cruzei os braços – Espere até o pau dele parar de funcionar e...

- DAFNE! – Meu avô berrou mais vermelho que um pimentão – Isso é coisa que uma dama diga?

- Não. Mas infelizmente eu não sou uma dama... – retruquei.

Ele suspirou.

- Você piora a cada dia...

- Obrigada pela parte que me toca. Agora, voltando a negociação da senhorita ‘vagabundagem’...

- Olha como fala, vadiazinha... – Barbie ameaçou.

- Calada, vaca. Eu não estava falando com você.

- Sosseguem as duas, por favor? – Izzy pediu.

- É, antes que se atraquem... – Slash acendeu um cigarro e soprou a fumaça.

Ignorei.

- Quando vão começar as gravações?

- Amanhã... – meu avô respondeu simplesmente.

- Amanhã?! – repeti incrédula – Não é muito cedo?

- Não. O hotel já foi fechado temporariamente e o gerente assinou um termo de silencio quanto ao fato. Não queremos paparazzis atrás de nós, queremos?

- Com certeza, não!

- Então esteja pronta as sete junto com a banda.  

- As sete? – Barbie se intrometeu de novo – Não posso as sete.

- Ah, é mesmo... – fingi solidariedade – Ela precisa descansar dos programas. Sabe, velhos gordos cansam...

- AXL! – Grief berrou.

- O QUE?!

- Faça algo! Ela me chamou de prostituta!

- Isso te ofende? – sorri cruelmente.

Ela tremeu os lábios pintados com um rosa – choque.

- Ah! Parem já com isso! – Axl pediu nervoso – Não suporto mais as duas se pegando!

- Se elas estivesse se pegando de verdade, você ia gostar, não é, cachorrão? – Duff comentou malicioso.

- É... – Axl sorriu da mesma maneira, sendo imitado por Slash, Izzy e Steven.

- Safados... – resmunguei.

- Graham! – meu avô tossiu chamando a atenção. – Obrigado. Olhem, podemos apenas as sete.

- Mas... – Barbie começou.

- Sem mais. Se você realmente não puder, fazemos sua tomada depois. Que horas termina esse seu compromisso?

- Geralmente as onze, onze e meia. É que o creme noturno precisa fazer o efeito corretamente...

Abri minha boca incrédula.

- Creme noturno?

- É, nunca ouviu falar? Deve ser por isso que sua pele é tão ressecada...

- Minha pele não é ressecada!

- É sim. Parece de cobra. Quando elas trocam à pele.

- Não, não pareço!

- Parece!

- Não pareço!

- Parece!

- Não pareço!

- CALEM A BOCA! – meu avô pediu – Posso terminar de falar?

- Tanto faz... – revirei os olhos.

- Certo. Vou distribuir os papéis... – nos entregou um uma amontoado de folhas. – Ai mostra o que cada um de vocês vai fazer durante o clipe. Sem contar os figurinos, claro.

Olhei o cabeçalho do meu papelzinho.

Dafne ‘Draffy’ Foxxy.

- Parece nome de atriz pornô... – chiei.

- Hum, se alguém perguntar, você é... – meu avô avisou.

- O que?

- Bom, não podemos falar que você é minha parente, certo? Então, se perguntarem, se sobrenome é Foxxy. E seus filmes foram os...

- Para! De onde você tirou que eu podia ser ‘uma atriz pornô’? Eu tenho cara de atriz pornô?

Todos ficaram mudos. Olhando para os lados.

- Tenho?

- Seus peitos são legais... – Izzy comentou.

- E sua bunda também... – Slash completou.

- Você tem os atributos necessários para fingir ser uma atriz pornô... – Axl arqueou a sobrancelha.

Olhei para eles chocada.

- Sério?

Eles acentiram.

Suspirei. Decidi não complicar mais a vida do meu avô.

- Que se foda então. Posso trocar o figurino?

- O que tem de errado com o fio dental de oncinha? – Meu avô perguntou inocentemente.

- O QUE TEM DE ERRADO? O QUE TEM DE ERRADO?!?!?!

Meu avô acabou de sair furioso daqui. Depois que eu surtei ele não ficou muito a vontade e como castigo vai me obrigar a usar o infeliz do fio dental de oncinha.

Inferno.

Barbie também saiu. Ela disse que precisava aplicar sua mascara anti – rugas ou qualquer coisa do tipo.

E agora, aqui estou eu, sentada na cobertura do prédio com uma garrafa de Jack e um cinzeiro ao meu lado.

Acendi meu quinto cigarro seguido e soltei a fumaça, sorvendo um longe gole de bebida em seguida.

- Oi... – a voz de Glister fez-se ouvir atrás de mim.

Ignorei. Ela se sentou ao meu lado e olhou para baixo, fazendo uma careta.

- Você não tem medo de altura?

Bebi mais um gole.

Ela suspirou.

- O Duff veio falar comigo... – ela começou – Ele me deu um pé na bunda...

Engasguei com a fumaça do meu Malboro.

- Ele o quê?
- Me chutou.

- Por que? Você não contou que...

- Não. Ainda. Mas ele me contou o que ele andou fazendo essa manhã.

- Aquele filho da mãe...

- Ele foi se encontrar com uma tal de Felicita Montes, uma modelo espanhola.

- E...

- Eles estão juntos.

- Glister... Eu sinto muito.

- Eu também.

- Eu vou socar aquela travesti.

- A Felicita?

- Não, o Duff mesmo – ri soltando a fumaça.

Ela riu.

- E então... – ela sorriu levemente.

- E então, o que?

- Você sabe, sua chata! Vai me desculpar?

A abracei.

- Nunca falei que tínhamos brigado... – sorri.

Ficamos num silencio cúmplice, apenas olhando o movimento dos carros, na Sunset, metros abaixo dos nossos pés.

- E agora? Você vai assumir com o Baconman?

- Não. – ela respondeu simplesmente roubando um gole da minha Jack.

- Não?

- Não. Eu acho que não é o certo ficar com ele.

- Por que?

- Draffy, ele gosta é de você.

- Cala a boca...

- Mas é verdade...

Olhei significativamente para ela.

- Ok, me rendo... – Ela brincou – Hey, você vai me levar nas gravações amanhã?

- Como você sabe que é amanhã?

- O Duff me contou. E aí, vai me levar?

- Levo... – suspirei.

Ela bateu palmas alegre.

- Ah, Draffy! É tão bom falar com você novamente!

- Igualmente Ramona... igualmente...

Mais tarde, pegamos o rádio com toca-fitas dela (Ela queria que eu pegasse o meu ‘IClone’, mas eu consegui dobra-la dizendo que queria poupar a bateria. Difícil, foi explicar o que era uma bateria de IPhone para ela depois...) e conseguimos umas fitas boas com os meninos, já que Glister só tinha Madonna.

Acabamos assim o dia. Sentadas naquela cobertura, bebendo, fumando, ouvindo Led Zeppelin e Rolling Stones – logo Izzy se juntou a nós, atraído pelo som -, cuspindo nos pedestres e rindo muito.


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Notas finais do capítulo

Sim, a Lolis é má. Mas não se preocupem, não vou deixar esses dois separados por muito tempo. A Felicitia é só um passatempo.
Mas para compensar vocês, posto o próximo - aquele, do começo das gravações do clipe, lembram? - amanhã!
Bjs
Lolis