Como Se Fosse A Primeira Vez escrita por Isabellapattz


Capítulo 16
Problemas parte 2


Notas iniciais do capítulo

Como eu tinha dito o capítulo já estava pronto.
Estou muito feliz com os reviews que recebi e quero agradecer a todas vocês por lerem e comentarem. Obrigada !
O próximo capítulo já está na metade e em breve estará pronto também, mas eu só vou postar semana que vem.
Boa Leitura a todas vocês !



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Eu não tinha a mínima idéia do porque o meu pai estava me ligando, mas sabia que não era coisa boa. Ele nunca me ligou antes, então porque e pra que estaria fazendo isso agora? Eu já estava a uma quadra do meu hotel, então parei o carro na calçada, respirei fundo e atendi.


– Alô.
– Alô, Bella? – Não era a voz do meu pai.
– Sue? – Não consegui disfarçar a surpresa na minha voz.
– A Bella que bom que você atendeu, já estava ficando agoniada, eu preciso muito falar com você. – Ela estava nervosa.
– O que houve Sue?
– Bella o Charlie está no hospital, ele teve um infarto seguido de uma parada cardíaca. – O meu Deus, e agora o que eu faço?
– E onde ele está agora Sue? – Perguntei nervosa.
– Ele foi internado em estado grave. Bella, os médicos não deram certeza que ele vai sobreviver. Eles falaram que as chances são muitos poucas. – Ela disse chorando.
– Calma Sue, ele está no Hospital de Forks mesmo ou foi transferido pra outro lugar? – Perguntei tentando me manter calma.
– Ele está aqui em Forks , no hospital geral. Bella eu sei que ele te fez muito mal, mas venha ver ele, pode ser a última vez que você verá ele com vida.
– Eu sei Sue. – suspirei. – Depois eu te ligo, estou dirigindo agora.
– Ta bem Bella, só não demora. – Ela disse compreensiva.


Eu fique um tempo olhando para o meu celular e imaginando se eu teria mesmo coragem de ir até Forks ver o meu pai. Eu queria muito poder vê-lo mais e se ele me rejeitasse como sempre fez? Eu não agüentaria ser chamada de filha problema ou qualquer uma das outras coisas que ele me chamava. Não na hora da morte dele. Eu queria poder sentar do seu lado e dizer que o amava e que se tivesse que partir, que fosse em paz, porque eu não tinha mais raiva dele. Charlie é meu pai, mesmo com tudo de ruim que eu passei ele ainda é e sempre será meu pai. Meu Pai. Quando percebi já estava chorando. Não queria que ele morresse sem eu ter pelo menos dado um beijo ou um adeus, sem ver os olhos dele com vida sorrirem pra mim. São tão parecidos com os meus.

Sim, eu iria até Forks pra me despedir dele e pedir seu perdão por não conseguir ser a filha que ele queria. E por ter ido embora sem nem ao menos deixar um recado. Sequei as lágrimas e liguei a caminhonete, ela rugiu alto me encorajando. Com certeza iria demorar muitas horas pra chegar em Forks com o meu carro, mas eu sabia de um carro que faria esse percurso em bem menos tempo.

Não Queria envolver Edward nos meus problemas, mas tinha certeza que se eu pedisse emprestado o volvo teria que dizer o motivo, então contaria a verdade, ou parte dela e quem sabe ele me ajudasse.

Não esperei eu me recompor, dirigi pro meu hotel pra pegar umas roupas e já comecei a discar o número do celular do Edward. Ele logo atendeu.

– Oi Edward. – Falei apressada.
– Oi Bella, você ta onde? – Ele perguntou desconfiado do meu tom de voz.
– To indo pra casa, acabei de sair do restaurante. Eu preciso de um favor seu.
– O que é Bella? Você ta estranha !
– Edward eu preciso do seu carro, pra agora. Me empresta? – Falei já saindo da minha caminhonete. Peguei a bolsa no banco do carona e a chave do hotel.

– Bella você ta muito afobada, me diz o que está acontecendo. – Droga, eu não tinha tempo para ficar dando respostas a ele. Entrei no quarto do hotel e fui atrás da minha mochila pra colocar algumas roupas e utensílios de higiene pessoal dentro.

– Edward se você não pode me emprestar o carro, deixa que eu vou na minha caminhonete mesmo. – Eu estava nervosa demais e acabei sendo rude com ele, mas não podia ficar perdendo tempo dando explicação pra ele. A vida do meu pai estava em risco e eu não podia perder tempo.

– Eu vou te emprestar o volvo, só queria saber porque você está assim tão nervosa. Eu já estou preocupado com você Bella.

– Ta Edward se você quer saber o que está acontecendo vou te dizer. Eu to indo pra Forks agora, e preciso fazer isso em tempo recorde, se você quiser pode vim também, mas por favor chega aqui no hotel logo, no caminho eu te conto. – Pedi ao mesmo tempo em que jogava umas peças intimas dentro da mochila.

– Ta bom Bella, to chegando ai. – Ele disse e desligou. Eu sentei na cama e respirou bem fundo. Precisa de um banho rápido pra me acalmar.

Entrei no banheiro e tirei a roupa correndo, me joguei debaixo do chuveiro quente e relaxei os músculos do corpo. Fechei os olhos e deixei a água morna me acalmar. Eu senti que começaria a chorar e não me refreei, deixei as lágrimas seguirem seu curso e irem embora junto com a água do meu corpo. Eu não estava chorando só por que meu pai estava em um hospital a beira da morte, estava chorando por todas as vezes em que eu desejei isso no momento de raiva, e agora estava acontecendo, mas eu não queria isso realmente, nunca quis. Só queria o seu apoio nas fases difíceis da minha vida, seu sorriso quando eu estivesse triste e um abraço acolhedor quando a minha mãe morreu.

Depois de alguns minutos chorando eu me senti seca. Apenas um vazio no meu peito, eu sentia no fundo do meu coração que não teria meu pai comigo nos próximos anos. Sai do banheiro mais calma e ao mesmo tempo sem forças. Coloquei uma calça jeans e uma blusa azul de mangas e botões, peguei meu casaco mais quente e coloquei na mochila, com certeza em Forks estaria frio e chovendo. Escovei meu cabelo mecanicamente e alguém bateu na porta do quarto. Devia ser o Edward.

Eu abri a porta e ele olhou bem no fundo dos meus olhos. Eu não sei o que ele viu no meu rosto, mas simplesmente me abraçou apertado e acariciou o meu cabelo. Eu acho que era disso que eu estava precisando, pois voltei a chorar como uma criança.

– Calma Bella, se acalme. Tudo bem. – Ele repetia as mesmas palavras tentando me acalmar e quando eu me acalmei me desvencilhe dos braços dele e peguei a mochila em cima da cama, meu celular na cômoda e sai puxando a mão do Edward e trancando a porta atrás de mim. Eu fui em direção ao volvo e vi que a chave estava na outra mão do Edward, peguei a chave da mão dele e sentei no banco do motorista. Ele nada falou, apenas deu a volta no carro e entrou no lado do carona me avaliando. Eu joguei a minha mochila no banco de trás e vi que tinha outra mochila lá também. Respirei fundo e limpei as lágrimas que ainda corria pela minha face. Não estava enxergando muito bem com os olhos marejados. Quando enfiei a chave na ignição estreitei um pouco os olhos pra ver através da rasa camada de lágrimas que me impediam de olhar o que estava a minha frente. O Edward segurou minha mão e me olhou preocupado.


– Bella eu acho melhor você deixar eu dirigir, você não está em condições de fazer nada agora. – Respirei fundo e o Edward saiu do carro vindo para o lado do motorista. Ele abriu a porta para entrar e eu me joguei no banco do passageiro e fechei os olhos com a cabeça no encosto do banco. Ele ligou o carro e começou a dirigir rumo a cidade de Forks.


Edward dirigiu em silêncio absoluto, mas eu sentia através das minhas pálpebras ele me observando e segurando a minha mão. Era uma forma silenciosa de dizer que ele estava ali comigo. Era bom ele ir comigo porque se meu pai me rejeitasse mais uma vez eu não iria agüentar, o Edward seria a única pessoa que eu gostaria de ver nesse momento.

Depois de um tempo eu abri os olhos e fiquei vendo a paisagem característica de Forks passar do lado de fora da janela do carro. O Edward apertou levemente a minha mão e eu olhei pra ele tentando sorrir. Ele parecia muito preocupado comigo.


– Está pronta pra me contar agora ? – Ele falou calmo, como se a voz fosse parte do zumbido do carro dele.

– O meu pai sofreu uma infarto seguido de uma parada cardíaca e está em estado grave no hospital de Forks. A Sue, uma amiga da família há muitos anos me ligou assim que sai do restaurante avisando. Ela disse que os médicos não tem esperanças de que ele possa sobreviver. Ela não explicou direito, estava chorando muito. Quando chegar lá eu vou me informar melhor. – Eu disse olhando pela janela de novo.

– Eu sinto muito Bella, você não merece passar por essa dor de novo. Eu queria poder te confortar, mas não sei como. – Ele disse levantando a minha mão e beijando. Eu olhei pra ele e sorri.

– Você está aqui comigo, independente do que aconteça lá, só por você estar comigo eu já me sinto melhor.

– Mesmo assim meu amor, queria poder fazer mais. – Ele estava realmente angustiado por me ver triste daquele jeito.

– Edward eu estou bem, eu não estou triste porque meu pai pode morrer, isso acontece com todo mundo um dia, só que... eu queria ter tido mais tempo com ele, você não sabe o quanto eu sinto a falta de um pai na minha vida, desde nova, sempre fui tratada como um problema por vários motivos, mas eu ainda tinha esperanças de que um dia ele pudesse me chamar de filhinha como quando eu era menor, nas poucas vezes em que ele fez isso. Mas agora ele vai embora e eu vou ficar definitivamente sozinha. É ruim demais. – Eu já tinha chorado tanto, mas ainda tinha lágrimas e elas começaram a descer de novo pelo meu rosto.
O Edward passou a mão livre pelo meu rosto e eu peguei a mão dele e beijei. Ele seria o único homem na minha vida agora.


Depois de mais algum tempo finalmente chegamos em Forks, já passava das 8 da noite e eu estava exausta, não dormi o caminho todo, mas o cansaço que me abatia era mental. Edward perguntou pra onde devia seguir e eu dei o endereço da casa da Sue pra ele.
Quando chegamos lá ele abriu a porta do carro pra mim e u fui em direção a porta da casa dela que era bem simples, mas aconchegante e o lugar pra onde eu fugia sempre que sentia que iria explodir por causa do Charlie. Só de olhar a casinha branca com o canteiro todo florido em volta eu já me sentia mais triste e envergonhada de ter deixado o meu pai e sumido no mundo, mesmo com todos os meus problemas eu não poderia abandoná-lo, agora ele estava a beira da morte e eu não pude passar os últimos dias ao lado dele.

Eu bati na porta e a filha da Sue, Leah me atendeu de primeira. Ela estava triste também e quando viu meus olhos inchados de tanto chorar me abraçou apertado. Eu e ela nunca fomos muito próximas, mas eu sempre a achei legal.

– Eu sinto muito Bella. – Ela me soltou e olhou para o Edward que estava bem atrás de mim.

– Esse é o meu namorado Edward. Edward essa é a filha mais nova da Sue, Leah. – Eu os apresentei e eles apertaram as mãos.

– Entrem, vocês devem estar cansados. – Ela saiu do caminho e nos guiou pela casa até a sala que não tinha mudado nada desde a última vez que eu estive nela..
– Obrigada Leah, mas cadê a Sue?
– Ela está no hospital com o Charlie.
– Eu vou pra lá então.
– Você não pode entrar lá essa hora, já passou o horário de visitas, só o acompanhante pode ficar com ele.
– Mas eu quero ver meu pai e pegar a chave de casa porque não tenho onde ficar.
– Bom eu acho que a chave da casa do seu pai está no hospital, mas mesmo indo lá você não vai poder subir, mas eu acho que a minha mãe pode falar com você. Não custa nada tentar.
– Ta bom , eu vou lá, se ela ligar diz que eu estou indo pro hospital.


Eu e Edward nos despedimos de Leah e ele voltou a dirigir em direção ao hospital de Forks. Eu disse pra ele o caminho a seguir e logo chegamos em frente ao grande hospital. O único hospital de Forks era grande porque atendia a todos os casos de doença da cidade, desde um parto a uma pneumonia, mas mesmo assim ainda era preciso transferência para outros hospitais porque o de Forks não tinha capacidade para tratar de casos mais sérios, como o do meu pai.

Edward estacionou na vaga perto da entrada e me olhou preocupado. Eu não queria que ele estivesse passando por isso. Eram meus problemas, eu tinha que resolvê-los sozinha, mas sem ele aqui segurando a minha mão eu não teria forças pra agüentar a pressão, eu estava me sentindo tão culpada por ter deixado o meu pai aqui sozinho que se eu pudesse trocaria de lugar com ele naquela cama de hospital. O Charlie sempre foi um homem digno e honesto, e que amou a minha mãe acima de tudo, até de mim. Eu nunca deveria tê-lo deixado sozinho aqui sabendo que ele bebia demais, quase não comia, é a função de um filho cuidar dos pais depois de crescidos, mas eu simplesmente fugi, fui embora e sem olhar para trás. Eu sei que ele tentou me matar, mas ele estava bêbado, não estava no seu juízo perfeito, todos fazemos uma besteira uma vez ou outra, eu passei o último mês longe do meu único parente e isso foi uma grande besteira. Mas no meu caso não tinha perdão, agora eu estava aqui chorando e orando, pela vida do meu pai. Eu nunca fui muito religiosa, mas estava rezando com todas as minhas forças para Deus livrar o meu pai dessa. Eu nem podia estar ao seu lado nesse momento, se eu não tivesse ido embora e ainda assim isso tudo tivesse acontecido, pelo menos eu estaria ao seu lado até os últimos minutos.


– Bella, vamos? – Edward me chamou, quando eu não me movi pra sair do carro.
– Sim. – Ele estava do meu Aldo com a porta aberta e a mão estendida pra mim.

Entramos no hospital e fomos direto para a recepção onde havia uma moça que eu me lembrava dos tempos em que ia parar na emergência machucada, mas não sabia seu nome. Ela nos atendeu com uma expressão cansada.

– Boa noite. O que desejam?
– Boa noite. Poderia me informar se Charlie Swan está internado aqui?
– Oh sim, ele está aqui, mas não pode mais receber visitas por causa do horário.
– Eu sei, eu queria falar com a acompanhante que está com ele. Sue.
– Deixa eu ver. – Ela começou a mexer em um computador velho que estava na sua frente e depois discou um número no telefone.

– Telma poderia chamar a Sue, acompanhante do paciente do quarto 110? – Ela desligou e se virou pra mim e Edward que estávamos esperando.
– Ela já está vindo. – Eu assenti e o Edward pediu obrigada. Ele me levou até uma cadeira que estava do outro lado da sala de espera.

– Senta Bella. Ela não vai demorar.
– Eu não consigo Edward. To muito nervosa. – Ele suspirou e me abraçou carinhosamente. Eu me aconcheguei no peito dele e o abracei forte pela cintura. Eu me senti tão bem com ele assim. Ficamos abraçados em silêncio e ele fazia carinho no meu cabelo toda vez que eu me mexia. Eu sabia que teria que contar toda a história desde o começo pra ele porque no carro eu não tinha dito tudo e o jeito que ele me olhava dava pra ver que ele sabia que tinha mais histórias. Mas isso tudo ficaria pra um momento mais calmo, se é que teria algum.
Depois de uns 10 minutos a Sue apareceu na porta da sala de espera com o rosto abatido. Eu a vi e corri pra abraçá-la me desvencilhando do Edward. Por mais que estivéssemos em um momento triste a saudade que eu sentia dela era grande. Nos abraçamos e ela chorou mais e eu também.

– Oh minha menina. Que bom que você veio. Eu já ia ligar pra você outra vez. – Sue sabia um pouco do que eu passei com o Charlie, bem pouco, e por isso eu sabia que ela estava feliz em me ver ali.

– Claro que eu vim Sue, apesar de tudo ele é o meu pai. Eu o amo. – Eu disse enquanto ela limpava as lágrimas do meu rosto e me olhava com ternura.

– Eu sei disso menina. – Ela me abraçou mais uma vez e me puxou pra sentar em uma das cadeiras. – Sente-se eu vou contar como seu pai está.

– Sue esse é o Edward, meu namorado. – Eu o apresentei. – Edward essa é a Sue, uma amiga de família.

– Oi Edward. Espero que esteja cuidando bem da minha menina. – Ela disse o abraçando. Mesmo com toda a dor que ela estava sentindo ainda conseguia ser a melhor pessoa que eu conhecia.

– Olá Sue. Estou fazendo o meu melhor.
– Eu sei que está menino. – Ela se sentou e puxou o Edward para sentar também.
– Fala Sue, como ele está? – Eu estava angustiada, sem saber ao certo como ele estava.
– Bella, ele está inconsciente desde que chegou aqui. O doutor Jared disse que não pode fazer muito mais, o próprio Charlie em quem tem que lutar pro seu coração continuar batendo. Mesmo que ele fosse transferido ainda sim nenhum médico poderia fazer mais nada. É uma questão de tempo pra que ele melhore ou que... – Ela deixou a frase no ar e respirou fundo contendo as lágrimas.
– Eu quero vê-lo Sue. Quero pedir perdão por tê-lo deixado aqui sozinho sabendo que ele não estava se cuidando direito. Eu me sinto tão mal por isso. Eu ainda tinha esperanças de que a gente... – Eu não consegui terminar por causa do nó que se formou na minha garganta. O Edward me abraçou pela cintura e a Sue pegou na minha mão. Ela sabia do que eu estava falando.
– Eu sei menina. Eu sei. Mas não é você quem tem que pedir perdão. O Charlie é cabeça dura, só ele é o culpado de tudo o que houve entre vocês. Não fique se martirizando por isso. Você melhor do que eu sabe de tudo o que ele te fez passar. Não adianta negar, ele quem deve se sentir mal e não você. – Mesmo assim ainda não conseguia me acalmar, principalmente agora que eu tinha certeza que o coração dele podia parar a qualquer momento sem eu ter a chance de me desculpar por tudo. O Edward apenas nos olhava e eu sabia que ele estava muito curioso pra saber o que aconteceu de verdade entre eu e meu pai.

– Sue por favor, se ele acordar ainda essa noite, diz pra ele que eu vou estar aqui logo pela manhã. Assim que o horário de visitas começar. Eu queria ficar ao lado dele amanhã Sue.

– Tudo bem menina. Vou vai passar a noite onde?
– Eu queria a chave de casa. Está com você?
– Está sim. Aqui. – Ela tirou a chave da casa do Charlie do bolso do casaco e me entregou. Eu a abracei mais uma vez e o Edward também.
– Obrigada por cuidar dele Sue. Eu nem sei como te agradecer. – Ela passou a mão na minha bochecha e sorriu triste.
– Não mude o que você é. Nunca.

Eu e o Edward nos despedimos e a Sue voltou para o quarto do meu pai. Quando eu sai de dentro do hospital que senti o frio que estava fazendo em Forks, estava chovendo e o ar estava muito gelado. O Edward me abraçou e corremos até o carro. Quando entramos ele ligou o aquecedor do volvo e eu peguei meu casaco dentro da mochila. Ele não quis pegar o dele. Eu expliquei o caminho de casa pra ele e quando o volvo parou em frente a casa branca desbotada pelo tempo e com a viatura estacionada em frente eu senti um frio no estômago e tudo que eu passei na noite em que eu fui embora voltou a minha mente. Edward saiu do carro embaixo da chuva e abriu a porta pra mim. Eu peguei a minha mochila e a dele e subimos os degraus da casa que agora estava completamente vazia e silenciosa. Ele me olhou e eu olhei respirei fundo e abri a porta. Estava exatamente como eu havia deixado. Pelo menos a sala estava. Eu lembrei da noite em que sai daqui transtornada. E agora estava voltando do mesmo jeito. Suspirei.



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Notas finais do capítulo

A PARTE 3 SAI SEMANA QUE VEM, NO INÍCIO DA SEMANA, EU ACHO QUE VAI TER PARTE 4 TAMBÉM,NÃO TENHO CERTEZA AINDA. UM BJO E FELIZ NATAL PARA TODAS. ESPERO QUE O NATAL DE VOCÊS SEJA REPLETO DE ALEGRIA, AMOR E FAMÍLIA, NATAL NÃO É NATAL SEM A NOSSA FAMÍLIA POR PERTO, NÉ ? rsrs Até o próximo capítulo.