Os Opostos Se Atraem escrita por Nathy-Cullen


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi galera!! Cá estou com mais um cap fresquinho!! A muralha, como sempre, mais uma vez tentou insistir, mas eu a derrubei.
Bom, sem mais demoras, aki está o 2º cap e desejo a todos uma boa leitura!
Nos vemos lá em baixo.



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Isabella estava deitada, dormindo tranquilamente. Depois de ser recebida com olhares não muito amistosos, como sempre acontecia, ela ficou sendo colega de quarto de uma garota descolada. A garota de cabelos curtos e espetados parecia ter medo dela, mas Isabella não se importava. Afinal, já estava acostumada a isso.

Alice acordou, espreguiçando-se e bocejando. Ela olhou para sua colega de quarto dormindo tranquilamente. Dessa vez, não sentiu medo. Admirou o vestido de seda que a garota usava. Era branco e ia até os joelhos e seus cabelos negros estavam espalhados pelo travesseiro. Seu rosto sem maquiagem era bem bonito. Ela se sobressaltou quando sua colega de quarto abriu os olhos, acordando também. Alice balançou a cabeça. Resolveu tirar a rivalidade entre as duas.

Isabella olhou em volta e viu que a garota de cabelos espetados a observava, seus olhos verde escuros a sondando. Isabella não disse nada e sua colega estendeu a mão.

- Olá, sou Alice Cullen. Quem é você? – Isabella parou e deliberou se respondia ou não. Não era o seu forte se apresentar a alguém.

Alice olhava a garota pesarosa. Não queria irritá-la. Vai que ela dava um tiro nela ou coisa parecida.

A garota suspirou e olhou em sua direção. Alice viu que os olhos dela eram verde água, bem clarinhos. A garota gótica umideceu os lábios e resolveu falar.

- Sou Isabella Swan. – disse apenas e Alice ficou impressionada com seu tom de voz. Era grave e macia, não áspera. Isabella se levantou da cama, revelando o vestido branco que usara para dormir. Era bem simples, sem detalhes, mas muito bonito. Que desperdício usar um vestido desses pra dormir. Pensou Alice. Era um vestido de seda pura e possivelmente muito caro.

Isabella foi até o closet, na parede da direita, onde estavam as suas roupas e pegou uma calça preta de veludo, uma blusa de mangas compridas preta, um corpete preto e cuturnos. Foi até o banheiro e se fechou lá.

Alice viu as roupas que Isabella pegou e reprimiu uma careta. Era muito preto, mas não iria falar nada. Geralmente, ela dava opiniões sobre as roupas e dava dicas, mas essa era uma exceção. Não queria deixar sua colega de quarto com raiva. Não sabia que reação ela teria.

Alice foi até a parte esquerda do closet, onde estavam as suas roupas e pegou uma calça jeans clara, uma blusa branca de mangas compridas e um colete azul escuro. Trocou-se no quarto mesmo e se olhou no espelho de corpo inteiro. Ela pegou um sapato rosa claro de salto baixo e calçou. Olhou-se no espelho outra vez. Ela viu que estava bonita e penteou seus cabelos.

No banheiro, Isabella já trocara de roupa e passava a maquiagem em seu rosto. Não faria desenhos, até porque havia parado com isso há muito tempo. Ela colocou maquiagem super preta nos olhos e não passou nada no lábios. Escovou os dentes e saiu, deparando-se com sua colega de quarto, já pronta também.

Alice olhou para Isabella e pegou sua mochila cor de rosa, com flores desenhadas. Isabella também pegou sua mochila, mas era toda preta e tinha um desenho de caveira nela. Alice endireitou-se e perguntou a Isabella.

- Posso te acompanhar até a primeira aula? – Alice cruzou os dedos em pensamentos. E se ela dissesse que não? E se ficasse com raiva?

Isabella deu de ombros e saiu porta a fora. Alice tomou isso como sim e foi ao seu lado. Todos as olhavam, principalmente para Isabella. Alice viu o preconceito nos olhos das pessoas e se sentiu culpada por ter julgado a gótica ao seu lado. Quem sabe elas não se tornavam amigas?

Isabella seguiu indiferente pelo corredor, ignorando a tudo e todos. Todos a olhavam como se fosse uma aberração. Alguns até benzeram, colocaram crucifixos no peito e apertaram, mas ela não se incomodou*. Já estava acostumada com tudo isso e mais um pouco. As meninas a olhavam com repulsa e os meninos a olhavam como se fosse um alien.

- Qual a sua matéria de agora? – Alice perguntou a Isabella. A garota olhou os horários e respondeu em voz baixa.

- Biologia. – apenas disse. Alice se sentiu decepcionada por não ter a primeira aula com ela.

Isabella chegou a porta da sua primeira aula e entrou na sala. Todos olhavam para ela, mas nem ligou. O professor a olhou com uma cara estranha, mas se recompôs e falou com ela.

- Srtª Swan, eu lamento, mas só há um lugar vago ao lado do Sr° Cullen. – o Sr° Newton disse. Isabella olhou para a carteira vaga e se surpreendeu. Era o garoto de cabelos acobreados da tarde anterior.

Ela caminhou e sentou-se ao lado do ruivo, que se mexeu para dar mais espaço a ela. Edward estava surpreso pela garota se sentar ao seu lado. Ela queria conversar com ela, mas não sabia que ela ficaria com raiva. Ele olhou para as mãos da gótica e viu que suas unhas eram curtas e quadradas, também pintadas de preto. No dedo indicador da mão direita, havia um anel de serpente. Era prateado e a serpente era uma naja.

Ele admirou-a por um momento e olhou para o seu rosto. Ela prestava atenção na aula, escrevendo em seu caderno com folhas sem desenhos ou enfeites. Ele resolveu se apresentar.

- Olá. – ele disse baixinho, esperando que ela o olhasse. A garota o olhou e ele, por um momento, admirou a cor de seus olhos. Eles eram verde água, mas de longe, poderia ser confundido com azul claro. Eles estavam marcados com muita maquiagem preta. Eram lindos. – Não pude me apresentar antes. Sou Edward Cullen.

Cullen. Ele é irmão da tal Alice, a que queria fazer amizade comigo. O que será que ele quer? Isabella pensou, olhando em seus olhos verdes. Eles eram claros, mas mais escuros que os dela. Eram esmeralda. Muito bonitos.

- Sou Isabella Swan. – apenas disse e voltou a escrever. Edward ficou com a voz grave e macia de Isabella soando em seus ouvidos. Era muito agradável de ouvir.

Edward não sabia como lidar com um gótico, afinal, nunca nem sequer havia visto um, quanto mais falado. Teria que ir com calma. Pelo que lera, os góticos eram bem calados e bem na deles, gostavam de ficar sozinhos. As perguntas teriam que ser cautelosas.

Ele endireitou os ombros e continuou a escrever em seu caderno. Ele resolveu começar com uma coisa leve.

- Tá frio hoje não? – ele perguntou a ela hesitante.

Isabella sabia que ele estava querendo puxar papo com ela. Não era o primeiro a fazer isso.

- Se está querendo puxar papo comigo, é melhor começar com outra coisa menos estúpida que essa. – ela disse em voz baixa. Essa resposta o pegou de surpresa. Ele tentou começar de outro jeito.

- Isabella, você está morando pela primeira vez aqui em Forks ou já morava a muito tempo? – ele perguntou. Ela o olhou pelo canto do olho esquerdo.

- Sempre morei aqui. – ela apenas disse. O sinal bateu e o professor Newton virou-se para todos.

- Pessoal, infelizmente os professores de vocês não puderam vir, mas haverá uma palestra para recompensarem a falta. Todos tem que estar lá. Quem não for, será suspenso por três dias. – ele terminou de dizer e pegou sua mochila, saindo da sala.

Todos os alunos arrumaram as suas coisas e foram diretamente para a sala de vídeo. Isabella caminhava tranquilamente pelo corredor e Edward a alcançou. Ela não foi pra sala de vídeo e sim em direção ao estacionamento.

- Aonde vai Isabella? – Edward perguntou.

- Isso não é da sua conta Cullen. – ela rebateu. Ela continuou seguindo em direção ao estacionamento. Ele deliberou e decidiu segui-la.

- Vai dar uma de cachorrinho de coleira Cullen? – Isabella perguntou com ironia. Edward sorriu levemente.

- Você que tem uma coleira no seu pescoço. – ele disse apontando a gargantilha que ela usava.

- Deixe de gracinhas. Porque está me seguindo? Eu não quero desculpas e nem que você se esquive da pergunta. – ela disse rispidamente.

- Eu queria conversar com você. Conhecer você.

- Quem sabe uma outra hora? Não estou afim de bater papo agora. – ela disse.

- Posso pelo menos te fazer companhia? – ele perguntou num fio de voz.

Ela gemeu internamente. Concluindo que ele não a deixaria em paz, apenas deu de ombros e foi para o estacionamento. Ele a seguiu, se perguntando a onde ela iria.

Ela se sentou em um banquinho do estacionamento, que ficava embaixo de uma árvore e abriu a sua mochila, pegando uma garrafa de Tequila. Edward olhou atônito enquanto Isabella abria a garrafa e bebia um gole da bebida.

- Você bebe? – ele perguntou.

- Desde os 11 anos de idade. – ela respondeu.

- Quando você começou a ser gótica? – Edward realmente estava interessado.

- Me descobri como gótica aos 11 anos. Começei a beber e a frequentar cemitérios. E o papo termina aqui. – ela disse tranquilamente e tomou outro gole.

Ele ficou novamente surpreso. Uma menina de onze anos gótica? Não poderia nem imaginar. Quantos anos Isabella parecia ter? Talvez uns 19 anos. Ele sabia que o goticismo era pro resto da vida, mas achava que começava apenas aos 13 anos e de uma maneira leve. Não tão puxado assim. Mas quem era ele pra questionar?

- Tá servido Cullen? – Isabella lhe ofereceu um gole de sua Tequila.

- Nunca tomei Tequila. Tudo bem. – Edward pegou a garrafa e tomou um gole. Ele quase engasgou. A bebida era um pouco forte.

- Achou forte Cullen? Então você nunca na sua vida deve ter tomado Vodka. – Isabella deu um sorriso duro, expondo seus dentes brancos. Mas logo sumiu.

- Nunca tomei nenhuma bebida alcólica. Apenas refrigerante. – ele respondeu devolvendo a garrafa.

- Que careta. Aposto que é filhinho de papai. – Isabella ironizou mais uma vez. Edward sentiu raiva, mas resolveu não demonstrar. Respirou fundo enquanto observava Isabella acabar com a Tequila e pegar um cigarro preto na mochila.

- E ainda por cima fuma?! Onde você conseguiu permissão pra entrar com essas coisas? – ele perguntou atônito e Isabella lhe lançou um olhar duro.

- Esse cigarro é de menta e não faz mal nenhum. Aliás, o diretor nem sonha que eu trouxe tudo isso pra cá, por tanto, é melhor ficar de bico fechado. Você me entendeu Cullen? – Isabella falava sério, seu semblante também era sério.

- Tudo bem. Eu não conto nada. – porque não quero correr o risco de ser assassinado. Edward completou em pensamento.

- Bom, já está na hora de eu ir. – Isabella disse dando uma tragada no cigarro falso e o jogou no chão, apagando-o.

Eles caminhavam para os dormitórios, quando ouviram uma voz fina atrás deles.

- Hora hora, se não é a Mortícia. Já vai para a mansão querida? – Tanya insinuou. Isabella virou-se calmamente e deu de cara com Tanya.

Tanya usava um vestido rosa clarinho, bem curtinho e com um decote um pouco fundo demais. Atrás dela, estavam suas irmãs, Kate e Irina Denali. Ambas as seguidoras também usavam um vestido curtinho e com decote um pouco fundo, mas eram brancos.

Tanya tinha um fichário cor de rosa com plumas e uma caneta branca, com uma pluma cor de rosa. As seguidoras também tinham as mesmas canetas e os mesmos fichários, mas apenas os fichários eram brancos.

Patricinhas. Isabella revirou os olhos. Esse era o tipo de pessoa que ela mais tinha repulsa. Sua obsessão pelo cor de rosa e sua superioridade e vozinha nojenta de criança a deixavam nervosa.

- Olá bonitão. – Tanya disse para Edward, em um tom que uma pessoa julgava ser sensual, mas saía distorcida pela sua voz de soprano. – Sou Tanya Denali e essas são as minhas irmãs Kate e Irina. Quem sabe você não me passa o seu telefone gato? Assim a gente se conhece melhor. – Tanya piscou e Edward revirou os olhos. Já saíra com uma patricinha antes e foi um pesadelo. Elas se exibiam muito.

- Não, muito obrigado. Passar bem. – Edward foi atrás de Isabella, que ia em direção ao seu dormitório.

Tanya bufou e ela e as irmãs saíram, indo pros seus dormitórios. Edward alcançou Isabella e eles caminharam lado a lado. Ela parou em frente ao seu dormitório, mas antes que entrasse, Edward murmurou.

- Isabella, queria te perguntar uma coisa. – Edward perguntou hesitante. Isabella esperou quieta. – Olha, sei que você gosta de ficar sozinha e não gosta muito de bater papo, mas eu posso ser seu amigo? – ele perguntou, temendo a resposta dela.

Ela olhou atônita para ele. Ser amiga dele? Uma gótica ser amiga de um playboy? Era bem estranho. Ela teria que pensar primeiro.

- Melhor eu pensar primeiro Cullen, depois darei a resposta mas não prometo absolutamente nada. Ok? – ela disse.

Ele suspirou. Ele estava curioso sobre ela. Queria se aproximar dela, ver como ela era. Acabou aceitando.

- Tudo bem Isabella. Pode pensar o quanto quiser. – ele disse e ela suspirou aliviada.

Ele estendeu a mão para ela. Ela olhou a mão dele e depois para o seu rosto. Ela ergueu a mão hesitante e fechou seus dedos ao redor dos dele. Um choque elétrico percorreu o corpo dos dois, mas não disseram nada. Isabella murmurou um tchau e entrou em seu dormitório, fechando a porta. Ela caiu em sua cama e ficou deixando seus pensamentos vagarem.


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Notas finais do capítulo

Fim do cap! E aí? O q acharam?? Acho que esse tah maior que o anterior, mas acho que fikou legal!
Vou dar uma explicação:
* Gente, alguns adolecentes tem pais extremamente religiosos, a ponto de mandarem o filho carregar um crucifixo ou uma bíblia consigo.
Bom, por hoje é só! Um beijo a tds! Amo mto vcs! s2
Até o próximo >>>>>>>>>>>>>>>