Six escrita por NaLu_HSG


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, esse é o penúltimo capitulo, o que significa que no próximo acaba (a vaaaaaaaaaaaaaaaa hauhauhauha). Espero que gostem e que não tenha ficado muito clichê. Ou pelo menus não um clichê ruim. ^^



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 Cheguei em casa como se minhas pernas tivessem andado sozinhas. Não me lembrava do caminho, somente da ultima frase de Andy.

 Será que ele realmente apareceria? E se aparecesse o que eu iria dizer? E por onde ele estava pensando em entrar? Minha cabeça estava infestada por milhões de perguntas sem respostas.

 Resolvi ir por partes. Bom, se ele iria vir não havia como saber. Ou havia? Jesse! Ela tinha que me ajudar.

 - Por favor, Jesse! Custa me ligar se ele sair daí?

 - Custa por que eu quero que conversem!

 - Então vamos fazer assim, - cruzei os dedos para mentir =x- você me avisa e eu juro que deixo ele entrar.

 - Emi, pra que diabos você quer saber se ele vai ai se pretende deixar ele entrar?

 - Oras, como pra que? – disse pra ganhar tempo e pensar em algo- Pra não estar de pijama se ele vier!

- A tá! E por que já não fica trocada então?

 - Pra não criar falsas esperanças? – disse mais em tom de pergunta que de afirmação.

  Jesse não me respondeu. Apenas me deixou falando com aquele lindo som de “desligaram na sua cara”.

 Ok, não sei se ele vem. Próxima pergunta : O que eu falo se aparecer? Não sei, não sei, não seeeeiii. Então:

 -Já seiiiii!- gritei – Se ele não entrar, não tenho que falar nada!

 Mas por onde ele entraria? Pensei bem e o único lugar pelo qual ele poderia entrar era a janela da varanda. Então tranquei ela e coloquei uma cadeira na frente pra me certificar de que ele não entraria.

 Feito isso, fui tomar um banho e depois fiz o melhor remédio para depressões amorosas: brigadeiro de colher! *-*

 Á princípio, vi “P.s. eu te amo” três vezes seguidas, me acabando de chorar. Depois cheguei á conclusão de que ele não viria, já que já era mais de meia noite. Então os pensamentos mais terríveis começaram a passar pela minha cabeça.

 Se ele não tinha vindo, é por que provavelmente aconteceu o que eu não queria, mas sabia que aconteceria. Ele devia ter percebido que tinha se enganado e, á essas horas, devia estar na cama com a Clementine. Por que, além de ser ela quem ele queria, ela sim podia dar o que eu ainda não estava preparada.

 Comecei a chorar incontroladamente, sem saber o que fazer por que, na verdade, não havia nada a ser feito. Quando consegui  conter as lagrimas, pensei que precisaria de mais brigadeiro, então fui até a cozinha fazer.

 Voltei com o brigadeiro, me sentei no sofá e comecei a fazer carinho em uma das rosas vermelhas do buque que estava em cima do sofá. Espera, BUQUE DE ROSAS? Oo

 Olhei para a porta e lá estava ele, parado em frente a ela.

 - Você tava chorando? – me perguntou preocupado.

 - Como você entrou? – olhei para a janela que ainda estava do mesmo jeito que deixei.

 - Perguntei primeiro!

 - Estava!- disse com a voz baixa.

 - Por quê? Oo

 - Sua vez de responder.

 - Entrei pela porta. – disse mostrando o canivete que usou para abrir.

 - Uou! Sabe arrombar portas então?

 - Não arrombei, só abri. Ela está inteira e trancada novamente. – disse com ar orgulhoso- Mas você não respondeu. Por que tava chorando?

 Fechei os olhos por alguns segundos, respirei fundo e então:

 - Por que achei que você não viria.

 - Achei que não quisesse que eu viesse!

 - Eu achei que você estava com ela...

 - Ela quem? Oo

 - A minha “cunhadinha” ¬¬

 - Não tinha como eu estar com você, se você estava aqui!

 Foi a primeira resposta que ele deu que realmente me fez pensar que ele talvez estivesse mesmo gostando de mim.

 - Acho que precisamos conversar né? – eu disse.

 - Com certeza! ^^

 Ele se sentou ao meu lado e ficou esperando que eu começasse, então:

 - Obrigada pelas rosas, são lindas.

 - Por nada.

 Ele continuou esperando que eu começasse a falar. Tinha que ser mesmo, afinal, era eu quem tinha perguntas. Eu não sabia como começar, então fui bem direta:

 - Por que você ficava se esfregando com a vadia, se não queria nada com ela?

 - Eu não me esfregava nela...

 - ANDY!- disse virando de costas pra ele, de braços cruzados.

 Ele beijou meu ombro, acariciou meu cabelo, parou a mão em minha nuca e virou meu rosto e estava quase chegando em minha boca, quando:

 - Quer parar de me seduzir? ¬¬ A conversa é seria!

 Ele riu, me deu um selinho e depois:

 - Desculpa! ^^” Então, eu estava deixando ELA se esfregar em mim pra ver se você reagia. =/

 - Como assim? Oo

 - Eu sou um idiota! – ele disse olhando pro lado.

 Continuei quieta, esperando que ele se explicasse. O que ele estava dizendo? Reagir á que? Então ele continuou:

 - Olha – respirou fundo- quando você fica com ciúmes... me faz lembrar que você gosta de mim.

 Não consegui conter as lágrimas. Fiquei em pé, de frente pra a janela e perguntei:

 - Como você pode ser tão egoísta?

 - Egoísta? Emi, primeiro você estava com tanta raiva de mim, que até engasgava no telefone se eu atendia...

 - Raiva? Andy por favor!

 - Agora eu sei que não era, mas na hora era o que parecia! Depois a gente se reconciliou e parecia que toda hora você tentava arrumar briga comigo.

 - Arrumar briga com você?

 - É! Cara... eu nem tava dando bola pra Clementine e você brigava comigo! Eu lá tinha culpa se a garota tava dando em cima de mim?

 - Lógico que tinha! Você deixava!

 - E o que queria que eu fizesse? Falasse: “Para de dar em cima de mim por que eu estou apaixonado por outra, apesar de não ser correspondido”.

 - Ah tá! E agora você quer que eu acredite que você não sabia que eu gostava de você?¬¬

 - Quero! Por que é a verdade!

 Um raio caiu pela janela nesse instante, me fazendo pular. Fechei a cortina e me sentei novamente.

 - Emi, por que eu mentiria pra você?

 - Eu não sei, é isso que me assusta.

 Andy fixou o olhar no chão.

 - É impossível você não ter percebido! Quer dizer, a Jesse dava na cara! Eu dava na cara! Andy, eu tremo perto de você e fico super sem jeito!

 Ele voltou a olhar pra mim.

 - Quando que a Jesse deu na cara?Oo

 - Pra começar, no primeiro dia que te vi, quando fui embora. Só faltou ela colocar uma placa escrito “está indo embora” na minha cabeça pra você me falar tchau!

 - Isso? Achei que ela estava fazendo por outro motivo!

 - Que motivo ela teria? – respondi com cara de “ah tá”.

 - Talvez o fato de eu ter perguntado pra ela umas cinqüenta mil vezes como você estava, se ainda estava brava comigo e quando ia aparecer? ¬¬

 Fiquei sem reação. A chuva apertava cada vez mais.

 - Tá... mas e quanto a eu ficar super nervosa perto de você? Nem assim não percebeu?

 - Percebi, mas isso foi depois. E foi por isso que comecei a dar bola pra Clementine, pra ver se ficava com ciúmes.

 - Ok! Você fez, eu fiquei, você percebeu... Por que diabos continuou?

 - Por que eu percebi, mas você negava. Quer dizer, você não demonstrava que gostava de mim em momento nenhum, pelo menos não propositalmente. Mas quando estava com ciúmes você não conseguia esconder e até brigava por mim. Eu tava adorando isso!

 - Ahhhh que ótimo! Então você brincou com meus sentimentos por que gosta de me ver com ciúmes?

 - Não brinquei com seu sentimentos!

 - É lógico que brincou!

 - Emi, em momento algum tive a intenção de te machucar! Só queria que você demonstrasse que gostava de mim nem que fosse por minutos.

 - Eu não demonstrava? Você por um acaso parou pra pensar se você demonstrava? Por que não me lembro de você ter demonstrado nada, nem ao menos ciúmes!

 Ele deitou a cabeça pra traz, encostando no sofá e fechou os olhos. Depois perguntou, ainda com os olhos fechados:

 - Acabou né?

 Aquela palavra entrou como uma faca em meus ouvidos. “Acabou”. Era o fim mesmo? Passei anos pedindo pra que desse certo e, quando dá, eu acabo com tudo em um dia? Mas ele havia me machucado muito, então o orgulho falou mais alto:

 - Nem chegou a começar!

Ele apertou os olhos e depois os abriu. Se levantou e foi em direção á porta.

 - Então é isso? Eu falo que acabou e você vai embora? – perguntei sem pensar.

 - O que quer que eu faça? Você tem razão! Não te mereço.

 Ele estava com uma feição que jamais tinha o visto antes. Com a desilusão estampada em seu rosto. Continuou andando em direção á porta.

 - Aonde você vai?

 - Embora, a gente já não tem mais o que conversar.

 - Eu sei, mas está chovendo.

 - Não vou derreter. – disse forçando um sorriso.

 - Mas pode ficar doente. Sério, fica até a chuva acalmar.

 - Brigado. – ele disse voltando para o sofá.

 - Tudo bem, a gente ainda é amigos.

 - Amigos!- respondeu com ar irritado olhando para o outro lado.

 - Não quer mais ser meu amigo?

 - Não consigo!

 Uma pontada de desespero bateu em mim nessa hora. A coisa que eu mais temia estava acontecendo e eu não podia fazer nada. Ou podia?

 - Eu era um bife? ¬¬- me expressei mal.

 - Han? Oo

 - Quer dizer... você só queria me comer e mais nada?

 - Nossa! Você muda rápido o discurso, não? ¬¬

 - Como assim?

 - Há cinco minutos atrás eu estava com você por dó, e agora eu só queria me aproveitar de você?

 - Era o que parecia! E agora é o que está parecendo! Você não quer minha amizade e diz que gosta de mim. Gosta como?

 - Eu que te pergunto! Por que você gosta de mim? Não acredita em nada que eu digo, julga todas as minhas atitudes... Emi, você nem sabe quem sou de verdade!

 - Ah... claro... eu quem não sei quem você é.

 - Se soubesse, jamais ia pensar nessas hipóteses absurdas. Ficar com você por dó? Te machucar de propósito? Te usar? Você não gosta de mim, gosta do Scene Queen... Pensei que você era diferente das outras.

 Andy estava com um olhar irritado e triste ao mesmo tempo.

 - Claro! Se você não fosse um Scene nem olharia pra você! Por que eu sou uma biscate que nem sua tão adorada Clem! ¬¬

 - Uma pena, por que eu realmente gosto de você, mesmo você não acreditando.

 - Se você realmente acredita que sou assim, também não era como pensei.

 - Não consigo achar nenhuma outra explicação!

 - Se eu te quisesse por ser um scene, eu ficaria com você agora. Ou melhor, nem ia ter voltado pra cá, por que pra mim não importaria se sente algo por mim, só importaria se ia ficar comigo!

 - Então você é louca? Masoquista? Sado masoquista?

 - Sim, embaixo da minha cama tem algemas, chicote e uma venda, quer experimentar? ¬¬

 Ele não agüentou e soltou uma risada.

 - Seria um castigo bem melhor do que esse que está me dando.

 - Não estou te castigando.

 - Então o que está fazendo?

 - Eu não sei! Oo

 - Como não sabe?Oo

 - Quer dizer... não sei explicar.

 - Tenta! Se servir de consolo, não vou conseguir ser só seu amigo, então não tem nada a perder tentando.

 - Isso não é consolo!

 - Hum... Incentivo? - ele disse com um sorriso de “menino travesso”.

 - Tanto faz! –disse brava.

 Já estava me irritando com o fato de querer abraçar ele até em discussões. Não pensei no que estava fazendo, só saí correndo em direção ao quarto e tentei fechar a porta, mas ele a segurou antes que eu o fizesse.

 - Dá pra você parar de fugir de mim?

 - Você me disse que tenho a opção de tentar explicar, eu não quero explicar. Já me ferrei de qualquer jeito, por que explicaria?

 - Por que eu mereço uma explicação! Eu não estou entendendo mais nada!

 - Tá, vou te dar meia explicação!

 - Meia? Oo

 - Sim. E se for reclamar não vai ter nem meia!

 Andy revirou os olhos:

 - Qual sua meia explicação?

 - Olha, eu não acho que você me usou. Falei aquilo pra ver se você mudava de idéia a respeito de não querer ser meu amigo. Isso é a coisa que eu mais temia. Agora aconteceu!

 - Emi, não é que eu não queira ser seu amigo. É que é Andymente impossível! Não consigo ficar perto de você ser querer te agarrar, e não posso querer agarrar minha amiga. Não é ético!

 - Tá! Só que é Emimente impossível ficar longe de você! Uma semana que nem eu tinha falado tudo bem. Mas sempre? Não vai dar!

 - Então... – ele fez uma pausa se aproximando- namora comigo e tudo se resolve!

 - Não é simples assim!

 - Lógico que é!

 - Não, não é!

 - É sim!

 Ele já estava muito perto. Resolvi sair dali antes que fizesse besteira:

 - Bom, já te dei a meia explicação, agora vou embora!

 Andy ficou me olhando com cara de quem não entendia nada. Sai do quarto, depois do apartamento e entrei no elevador. Apertei o botão do térreo mas, antes que a porta se fechasse, Andy entrou junto no elevador, parando a centímetros de mim:

 - Como você vai embora se a casa é sua?

 Não esquecendo o pequeno fato de que estava chovendo: Truuuuum (trovão). Tudo se apagou e o elevador parou.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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