Gêmeas De Battleon escrita por prettysemileek


Capítulo 9
Capítulo 9




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Ela já havia comprado sua passagem e esperava que o trem chegasse logo. Escolheu ir para Fairy Tail, sem hesitar. Sua vontade era de ir para Athenas, só que isso estava fora de cogitação. Uma coisa que havia aprendido nas aulas de história (obrigada professora Hanesyd!) é que os atenienses não gostam muito de estrangeiros e isto seria um obstáculo e tanto que teria de enfrentar. Mas depois de, com a ajuda de uma Amazona, estar fugindo de casa e tendo a chance de poder recomeçar sua vida, qualquer coisa dali em diante seria moleza.

Não pôde pegar muitas roupas, já que como era para ela estar se tornando uma Amazona, lá ela não teria trabalho algum com isso. Pegou apenas uma calça, duas camisetas e um casaco. E ainda teve de roubar seus documentos que eram trancados a sete chaves e uma quantia razoável de dinheiro:  vinte e cinco libras em notas e várias moedas que havia juntado durante todo o tempo em que estivera planejando sua fuga. Por ultimo, e mais importante, seu colar que ao ser aberto via-se uma foto sua com seus dois ex-amigos e noutra parte, uma foto sua com a irmã. Ah Ramona... Doía tanto ter que lhe abandonar. Só que ela tinha de fazer isso. Um dia, quem sabe, voltaria à Battleon e levaria a irmã para sua futura casa; mas no momento a prioridade não era essa. Sua vida. Seu futuro. Isso sim, lhe importava e muito. Nada no mundo a faria mudar de idéia.

O trem demorava a chegar e isso a preocupava muito. Cada segundo a mais em Battleon dava-lhe a sensação de sufoco, que como nunca antes lhe incomodou de maneira inigualável. O pior é que estava escurecendo e a estação estava ficando cada vez mais vazia. E sabe a sensação angustiante de estar sendo seguida? É, ela ainda tinha de lidar com isso.

Quando finalmente o trem chegou, ela logo tratou de entrar e se sentar na parte mais isolada que tinha, o que não foi tão difícil assim já que haviam poucas pessoas ali. Teve de se lembrar imediatamente que era para ser discreta e passar despercebida, aonde quer que fosse e aquele era o primeiro lugar para por isso em prática. Pelo menos ela não possui celular, o que era uma preocupação a menos no quesito de ser localizada através do método rastreativo.

Começou a chover fraquinho assim que havia saído de Battleon e nisto já havia escurecido por completo. Pela primeira vez,a solidão estava lhe deixando um pouco irritada, mas cogitando a possibilidade de encontrar pessoas indesejadas a acalmaria por instantes. Tirando as duas vezes em que um vendedor passou por ali oferecendo comida e nas duas vezes ela recusou, foi a única vez em que alguém tentou puxar assunto com ela. Se bem que alguém vinha encarando-a durante todo o percurso. Não soube reconhecer o que era e nem muito menos quem era, já que a capa preta que a pessoa utilizava a cobria por completo. Por uma fração de segundo, conseguiu ver os seus olhos e sentiu que havia algo de familiar neles.  Era melhor ignorar, antes que surtasse de vez.

Quando finalmente o trem parou pela terceira e última vez, viu que finalmente havia chegado a Athenas. Vestiu o casaco, se arrependendo por não ter feito isso antes, e tentou esconder sua bolsa da melhor maneira possível.  Pelo menos era um casaco de caxemira e com longos bolsos e um capuz. Fazendo isso saiu as presas do trem. Entretanto, exatamente como estava pressentindo, teve problemas para sair da estação: ela havia sido seguida.

- Essa é realmente a terra das Amazonas ou você teve algum problema em se localizar? – o seguidor lhe perguntou.

- Te pagaram para vir aqui ou você veio por conta própria? –ela indagou, atuando na defensiva. Ela deveria imaginar que colocariam alguém atrás dela. Mas que droga!  Reclamou mentalmente. Até agora estava tudo indo tão bem...Mantenha a calma e se concentre, pensou suspirando. Você encontra uma saída...mas qual seria esta? Suas esperanças já haviam sido esgotadas e foi ai que teve uma idéia. –Você acredita mesmo que eu vá me casar com um de seus filhos e assim você teria total acesso ao dinheiro de minha família. Que pena, perdeu a viagem.

-Garota esperta você. – Stan disse, erguendo uma das sobrancelhas. Como ela pode comprovar, era o mesmo cara da capa preta que estava no trem.   – Não o suficiente para saber que estava sendo seguida, mas ainda assim muito esperta. Sabe, que você queira ou não, vou ficar com o dinheiro da sua família. Eu deveria imaginar que Lísipe iria te ajudar com isso.

-Sua filha é uma pessoa boa, ao contrário de você. E você não me seguiu. Usufruiu de sua habilidade adivinhativa para me encontrar. O que me surpreende é que você não avisou a ninguém, o que me leva a crer que você quer algo de mim.

- Dois pontos  ou talvez mais para você. – ele imitou um gesto de uma bola sendo atirada em uma cesta de basquete. Não era como se conhecesse aquele tipo de esporte, mas ainda assim.  Não dava para ver muito de sua aparência já que nem a escuridão, suas vestes e a fumaça colaboravam; porém ela o conhecia por ele ser um amigo de sua família. – Sim, você vai me fazer um favorzinho. Me aproveitando do fato que você não conseguiu desenvolver suas habilidades como aconteceria com uma feiticeira de verdade, você irá reclamar baixinho e me seguirá de volta para casa, pois esse é o melhor para si. Não posso fazer o mesmo em relação à Lísipe, mas irei castigá-la por isto. Quando voltarmos, você irá cumprir minha sentença.

- Errado. – falou, pronta para atirar um encantamento nele a qualquer instante.  Stan a encarava, sem compreender o que ela poderia fazer além de telecinésia ou lhe atirar uma faca que poderia estar escondida em algum dos seus pulsos. – Eu sou uma das poucas praticantes vivas da Magia Antiga e agora você irá encontrar seu lugar no mundo dos mortos.

Ao perceber sobre o que ela estava se referindo, os olhos dele se arregalaram e até tentou  fugir ou reverter a situação ao seu favor, mas já era tarde. Seu corpo caiu no chão, se contorcendo de dor e agonia. Rowana não tinha tempo para admirar o que havia feito e nem mesmo coragem. Seus poderes as vezes tem uma capacidade enorme de assustá-la e surpreende-la ao mesmo tempo. Teve de correr o mais rápido possível, cheia de adrenalina e poder dominando-a por dentro e por fora.


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