Gêmeas De Battleon escrita por prettysemileek


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Novamente dedico esse capítulo para minha amiga Isa (bellinha_cullen) como presente do dia das crianças;
E tirando uma dúvida: Lorosia, Athenas e Fairy Tail são países. Battleon é apenas uma cidade-estado (independente) e muito desenvolvida.



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Era a mesma cidade que havia percorrido a pouco tempo, mas estava diferente. Alguma coisa havia mudado. Não era possivel as ruas de Battleon estarem tão calmas assim. Não era natural, principalmente a tarde que era um horário em que o movimento das pessoas se atenuava mais que o normal. E numa mínima fração de segundo tudo pareceu mudar. A paz e a calmaria foi interrompida pelo que certamente eram os lorosianos, já que a maioria dos feiticeiros presentes utilizavam seu poder de manipular os elementos contra  os cidadãos que logo trataram de reagir, apavorados.

-Acorde, garota. Tudo ficará bem. – disse um dos curandeiros que estava com um pano molhado, o utilizando para enxugar o rosto da garota que estava extremamente suada.

Não foi de imediato, mas Alex abriu os olhos lentamente. Espiou em volta e viu-se deitada em uma cama de madeira do que parecia ser um hospital improvisado. Era apenas um quarto não muito pequeno. O local possuía mais algumas camas, no mesmo estilo ao dela. O ar lembrava um pouco a sensação de passar pelo Portal, já que tinha um cheiro semelhante, mas que emanava uma sensação de tranquilidade para quem o sentia. Dois curandeiros, que usavam longas vestes brancas, ambos homens de meia idade, a observavam a cada segundo suspiraram ao ver que ela havia acordado.

-Ah por favor, deixem de drama. – a Sacerdotisa Trinna disse, o que os assustou. Ela ainda usava o mesmo tipo de roupa que estava usando no dia anterior, porém desta vez era em um tom mais para o cobre– Uma hora ela teria que acordar, a menos que tivesse morrido o que seria uma lástima e tanto.

- Sim, mas ainda assim é um alívio. – o outro Curandeiro falou. – Se a garota morresse não é você que seria torturada até a morte.

-Sei disso. – ela comentou, brincando com uma mecha do seu cabelo. – Eu estaria do outro lado, torturando cada um de vocês. Pena que a diversão ficará para mais tarde.

- Como se sente? – o Curandeiro Um perguntou, olhando para  a garota.

-Já estive melhor. Minha cabeça dói demais. – grunhiu, entre um bocejo. – Que horas são?

-Oito horas. – Trinna disse, com rispidez. Ela confirmou a hora, olhando em seu relógio digital de bolso, feito de couro e aço. – Se você se apressar, pode até chegar na metade da primeira aula. Então é melhor vocês a curarem de uma vez antes que eu perca a paciência.

Um dos curandeiros colocou a mão na testa da garota e sussurrou algo ininteligível. A menina suspirou à medida em que a dor ia cedendo, diminuindo parcialmente gradativamente a cada segundo.

- Me sinto melhor, obrigado. – ela falou, saindo da cama e cambaleando um pouco. Segurou o braço da Sacerdotisa, que reclamava em pensamentos de ter que estar em um Santuário de Cura em vez do Campo de Treinamento. Começaram a andar, saindo dali com não muito tempo. – Você é muito arrogante para alguém que só parece ter 16 anos sabia?

- E você é muito observadora, ignorante e petulante para quem só tem oito anos.

-Então estamos quites. – ela deu uma olhada discreta para a Sacerdotisa. – Estou com fome.

-É claro que está.  – respondeu, ainda sendo rispida. – Você não comeu nada ontem e nem hoje.

-Eu estava sem vontade ontem. – murmurou baixinho.

-Só que você tem que se alimentar, com vontade ou não. É de vital importância que você respeite as necessidades de seu corpo ou não se tornará uma boa guerreira. E você não quer isso, quer? É claro que não. Se bem que você e sua irmã têm alma de grandes lutadoras, disto eu sei.

- Só espero que isso seja bom. – sussurrou, presunçosa.

As duas já haviam saído do Santuário quando Trinna falou, quebrando o silêncio que se formou entre elas.

-Eu te levaria andando até Beritiguere, mas você está fraca demais. Iria desmaiar. Usar Portais é desperdício de magia e de toda forma saberiam que eu fiz isso. Então só temos a opção de orbitar, mas não conte a ninguém  que fizemos isso.

Alex concordou, mesmo que não soubesse o que seria uma orbitação, esperando que esta começasse, se sentido curiosa e ansiosa ao mesmo tempo.

-Apenas segure em minhas mãos e tudo ocorrerá bem. - sugeriu e a menina logo obedeceu.

Ao redor delas, o ar se tornou mais denso e frio, adquirindo um tom obscuro. Um redemoinho de névoa e ar noturno as envolveram e seus corpos começaram a desaparecer, surgindo em outro lugar, á alguns quilômetros de distancia dali.

-Você vive caindo e isso é bom e ruim. – S. Trinna disse ao segurar novamente a mão da menina que havia caído no chão logo após a orbitação. – Só lembre de se levantar após uma queda. É muito fácil cair e mais fácil ainda permanecer no chão.

-Obrigada. –agradeceu enquanto se punha de pé e arrumava suas vestes que estavam sujas de terra e um pouco de grama. – E então isso é Beritiguere, a maior escola militar do Mundo Mágico.

-Na verdade é a única que existe. – retrucou, batendo na porta que se abriu sozinha, fazendo um ruído comum ao dos filmes de terror. – Mas se você prefere chamar assim, não sou eu quem vou impedi-la.  – ela andou mais um pouco e ficou em frente  a porta fazendo um sinal para que entrasse primeiro. – Siga-me.

Ela obedeceu e entrou. Assim que a Sacerdotisa entrou a porta se fechou sozinha novamente, desta vez batendo com muita força.

- Odeio quando ela faz isso. Pena que na maioria das vezes em que acontece eu estou presente. – Trinna resmungou baixinho.

-E como você sabe que ela faz esse barulho quando você não está por perto? – Alex questionou falando mais baixo do que a outra havia dito, o que fez com que Trinna se surpreendesse por saber que a menina havia prestado atenção no comentário. As duas começaram a andar cautelosamente, como se a cada segundo suas vidas estivessem por um fio de terminarem. O som de passadas se aproximando foi escutado por ambas e isso foi o suficiente para alertá-las.Trinna já estava com o punhal em mãos e prestes a atacar, mas se decepcionou ao ver que era apenas um garoto. – Se eu não estivesse hesitado, agora você estaria morto.

-Leo! – Alex arfou ao reconhecer que era ele, não se sentindo muito confortável com isso. O menino estava assustado, surpreso e morrendo de medo por dentro. Ainda assim, estava se sentindo mais desconfortável por saber que ela deveria estar rindo por dentro devido ao fato de ele estar corando. Ele usava o mesmo tipo de roupa da noite anterior, desta vez incluindo uma touca verde. – O que faz aqui?

-M..me perdi. – ele fitou o chão, passando a mão em seu cabelo e evitando olhar para a Sacerdotisa que no momento não estava nada amigável. – E achei ter ouvido alguém por perto.

-Que bom que está aqui. Irá me fazer um favor. – S. Trinna comentou, parecendo irônica já que não era comum ela ser gentil com uma criança, e principalmente com uma do sexo masculino. – Tenho coisas a  fazer e mais tarde vocês irão treinar comigo. Mas isso não importa muito para vocês no momento. Quero que leve Alexandra para o refeitório e diga que pedi para que a alimentassem, Assim que ela terminar terá alguém para levá-los a aula. Não se preocupem, as aulas só começarão às nove horas, o que significa que os alunos ainda devem esta por ai. Vocês saberão o porquê em breve.

Ao terminar de falar ela guardou o punhal na bainha do seu cinto e voltou para a entrada do mini castelo.

- Vamos? – Leo convidou-a apontando para o corredor que estava escuro como um breu, emanando uma luz fraca e pouco perceptível. Se prestassem bastante atenção, podia-se escutar sons sombrios e tenebrosos.

-Sim, estou quase caindo no chão.

-Quer que eu te segure? – ele propôs, sabendo que ela facilmente recusaria.

- Toque em mim e você nunca mais sentirá nada na vida.

-Só sugeri, não precisava ameaçar Trinna 2. – ele fez um muxoxo. Ignorou-a. Começou a andar até ao refeitório sem ao menos saber se ela estava o acompanhando ou não. Por fim, ele se virou e viu que ela ainda estava no mesmo lugar, parada como uma estátua e tentando fazer pose de garota durona. – Você vem ou não?

- Tenho opção? – ela deu de ombros, sabendo que não tinha alternativa a não ser ir com ele. Ela ainda não havia andado por tal território, e ele deveria estar lá há algum pouco tempo. Se por acaso se perdessem, seria pior se estivesse sozinha. Ou ia com ele, ou ficaria só naquele corredor frio com o risco de deparar-se com a Sacerdotisa Trinna ou algum feiticeiro adulto e isso poderia ser nada agradável. – Tudo bem, eu irei. Mas ainda irei te machucar ou te matar caso você toque em mim. Não se esqueça do meu aviso.


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Notas finais do capítulo

Se eu pedir reviews, vocês mandariam?



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