Gêmeas De Battleon escrita por prettysemileek


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo para a minha amiga Isabela Marques (Bellinha_Cullen) pois sem seu apoio e auxílio esta história não estaria sendo postada nesse momento. Obrigada Isa, sem você eu não seria nada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162067/chapter/3

Por mais que tivesse sido avisada, ela sabia que não era Battleon ainda.Olhou em volta como se tentasse reconhecer aonde se encontrava. Viu-se em um lugar onde suas estradas eram praticamente constituídas por pedras, ou pelo menos assim era a rua em que se encontrava. A parte mais urbanizada e movimentada de Malta ficava à alguns quilômetros de distancia dali.

Entraram numa casa pequenina, porém bastante organizada. A televisão estava desligada e a saleta em que se encontravam, vazia. Mas, podiam ouvir de longe um choro de uma criança. Alex assustou-se ao ver uma jovem de no máximo dezesseis anos, belos cabelos vermelhos, corpulenta e forte, porém ainda assim esbanjava um pouco de sensualidade. Ela vestia uma armadura leve na parte de cima, uma calça justa preta com detalhes em vermelho com umas fivelas, uma bota até o joelho também preta, um cinto com 2 ou 3 adagas e uma espada na bainha e uma capa preta com capuz; e sua expressão dizia para ficar longe dela, caso contrário você não estaria em boas condições.

-Sacerdotisa Trinna. – disse o outro Sacerdote exclusivamente para ela.

-Pelo visto vocês chegaram. – ela respondeu. Fez uma careta ao olhar atentamente para Alex, logo em seguida tentou disfarçar com um sorriso aparentemente falso. – Ela é tão                                       parecida com a outra garota...mas sigam-me.

Adentraram em um corredor pouco iluminado. A Sacerdotisa abriu a porta utilizando a mente e  fez um sinal para que entrassem. Era o quarto de uma menina, isso era perceptível. O papel de parede cor de rosa estava descascando e cada objeto estava em seu devido lugar, a menos que abrissem o guarda roupa dela. Alexia olhou para eles, assustada, seus olhos arregalados e a fúria estampada em seu rosto.

-Já estou pronta. - ela disse. Seu rosto perdeu a cor e sua voz simplesmente sumiu quando ela viu Alex. Não poderia ser possível. - Ela...

Como era de se esperar, Alex teve a mesma reação que a outra, só que com ela foi pior. O braço da Sacerdotisa se moveu antes que a menina pudesse cair, sendo que Trinna nem saiu de seu lugar. Ela preferia ter usado magia, mas desta vez não poderia. Só iria assustar ainda mais as meninas. Se bem que, para ela, a reação das meninas estava sendo até certo ponto boa. Eles, como Sacerdotes, já presenciaram situações muito piores.

- Sim, vocês são idênticas até porque são irmãs gêmeas. – a Sacerdotisa ironizou, ainda sendo ríspida. Ela olhou para o parceiro, que facilmente é perceptível que ele não gosta muito de falar. – Espero que já tenha invocado o ou os Portais, Sacerdote. Se nos atrasarmos ainda mais a rainha, imperatriz, ou seja, lá o que ela for manda cortar nossas cabeças e as usa como suporte para seus pés.

O Sacerdote saiu, deixando as três sozinhas naquele quarto. Esperaram em silencio até ele retornar. As três o acompanharam, mas, ao chegar na porta pediram as meninas que fechassem os olhos. Nenhuma das duas tinha permissão para ver o Portal – principalmente este Portal. A situação até poderia ser tensa, mas Alex riu baixinho torcendo para que a Sacerdotisa Trinna não percebesse, porém era difícil saber estando de olhos fechados.

Com o auxilio dos dois Sacerdotes, elas foram em direção ao Portal. As gêmeas seguraram as mãos pela primeira vez e foi como se uma leve descarga elétrica circulasse pelo corpo de ambas. Aquele vento perfumado retornou, desta vez com cheiro de feno e camomila. Até mesmo Alex que já havia o usado uma vez foi surpreendida. Uma sensação de apreensão e medo as envolveram durante o percurso. Pelo menos não poderiam ver nada, talvez isso só pudesse piorar as coisas.

Por incrível que pareça, o teletransporte durou apenas alguns segundos. Deixaram que elas abrissem os olhos, mas foi necessário um pouco de tempo para que adaptassem suas visões naquele lugar. Porém, quando viram aonde estavam, as duas suspiraram, surpreendidas.

Estavam em frente à um grande muralha, muito semelhante à Muralha da China, só que muito maior e mais alta. Não se podia ver muito do que havia no interior dali. A curiosidade em querer adentrar e explorar o local era enorme e aumentava a cada segundo. A Sacerdotisa sacudiu a mão e lentamente o portão de madeira e níquel se abria, mostrando detalhes de um lugar que aparentemente vive em função das guerras.

- Ora, abra logo, não temos o dia todo. – Trinna resmungou, batendo o é na grama, que já estava perdendo a cor.

-Sacerdotisa, você é uma Feiticeira da Morte. – disse o outro Sacerdote, assustando as gêmeas. Ele estava sendo..gentil. –Talvez fosse bom manter o controle. Não vai querer matar alguém hoje, quer?

- Se bem que eu quero. Mas não encontrei ninguém viável no momento, a menos que você se candidate. – o Sacerdote riu. Finalmente, o portão abrira por completo. – Sigam-me

Novamente, as duas ficaram surpresas. Assim que passaram pelo portão, este se fechou com a mesma lentidão que abrira. A grama era mais verde e o chão dividido entre dois tipos: o das ruas, constituído de barro e areia; e o das calçadas , feito de algo entre o mármore e o vidro. A maioria das casas possuem o formato de casas normais e cores fortes. Já a minoria era quadrangular e suas cores em tons pasteis. Estas são as mais importantes, pois são utilizadas pelo Imperador para operações sigilosas. Podia-se ver muitas pessoas nas ruas, todas entretidas em suas próprias atividades. Não pareciam prestar atenção nos quatro, e isso era bom para estes, principalmente para Trinna.

O grupo parou em frente à uma fonte , mas as meninas estavam assustadas demais para questionarem o porque.

-Desta vez é com você Sacerdote. – Trinna disse, fazendo com que o homem reagisse com uma cara feia para ela, ainda assim demonstrando respeito com ela. Ele retirou um saco com moedas de ouro e pegou uma, jogando-a na fonte. A moeda desapareceu e isso era um sinal de que podiam voltar ao trajeto. – É para indicar que chegamos meninas. Somos cautelosos e precisos com nosso trabalho.

Logo após a fonte eles se aproximavam cada vez mais do castelo. Para isso teriam que atravessar uma pequena ponte – semelhante às pontes venezianas -  feitas de pedra, mas ainda assim resistentes. Em meio a essa ponte se encontrava o que parecia ser o leito de um rio, sendo que na verdade era parte de um vasto e sinuoso lago. E por último o castelo imperial.

Não chegava a ser como a maioria dos castelos. Mesmo com as suas enormes torres -  utilizadas para observar o céu a noite-  e o seu tamanho havia algo nele...diferente. O seu estilo havia sido baseado em uma mistura entre o estilo gótico e neoclássico. Lembrava muito uma catedral, mas possuía muitas características da arquitetura presente nas antigas Academias. Se reparassem bem, haviam algumas pedras preciosas    que estavam intrínsecas nos últimos e mínimos detalhes.

Manualmente, alguém abriu a porta para eles. Era uma garotinha com a mesma estatura física das garotas, porém, com um pouco mais de massa corpórea. Sua pele era quase do mesmo tom da do Sacerdote, só que chegava a ser mais claro. Ela era como uma mulata. Os cabelos castanhos, não muito longos, assim como os olhos. Ah, aqueles lindos olhos. Sempre tão sinceros e cheios da verdade...

-Papai? – questionou, sua voz conseguia ser mais doce do que seus belos olhos castanhos. – Finalmente vocês chegaram! Estavam começando a ficarem impacientes. Está para começar a Grande Celebração...

-Não fale comigo dessa maneira na frente dos outros, Clarisse.   – ele respondeu, secamente. – Já conversamos sobre isso.Você tem que entender que eu estou ciente de minhas responsabilidades ou acha que me tornei Sacerdote a toa?

-Não...senhor. – a pobre menina parecia que choraria a qualquer segundo, mas se manteve firme e forte.- Desculpas.

- Desculpar-se não apaga o que aconteceu. – ele cansou de discutir e esperar em frente a porta. Quase derrubou a própria filha ao passar furiosamente por ela. Pelo menos ela havia sido esperta o suficiente para sair da frente dele antes. As outras o seguiram. – Agora volte para o seu devido lugar que era de onde você não deveria ter saído.

- Seja mais gentil com a menina, é a sua filha. – Alexia disse, levando como resposta um tapa da irmã.

-Ela é uma criança.  -  ele rebateu – Tem que respeitar os superiores desde novos. Se ela não respeita a mim, que sou seu pai, como irá respeitar os outros?

- O que é a Grande Celebração?  -Alex perguntou, com a intenção de quebrar a tensão que ali se formara. Sua voz saiu rápida, com um pouco de desespero e ansiedade.

-è uma celebração voltada para a chegada dos novos residentes de nossa cidade. – Trinna respondeu, novamente usando seu tom de voz gélido e cortante. – Temos de certificar quais são os nossos novos moradores e manter estático o controle populacional de nossa cidade. Esse é um dos motivos de termos muros tão altos, mas isso poderá entender melhor quando estiverem na aula de Historia. Só peço que esqueçam isso por ora. Battleon espera por nós.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Algum review?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Gêmeas De Battleon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.