Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 21
Capítulo 21 - Com você


Notas iniciais do capítulo

Postei mais um capítulo! Aêêê



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Eu abri meus olhos, me sentia extremamente tonta, olhei para os lados tentando reconhecer em que lugar eu estava, a sala era toda branca e uma janela enorme deixava passar alguns raios de Sol até a cama. Tentei me mexer, mas não consegui, uma dor enorme me fez ficar onde eu estava. Tentei lembrar o que tinha acontecido, mas minha cabeça doía tanto que era impossível pensar em algo.

A porta se abriu, e uma pessoa que fez meu coração pular e doer ao mesmo tempo entrou, era Bill, ele parecia bem abatido e estava com uma lata de Red Bull na mão, quando ele me viu ele quase deixou cair a lata e um sorriso enorme apareceu em seu rosto.

- Dasty! Você acordou! – disse ele correndo até a beirada da cama e pegando minha mão – Como se sente?

- Esquisita – eu consegui dizer com uma voz fraca – Não lembro muito bem o que aconteceu.

- Ah, melhor você esquecer isso, foi um acidente. O que importa agora é que você está melhor, não sabe o quanto estou feliz.

- Também estou feliz em vê-lo – eu disse sorrindo – Mas tudo está tão confuso, estou toda dolorida e não estou entendendo nada.

- Você recebeu um tiro Dasty, foi no seu peito e isso te deixou a beira da morte, mas agora você está melhor, você sobreviveu.

- Acho que é por isso que meu peito dói tanto... Mas e meus pais? Eles já sabem o que ocorreu?

- Sim, vamos dizer que a notícia repercutiu em vários lugares, mas eu já os avisei que tudo está bem. A notícia de que a namorada de Bill Kaulitz quase morreu passou a semana inteira na TV.

- Meu Deus! Não acredito nisso!

- Eu fiquei feliz em saber que muitas fãs rezaram por você – disse ele – Elas compreenderam o que eu estava sentindo. Mas a melhor parte é que até você melhorar, você vai ficar na minha casa, não vou deixar você ficar naquele Colégio enorme sozinha.

- O que? De jeito nenhum, não vou te causar mais problemas do que já causei!

- Quem até agora só te causou problemas fui eu. Eu quero te recompensar de alguma forma. Eu quase te perdi, por um instante pensei que estivesse morta para sempre, e eu a quero perto de mim.

- Mas vou atrapalhar sua mãe, Bill!

- Não, ela que deu a idéia – disse ele – Além disso, ela não precisa te ajudar, eu sei cozinhar!

Como não rir com ele se Bill fazia meu dia muito mais feliz? Quando a notícia de que eu finalmente acordara rolou solta, muitas pessoas vieram me visitar, meus amigos do Colégio vieram, eles trouxeram várias bexigas, flores, chocolates, eu não acreditava em tudo aquilo.

- Você não tem idéia de como fiquei assustada! – disse Megan a mim – Só vi você caindo e sangue para todo lado!

- De repente só ouve um tumulto enorme! – disse Jens – Todo mundo correu para ver o porquê dos gritos.

- Eu causei uma confusão enorme – eu disse.

- Todo mundo em volta de você abismado, então logo chamaram a ambulância e a polícia, foi uma baita correria e você nem mais respirava – disse Kristin.

- Comecei a chorar – disse Kirstin – Pensei que você tinha morrido, todo mundo pensou, você não respirava mais.

- O pior foi ver a diretora chorando – disse Érico.

- Ela... Chorou? – eu perguntei.

- Sim, ela se descabelou toda, ela que está pagando o hospital. Quando ela viu você quase morta ela se atirou na neve e começou a chorar.

- Mas... Por quê? – eu perguntei com minha voz embargada – Eu havia brigado com ela dias antes e ela se preocupou comigo... Fui muito cruel com ela.

Como a maioria não sabia do ocorrido, eu contei para eles o que aconteceu, ainda bem que Bill havia saído, foi comer algo, eu não queria que ele ficasse mais preocupado comigo do que já estava. Todos concordaram que a diretora passou um pouco dos limites, mas eu também a havia ferido de alguma forma, isso me deixou muito arrependida.

Mas isso logo passou, por que fiquei boba ao ver a quantidade de cartas que eu recebera dos fãs de Tokio Hotel desejando que eu melhorasse logo, pensei que a maioria iria me mandar morrer mesmo, mas na verdade eles estavam me apoiando. Eu iria fazer o mesmo se a namorada do Bill passasse por isso se eu não o conhecesse, afinal meu ídolo também estaria sofrendo por isso.

A melhor parte foi telefonar para os meus pais e assegurá-los que agora estava tudo bem, que eu estava melhorando e que logo eu sairia do hospital. É claro que quando eles receberam a notícias, eles pensaram em torrar todo seu dinheiro e virem para a Alemanha ver como eu estava, mas Bill havia os avisado antes para que eles não ficassem desolados.

Depois de duas semanas entediantes no hospital que se resumiam a receber visitas, assistir programas alemães na TV, ler revistas e receber cartas, finalmente eu recebi alta e fui levada até a casa dos Kaulitz. Saí do hospital em uma cadeira de roda, afinal ainda eu não podia me locomover já que eu ainda sofria dores no tórax, depois fui colocada no carro delicadamente e levada até a casa deles.

Eu me senti totalmente envergonhada ao ver Simone Kaulitz me esperando, eu me sentia uma inquilina ali, como se não fosse da casa e estava só trazendo problemas. Mas afastei isso da minha cabeça quando vi o enorme sorriso do Bill estampado em sua face ao me levar para sua casa, eu não queria destruir a felicidade com minhas crises de patinho feio.

- Leve ela para o meu quarto Bill – disse ela preparando para ajudar Bill a me carregar pela escada.

- Não! – eu exclamei – Eu posso ficar no sofá mesmo, sua cama não, Senhora Kaulitz, não é para tanto.

- Você levou um tiro, Dasty, você não caiu ou apenas fraturou um braço. Foi algo mais delicado, você precisa se cuidar e minha cama é grande, você vai ficar mais confortável lá.

- Senhora Kaulitz, eu posso ficar muito bem em um sofá, já me sinto melhor.

- De jeito nenhum, venha Bill, vou ajudar você a levá-la para o segundo andar.

Eu não era muito pesada, por isso foi fácil me transportar, mas durante esse trajeto eu senti intensas fisgadas no meu tórax e um pouco de falta de ar, Bill percebeu que eu estava tentando parecer natural, mas que na verdade eu ainda sentia muita dor. Eles me colocaram devagar na cama branca e aconchegante, eu tentei respirar mais lerdamente, mas mesmo assim meu pulmão doeu.

- Você está sentindo muita dor, não é? – perguntou Bill.

- Não... Sério... Estou bem...

- Você está ofegante, decididamente não está conseguindo respirar direito.

- Eu estou bem, Bill, não se preocupe.

Ele sentou-se na cama ao meu lado, pegou algo no bolso interno de seu casaco, era um pote de pílulas, o médico dera isso ao Bill caso eu ficasse com muita dor ou com problemas respiratórios. Logo Simone Kaulitz trouxe uma garrafa de água e um copo.

- Melhor você tomar isso – disse Bill abrindo o potinho.

- Isso vai me apagar, toda vez que tomo isso eu durmo.

- Mas pelo menos você vai sarar, melhor você tomar.

Bill passou o copo de água e o comprimido para mim, coloquei o comprimido na boca e levantei um pouco minha cabeça para poder beber a água, nesse momento mais fisgadas no meu peito, só parou quando deitei novamente a cabeça. Logo eu já comecei a ficar tonta, minhas pálpebras já não paravam mais abertas.

- Viu... – eu disse falando com voz de sono – Você me dopou... Isso me faz dormir...

- Eu vou fazer companhia a você, o tempo que precisar.

Só ouvi ele se aproximando de mim e deitando ao meu lado e sua sonora voz encheu meus ouvidos com músicas que ele vivia cantando para mim, mas dessa vez era Love is dead.

*******************

Durante as noites e as sonecas por causa dos remédios eu sonhava com um penhasco e com uma garota que eu não conseguia ver o rosto, era muito confuso e eu não lembrava de muita a coisa, além de um mar onde eu vinha um olho acastanhado. Eu tinha certeza que nunca estivera naquele lugar, mas era como um Deja Vu, como se eu já tivesse visto aquela cena. É claro que eu nunca comentava com ninguém, era apenas mais um sono maluco.

Minha recuperação foi um pouco difícil, eu quase nunca saía do quarto, é claro que na hora de tomar banho e ir ao banheiro eu precisava de ajuda, e Simone Kaulitz que fazia essa parte de me transportar, já que o Bill me levar até lá me deixava bem incomodada.

Bill não me deixava um momento sequer durante os dias que se passavam, ele sempre fazia algo diferente para eu não ficar entediada, uma vez ele trouxe o DVD da sala para o quarto só para cantarmos músicas no videokê, é claro que depois tivemos que parar já que senti falta de ar de tanto cantar. Outra vez ele, Tom, Gustav, Georg e eu ficamos jogando cartas até altas horas da noite, foi realmente divertido. Mas a maioria do meu tempo nós conversávamos sobre várias coisas eu até vi o álbum de fotos de quando ele era pequeno.

- Fico feliz de você ainda estar doente – disse Bill – Assim posso tê-la ao meu lado por mais tempo.

- Eu também, mas às vezes é chato ficar nessa cama deitada o dia inteiro!

- Chato? Então vou deixar mais divertido – disse ele com um sorriso estranho.

Ele se aproximou de mim e me beijou do mesmo jeito que sempre fazia, só dessa vez de forma mais cuidadosa para que eu não me machucasse e nem sentisse falta de ar. É claro, que nós não nos controlamos e ele me agarrou de tal forma que meu pulmão novamente sentiu fisgadas, mas eu tentei segurar aquela dor, mas não deu, eu me desviei dos braços dele e comecei a tossir.

- Ah, droga! Dasty? Você está bem? Eu te machuquei? – perguntou ele aflito.

- Não está tudo bem – disse eu voltando a respirar normalmente – Só foi meu pulmão mesmo...

Então ele percebendo minha dificuldade em respirar, abriu o começo da minha blusa, no começo pensei que era para respirar melhor, mas na verdade ele beijou um pouco abaixo da minha clavícula direita, onde eu havia recebido o tiro, naquele momento eu me aqueci totalmente.

- E agora? Melhorou? – disse ele subindo seus lábios pelo meu pescoço.

Como ele podia fazer isso comigo? Ele vai me deixar louca daquela maneira. Mas tudo foi interrompido por passos na escada, então Bill me largou, decididamente eu não achava que a cama era tão chata assim.

- Dasty – disse a Senhora Kaulitz aparecendo – Tem uma garota loira querendo falar com você, ela se chama Anne.

- Anne! – eu gritei tentando me levantar, mas tive que deitar novamente já que senti dores – Por favor, deixe-a entrar!

Eu fiquei muito feliz ao saber que Anne estava aqui, ouvi ela entrando na casa e subindo as escadas, logo minha amiga apareceu na porta, ela novamente teve um treco quando viu Bill Kaulitz do meu lado.

- Anne! – eu exclamei – Meu Deus, estou tão feliz em te ver! O que está fazendo aqui?

- Eu vim te ver – disse ela – Você não sabe o susto que me deu! Eu na internet, quando de repente aparece Namorada de Bill Kaulitz está morta! Eu comecei a chorar e a gritar compulsivamente.

- Não foi nada demais – eu disse.

- Nada demais? Saiu até no Jornal Nacional se você quer saber.

- Acho que exageraram nesse ponto, como que eu pude sair até no Jornal Nacional? Isso é muito exagero.

- Só ficamos calmos ao falaram no jornal que você voltou a respirar e o estado crítico havia passado. Apesar de o Bill, seu namorado, nos assegurar que você estava bem eu tinha que vir até aqui.

- Como você me achou?

- Eu fui até seu Colégio e a diretora me informou onde você estava, ela parece estar bem preocupada com você.

- Eu soube disso, me sinto culpada por estar preocupando ela.

- Ela e todo mundo – disse Anne, mas depois tentou ajeitar o que dissera – Mas não precisa se sentir culpada, é claro.

Anne foi muito companheira durante aquele dia, ela contou muitas coisas para mim, tudo o que aconteceu no Brasil durante o tempo que eu não estava e eu contei sobre o fantasma da filha da diretora, é claro que em português, eu não queria deixar Bill preocupado sobre isso.

- Meu Deus! – disse Anne se arrepiando toda – Como você não enfartou quando aconteceu tudo aquilo?

- Passei mal, muito mal – eu disse – Lembra Anne quando participei daquele concurso de piano?

- Sim, você tocou muito bem, não acredito que perdeu na final, foi um roubo aquilo! Você tocava muito bem para perder daquele jeito.

- É, mas a música que eu toquei era a mesma que estava tocando no piano, a mesma que o fantasma estava tocando.

- O quarto... O livro... A música... Tem que ter alguma relação com você isso, Dasty, são muitas coincidências! Você já tentou pesquisar sobre ela?

- Sim, na internet e em livros, mas não achei nada, está na hora de eu procurar mais sobre isso.

- Talvez esse incidente que aconteceu foi provocado por ela – disse Anne em silêncio.

- O tiro? – eu perguntei, e algo me fez pensar fundo, o penhasco, a voz sem face – Não sei, se ela estiver zangada comigo, eu tenho que descobrir o por que.

Já eram sete da noite quando Anne decidiu ir embora, ela ia ficar em um Hotel perto de onde estávamos, sempre que pudesse ela ia me visitar, quando ela saiu, Bill entrou no quarto, ele percebeu que eu estava preocupada, eu odiava que ele percebesse quando eu me sentia mal, por que eu o deixava preocupado e não queria que ele ficasse desse jeito.

- Está tudo bem? Ainda sente dores? – perguntou ele.

- Não, está tudo bem. Não sinto dor nenhuma – eu disse tentando acalma-lo.

- Ótimo – disse ele – Então podemos continuar de onde paramos.

Apesar de eu estar vermelha e totalmente sem-graça, eu o deixei se aproximar de mim e me envolver nos braços dele. Nenhum fantasma iria me impedir de ser feliz.

 


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