Sonhos De Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 8
Capítulo 8




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Jun Uzumaki Namikaze Ianomoto sorriu, enquanto entregava duas pílulas para a bisavó.

- Eu tenho que tomar elas?

- Claro que tem! Caso contrario, eu e o seu marido vamos nos digladiar até a morte!

- Vocês vão fazer o que?

- Pegarmos espadas e ficarmos lutando um contra o outro até a morte.

- Takayama tem inúmeros defeitos, Jun-chan.

- Isso a mamãe já tinha percebido.

- Durante a conversa que definiu seu futuro, sabe o que eu percebi?

- Que ela era linda como eu iria ser? – Jun revirou os olhos, pegando o copo de agua, antes de entregar a Kushina Ianomoto. Como era tao irônico, seu avô postiço, Eikichi Uzumaki, ter dado o nome de Kushina a neta? Dos imperadores, Kushina Uzumaki não havia herdado nada, em sua opinião.

- Conversando com ela, percebi várias coisas. A doçura de sua avó Hinata. O jeito insolente de Eikichi Uzumaki. Uma certa sensibilidade... que acredito que ela herdou de mim. – Kushina inspirou e soltou o ar lentamente. – Ainda me lembro do arrepio que senti quando a encarei nos olhos pela primeira vez. Eu vi, de certa forma, a mim mesma naqueles olhos...

Kushina Ianomoto olhou firmemente nos olhos de Jun.

- E percebi, que ela estava dividida... Entre uma herança que ela não queria aceitar para ela, mas que seria bastante significativa para você e os outros Uzumakis... E o maldito orgulho que gritava que ela não precisava daquilo. Felizmente... o bom senso prevaleceu. – Kushina começou a olhar fixamente  para Jun, por vários momentos até que do nada, a imperatriz fechou os olhos.

Por que esta falando essas coisas, bisobaachan?

As pálpebras de Kushina estremeceram, antes que ela as abrisse.

- Hinata! – sorriu. – Meu anjo, você não devia estar descansando? Seu casamento é daqui a três dias!

Jun engoliu o choro que queria soltar.

- E não vai haver casamento enquanto a senhora não se recuperar Kushina-sama. Touya está agora falando com a melhor medica que existe...

- Promete que vai fazer o meu Touya feliz?

Kushina sorriu, quando Jun, sem conseguir falar, assentiu. Então a imperatriz fechou os olhos e em poucos minutos, dormia profundamente. jun beijou levemente a mão da mais velha, antes de sair. Encontrou com o imperador, que estava em pé, como se fosse entrar no quarto.

O imperador a encarava, com uma expressão fria.

- Voce não disse que não queria ficar aqui?

- Minha bisobaachan precisa de mim. E enquanto ela precisar... eu vou ficar aqui.

- Entao avise aquela imitação de ser humano que a acompanha, que ele não é bem vindo para ficar se intrometendo no treinamento dos meus homens.

- Se o senhor permitisse que os seus homens fossem treinados pelo clã uzumaki, Ryuuji não os humilharia.

- E que espécie de treinamento você pensa que a família que criou sua mãe...

- A família a qual eu faço parte, desenvolveu a melhor técnica que o treinamento ninja já teve, a melhor e mais perigosa. – Jun falou de maneira delicada.

O imperador bufou.

- Balelas.

- Se não fosse tão perigosa, varias nações ninjas não a teriam proibido. – Jun informou, surpresa com a palavra que o imperador falara. – Na Vila do Redemoinho, o bisojiichan, o padrinho, Ryuuji, Mariko, Kushina e eu somos os únicos que conhecem essa técnica. Quando as crianças forem maiores...

- Pretende fazer da sua sucessora uma ninja torpe?

- Acaso o senhor não se lembre, o senhor esta falando com uma ninja de Konoha. Eu posso não ter a minha bandana junto comigo, mas meu nome está no databook do ano que me formei, pagina cinquenta e quatro. Minha foto, meu tipo sanguíneo... E principalmente meu nome. Jun Uzumaki Namikaze.

- Você é uma Ianomoto.

- Apenas por que eu aceitei cumprir a palavra da minha mãe. – Jun falou sem sorrir. – E se o senhor me der licença, vou atrás de Ryuuji impedir que ele demonstre que um Uzumaki é melhor que os seus homens de confiança.

Ela acenou com a cabeça, antes de sair. O imperador bufou.

- Ela tem o mesmo gênio teimoso da minha mulher! – Takayama resmungou consigo mesmo. – E o atrevimento daquela mãe cabeça dura dela! E a mania de esfregar na cara dos outros que é superior... – Bufou novamente.  – Francamente, eu devia ter consentido no casamento de Touya antes que ele fugisse com aquela Kishimoto... E voltasse com ela já grávida!

O imperador entrou no quarto da esposa, que dormia a sono alto. Takayama Ianomoto sem sorrir, ocupou a cadeira que estava a cabeceira da cama. Ele franziu levemente o cenho, ao perceber que o assento estava quente.

Fechou os olhos, pensando que se Kushina Ianomoto não desse sinais de melhorar, ele seria capaz de ir pessoalmente a Konoha buscar a tal de Tsunade Senju... Kushina estremeceu no sono, agitando as mãos. Quando ela deixou uma mão perto do marido, ele a pegou com carinho.

- Kushina... não se atrevar a morrer, entendeu, mulher? Você não me jurou, que iria dançar no meu tumulo, quando nos conhecemos? Se você morrer, não vai fazer isso...

Sonhos de uma ruiva

Sonhos de uma ruiva

Ryuuji caminhava, acompanhado do padrinho de Fu. Os dois haviam feito uma breve pausa na eterna discussão, que haviam iniciado quando se conheceram. Apenas a familiaridade que, como primo e segurança, permitia que ninguém se opusesse ao fato de ambos invadirem os aposentos da herdeira do trono.

Jun estava ajoelhada na cama, escondendo o rosto, enquanto chorava.  Durante o seu período de doença, quando criança, a imperatriz Kushina havia ficado a seu lado, juntamente com todo o clã Uzumaki... Seu bisojiichan havia mandado as favas, como ele dizia, o mosteiro, se recolhendo ao convívio da família para viver os últimos anos da sua vida... como ele dizia.

Os últimos dezessete anos haviam marcado profundamente o clã Uzumaki. Toshiro ao contrario das expectativas de todos, era o que mais vendia saúde... E o menos disposto de todos a sossegar.

Jun não conseguia deixar de sentir pena e raiva misturadas. A questão era que a mulher idosa, sua bisavó biológica, estava tão doente, que morrer não seria um crime... Kami a perdoasse por aqueles pensamentos, mas ela sentia tantas dores, passara por tantos sofrimentos...

Kushina adorava os trinetos. As traquinagens de seus filhos, eram toleradas não por eles serem seus filhos. Eram toleradas pois eram para a triavó que corriam, quando sabiam que estavam errados. E Fu, mesmo que Kushina jamais admitisse, era o seu preferido, pois como ela dizia, muito confidencialmente, lhe lembrava o filho naquela idade.

Nikka, era a sua menininha... os mesmos olhos azuis... E Touya lhe lembrava a Jun, quando criança, um poço de serenidade. Depois de um longo tempo, foi que a hime do Pais das Aguas, percebeu que não estava sozinha.

- Alguma novidade? – Jun pediu, secando as lagrimas com o dorso da mão, enquanto sentava-se na cama.

- Eu estava pensando... – Ryuuji lhe entregou um quadro. – Sabe quem é?

Jun observou o quadro, mostrava uma jovem noiva, em um quimono rosa. Balançou a cabeça.

- Não faço a mínima ideia.

- O imperador vai subir pelas paredes quando descobrir que você tirou esse quadro do quarto dele. – o padrinho de Fu falou, fazendo que Ryuuji desse de ombros.

- Eu estava pensando, que você deveria falar com a imperatriz sobre o nosso encontro com o ero-sensei e com aquele aluninho em particular... Lembra?

- Por que?

- Bem, porque sim, oras! Aposto que se souber daquilo aí sim o imperador vai subir pelas paredes.

- Que aluninho? De quem vocês estão falando? Que ero-sensei?

- Posso bater nele? – Ryuuji pediu, olhando para o rosto do homem, Jun negando com a cabeça. – mas Jun...

- Acha que ela vai se lembrar assim que eu terminar de contar?

- Se a madrinha tinha alguma coisa da imperatriz... Eu aposto que a sua bisobaachan vai dançar no tumulo do imperador.

- Que aluninho? – o outro homem no quarto pediu ainda sem entender.

Jun encarou Ryuuji, então assentindo lentamente.  Secou as lagrimas, deixando o quadro em cima da cama, saindo para voltar ao quarto de Kushina.

- Ryuuji, você não vai me contar de quem você falou?

- Isso, meu caro, Sui-sui... – Ryuuji colocou as mãos nos quadris e rebolando como uma criança, começou a cantarolar. – Eu não conto... eu não conto...


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