Reborn escrita por vickdecullen


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aqui está garotas, espero que desfrutem desse capitulo.
Beijinhos Vick de Cullen



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/161885/chapter/5

Reborn.

Felipa o olhava hipnotizada. De todas as hipóteses que formulara em sua cabeça com relação a aparência de Jacob, o que via agora, era mil vezes melhor. Seu físico era másculo e forte, a pele era bronzeada e seus olhos eram tão negros quanto seus cabelos. Usava uma blusa branca de gola V, um jeans surrado e um par de tênis velhos. Seus cabelos estavam espetados e curtos, e o sorriso era radiante em seus lábios.

-Olá- respondeu ela sorrindo de canto.

-Oi- disse ele, e no momento em que sua voz rouca e prazerosa chegou nos tímpanos de Felipa a voz que tanto a fazia pensar, ressonou. Era ele. Era ele que atormentava seus sonhos, que a fazia entrar em delírio.

Felipa se parou estática no pé da escada, e Alice teve que fazê-la se mover. Descendo degrau por degrau, ela não tirava os olhos azuis dos negros dele. E quando pisou o ultimo degrau, ela tropeçou fazendo ele a resgatar pela cintura. Uma das mãos dela foram parar na nuca dele enquanto a outra repousou no peito musculoso (que eram duros feito pedra).

-Desculpe- pediu sem jeito- geralmente parece que ando com dois pés direitos.

-Não se preocupe com isso- respondeu sorrindo.

Que sorriso lindo, pensou, e a sim saindo de seu devaneio se ajeitou melhor e saiu dos braços dele pigarreando. Quando olhou para os lados viu que Rosalie, Edward e Bella haviam se juntando a eles. Rosalie com um vestido vermelho rouge e cabelos presos em um coque mal feito, já Isabella escolhera um vestido azul com uma faixa preta e seus cabelos estavam soltos. Todos os encaravam e isso fez com que Felipa corasse violentamente.

-Bem- disse Esme batendo as mãos- vamos por a mesma então. Edward poderia me ajudar?

-Claro mãe- respondeu indo atras dela na cozinha.

Isabella fez o mesmo enquanto Jasper e Alice conversam na sala, e Emmett e Rosalie se beijavam em algum canto da casa.

-Então- diz Jacob fazendo Felipa encara-lo- Esta gostando de Forks?

-É... é bem frio aqui- respondeu- mas, sim, eu gosto de Forks.

-É bem diferente de Paris, mas é aconchegante.

-Uhm- respondeu envergonhada.

Porque não conseguia responder direito, geralmente era tão fácil fazer amigos, que agora parecia ser um bicho de sete cabeças.

-Uhm e o que faz em seu tempo livre?- perguntou ele também um pouco tenso.

-Você não quer ir na varanda?- perguntou ela subitamente, sentindo o suor descer por sua testa- Eu, é, preciso tomar um ar- disse ofegante.

-Claro, não esta se sentindo bem?- perguntou preocupado.

-Não, não, só tenho que tomar um ar gelado no rosto- deu uma risadinha que mais pareceu um gemido de lamento, e assim sair rumo a grande varanda, quanto chegaram Felipa andou rapidamente até a bancada e se apoio lá, sua cabeça girava, e parecia que sua dor de cabeça regressaria.

-Tem certeza que se sente bem?- perguntou ele pousando a mão em seus cabelos.

Seu toque era quente, tão quente que parecia uma frigideira com óleo. Felipa se assustou com suas mãos e o encarou. Ele era tão lindo que chegava a pensar ser um sonho, em que desta vez, podia ver o dono da voz rouca.

-Porque eu tenho a sensação, que nos conhecemos?- perguntou ela ofegante.

-Não sei, pareço familiar para você?- perguntou ele esperançoso.

-Sim- respondeu agora se aproximando muito dele, mais do que se permitiria ir.

Jacob ofegou, o cheiro que ela exalava era maravilhoso, e se continuasse tão perto dele, acabaria fazendo uma bobagem tamanha. Mas tampouco conseguia se afastar, os olhos, agora azuis, dela o deixavam em êxtase, os lábios brancos eram fartos, assim com seus seios que não paravam de subir e descer pela respiração rápida.

-O que aconteceu com você?- perguntou segurando em um de seus pulsos machucados como se fossem porcelanas, mas logo se arrependeu por ter feito a pergunta mais estupida que poderia ter feito para ela.

-Eu... eu sofri um acidente de carro com os meus pais- disse rouca olhando para a mão que a acolhia. Pensou que ia chorar pela pergunta, mas não, ela respondia como se fosse um gravador, por estar tão envolvida no calor que a acalentava.

-Sinto muito- disse ele.

-Não sinta- respondeu olhando para ele agora- não temos que ter pena dos mortos, mas sim dos vivos. Antes eu sentia, mas não mais.

Seus olhos caíram para os lábios de Jacob, onde ele fazia o mesmo com os dela.

-Sim, dos vivos- repetiu ele. A tensão sexual era enorme ali e Felipa mal se importava com a maneira que se portava perante ao convidado- Muito interessante a maneira que pensa.

-Agradeça a J.K Rolling, ela colocou em palavras o que eu sempre acreditei.

-Você acredita na vida após a morte?

-Sim acredito, minha crença nos faz acreditar que todas as religiões existem. E que voltamos a Terra por um assunto interminável.

Então não é católica?

-Espirita.

-Interessante.

-Você é...Uhm, católico? Se me permite perguntar...

-Não sei o que sou na verdade- respondeu sorrindo de lado- Acredito em muitas coisas, e desacredito em outras. Tenho minha própria religião.

Felipa riu fazendo Jacob suspirar. Antes que pudesse puxar mais algum assunto, Bella apareceu na varanda os convidando para se sentarem a mesa.

A mesa de jantar estava rodeada de comida. Havia um peru gordo sobre a mesa com batatas e vegetais, uma travessa de sopa de Locro*, salda de pimentão com alface e tomate, farofa, e arroz. Tudo parecia muito saboroso, especialmente o vinho tinto que Emmett agora abria e servia a todos os copos. Felipa e Jacob se sentaram um ao lado do outro. O copo de vinho dos Cullens parecia mais grosso e mais escuro, do que os de Jacob e Felipa. Motivo disso tinha por Esme ter misturado um pouco de sangue em seus copos, para se tornar mais suportável o gosto da comida.

-Sirvam-se- diz Esme sorrindo para todos.

Felipa se serviu de peru e salada, enquanto Jacob pegava um pouco de tudo. Seu prato parecia com as de um pedreiro, mas Felipa não ligava com o grotesco prato do convidado, na verdade acha até divertido a maneira como comia. Os Cullen mais uma vez tornaram a se portarem estranhamente a frente da comida. Colocaram uma quantidade que um passarinho recém nascido comeria em seus pratos. Emmett colocava o arroz na boca como se fosse areia, Rosalie mal tocava na comida, e Edward e Bella literalmente não tocavam na comida. Não poderia estar tão ruim, pensava Felipa.

Talvez os únicos que esforçavam de verdade comer eram Esme, Alice e Jasper.

-Esme, mais uma vez você conseguiu- diz Jacob limpando a boca no guardanapo e tomando um gole exagerado de vinho- Parabéns!

-Sim Esme, esta maravilhoso- reforçou Felipa.

-Magina meus queridos- respondeu ela- só fiz uma coisa que aprendi em um programa que vi sobre comidas Américo Latinas.

-Ah Sra. C, nem vem com essa, sabemos que você é a melhor- diz Jacob- Não precisa ter vergonha de se gabar.

Mas Esme apenas sorriu de lado e baixou a cabeça para seu prato, onde voltou a conversar com Alice e Jasper.

-Ela é uma verdadeira chef- diz Jacob no pé da orelha de Felipa, a fazendo se arrepiar por completo.

-Sim, a comida dela é divina.

-Um dos motivos por eu vir aqui é pela comida- diz ele fazendo Pipa rir- sempre que apareço ela prepara tortas doces, salgadas, e inúmeras outras coisas. E como se pode perceber eu como muito.

-Pratica algum esporte?- perguntou ela dando uma garfada no peru.

-Bem, eu corro bastante- respondeu ele.

-Esme disse que já é formado na escola- diz ela- Cursa alguma universidade?

-Não eu... Eu concerto carros e motos. Tenho uma oficina na minha casa- respondeu um pouco envergonhado por seu “trabalho”.

-Serio?- perguntou com os olhos brilhante, ela mordeu os lábios, reprimindo o desejo de falar que amava oficinas e homens sujos de graxa.

-Você deveria passar algum dia desses lá- diz ele olhando para sua comida- Fica em La Push, e temos umas praias bem legais.

-Eu adoraria- respondeu ela sorrindo para ele. Jacob levantou a cabeça para ela e sorriu e foi quando uma pontada lhe atingiu a cabeça a fazendo fechar os olhos e encostar a costas de sua mão na testa. No momento em que seus olhos fecharam e tornaram a se abrir, mais uma visão lhe atingiu...

Estava tudo escuro e a grama cor limo musgo estava brilhante a luz do luar. Parecia ter chovido muito e Reneesme estava parada de frente ao riacho que cortava a floresta e a mansão Cullen. Parecia que andara chorando. Ela escutou pés se aproximarem dela, e pelo barulho que produzia sabia que era de um homem, e pelo cheiro, sabia que era a de seu pai.

-Porque sou proibida de cruzar a divisão da mansão?- perguntou ainda de costas para Edward que se posicionou em seu lado.

-É para o seu bem- respondeu ele.

-Vocês querem o meu bem? Então me deixem ficar com ele... Sem ele não sou nada- respondeu com a voz que parecia um sufoco.

-Não nesses tempos Reneesme- respondeu seu pai- E eu lhe prometo que quando tudo passar você poderá voltar a visita-lo, mas não agora. É perigoso.

-Então poque não fugimos ao invés de ficar esperando alguma coisa acontecer?- perguntou ela agora virando para encara-lo.

-Se fugirmos, será pior, e você sabe mais do que ninguém que os Volturi não perdoam duas vezes. Temos que esperar até sabermos exatamente o que eles pretendem fazer com toda essa movimentação.

Ela bufou e voltou a encarar a floresta.

-Ele vira aqui- disse Edward- Ele tão pouco não vive sem você.

-Não é justo, vocês me tratarem feito uma criança. Sei muito bem me virar sem a proteção exagerada sua, da mamãe, do resto da família e de Jacob!

-Jacob é mais experiente do que você, e sua mãe, eu e o resto da família já vivemos um tempo muito maior que os seus meros sete anos.

-Continua sendo injusto.

Com isso Felipa voltou a realidade, ninguém parecia ter percebido seu devaneio, continuavam todos a conversar. Jacob porem a olhava como se esperasse alguma coisa.

-Tudo bem?- perguntou ele. Ela apenas afirmou com a cabeça e tomou um pouco do vinho tinto. Sem Felipa perceber, Jacob trocou olhares com Edward que fez o mesmo com Esme e os outros. O jantar progrediu tranquilamente, e depois da sobremesa (um maravilhoso bolo de chocolate recheado de doce de leite), todos foram para a sala conversar. Jacob e Felipa conversavam sobre inúmeras coisas ao mesmo tempo e pareciam estar se dando muito bem. Edward puxou Isabella e Esme para um lado mais afastado um tempo depois:

-O que ela viu?- perguntou Esme ansiosa- Não muito creio, não passo de três segundos! Mais foi muito estranho, os olhos dela ficaram negros e vidrados, achei que teria um derrame.

-Visões trabalham mais lentamente no cérebro, como nos sonhos. O que parecem ser anos quando sonhamos, não passa de cinco a quinze minutos no tempo real.

-Mesmo assim não deu muito tempo dela ver muita coisa.

-Sim, bem de qualquer maneira, ela viu o dia em que a proibimos de sair dos terrenos da mansão. Me viu conversando com ela a frente do rio.

-Oh Edward- murmurou Bella o abraçando.

-Então não demorara muito para que a noite de Claire chegue, assim com o dia em que ela...

-Sim- adiantou-se Edward antes que Isabella ficasse pior do que estava- Mas também, não imagino que eu chegue a escutar mais duas visões dela, Esme. Dessa fez foi muito mais difícil, tive que apurar meus ouvidos.

-Pelo menos ela e Jacob estão se dando bem- disse Esme olhando para o casal que agora ria.

-Nunca pensei que um dia diria isso mais, espero que o cachorro se apresse para conquista-la.

Isabella deu uma risadinha no pescoço de Edward que o fez arrepiar.

-Amor- ronronou ela ainda em seu pescoço como uma gata- pensei que sua ira com Jacob já tinha passado.

-Sim meu amor passou, mas mesmo assim, velhos hábitos nunca mudam.

-Bom melhor voltáramos antes que deem falta de nos- disse Esme sorrindo e sabendo a resposta que viria a seguir do filho:

-Acho que eu e Bella vamos para a nossa casa- disse ele segurando em sua cintura muito perto do quadril- temos coisas a resolver- e deu um belisco fraco em sua nádega.

-Edward- disse ela em tom tão baixo que só ele pode escutar.

-Bem, então vão, acho que não tem problema os dois desaparecerem do nada- e dizendo isso virou e voltou para a sala, enquanto Edward e Bella saíram para o jardim em velocidade quase humana e de lá foram para a sua casa em um estalo. Quando chegou na sala Esme parou por um segundo e olhou ao seu redor. Quase todos seus filhos estavam a sua volta, Emmett e Rosalie estavam sentados em uma poltrona juntos, ela mexendo nos cabelos dele e ambos sorrindo, Jasper e Alice brincavam perto do piano de calda longa e Felipa e Jacob riam como duas crianças que acabavam de se conhecer. A atmosfera era tão suave que a impressão que ela teve era que nada poderia atrapalhar. Pensando nisso o telefone toca e sem se importar muito ela o atende.

-Carlisle?- perguntou ela.

-Oi querida- diz sua voz acalmante, Esme como Carlisle, sentiam muito a falta uma do outro- como vai?

-Melhor agora que você ligou, você sabe que não consigo me afastar por muito tempo de você...

-Logo voltarei para você meu amor.

-Espero que não demore, mais saiba que o tempo para mim é infinito...

-Para todos nós...

Esme suspirou.

-Descobriu alguma coisa?

-Na verdade sim- diz ele- Estou na Inglaterra agora, mas na Italia eu descobri algo que me trouxe até aqui. Aconteceu em meados do seculo dezoito. Um casal londrino dessa época vivam no campo em uma grande casa, Henrique Kent era duque e sua mulher Marie foi arranjada para ele muito jovem. Ele era muito católico, e ela secretamente acreditava na religião espirita, que tinha sido desenvolvida por seu pai Alan Kardec. Marie esperava por um filho quando morreu dando a luz. Henrique ficou desolado, não sabia o que fazer pois amava muito ela, mesmo que não demostrasse, diziam que ela nunca sorria na presença hostil do duque. Bem, quando ele estava limpando as coisas de sua esposa, uma empregada achou um diário escrito por ela, e entregou para o duque, então ele descobriu sua verdadeira fé.

“A religião espirita aplica a reincarnação, e que voltamos sempre com o proposito de terminar algo que não estava feito. E foi lendo isso que decidiu ir atras de respostas. Dizem que ele enlouqueceu, pois acreditava que Marie iria voltar para ele. Dezessete anos se passaram e quando estava quase desistindo de procurar por sua esposa, ela a viu cavalgando perto de suas terras. Ela tinha reincarnado mas desta vez como filha de uma empregada. Ele surtou, a contratou como tal, e ela começou a ter inúmeras enfermidades como as de Felipa, as visões ocorriam, e mais tarde ele contou tudo para ela, mostrou um quadro pitado de sua esposa e o diário. Mesmo ela não sendo Marie, e sim Antonela, ela aceitou o fato de que um dia tinha sido sua esposa, e ficou com ele, mesmo com a diferença de idade. Chamaram isso de Reborn, do inglês, reincarnação. A única coisa que não se aplica a religião é o fato dela reincarnar com as mesmas aparências físicas, e foi o que aconteceu com as duas. Vim para Londres para descobrir mais sobre essa historia, e encontrei o duque e Antonela. Eles são vampiros!

-Então você acredita que isso acontece somente com nos?

-É possível, a historia que contam não é a verdadeira, a diferença é que Marie morreu queimada quando haviam as caças de vampiros, e ele era seu criador. O diário é verdadeiro e a parte dela ser espirita também, mas isso foi antes dela se transformar.

-Então ela é um Reborn?

-Exato.

-A uma coisa que você precisa saber que ocorre. Felipa esta deixando todos em silencio. O cheiro dela quase não exala, e as visões estão difíceis de ser escutadas. Isso aconteceu com ele também?

-Curioso... Não, ele tem poderes também, mas a presença dela nunca o afetou. Silencio, que extraordinário! Lembra quando Isabella ainda era humana? Edward tão pouco a escutava...

-Mas ela afeta a todos, e seu cheiro é filtrado.

-Bom, então receio voltar mais cedo. Espere como vamos controlar suas visões se não a escutamos?

-Já tomei providencias com relação a isso, tivemos que envolver Jacob.

-E qual foi a reação dele?

-A que todos esperavam.

-Bom era de se esperar, mas espero que tudo ocorra bem, pois sabemos Esme que esses tempos de paz que tivemos durante os dezessete anos vão se acabar assim que os Volturi descobrirem a volta de Reneesme.

-Só de pensar isso me faz estremecer... Carlisle, você não acredita que vá...

-Ocorrer uma guerra? Provavelmente, se o motivo da morte dela for a que esperamos ter sido. E vamos ter que nos aliar aos lobos e outras criaturas. Conheci outros transformistas pela Europa, um clã de leões da montanha e um tipo de imortais. São como vampiros mais ao invés de usar sangue tomam o elixir da vida em liquido, existem desde a época dos alquimistas. Ainda tendo descobrir como não havíamos nós conhecido antes.

-Não quero pensar nisso tão cedo meu amor, agora só quero pensar no bem estar de Felipa e nossos filhos.

-Edward e Bella estão bem?

-Se adaptando ao fato dela não ser sua filha, para Isabella esta sendo mais difícil.

-É compreensivo, bom meu amor, você sabe que ficaria a eternidade com você ao telefone, mas tenho que voltar ao bar para conversar com Henrique. Eu te amo, nunca duvide disso.

-Nunca é tempo demais- diz ela rindo- Não duvide de meu amor por você também meu bem.

-Ti amo.

-Ti amo.

E desligaram. Carlisle estava certo, os tempos te paz que eles tanto vulneravam iam se acabar no momento em que os Volturi ficassem sabendo da volta de Reneesme. Talvez só seria pelo motivo deles serem o clã mais vigiado por eles. Claro que desde a morte de sua neta eles pararam de incomodar, até mesmo Edward, Alice e Bella, que eram seus prediletos. Perfeitos para se unirem a eles pelos seus poderes, mas, não tão perfeitos, por terem uma família e amar ela.

Era algo que os Volturi jamais saberiam o que era o amor. Eram tão frios quanto suas peles mortas, e tão sem compaixão quanto seus corações parados.

-Esme?- chamou Jasper.

-Fala querido- respondeu saindo de seus pensamentos.

-Alice foi bloqueada de suas visões- disse ele serio- Quando uma estava pro chegar, um clarão branco a impediu de progredir. Não podemos ficar sem essa proteção extra, eu escutei você falando com Carlisle e...

-Temos que adiantar o processo agora. Quanto mais rápido ela souber quem foi, mais rápido poderemos solucionar o problema silencio.

-E como?

-Transformando ela em uma de nos.

-Não- diz Rosalie balançando a cabeça freneticamente- Vocês todos piraram! Vamos destruir mais uma vida humana?!

O jantar tinha se acabado e Jacob fingia ter ido embora, mas voltou assim que Felipa mergulhou em seu sono profundo. Ela havia demorado muito a dormir essa noite, ficara pensando no que acontecera no jantar. Não tinha como ser sonho, estava acordada! E como no dia em que tivera quando abraçara Isabella também duvidava, agora, estar dormindo. Decidira que iria escrever cada devaneio que tivesse assim ficaria mais fácil de saber o que se passava não só com ela, mas também com os Cullen. Sim, ela agora passara a desconfiar deles também. Acha muito estranho eles não comerem, e serem tão brancos e todos terem a mesma cor de olhos, afinal isso não é possível.

Outro motivo por ter demorado a dormir era Jacob. Não tinha certeza, mas era quase certo, de que o Jacob que havia conhecido a apenas algumas horas atras, era o mesmo Jacob de Reneesme. E ela não gostava disso. Agora o desejo de saber quem era Reneesme se apurara, pois sabia, de alguma maneira que ela estava morta. Foi pensando nisso que dormiu e os Cullen e Jacob se reuniram na sala de estar para discutir o futuro não tão distante de Felipa.

-Rosalie- fala Esme- Não é questão de destruir mais uma vida humana, ela não é humana!

-É claro que ela é! Reneesme esta morta, e voltou no corpo de uma.

-Como Isabella ela é diferente- diz Edward- Nasceu humana mais seu destino é outro. Como Bella, Felipa bloqueia os poderes, o problema é que ela também se camufla já que não tem cheiro.

-Por Deus Edward vamos mesmo decidir o futuro dela sem ao menos seu consentimento?!- diz Rosalie exasperada- Não era você que era contra isso?

-Ela é minha filha- respondeu simplesmente.

Rosalie se calou, afinal, era um bom argumento. Esme balançou a cabeça negativamente pensando em como a filha poderia carregar uma frieza tão devastadora em seu coração oco. Sabia que não era por maldade dela ser assim, mas sim por ter inveja. Rosalie era, talvez a única, que abominava a vida eterna. Ela tinha ganas de poder viver uma vida normal humana onde tivesse todas as faces: nascer, crescer, casar, ter filhos, envelhecer e morrer. Mas por destino estava trancafiada no mundo parada em seus quase vinte anos de idade. O único motivo de continuar a sua vida monótona de vampira era Emmett. Emmett era seu amor eterno, que tanto procurou um dia. Com certeza ela daria tudo que tinha para desfrutar de uma vida comum com ele.

-Não podemos nos afastar agora- diz Esme olhando para Rosalie- Temos que estar unidos para quando acontecer o que tememos.

-Acha mesmo que ira ocorrer uma guerra?- perguntou Jacob.

-Muito provável, ainda mais, quando descobrirmos a verdade da noite da clareira- responde ela- Como contei, Carlisle, conheceu novas criaturas, os chamados imortais, que tomam o elixir da vida liquida para sobreviver e se tornarem fortes e os transformistas leões da montanha, e teremos que nos aliar a eles quando a guerra começar.

-Os lobos estarão juntos com vocês- disse Jacob.

-Ótimo- respondeu ela suspirando- Bom, agora o que temos que nos preocupar é com o silencio, Alice simplesmente não pode parar de ter as visões e Edward não ira escutar mais suas visões, por isso Jake, agilize no progresso com Felipa esta bem? Sei que ela gostou muito de você, creio que se saiu muito bem essa noite.

Jacob sorriu, também acreditava nisso, e se fosse para ter que acelerar o processo, que fosse, mas de uma coisa sabia, se em algum lugar bem no fundo da alma de Felipa ainda existisse uma Reneesme, ela o teria que perdoar, pois amava, agora a menina que se chama Felipa.

Locro: Sopa tipica Equatoriana feita de batatas, queijo, e abacate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!