Premonição 1- Compras Fatais escrita por Felipe Chemim


Capítulo 2
Capítulo 2-Enterro


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ainda não tem mortes,só um personagem marcante dos filmes...



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       André levantou com preguiça, logo, a primeira coisa que veio em sua cabeça era o acidente no mercado. ” Como aconteceu aquilo comigo? Uma...premonição?!” pensava, se dirigiu até a cozinha, sua mãe o esperava com uma tigela de cereal e bolo de chocolate, o preferido de André, que não deu a mínima, sua mãe pensou em perguntar se estava tudo bem, mas ela já sabia a resposta. Então o telefone tocou, André atendeu, uma voz conhecida:

-Oi Susi...-cumprimentou ele, meio desanimado

-Eu não vou enrolar!-começou ela-Como você sabia do acidente?

-Eu não sei!-respondeu-Eu vi na minha mente, mas parecia real! Então tudo aconteceu igual na minha...minha premonição! Fora o fato de vocês morrerem...

-Morrerem?!-interrompeu Susi- Nós morríamos?

-Sim...-disse André, percebendo que disse coisa errada-Eu, você, o Thiago, Max...

-Que coisa estranha...-disse ela, mas mudou de assunto- Na verdade, eu te liguei para te dizer uma notícia...triste...

-Diga!

-A Rebecca...-ela começou, Rebecca era sua namorada-Ela morreu...

-Como assim morreu?!-disse André assustado, o namoro deles era de mais de dois anos.

-Ela estava no mercado-disse ela bem rápido-Ela tentou fugir, mas a porta de metal desceu e dividiu ela ao meio! Foi horrível!

-N-Não pode ser...-ele tentava se enganar-Não pode ser verdade!

-Bom...só te liguei pra dizer que terá um enterro e memorial dela às 14:00-avisou Susi-Bom, te vejo lá, beijo, melhore...           

     André desligou o telefone, muito triste, chorando, sua mãe chegou na cozinha, e logo perguntou:

-O quê foi meu filho?

-A Rebecca, mãe...-começou a contar- Ela morreu...no mercado!

-Meu Deus!-disse sua mãe surpresa-Vem cá meu filho!

       Ela o abraçou, ele contou que teria o enterro e o memorial de Rebecca às 14:00.

-Não vou poder ir meu filho- foi se desculpando

-Por quê não?

-Sua tia quer que eu ajude na floricultura! Se eu soubesse cancelava, mas tá muito em cima da hora...

-Tudo bem mãe...-ele disse-A Susi vai, acho que o Thiago também, vou com eles...

         André subiu para seu quarto, se jogou em sua cama, e desabou num choro, se perguntando: ”Eu não podia ter salvado ela? Por quê? Eu salvei os outros, por que ela não?”

Foi aí que André lembrou que em sua premonição, as portas de metal caíam da direita para a esquerda, a caixa foi na terceira, e ele viu a Rebecca ser partida ao meio pela segunda, ela não se salvou, mas a caixa sim, ela devia estar em outro setor, e não ouviu o “aviso” de André, ele nem percebeu, já era 13:07, sua mãe havia lhe trazido um prato com arroz e bife, mas ele nem percebeu.

-Tenho que me arrumar!-falou com ele mesmo

      Tomou um banho, desenterrou um terno que havia usado no casamento de seu tio, uma calça preta, uma camisa social, se vestiu, ainda estava emocionado, colocou um óculos preto, sua mãe já havia ido para a floricultura, trancou a porta, e se dirigiu para a casa de Thiago, que já estava pronto na porta, junto a uma mulher de cabelo preto curto até a nuca, camisa branca e calça boca de sino preta.

-Quem é ela?-perguntou André

-Aurora-respondeu –A perua que meu pai descolou pra ele!

    André riu.

-Sinto muito cara...-Thiago tentou ajudar-Perder uma namorada assim...

-É-concordou André, e continuou a andar, em silêncio.

          Para sua sorte(ou azar) o cemitério era perto de sua casa, chegando lá, avistaram um pequeno grupo de pessoas, entre eles, Susi, que saiu e correu em direção deles

-Oi Susi-gritou Thiago, quase matando o pequeno grupo de pessoas num susto só.

-Meus pêsames!-disse Susi em voz baixa, abraçando-o, Thiago ficou com um pouco de ciúmes, mas percebeu que aquela não era a melhor hora para isso.

      André, Susi e Thiago se reuniram com a família de Rebecca, todos se consolaram, e foram indo embora, um por um, sem ao menos se lembrar do que o padre disse.

-Bom...acho que vou indo...-começou André

-Não!-adverte Susi-Preciso que vocês venham comigo num lugar!

-Onde?-perguntou Thiago

-Vocês vão descobrir!-respondeu Susi com um sorrisinho

      Susi foi guiando os dois até um crematório.

-É aqui!-avisou ela

-Um crematório?!-disse Thiago um pouco apavorado

-É...-respondeu Susi-Preciso que conheçam uma pessoa!

     Os três entram.

-William...você tá aqui?-perguntou Susi, enquanto André e Thiago ficavam confusos

-Quem é William?-perguntou Thiago

-Eu!-disse um homem negro surgindo da escuridão-William Bludworth!

-Eu sou...-André tentou se apresentar

-André!-interrompeu o homem- O garoto que teve a premonição...

-Como você sabe?-questionou André, e o homem respondeu com um risinho malvado

-Você acha que foi o único?-o homem disse

-Hã?-perguntou André confuso-Como assim?

-O único a ter a premonição...-explicou William

-Outras pessoas tem premonições?-questionou André

-Sim...-começou William-Há anos atrás um jovem, chamado Alex Browning teve uma premonição de que o avião onde ele e seus amigos estavam iria ter um acidente, que por sua vez, realmente aconteceu, depois de um tempo, uma garota de nome Kimberly Corman teve a mesma coisa, só que num engarrafamento, Wendy Christensen teve a premonição numa montanha russa, e Nick O´Bannon teve ela num autódromo!

-Você está dizendo que é comum?-questionou André quase irritado

-Um ano antes do voo 180, Sam Lawton salvou seus amigos de uma catástrofe numa ponte suspensa...

-Chega!-gritou André-Eu não vou ficar aqui ouvindo essas suas histórias!

      André saiu, perseguido por Thiago e Susi.

-André!-Susi gritou-Espera!

-O quê foi?-ele perguntou irritado

-Essas pessoas que se salvaram...-ela começou-Todas as que se salvaram graças a premonição começaram a morrer na ordem em que morreriam nos acidentes!

-Está dizendo que vamos morrer?-ele perguntou

-Isso é muita loucura!-Thiago comentou sem ninguém prestar atenção

-Tod Waggner morreu enforcado em seu banheiro, Erin Ulmer com pregos em seu rosto ao cair numa pistola automática-ela disse-Hunt Wynorski foi sugado pela drenagem de uma piscina...

-Para, para, para!-gritou André-Eu vou para casa!              

      André começou a ir para sua casa.

-Pelo menos pensa no assunto!-gritou Susi com pouca esperança

     André chegou em casa, trocou de roupa, comeu algo e subiu, sua mãe estava trabalhando ainda, se deitou, ficou com sono de alguma forma às 19:00, ainda pensava na história de Susi e William, ficou pensando até cair no sono, com a frase na cabeça: ”Aquilo será verdade?”, e dormiu até ser acordado por um barulho.


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Notas finais do capítulo

Bom,aí está,André teve tipo um surto com essas histórias passadas...