–Aló sou a Taylor, Gostaria de falar com Peter - falo timidamente

–É você a amiguinha virtual do Peter? - Fala estressada e impaciente

–Posso dizer que sim - minha voz estremece

–Eu sou a mãe dele, Ângela Grown - Ela diz com a voz levemente tremula

–Olá senhora Grown - digo envergonhada

–Oi, Taylor eu não sei quem é você, mas fique longe do meu filho eu sei que é inadequado dizer isso pelo telefone mais esse é o único modo já que você mora tão longe, O Peter esta com leucemia.

Pausa! Ela respira funda tentando tirar forças de algum lugar do pulmão

–Os médicos dizem que ele tem menos de dois anos de vida.

Outra pausa, dessa vez mais longa, pude sentir a dor de uma mãe

–Se afaste, será melhor para você, será melhor para ele me entenda esse amor é impossível, vocês não se conhecem e nunca vão se conhecer, insistir nesse amor e perda de tempo alem de fazer vocês dois sofrerem pensando em coisas que nunca vão acontecer, eu acho que Peter já tem muitos motivos para sofrer.

Uma pequena pausa percebo a dificuldade dela em dar aquela noticia pelo telefone

Já era, ponto final, finja que nunca soube da existência dele - Ela me disse isso aos berros e segurando o choro que eu sei que estava preso na garganta dela.

Enquanto ela falava, eu chorava baixinho meu coração sentiu uma dor tão intensa como se estivesse sendo perfurado, tremia

Aquelas palavras me mataram me machucaram.

Apertei o telefone forte contra meu rosto.

Foi aí que percebi, ela havia desligado.