Laços De Destruição escrita por May Michaelis


Capítulo 3
Capítulo 2.2


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo de coração todos os reviwens que recebi, de incentivo e elogio. Vocês são maravilhosas !
Espero que a espera tenha valido á pena, a demora teve motivo, mais esta nas notas finais ^-^
beijs



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CAPITULO 2.2

Se você quer um peixe, você deve pensar como um peixe.

O dia chegará silenciosamente, os caçadores que haviam passado o resto da noite atrás de sua fera, lamentavam em silencio sua falta de sucesso, com o dia radiante que se erguia, a floresta não parecia tão assustadora, pequenos raios de luz achavam caminhos entre as densas copas, seus cavalos também mostravam sinais de cansaço com suas cabeças baixas.

–Gladshien, vamos parar, o dia já nasceu e de nada servirá acharmos nossa presa se não estivermos aptos para derrota-la.

Gladsgien soltou um resmungo estranho, mas desmontou do cavalo. Com seu machado limpou uma área de plantas menores, fazendo assim uma clareira. Kalico também desmontou. Juntando a madeira acendeu uma pequena fogueira. O marinheiro dos céus sabia que precisavam recuperar as forças. Durante todo o restante de noite que haviam usado para achar a fera não encontraram nada, mesmo às pequenas pistas pareciam ser traiçoeiras, como se a floresta quisesse proteger seu mais ilustre morador.

Após a fogueira acesa, eles se sentaram á seu redor, comendo algumas frutas que trouxeram consigo, não era muito, mas seu estado de esgotamento não permitia ir atrás de algo melhor naquele momento.

–Você ou eu?- a pergunta foi em vão, Kalico percebeu isso quando viu que seu companheiro já dormia e que ele teria que fazer a primeira vigia.

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Os raios de sol que entravam altos pela janela denunciavam o quanto Thor havia dormido. Sim, Thor, pois seu adorado irmãozinho já não estava no divã. O deus do trovão passou a mão pelo local que Loki dormiu, já estava frio, mas o perfume doce e fresco ainda emanava com cuidado do local.

–Eu estava pensando em chamar os curadores. Você não se mexeu durante a noite toda. – A voz divertida não podia ter outro dono e Thor não precisou se virar para ver á quem pertencia. –Mas achei melhor trazer comida, se isso não te tirasse da cama, eu podia começar a ficar preocupado, não é mesmo?

Loki se pós a frente de seu irmão com uma bandeja que poderia ter sido feita por Volstagg devido ao seu tamanho. O deus das travessuras já beliscava algumas coisas da bandeja.

–Servido? – apesar da oferta, ele nem mesmo se móvel. Thor agarrou a cintura de seu irmão o puxando para baixo. Mesmo simplesmente caindo no divã ao lado de seu irmão, Loki conseguiu cair sem derrubar nada. Ele colocou a bandeja entre eles e começaram a comer em um silencio confortável.

Aos poucos Thor pode ver que seu irmão parecia faminto, ele ainda comia com toda a classe que anos de pratica haviam lhe cedido porem ele tinha um apetite voraz.

–Vejo que a noite de sono lhe fez bem. –Loki levantou o olhar, encarando o loiro. –Há tempos você não tem apetite assim.

O moreno deu os ombros, mostrando o quão sem importância aquilo era para si. Ele continuou a comer ignorando o fato de que Thor não parava de encara-lo.

–Quais seus planos para hoje Loki?

–Não tenho nada em especial, pra ser sincero. Conferir se o livro que eu pedi já foi devolvido á biblioteca, treinar depois do almoço, matar algumas pessoas...

O olhar assustado do deus do trovão foi cômico, ao menos para Loki. Os olhos azuis se arregalaram e o homem parecia prestes a engasgar.

Controlando o riso leve que saia ele continuou - E qual a razão de sua curiosidade irmão? Temos mais planos homicidas alem dos meus para hoje??

–Não, mas eu pensei em ir ate Heimdall. Como não podemos entrar na floresta por causa do torneio, mas a caçada...

–Não.

Thor olhou para Loki. Todo o humor e leveza que havia amanhecido com eles havia simplesmente evaporado. A face seria do Deus das trapaças não era incomum para estranhos, porem vê-la tão firmemente direcionada para si não agradou á Thor.

–Eu sei que você é quase tão ávido por caça quanto é pela batalha irmão. Porem, se você deseja ir ate Heimdall apenas para saber da carnificina, você ira sozinho.

Somente quando a porta fechou e o loiro se viu sozinho, ele percebeu que não tinha entendido nada.

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–Gladshein, acorda.

–Hum...

–ACORDA!

–O que??

Kalico estava em pé ao lado do caçador. Sua face era preocupada e seus olhos vasculhavam a floresta como se procurasse algo em suas profundezas.

–O que houve?

Kalico se abaixou devagar, aproximando-se com calma do outro homem...

–Nada, eu apenas quero dormir um pouco.

O resto vermelho combinou com os cabelos de Gladshein, enquanto o marinheiro ria, deitando á sombra tranquila de uma arvore, ignorando elegantemente todas as ofensas.

–Apenas algumas horas, você dormiu quase toda a manhã.

–Bastardo.

Gladshein reacendeu a fogueira enquanto olhava para o céu, estava cheio de nuvens e aparentemente uma chuva se aproximava. Talvez Kalico tivesse razão em querer descansar, eles não poderiam continuar ali caso chovesse.

O sono de Kalico não durou mais que algumas poucas horas, pois como prometido o dia claro deu lugar a uma tempestade, forte e violenta. Juntando suas coisas às pressas, eles partiram.

À volta a floresta pareceu tão depressiva e mais negativa do que antes. A chuva trouxe uma sensação de calor abafado, que junto a crescente escuridão sufocava. Mesmo os cavalos não tinham certeza de a rota a seguir, seus cavaleiros eram mais cegos a cada minuto que passava. Encoberto pelo som forte da chuva, os passos de proximidade passaram despercebidos ate ser tarde demais.

Fenris atacou á Kalico, um reflexo de seu cavalo o salvou em um ultimo segundo. Gladshein tentou acertar a fera com seu machado, a altura e o espaço curto entre as arvores dificultando a manobra. Kalico puxou sua lança, cravando-a entre duas arvores, impedindo garras de machucarem seu cavalo, o caçador que se posicionará melhor lançou um machado curto contra o grande lobo, o pegando de raspão na lateral direita. Fenrir avançou dentro da floresta, ambos os caçadores em seu encalço, a falta de uma estrada e de claridade dificultando cada passo.

Kalico, mais leve estava á frente do outro homem, a lança em mãos pronta para ser lançada, a visão clara. Ate seu cavalo parar de forma brusca, o animal parecia nervoso, o cenário ao redor deles havia mudado, na adrenalina clara de perseguir seu troféu, ambos não notaram onde haviam ido parar. Gladshein, agora a seu lado, olhava ao redor desconfiado.

A sensação de umidade que a chuva havia trazido desprendia fortemente das folhas, a terra estava encharcada, lamacenta, parecia pegajosa, os galhos tinham grossos cipós que desprendias de toda a parte. O pântano cheirava á morte.

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–Loki, eu não entendo.

–Não me importa!

Thor seguia os passos rápidos de seu irmão. O andar apressado do moreno o fazia rebolar levemente e era realmente perturbador para Thor, admitir que reparasse nisso mesmo em sua raiva.

Loki o havia deixado sozinho no quarto sem uma explicação decente se recusando a conversar com o loiro pelo resto do dia, coisa que pouco á pouco foi deixando Thor puto. Loki parecia estar fazendo aquilo de propósito, fugindo dele apenas para ter sua irá. O trovão que explodiu ao ter a porta batida contra sua cara quando o moreno se trancou no quarto, isso só piorava as coisas... Ou não.

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A chuva piora. Em meio à tempestade, era claro que as chances dos dois homens diminuíam. Os olhos de Fenris quase brilhavam á luz dos relâmpagos que iluminavam os céus. O cheiro de podridão era incomodo.

Kalico tomou sua lança com cautela, sem nem por um momento tirar seus olhos da fera á frente, Gladshein começou a se afastar do marinheiro, tentando cercar o lobo, que parecia indeciso sobre de onde partiria o primeiro ataque.

Um corvo voou quando Kalico avançou sobre Fenrir, o bater de asas da ave alertando a enorme fera, que usou as patas para ferir o cavalo, que caiu derrubando seu cavaleiro. Gladshein aproveitou a oportunidade; usando o enorme machado como base ele passou sobre o lobo o enganando e tentando acertar seu machado na garganta da fera, pela parte de baixo, seu plano falho conforme raízes prenderam a “cabeça” na ponta do machado, o tornando um alvo fácil para as presas de Fenrir, que em uma mordida decapitou o Caçador de Asgard. O crânio foi solto no chão, a chuva ainda insistia e mesmo assim uma estranha calmaria parecia ter descido no local.

Fenrir voltou seus olhos para Kalico, a queda fez um machucado profundo próximo ao tornozelo, seu cavalo também tentava os levantar, suas patas escorregavam e se prendiam na lama. O corvo negro, que perante o céu cinzento fazia-se quase irreal, observava em silencio. Kalico apertou com força a lança entre os dedos, ele podia lança-la contra a fera ou usa-la para tentar manter alguma distancia embora nenhuma das duas alternativas pudesse garantir sua sobrevivência naquele momento.

Porem, os deuses pareciam agraciar o navegante das galáxias. Um trovão atingiu uma arvore que alem de cair , se incendiou, dividindo a presa e o caçador. O cavalo que no momento do susto ergue-se correu com o marinheiro floresta adentro, se perdendo na escuridão, enquanto isso em meio às chamas olhos brilhante de um caçador feroz brilhava.

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Notas finais do capítulo

Eu juro, eu tentei, estou á meses tentando matar o Kalico !
Sabe aquele personagem que você cria para aquela historia e depois você quer mata-lo ?
Pois é. Não consegui mata-lo.
Era pra essa historia ter apenas tres capitulos, e como sua imaginação esta pouco se lixando pra isso você acaba assim;
Sem acabar com o cara certo e com mais algumas folhas pra escrever....
Ainda bem XD !!!!



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