Anata Dekinai Watashi Wa Wasureru escrita por MaryHigurashi


Capítulo 8
Tomando o Controle


Notas iniciais do capítulo

Leitores que tanto amo, como já havia avisado tive problemas com os arquivos da fic, e estou tendo que digitar tudo novamente, mas estou me esforçando pra arrumar tempo pra retomar esse projeto que é um de meus favoritos. Mais um capitulo pra vocês... E que tal darmos um passeio no passado? O que acham? Espero que gostem *-*
AVISO: Esse capitulo contem um trecho que se refere ao terceiro episodio do anime Inuyasha, portanto esse trecho não é de minha autoria, e sim de Rumiko Takahashi. O restante da historia me pertence.



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Ela sentara á mesa com sua família, todos á olhavam cheios de curiosidades e duvidas, afinal era difícil acreditar em uma historia onde ela havia viajado no tempo, mas estava feliz por estar de volta, foi quando escutou a porta detrás de si abrir com violência. Todos os olhares se voltaram á figura do kimono vermelho.

 - Inuyasha? – Indagou Kagome sem tirar o hashi• da boca.

 - Você? Quem disse que  você podia voltar heim? – Rebateu Inuyasha á encarando.

 - Mas como é que você conseguiu chegar aqui? – Questionou a garota.

 - Pelo poço é claro. – Contestou o hanyou prontamente.

 - Pelo poço? Mas ele não está... – Começou Kagome.

 - É mentira os pergaminhos mágicos tem sido usados em nosso templo á séculos. – Interveio o Senhor Higurashi alterado.

 - Está falando desse pedaço de papel inútil? – Questionou Inuyasha com um pedaço de pergaminho amassado nas mãos. – Não serve pra nada. – Completou o hanyou vendo o pranto do senhor se formar.

 - Vovô... – Lamentou o pequeno Souta.

 - Rápido venha comigo. – Determinou Inuyasha arrastando Kagome pelo braço de forma grosseira.

 - Ai espera. – Reclamava a moça.

 - Pare ai mesmo! – Protestou a Senhora Higurashi com veemência.

 - Por quê? – Indagou o rapaz.

 - Mamãe... – Começou Kagome.

 - Suas orelhas... São de verdade. – Concluía a mulher apertando as espalhafatosas orelhas do hanyou.

 - Eu quero pegar também, eu quero pegar. – Declarou Souta fazendo fila detrás da mãe.

 - Mamãe, não é hora pra isso, apesar de que eu também fiz a mesma coisa. – Concluía Kagome constrangida. Foi quando ela viu os cabelos envolverem os ombros do hanyou.

 - Inuyasha... Que cabelo é esse? – Indagou a moça.

 - Ham? Não vejo cabelo nenhum. – Respondeu o outro.

 - Aqui! Você não consegue ver? – Percebeu a moça retirando o cabelo do ombro de Inuyasha. Sua mão foi envolta pelos fios, causando um pequeno corte, o sangue escorreu rapidamente. – Ta mexendo. – Analisava a garota fitando o pedaço de cabelo em suas mãos.

 - Kagome... O que houve? – Preocupou-se o vovô Higurashi.

 - Qual o problema? – Completou a senhora.

 - O cabelo! – Respondeu a moça percebendo que era a única capaz de enxergar os fios. Yura veio-lhe a mente, junto com a idéia de ver sua família ferida. Ela correu o mais rápido que pode ate a entrada do poço vendo a montanha de cabelos á emergirem abundantes. – Os cabelos estão saindo do poço. – Concluiu apavorada.

 - Exatamente como a Kaede-baba disse... – Analisou o hanyou a encarando encostado á porta, ele era rápido á seguira tão depressa. – Viu o que foi fazer? – Completou o rapaz com deboche.

 - Foi você! Como é que você deixou essa coisa te seguir até aqui?! – Esbravejou a moça vendo sua amada família se aproximar.

 - Kagome! – Exclamou o avô.

 - Não entrem! – Determinou a Miko fechando as portas rapidamente. Ela preocupava-se com sua família á fora, não suportaria vê-los machucados por sua culpa, afinal ela também trouxera Yura até lá. Inuyasha á fitava com seus intensos olhos dourados era como se soubesse exatamente o que se passava em sua mente. Um monte de cabelos á atacou. – Cuidado. – Alertou a moça vendo os cabelos indo de encontro á Inuyasha.

 - Aqui?! – Questionava o hanyou tentando encontrar os cabelos. – Droga! Droga... – Reclamava impaciente.

 - Abre imediatamente! – Ordenava Grandpa do lado de fora.

 - Kagome. – Sussurrou a Senhora Higurashi em meio ao desespero.

 - Quanto mais ele corta, mais o cabelo cresce! – Ponderou Kagome observando a luta de Inuyasha enquanto mantinha a porta fechada. – É isso? É isso mesmo é aquele fio que está controlando. – Finalizou a moça percebendo um fio que se destacava dos demais e correndo de encontro á ele. – Inuyasha... Você tem que cortar esse fio aqui! – Determinou a moça se aproximando do hanyou.

 - Onde? Onde? – Questionava o rapaz impaciente.

 - Ele não consegue ver... – Balbuciou a moça. – Então eu vou ter que segurar! – Concluiu a garota emaranhando as mãos junto ao fio de cabelo, logo sendo cortada mais uma vez. O sangue tornou o fio visível.

 - Estou vendo! – Alegrou-se Inuyasha cortando o fio por fim. Todo o cabelo sumiu. – Acho que agora acabou. – Declarou o rapaz.

 - Inuyasha vamos voltar! – Determinou a moça confiante e segura.

 - Ham? Você mudou de idéia e resolveu me dar ouvidos agora? – Zombou o outro.

 - Eu não quero ir. – Começou a Miko.

 - Ham? – Interrompeu o hanyou.

 - Mas... – Proferiu a moça sentindo o longo manto de Inuyasha envolvendo seu corpo.

 - Ela é feita de pele de rato de fogo, é forte como qualquer armadura. – Contava o rapaz desviando o olhar.

 - Ham? Obrigada. – Agradeceu a moça constrangida.

 - A sua pele parece ser muito esquisita e fraquinha mesmo. – Completou o hanyou orgulhoso.

 - O esquisito aqui é você. – Retrucou Kagome. Vendo o rapaz a saltar nas bordas do poço.

 - Bem, isso não tem a menor importância... Vamos. – Finalizou o rapaz. Kagome o seguiu prontamente. Ela pulara sendo amparada pelos braços do hanyou, juntos vencendo as barreiras do tempo.

 Um sorriso se formou em seus lábios. Ela abriu os olhos lentamente estranhando o lugar onde estava. Mais um sonho, mais uma vez não estava onde queria estar.

 - Além de suicida, agora você é incendiária? – Questionou Chantal se aproximando de Kagome lentamente.

 - Chantal, o que aconteceu? – Questionou a moça esfregando os olhos.

 - Seu apartamento pegou fogo, e ninguém sabe explicar como você apareceu no meio da avenida, e nem como suas janelas simplesmente foram arremessadas á quilômetros de distancia, mas nada disso importa. Descanse, você ficara aqui no hospital em observação. Vou buscar algo para comer. – Prometeu o médico.

 - Chantal... Obrigado, por salvar minha vida de novo. – Comentou a moça lentamente.

 - Vou começar á cobrar os honorários de super-herói. – Brincou o médico conseguindo um pequeno sorriso de Kagome e saindo por fim.

 - Inuyasha... Por quê? – Questionou a moça fitando o kimono que envolvia seu corpo. – Por que não me deixou escolher? – Continuou a moça vendo as lágrimas brotarem de seus olhos suavemente. – Eu posso decidir a que mundo quero pertencer e você não tem nada a ver com isso! – Exclamou a moça repentinamente pulando da cama.

 - Eu vou voltar! – Determinou correndo para fora do hospital.

 - Kagome eu trouxe... Kagome? – Procurava Chantal com uma bandeja nas mãos.

O vento atingia seu rosto e seu sorriso Inabalável enfeitava sua face, as pessoas encaravam a moça que trajava um pijama azul envolto por uma capa vermelha com curiosidade. A moça atravessou o prédio como um furacão, ignorou a  catraca á pulando rapidamente, subiu através do elevador e entrou na sala com rapidez.

 - Senhor Henry... – Começou Kagome se acercando ao senhor.

 - Higurashi está atrasada novamente... – Ponderou Henry sem tirar os olhos do computador á sua frente.

 - Eu quero pedir demissão. – Declarou a garota segura.

 - Demissão? – Surpreendeu-se o Senhor voltando o olhar á figura a sua frente. – O que faz vestida assim? – Completou.

 - Não importa! Faça minhas contas tenho pressa, hoje mesmo retorno pra Tóquio. – Apressava a moça.

 - É pra já, aliás, eu te demito! – Esbravejou o homem escutando a moça á gargalhar. Ela sentou na cadeira sorrindo. Todos seus medos se foram, ele havia cruzado o impossível por ela, ele á amava de forma intensa, e não perderia mais tempo.

 - Eu vou voltar pra Sengoku Jidai! – Exclamou Kagome.

 - O que disse? – Indagou Henry mal-humorado fazendo suas contas.

 - Nada... – Respondeu a moça sorrindo. Nada mais a importava, queria estar com ele.

A senhora o encarava com olhos tristes enquanto Souta se despedia de seu querido Inu-no-nii-chan.

 - Obrigado... Por... – Começou o rapaz desajeitado.

 - Não precisa agradecer. – Cortou a Senhora sorrindo e abraçando o hanyou. O rapaz pulou no poço, em um salto estava do lado de fora, mas o que logo o encontrou foi o forte cheiro de sangue pairando pelo ar.

Inuyasha correu em direção ao vilarejo, não podia negar que não suportaria ver os amigos feridos.

 - Miroku, Sango, Shippou, Kaede-baba! – Exclamava o hanyou vendo o fogo á cobrir todas as casas do vilarejo.

 - Inuyasha! – Exclamou Miroku aliviado ao ver o amigo. Sango, Shippou, Kaede e os demais foram emergindo em meio á fumaça.

 - O que aconteceu aqui? – Indagou o hanyou impaciente.

 - Uma hime das trevas apareceu, atrás de você... Ela nos matou... Á todos nós. – Contava Kaede vendo a expressão espantada de Inuyasha.

 - Como assim? – Continuou o rapaz dos longos cabelos prateados.

 - Estávamos nos preparando para dormir quando ela apareceu, e nos atacou ao lado de seus servos, nada do que tentamos para nos defender surtiu efeito. – Narrava Sango.

 - Mas Sesshoumaru á pedido de Rin, usou a Tenseiga para nos trazer de volta á vida. – Completou o houshi.

 - Sesshoumaru... – Sussurrou o hanyou surpreso. – Mas quem é essa hime? O que ela quer comigo? – Questionava o rapaz impaciente.

 - Não sabemos, ela apenas perguntou onde estava. – Rebateu Miroku.

 - Seja lá o que for nunca á perdoarei por tê-los machucado, eu vou encontrá-la  e os vingarei! – Determinou Inuyasha se perdendo em meio as arvores da floresta.

 - Tão impulsivo... Não podemos deixa-lo sozinho... – Começou Sango.

 - Não se preocupem eu cuido das crianças. – Prometeu Kaede envolvendo as pequenas crianças para perto de si.

 - Obrigado Kaede-Sama... Kirara! – Exclamou Sango e logo a grande gata de fogo se transformou e se pôs á postos. Sango subiu acompanhada de Miroku e Shippou.

 - Chieko, Hana, Kotaro, se comportem e obedeçam a Kaede-Sama. – Recomendava o Houshi.

 - Hum Chichi-ue! – Concordou a pequena Hana.

 - Kirara vamos! – Ordenou a Taijiya fazendo com que a gata de fogo começasse á voar de forma veloz. Temiam por enfrentar a hime das trevas mais uma vez, mas não podiam deixar o imprudente e inconseqüente hanyou sozinho, lutariam ao seu lado, como nos velhos tempos. Um sorriso tímido surgiu em Shippou, estava feliz por poder ajudar o teimoso hanyou mais uma vez.

Kagome saiu do prédio com seu gordo cheque nas mãos, passou em um banco descontou o valor, e voltou ao seu apartamento ignorando as recomendações dos bombeiros que á diziam que não deveria entrar. Por sorte algumas roupas não haviam sido atingidas pelo fogo, as jogou em uma mala que encontrara, e trocou de roupa rapidamente, trancou a porta, e saiu do prédio. Um táxi á levara ate o aeroporto, em poucas horas estaria bem longe dali, deixando Paris para trás, junto de tristezas que não queria voltar á sentir.

 - Vôo com destino á Tókio, embarque no portão dois. – Essas palavras á soavam como uma canção era tudo o que precisava ouvir. Ela entrou na grande aeronave e sentou-se em sua poltrona fechou os olhos de forma serena. Já podia se sentir melhor, estava indo pra casa, sua verdadeira casa.

 - Sengoku Jidai! – Exclamou a moça de supetão fazendo todos ao redor á encararem. – Desculpem. – Completou tímida. Fechou os olhos novamente e adormeceu. Nos seus sonhos a figura do hanyou estava cada vez mais perto, mas seus olhos não estavam dourados como o de costume, estavam em um vermelho flamejante. Acordou assustada, não sabia ao certo o que o sonho representava, mas sentia que Inuyasha precisava dela, agarrou o manto vermelho sentindo o cheiro do hanyou, logo estaria ao seu lado, e tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Dicionário:
Hashi = Palito Japonês que é usado como talher.
Notas Finais: Bom gente espero que tenham gostado já estou com boa parte do próximo capitulo digitado, então não vou demorar tanto prometo... Também pretendo responder á todos os reviews ainda essa semana, saibam que cada um é importante pra mim, se não respondo é por falta de tempo, amores mais uma vez obrigada pela compreensão e pela paciência. Amo vocês.



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